Serviço permite consultas de CPF e CNPJ pelo WhatsApp; veja como funciona


Produto da startup Exato Digital busca facilitar checagem de antecedentes para PMEs a fim de evitar fraudes e golpes; pessoas físicas também podem se beneficiar

Por Ludimila Honorato
Atualização:

Com o avanço dos golpes virtuais e ocorrências de fraudes em empresas, consultar o histórico de profissionais e companhias antes de assinar o contrato é uma medida cautelar. Mas, o que antes era prática de grandes corporações, agora pode ser usufruído por empreendedores de pequeno e médio porte com um novo recurso que permite fazer essa verificação pelo WhatsApp em cerca de cinco minutos.

O serviço foi lançado neste mês pela startup Exato Digital, especializada em verificação de antecedentes. Ao enviar um número de CPF ou CNPJ para o contato do assistente virtual da empresa, um relatório é gerado com informações fiscais, trabalhistas, criminais e eleitorais da pessoa ou companhia analisada.

A rapidez no retorno de tantas informações é possível por meio de uma tecnologia que captura dados públicos de pessoas físicas e jurídicas disponibilizados em diferentes sites, como Portal da Transparência, Receita Federal e órgãos internacionais. Uma busca como essa poderia ser feita por qualquer pessoa, mas demandaria mais tempo e esforço. Nesse modelo, o trabalho é automatizado.

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A Exato Digital já realiza esse serviço para grandes companhias, que têm mais frequência na contratação de fornecedores e profissionais. Agora, a proposta é democratizar o acesso para quem quer fazer consultas mais pontuais.

“É algo que estava muito restrito às grandes empresas, e a gente entende que é difícil para o microempresário ou pessoa física garantir se a pessoa é idônea na hora de contratar um profissional”, comenta Leandro Casella, CEO da Exato Digital.

Leandro Casella diz que serviço antes era restrito às grandes empresas. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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A escolha do WhatsApp como meio de acesso se dá pela facilidade de ter o aplicativo na palma da mão, que não exige conhecimentos específicos sobre as bases de dados nem tem a complexidade de se cadastrar nas plataformas.

Casella diz que o serviço também pode servir para consultar o próprio CPF ou CNPJ e por pessoas físicas que queiram contratar profissionais autônomos que fazem serviço domiciliar. Para o futuro, ele espera oferecer um monitoramento constante, para que a pessoa identifique se seus dados foram utilizados indevidamente.

Outro plano é oferecer pacotes de consultas para as pequenas empresas que buscam informações com mais frequência. Por enquanto, as consultas de CPF custam R$ 9,90 e as de CNPJ, R$ 19,90, sendo que o valor mínimo a ser adquirido pelo site é de R$ 20. Um teste gratuito está disponível neste link.

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Consulta na prática

A reportagem testou o serviço da Exato Digital. Ao enviar um número de CPF para o contato de WhatsApp, um assistente virtual chamado Dexter responde a solicitação. Em sete minutos, um relatório de 40 páginas foi devolvido com informações fiscais, trabalhistas, criminais e eleitorais, por exemplo.

O documento registra apenas o número de celular de quem solicitou a verificação e pede uma senha para ser aberto, informada ao solicitante. Informações como nome e data de nascimento da pessoa verificada aparecem total ou parcialmente camuflados, bem como endereços e números de outros documentos.

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Casella afirma que o relatório apresenta somente as informações que poderiam ser consultadas livremente na internet. “Não tem informações que a gente entende que não são necessárias para fazer a verificação de alguém de forma ética”, ele diz.

Além de seguir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Exato Digital conta com uma política de governança de dados que pode ser consultada no site da empresa. “Temos apoio de um escritório de advocacia que ajuda a deixar o produto mais ético e tomar cuidado para não ser usado de forma ilícita.”

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Cuidados com a segurança

Cláudio Dodt, sócio-gerente e líder de prática na área de cibersegurança da Daryus Consultoria, comenta que ofertas de enriquecimento de dados como serviço têm se tornado cada vez mais comuns, mas é necessário cautela.

Mesmo no caso de informações públicas, ele reforça a importância de seguir a LGPD para cumprimento de regras no tratamento de dados pessoais. “Mesmo dados que um titular escolheu por tornar públicos não podem ser manipulados indiscriminadamente ou comercializados”, destaca.

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Segundo ele, coletar dados em bases públicas sem autorização formal do titular, na maioria dos casos, viola regras previstas na lei. No caso da Exato Digital, Casella explica que, por não ter um contrato formal com quem solicita a busca pelo WhatsApp, a empresa não controla as informações, apenas reproduz o que já está publicamente disponível.

“O consentimento da pessoa consultada depende da finalidade. Se for proteção ao crédito, legítimo interesse, cumprimento de contrato, não é necessário o consentimento”, afirma o CEO.

Dodt sublinha a necessidade de garantir que o fornecedor do serviço esteja condizente com a legislação, tanto na autorização para uso dos dados quanto no nível de segurança empregado para manipular a informação.

“Respeitar integralmente a lei é fundamental, até mesmo porque uma violação pode gerar sanções administrativas e multas severas”, lembra. “Dessa forma, qualquer tipo de prestação de serviços que faça uso de dados pessoais como o CPF deve garantir que a empresa tem uma base legal para tratamento dessa informação como, por exemplo, a autorização do titular de dados pessoais.”

O especialista da Daryus também destaca a cibersegurança como mecanismo para proteger as informações de ameaças cibernéticas, como acessos não autorizados, destruição, alterações ou qualquer outra forma de tratamento considerado inadequado ou ilícito.

Com o avanço dos golpes virtuais e ocorrências de fraudes em empresas, consultar o histórico de profissionais e companhias antes de assinar o contrato é uma medida cautelar. Mas, o que antes era prática de grandes corporações, agora pode ser usufruído por empreendedores de pequeno e médio porte com um novo recurso que permite fazer essa verificação pelo WhatsApp em cerca de cinco minutos.

O serviço foi lançado neste mês pela startup Exato Digital, especializada em verificação de antecedentes. Ao enviar um número de CPF ou CNPJ para o contato do assistente virtual da empresa, um relatório é gerado com informações fiscais, trabalhistas, criminais e eleitorais da pessoa ou companhia analisada.

A rapidez no retorno de tantas informações é possível por meio de uma tecnologia que captura dados públicos de pessoas físicas e jurídicas disponibilizados em diferentes sites, como Portal da Transparência, Receita Federal e órgãos internacionais. Uma busca como essa poderia ser feita por qualquer pessoa, mas demandaria mais tempo e esforço. Nesse modelo, o trabalho é automatizado.

A Exato Digital já realiza esse serviço para grandes companhias, que têm mais frequência na contratação de fornecedores e profissionais. Agora, a proposta é democratizar o acesso para quem quer fazer consultas mais pontuais.

“É algo que estava muito restrito às grandes empresas, e a gente entende que é difícil para o microempresário ou pessoa física garantir se a pessoa é idônea na hora de contratar um profissional”, comenta Leandro Casella, CEO da Exato Digital.

Leandro Casella diz que serviço antes era restrito às grandes empresas. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A escolha do WhatsApp como meio de acesso se dá pela facilidade de ter o aplicativo na palma da mão, que não exige conhecimentos específicos sobre as bases de dados nem tem a complexidade de se cadastrar nas plataformas.

Casella diz que o serviço também pode servir para consultar o próprio CPF ou CNPJ e por pessoas físicas que queiram contratar profissionais autônomos que fazem serviço domiciliar. Para o futuro, ele espera oferecer um monitoramento constante, para que a pessoa identifique se seus dados foram utilizados indevidamente.

Outro plano é oferecer pacotes de consultas para as pequenas empresas que buscam informações com mais frequência. Por enquanto, as consultas de CPF custam R$ 9,90 e as de CNPJ, R$ 19,90, sendo que o valor mínimo a ser adquirido pelo site é de R$ 20. Um teste gratuito está disponível neste link.

Consulta na prática

A reportagem testou o serviço da Exato Digital. Ao enviar um número de CPF para o contato de WhatsApp, um assistente virtual chamado Dexter responde a solicitação. Em sete minutos, um relatório de 40 páginas foi devolvido com informações fiscais, trabalhistas, criminais e eleitorais, por exemplo.

O documento registra apenas o número de celular de quem solicitou a verificação e pede uma senha para ser aberto, informada ao solicitante. Informações como nome e data de nascimento da pessoa verificada aparecem total ou parcialmente camuflados, bem como endereços e números de outros documentos.

Casella afirma que o relatório apresenta somente as informações que poderiam ser consultadas livremente na internet. “Não tem informações que a gente entende que não são necessárias para fazer a verificação de alguém de forma ética”, ele diz.

Além de seguir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Exato Digital conta com uma política de governança de dados que pode ser consultada no site da empresa. “Temos apoio de um escritório de advocacia que ajuda a deixar o produto mais ético e tomar cuidado para não ser usado de forma ilícita.”

Cuidados com a segurança

Cláudio Dodt, sócio-gerente e líder de prática na área de cibersegurança da Daryus Consultoria, comenta que ofertas de enriquecimento de dados como serviço têm se tornado cada vez mais comuns, mas é necessário cautela.

Mesmo no caso de informações públicas, ele reforça a importância de seguir a LGPD para cumprimento de regras no tratamento de dados pessoais. “Mesmo dados que um titular escolheu por tornar públicos não podem ser manipulados indiscriminadamente ou comercializados”, destaca.

Segundo ele, coletar dados em bases públicas sem autorização formal do titular, na maioria dos casos, viola regras previstas na lei. No caso da Exato Digital, Casella explica que, por não ter um contrato formal com quem solicita a busca pelo WhatsApp, a empresa não controla as informações, apenas reproduz o que já está publicamente disponível.

“O consentimento da pessoa consultada depende da finalidade. Se for proteção ao crédito, legítimo interesse, cumprimento de contrato, não é necessário o consentimento”, afirma o CEO.

Dodt sublinha a necessidade de garantir que o fornecedor do serviço esteja condizente com a legislação, tanto na autorização para uso dos dados quanto no nível de segurança empregado para manipular a informação.

“Respeitar integralmente a lei é fundamental, até mesmo porque uma violação pode gerar sanções administrativas e multas severas”, lembra. “Dessa forma, qualquer tipo de prestação de serviços que faça uso de dados pessoais como o CPF deve garantir que a empresa tem uma base legal para tratamento dessa informação como, por exemplo, a autorização do titular de dados pessoais.”

O especialista da Daryus também destaca a cibersegurança como mecanismo para proteger as informações de ameaças cibernéticas, como acessos não autorizados, destruição, alterações ou qualquer outra forma de tratamento considerado inadequado ou ilícito.

Com o avanço dos golpes virtuais e ocorrências de fraudes em empresas, consultar o histórico de profissionais e companhias antes de assinar o contrato é uma medida cautelar. Mas, o que antes era prática de grandes corporações, agora pode ser usufruído por empreendedores de pequeno e médio porte com um novo recurso que permite fazer essa verificação pelo WhatsApp em cerca de cinco minutos.

O serviço foi lançado neste mês pela startup Exato Digital, especializada em verificação de antecedentes. Ao enviar um número de CPF ou CNPJ para o contato do assistente virtual da empresa, um relatório é gerado com informações fiscais, trabalhistas, criminais e eleitorais da pessoa ou companhia analisada.

A rapidez no retorno de tantas informações é possível por meio de uma tecnologia que captura dados públicos de pessoas físicas e jurídicas disponibilizados em diferentes sites, como Portal da Transparência, Receita Federal e órgãos internacionais. Uma busca como essa poderia ser feita por qualquer pessoa, mas demandaria mais tempo e esforço. Nesse modelo, o trabalho é automatizado.

A Exato Digital já realiza esse serviço para grandes companhias, que têm mais frequência na contratação de fornecedores e profissionais. Agora, a proposta é democratizar o acesso para quem quer fazer consultas mais pontuais.

“É algo que estava muito restrito às grandes empresas, e a gente entende que é difícil para o microempresário ou pessoa física garantir se a pessoa é idônea na hora de contratar um profissional”, comenta Leandro Casella, CEO da Exato Digital.

Leandro Casella diz que serviço antes era restrito às grandes empresas. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A escolha do WhatsApp como meio de acesso se dá pela facilidade de ter o aplicativo na palma da mão, que não exige conhecimentos específicos sobre as bases de dados nem tem a complexidade de se cadastrar nas plataformas.

Casella diz que o serviço também pode servir para consultar o próprio CPF ou CNPJ e por pessoas físicas que queiram contratar profissionais autônomos que fazem serviço domiciliar. Para o futuro, ele espera oferecer um monitoramento constante, para que a pessoa identifique se seus dados foram utilizados indevidamente.

Outro plano é oferecer pacotes de consultas para as pequenas empresas que buscam informações com mais frequência. Por enquanto, as consultas de CPF custam R$ 9,90 e as de CNPJ, R$ 19,90, sendo que o valor mínimo a ser adquirido pelo site é de R$ 20. Um teste gratuito está disponível neste link.

Consulta na prática

A reportagem testou o serviço da Exato Digital. Ao enviar um número de CPF para o contato de WhatsApp, um assistente virtual chamado Dexter responde a solicitação. Em sete minutos, um relatório de 40 páginas foi devolvido com informações fiscais, trabalhistas, criminais e eleitorais, por exemplo.

O documento registra apenas o número de celular de quem solicitou a verificação e pede uma senha para ser aberto, informada ao solicitante. Informações como nome e data de nascimento da pessoa verificada aparecem total ou parcialmente camuflados, bem como endereços e números de outros documentos.

Casella afirma que o relatório apresenta somente as informações que poderiam ser consultadas livremente na internet. “Não tem informações que a gente entende que não são necessárias para fazer a verificação de alguém de forma ética”, ele diz.

Além de seguir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Exato Digital conta com uma política de governança de dados que pode ser consultada no site da empresa. “Temos apoio de um escritório de advocacia que ajuda a deixar o produto mais ético e tomar cuidado para não ser usado de forma ilícita.”

Cuidados com a segurança

Cláudio Dodt, sócio-gerente e líder de prática na área de cibersegurança da Daryus Consultoria, comenta que ofertas de enriquecimento de dados como serviço têm se tornado cada vez mais comuns, mas é necessário cautela.

Mesmo no caso de informações públicas, ele reforça a importância de seguir a LGPD para cumprimento de regras no tratamento de dados pessoais. “Mesmo dados que um titular escolheu por tornar públicos não podem ser manipulados indiscriminadamente ou comercializados”, destaca.

Segundo ele, coletar dados em bases públicas sem autorização formal do titular, na maioria dos casos, viola regras previstas na lei. No caso da Exato Digital, Casella explica que, por não ter um contrato formal com quem solicita a busca pelo WhatsApp, a empresa não controla as informações, apenas reproduz o que já está publicamente disponível.

“O consentimento da pessoa consultada depende da finalidade. Se for proteção ao crédito, legítimo interesse, cumprimento de contrato, não é necessário o consentimento”, afirma o CEO.

Dodt sublinha a necessidade de garantir que o fornecedor do serviço esteja condizente com a legislação, tanto na autorização para uso dos dados quanto no nível de segurança empregado para manipular a informação.

“Respeitar integralmente a lei é fundamental, até mesmo porque uma violação pode gerar sanções administrativas e multas severas”, lembra. “Dessa forma, qualquer tipo de prestação de serviços que faça uso de dados pessoais como o CPF deve garantir que a empresa tem uma base legal para tratamento dessa informação como, por exemplo, a autorização do titular de dados pessoais.”

O especialista da Daryus também destaca a cibersegurança como mecanismo para proteger as informações de ameaças cibernéticas, como acessos não autorizados, destruição, alterações ou qualquer outra forma de tratamento considerado inadequado ou ilícito.

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