Startup reutiliza até papel higiênico e bitucas para produzir energia e reduzir lixo em aterros


Empresa faz coleta de clientes corporativos, trata os resíduos e vende a matéria-prima reciclada para grandes companhias

Por João Scheller

Um par de talheres de madeira emoldurado fica exposto como obra de arte na sede da startup Musa, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. O objeto, corriqueiro à primeira vista, é produzido com resíduos de lixo, que todos os dias são descartados em aterros sanitários e lixões.

Fundada em 2020, a Musa é uma startup focada na coleta e reutilização de resíduos. Ela é paga por empresas variadas para retirar o lixo produzido por elas e dar uma destinação adequada. Recicla materiais como papel higiênico e bitucas de cigarro para substituir carvão, gerar energia e reduzir o lixo.

Faz todo o processo, desde a coleta do lixo nas empresas até a venda da matéria-prima reciclada de volta para a indústria. A meta da companhia é reutilizar 100% do lixo e não enviar resíduo algum para os aterros sanitários.

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“A solução traz uma forma de cuidar do lixo em que se combinam três pilares: facilidade, operação e impacto. Pensamos em simplificar o processo e torná-lo economicamente possível”, afirma Fabrício Guimarães, cofundador e coordenador de marketing da empresa.

A Musa trabalha com grandes clientes, como Heineken, Braskem, McDonald’s e a rede de mercados Oxxo, com a captação de resíduos ou na venda de matéria-prima reciclada. A empresa opera a coleta de lixo apenas em São Paulo, mas tem planos de expansão para outras cidades, além de iniciar o atendimento a condomínios.

Utilização de 100% do lixo

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Os materiais coletados são separados em três categorias: orgânicos, reciclados e rejeitos. Os primeiros são utilizados para compostagem, enquanto os recicláveis são encaminhados para centros de processamento, como cooperativas.

Os rejeitos, que são materiais contaminados, como papel higiênico, bitucas de cigarro ou máscaras contra a covid, são utilizados para geração de energia na indústria.

Ao usar esse material para queima, evita-se desmatamento e uso de carvão, afirma Martin Junck, CEO e cofundador da Musa. “Mas tem evoluções que estão vindo. Você vai poder utilizar esses rejeitos para fabricação de asfalto ou para fazer tijolos, por exemplo”, completa.

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Sinalização da startup Musa tenta tornar o descarte de materiais mais simples Foto: Facebook Impacto Musa/Reprodução

Os clientes da Musa acompanham a quantidade e o tipo de resíduos produzidos por eles, por meio de um aplicativo. Os dados podem ser usados para analisar fontes de desperdício e diminuir o volume de material descartado.

“Olhamos muito para uma simplificação operacional, e as lixeiras são organizadas por ambiente. Um estabelecimento não necessariamente tem um volume suficiente de plástico para ter uma lixeira só para o plástico, por exemplo. O sistema aponta tudo isso”, conta Guimarães.

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Martin Junck (à esquerda) e Fabrício Guimarães, cofundadores da startup de coleta de lixo Musa Foto: Thiago Manci/Mus

Empresas que produzem muito lixo pagam remoção

As regras para a coleta de lixo variam de cidade para cidade. Em geral, a coleta municipal atende residências e até um volume máximo de resíduos produzidos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, estabelecimentos comerciais que produzam mais de 200 litros por dia devem contratar um serviço de coleta de resíduo privado.

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Os fundadores da empresa dizem que os valores cobrados dos estabelecimentos variam conforme o tipo de resíduo produzido em maior quantidade.

Para estabelecimentos que produzem uma grande quantidade de rejeitos recicláveis, a contratação dos serviços da empresa pode ser até mais barata do que o serviço de coleta e descarte em aterros sanitários. Para outros estabelecimentos, os valores podem ser de 20% a 30% mais caros.

Junck também menciona a importância do papel social das empresas na destinação dos resíduos produzidos e no incentivo à chamada economia circular, onde os materiais retroalimentam a cadeia produtiva.

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A Musa planeja tornar o processo de coleta e reaproveitamento cada vez mais constante para poder expandir a venda de materiais processados para a indústria.

Um par de talheres de madeira emoldurado fica exposto como obra de arte na sede da startup Musa, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. O objeto, corriqueiro à primeira vista, é produzido com resíduos de lixo, que todos os dias são descartados em aterros sanitários e lixões.

Fundada em 2020, a Musa é uma startup focada na coleta e reutilização de resíduos. Ela é paga por empresas variadas para retirar o lixo produzido por elas e dar uma destinação adequada. Recicla materiais como papel higiênico e bitucas de cigarro para substituir carvão, gerar energia e reduzir o lixo.

Faz todo o processo, desde a coleta do lixo nas empresas até a venda da matéria-prima reciclada de volta para a indústria. A meta da companhia é reutilizar 100% do lixo e não enviar resíduo algum para os aterros sanitários.

“A solução traz uma forma de cuidar do lixo em que se combinam três pilares: facilidade, operação e impacto. Pensamos em simplificar o processo e torná-lo economicamente possível”, afirma Fabrício Guimarães, cofundador e coordenador de marketing da empresa.

A Musa trabalha com grandes clientes, como Heineken, Braskem, McDonald’s e a rede de mercados Oxxo, com a captação de resíduos ou na venda de matéria-prima reciclada. A empresa opera a coleta de lixo apenas em São Paulo, mas tem planos de expansão para outras cidades, além de iniciar o atendimento a condomínios.

Utilização de 100% do lixo

Os materiais coletados são separados em três categorias: orgânicos, reciclados e rejeitos. Os primeiros são utilizados para compostagem, enquanto os recicláveis são encaminhados para centros de processamento, como cooperativas.

Os rejeitos, que são materiais contaminados, como papel higiênico, bitucas de cigarro ou máscaras contra a covid, são utilizados para geração de energia na indústria.

Ao usar esse material para queima, evita-se desmatamento e uso de carvão, afirma Martin Junck, CEO e cofundador da Musa. “Mas tem evoluções que estão vindo. Você vai poder utilizar esses rejeitos para fabricação de asfalto ou para fazer tijolos, por exemplo”, completa.

Sinalização da startup Musa tenta tornar o descarte de materiais mais simples Foto: Facebook Impacto Musa/Reprodução

Os clientes da Musa acompanham a quantidade e o tipo de resíduos produzidos por eles, por meio de um aplicativo. Os dados podem ser usados para analisar fontes de desperdício e diminuir o volume de material descartado.

“Olhamos muito para uma simplificação operacional, e as lixeiras são organizadas por ambiente. Um estabelecimento não necessariamente tem um volume suficiente de plástico para ter uma lixeira só para o plástico, por exemplo. O sistema aponta tudo isso”, conta Guimarães.

Martin Junck (à esquerda) e Fabrício Guimarães, cofundadores da startup de coleta de lixo Musa Foto: Thiago Manci/Mus

Empresas que produzem muito lixo pagam remoção

As regras para a coleta de lixo variam de cidade para cidade. Em geral, a coleta municipal atende residências e até um volume máximo de resíduos produzidos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, estabelecimentos comerciais que produzam mais de 200 litros por dia devem contratar um serviço de coleta de resíduo privado.

Os fundadores da empresa dizem que os valores cobrados dos estabelecimentos variam conforme o tipo de resíduo produzido em maior quantidade.

Para estabelecimentos que produzem uma grande quantidade de rejeitos recicláveis, a contratação dos serviços da empresa pode ser até mais barata do que o serviço de coleta e descarte em aterros sanitários. Para outros estabelecimentos, os valores podem ser de 20% a 30% mais caros.

Junck também menciona a importância do papel social das empresas na destinação dos resíduos produzidos e no incentivo à chamada economia circular, onde os materiais retroalimentam a cadeia produtiva.

A Musa planeja tornar o processo de coleta e reaproveitamento cada vez mais constante para poder expandir a venda de materiais processados para a indústria.

Um par de talheres de madeira emoldurado fica exposto como obra de arte na sede da startup Musa, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. O objeto, corriqueiro à primeira vista, é produzido com resíduos de lixo, que todos os dias são descartados em aterros sanitários e lixões.

Fundada em 2020, a Musa é uma startup focada na coleta e reutilização de resíduos. Ela é paga por empresas variadas para retirar o lixo produzido por elas e dar uma destinação adequada. Recicla materiais como papel higiênico e bitucas de cigarro para substituir carvão, gerar energia e reduzir o lixo.

Faz todo o processo, desde a coleta do lixo nas empresas até a venda da matéria-prima reciclada de volta para a indústria. A meta da companhia é reutilizar 100% do lixo e não enviar resíduo algum para os aterros sanitários.

“A solução traz uma forma de cuidar do lixo em que se combinam três pilares: facilidade, operação e impacto. Pensamos em simplificar o processo e torná-lo economicamente possível”, afirma Fabrício Guimarães, cofundador e coordenador de marketing da empresa.

A Musa trabalha com grandes clientes, como Heineken, Braskem, McDonald’s e a rede de mercados Oxxo, com a captação de resíduos ou na venda de matéria-prima reciclada. A empresa opera a coleta de lixo apenas em São Paulo, mas tem planos de expansão para outras cidades, além de iniciar o atendimento a condomínios.

Utilização de 100% do lixo

Os materiais coletados são separados em três categorias: orgânicos, reciclados e rejeitos. Os primeiros são utilizados para compostagem, enquanto os recicláveis são encaminhados para centros de processamento, como cooperativas.

Os rejeitos, que são materiais contaminados, como papel higiênico, bitucas de cigarro ou máscaras contra a covid, são utilizados para geração de energia na indústria.

Ao usar esse material para queima, evita-se desmatamento e uso de carvão, afirma Martin Junck, CEO e cofundador da Musa. “Mas tem evoluções que estão vindo. Você vai poder utilizar esses rejeitos para fabricação de asfalto ou para fazer tijolos, por exemplo”, completa.

Sinalização da startup Musa tenta tornar o descarte de materiais mais simples Foto: Facebook Impacto Musa/Reprodução

Os clientes da Musa acompanham a quantidade e o tipo de resíduos produzidos por eles, por meio de um aplicativo. Os dados podem ser usados para analisar fontes de desperdício e diminuir o volume de material descartado.

“Olhamos muito para uma simplificação operacional, e as lixeiras são organizadas por ambiente. Um estabelecimento não necessariamente tem um volume suficiente de plástico para ter uma lixeira só para o plástico, por exemplo. O sistema aponta tudo isso”, conta Guimarães.

Martin Junck (à esquerda) e Fabrício Guimarães, cofundadores da startup de coleta de lixo Musa Foto: Thiago Manci/Mus

Empresas que produzem muito lixo pagam remoção

As regras para a coleta de lixo variam de cidade para cidade. Em geral, a coleta municipal atende residências e até um volume máximo de resíduos produzidos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, estabelecimentos comerciais que produzam mais de 200 litros por dia devem contratar um serviço de coleta de resíduo privado.

Os fundadores da empresa dizem que os valores cobrados dos estabelecimentos variam conforme o tipo de resíduo produzido em maior quantidade.

Para estabelecimentos que produzem uma grande quantidade de rejeitos recicláveis, a contratação dos serviços da empresa pode ser até mais barata do que o serviço de coleta e descarte em aterros sanitários. Para outros estabelecimentos, os valores podem ser de 20% a 30% mais caros.

Junck também menciona a importância do papel social das empresas na destinação dos resíduos produzidos e no incentivo à chamada economia circular, onde os materiais retroalimentam a cadeia produtiva.

A Musa planeja tornar o processo de coleta e reaproveitamento cada vez mais constante para poder expandir a venda de materiais processados para a indústria.

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