Ela trabalhou como faxineira nos EUA e hoje fatura R$ 7,3 milhões por ano com tapioca


A enfermeira baiana Verônica Oliveira começou a vender o produto pelo Facebook e hoje tem marca própria e restaurante nos Estados Unidos

Por Mirella Joels
Atualização:

A vida da enfermeira Verônica Oliveira mudou drasticamente após uma demissão. Foi o desconforto que levou a nordestina de Tremedal, na Bahia, a sair do Brasil e trabalhar como babá e faxineira nos Estados Unidos.

Teve de enfrentar desafios culturais no começo, como não saber se comunicar em inglês. Para ajudar, Verônica tentava nunca esquecer das suas raízes e levou uma iguaria típica para o novo lar: a tapioca. O que ela não esperava é que conseguiria faturar cerca de US$ 1,5 milhão por ano (cerca de R$7,3 milhões) com a culinária brasileira.

Verônica abriu uma fábrica de tapioca no subsolo do restaurante. Foto: Thaís Aline/Divulgação
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De enfermeira a faxineira

Após ser demitida de um hospital no interior da Bahia, a enfermeira decidiu arriscar para mudar de vida. Com R$ 500 na conta, Verônica foi morar na cidade de Richmond, capital do estado da Virginia, em 2009. “Fiz várias pesquisas para saber qual era o melhor estado para aprender inglês mais rápido”, relata.

Foi lá que ela conheceu a brasileira Karine que a ensinou a trabalhar como faxineira, ofício que realizou durante 5 anos em casas, escritórios, escolas e bancos.

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Além de uma nova profissão, Verônica também encontrou o amor no novo país. Casou-se com o brasileiro Adriano Gomes e foi morar em Framingham, em Massachusetts.

Com um post no Facebook e US$ 30, ela mudou de carreira

Em 2014, Verônica resolveu unir a saudade da Bahia com sua paixão pela cozinha, e começou a produzir tapiocas. No início, era para consumo pessoal, mas despertou o interesse de pessoas próximas.

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“Eu levava tapioca para reunião entre amigos, as pessoas amavam e me pediam para fazer para elas. Eu não tinha condições de fazer para tanta gente, então um dia surgiu a ideia de fazer um post no Facebook para vender tapioca. E aí nunca mais parei de fazer”, relembra.

Com uma cozinha pequena e US$ 30, Verônica produziu cerca de 80 tapiocas recheadas por encomenda com a primeira postagem na rede social. Na época, vendia cada uma por US$ 3,50. (R$ 17 pelo câmbio atual) Depois disso, o negócio só cresceu.

Em 2015, comprou o restaurante BR Takeout, com foco em comida nordestina e mineira, em Framingham. Dois anos depois, ela abriu uma fábrica de tapioca no subsolo do restaurante. No mesmo ano, a marca Tapioca da Baiana foi licenciada para ser comercializada em diversos pontos de venda nos Estados Unidos.

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“Hoje nós estamos em 150 lojas, em 8 estados, e, no início de 2023, entramos na maior rede de supermercado americano, o Stop & Shop”, conta a baiana que emprega 16 funcionários diretos e outros 50 funcionários indiretos.

Além de comercializar tapioca congelada, feita à base de fécula de mandioca importada do Brasil, para quem quer preparar em casa, Verônica também vende tapiocas recheadas em seu restaurante.

De acordo com a baiana, os sabores que mais encantam os norte-americanos são dois: frango com catupiry e nutella com morango.

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O lançamento mais recente da marca Tapioca da Baiana é o pão de queijo de tapioca, que já está disponível nas prateleiras dos supermercados.

Expansão para o Brasil?

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Apesar de ter projetos para um dia expandir seus produtos para o Brasil, a empreendedora pretende, por enquanto, focar o mercado dos Estados Unidos.

“A nossa projeção de aumento de faturamento para o ano de 2024 é de 6%. O mercado gluten free e vegan em que eu trabalho tem previsão de crescimento aqui nos Estados Unidos nos próximos anos”, conta.

Verônica (ao centro) e parte da equipe do restaurante BR Takeout Foto: Thaís Aline/Divulgação

Aprendeu a fazer tapioca na infância na roça

A tapioca produzida por Verônica tem raízes familiares. Filha de lavradores, a mais nova entre 8 irmãos, ela aprendeu a produzir o prato com a mãe e avó.

Ela conta que teve uma infância difícil no interior, em Caraíbas (BA), e foi ensinada a cultivar valores como força e honestidade.

“Muitas vezes a gente não tinha nem o que comer, mas meus pais sempre foram muito presentes. Me ensinaram a ter caráter e empatia. Hoje eu tenho o privilégio de ajudar muitas pessoas na minha empresa.”

Os dados citados neste texto foram coletados originalmente em novembro de 2023.

A vida da enfermeira Verônica Oliveira mudou drasticamente após uma demissão. Foi o desconforto que levou a nordestina de Tremedal, na Bahia, a sair do Brasil e trabalhar como babá e faxineira nos Estados Unidos.

Teve de enfrentar desafios culturais no começo, como não saber se comunicar em inglês. Para ajudar, Verônica tentava nunca esquecer das suas raízes e levou uma iguaria típica para o novo lar: a tapioca. O que ela não esperava é que conseguiria faturar cerca de US$ 1,5 milhão por ano (cerca de R$7,3 milhões) com a culinária brasileira.

Verônica abriu uma fábrica de tapioca no subsolo do restaurante. Foto: Thaís Aline/Divulgação

De enfermeira a faxineira

Após ser demitida de um hospital no interior da Bahia, a enfermeira decidiu arriscar para mudar de vida. Com R$ 500 na conta, Verônica foi morar na cidade de Richmond, capital do estado da Virginia, em 2009. “Fiz várias pesquisas para saber qual era o melhor estado para aprender inglês mais rápido”, relata.

Foi lá que ela conheceu a brasileira Karine que a ensinou a trabalhar como faxineira, ofício que realizou durante 5 anos em casas, escritórios, escolas e bancos.

Além de uma nova profissão, Verônica também encontrou o amor no novo país. Casou-se com o brasileiro Adriano Gomes e foi morar em Framingham, em Massachusetts.

Com um post no Facebook e US$ 30, ela mudou de carreira

Em 2014, Verônica resolveu unir a saudade da Bahia com sua paixão pela cozinha, e começou a produzir tapiocas. No início, era para consumo pessoal, mas despertou o interesse de pessoas próximas.

“Eu levava tapioca para reunião entre amigos, as pessoas amavam e me pediam para fazer para elas. Eu não tinha condições de fazer para tanta gente, então um dia surgiu a ideia de fazer um post no Facebook para vender tapioca. E aí nunca mais parei de fazer”, relembra.

Com uma cozinha pequena e US$ 30, Verônica produziu cerca de 80 tapiocas recheadas por encomenda com a primeira postagem na rede social. Na época, vendia cada uma por US$ 3,50. (R$ 17 pelo câmbio atual) Depois disso, o negócio só cresceu.

Em 2015, comprou o restaurante BR Takeout, com foco em comida nordestina e mineira, em Framingham. Dois anos depois, ela abriu uma fábrica de tapioca no subsolo do restaurante. No mesmo ano, a marca Tapioca da Baiana foi licenciada para ser comercializada em diversos pontos de venda nos Estados Unidos.

“Hoje nós estamos em 150 lojas, em 8 estados, e, no início de 2023, entramos na maior rede de supermercado americano, o Stop & Shop”, conta a baiana que emprega 16 funcionários diretos e outros 50 funcionários indiretos.

Além de comercializar tapioca congelada, feita à base de fécula de mandioca importada do Brasil, para quem quer preparar em casa, Verônica também vende tapiocas recheadas em seu restaurante.

De acordo com a baiana, os sabores que mais encantam os norte-americanos são dois: frango com catupiry e nutella com morango.

O lançamento mais recente da marca Tapioca da Baiana é o pão de queijo de tapioca, que já está disponível nas prateleiras dos supermercados.

Expansão para o Brasil?

Apesar de ter projetos para um dia expandir seus produtos para o Brasil, a empreendedora pretende, por enquanto, focar o mercado dos Estados Unidos.

“A nossa projeção de aumento de faturamento para o ano de 2024 é de 6%. O mercado gluten free e vegan em que eu trabalho tem previsão de crescimento aqui nos Estados Unidos nos próximos anos”, conta.

Verônica (ao centro) e parte da equipe do restaurante BR Takeout Foto: Thaís Aline/Divulgação

Aprendeu a fazer tapioca na infância na roça

A tapioca produzida por Verônica tem raízes familiares. Filha de lavradores, a mais nova entre 8 irmãos, ela aprendeu a produzir o prato com a mãe e avó.

Ela conta que teve uma infância difícil no interior, em Caraíbas (BA), e foi ensinada a cultivar valores como força e honestidade.

“Muitas vezes a gente não tinha nem o que comer, mas meus pais sempre foram muito presentes. Me ensinaram a ter caráter e empatia. Hoje eu tenho o privilégio de ajudar muitas pessoas na minha empresa.”

Os dados citados neste texto foram coletados originalmente em novembro de 2023.

A vida da enfermeira Verônica Oliveira mudou drasticamente após uma demissão. Foi o desconforto que levou a nordestina de Tremedal, na Bahia, a sair do Brasil e trabalhar como babá e faxineira nos Estados Unidos.

Teve de enfrentar desafios culturais no começo, como não saber se comunicar em inglês. Para ajudar, Verônica tentava nunca esquecer das suas raízes e levou uma iguaria típica para o novo lar: a tapioca. O que ela não esperava é que conseguiria faturar cerca de US$ 1,5 milhão por ano (cerca de R$7,3 milhões) com a culinária brasileira.

Verônica abriu uma fábrica de tapioca no subsolo do restaurante. Foto: Thaís Aline/Divulgação

De enfermeira a faxineira

Após ser demitida de um hospital no interior da Bahia, a enfermeira decidiu arriscar para mudar de vida. Com R$ 500 na conta, Verônica foi morar na cidade de Richmond, capital do estado da Virginia, em 2009. “Fiz várias pesquisas para saber qual era o melhor estado para aprender inglês mais rápido”, relata.

Foi lá que ela conheceu a brasileira Karine que a ensinou a trabalhar como faxineira, ofício que realizou durante 5 anos em casas, escritórios, escolas e bancos.

Além de uma nova profissão, Verônica também encontrou o amor no novo país. Casou-se com o brasileiro Adriano Gomes e foi morar em Framingham, em Massachusetts.

Com um post no Facebook e US$ 30, ela mudou de carreira

Em 2014, Verônica resolveu unir a saudade da Bahia com sua paixão pela cozinha, e começou a produzir tapiocas. No início, era para consumo pessoal, mas despertou o interesse de pessoas próximas.

“Eu levava tapioca para reunião entre amigos, as pessoas amavam e me pediam para fazer para elas. Eu não tinha condições de fazer para tanta gente, então um dia surgiu a ideia de fazer um post no Facebook para vender tapioca. E aí nunca mais parei de fazer”, relembra.

Com uma cozinha pequena e US$ 30, Verônica produziu cerca de 80 tapiocas recheadas por encomenda com a primeira postagem na rede social. Na época, vendia cada uma por US$ 3,50. (R$ 17 pelo câmbio atual) Depois disso, o negócio só cresceu.

Em 2015, comprou o restaurante BR Takeout, com foco em comida nordestina e mineira, em Framingham. Dois anos depois, ela abriu uma fábrica de tapioca no subsolo do restaurante. No mesmo ano, a marca Tapioca da Baiana foi licenciada para ser comercializada em diversos pontos de venda nos Estados Unidos.

“Hoje nós estamos em 150 lojas, em 8 estados, e, no início de 2023, entramos na maior rede de supermercado americano, o Stop & Shop”, conta a baiana que emprega 16 funcionários diretos e outros 50 funcionários indiretos.

Além de comercializar tapioca congelada, feita à base de fécula de mandioca importada do Brasil, para quem quer preparar em casa, Verônica também vende tapiocas recheadas em seu restaurante.

De acordo com a baiana, os sabores que mais encantam os norte-americanos são dois: frango com catupiry e nutella com morango.

O lançamento mais recente da marca Tapioca da Baiana é o pão de queijo de tapioca, que já está disponível nas prateleiras dos supermercados.

Expansão para o Brasil?

Apesar de ter projetos para um dia expandir seus produtos para o Brasil, a empreendedora pretende, por enquanto, focar o mercado dos Estados Unidos.

“A nossa projeção de aumento de faturamento para o ano de 2024 é de 6%. O mercado gluten free e vegan em que eu trabalho tem previsão de crescimento aqui nos Estados Unidos nos próximos anos”, conta.

Verônica (ao centro) e parte da equipe do restaurante BR Takeout Foto: Thaís Aline/Divulgação

Aprendeu a fazer tapioca na infância na roça

A tapioca produzida por Verônica tem raízes familiares. Filha de lavradores, a mais nova entre 8 irmãos, ela aprendeu a produzir o prato com a mãe e avó.

Ela conta que teve uma infância difícil no interior, em Caraíbas (BA), e foi ensinada a cultivar valores como força e honestidade.

“Muitas vezes a gente não tinha nem o que comer, mas meus pais sempre foram muito presentes. Me ensinaram a ter caráter e empatia. Hoje eu tenho o privilégio de ajudar muitas pessoas na minha empresa.”

Os dados citados neste texto foram coletados originalmente em novembro de 2023.

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