Bill Clinton revolucionou o Partido Democrata durante os seus oito anos como presidente dos Estados Unidos, de 1993 a 2001. Jovem, carismático e moderado, o governador do pequeno Arkansas, no sul dos Estados Unidos, foi eleito sem seguir receitas de outros presidentes democratas, dando um passo para o centro e adotando posições moderadas.
O democrata foi o principal expoente da chamada terceira via, uma corrente política que tenta conciliar posicionamentos econômicos ligados à direita, com políticas sociais mais progressistas.
Clinton também foi um entusiasta da globalização, liberalizando e ampliando o comércio mundial. Os Estados Unidos sentiram os efeitos positivos desta abertura, com um grande crescimento econômico e 22 milhões de empregos criados. Entre 1998 e 2001, o país teve superávits pela primeira vez em 30 anos.
Na política externa, Clinton enfrentou situações difíceis como a Guerra dos Balcãs. O democrata assumiu a Casa Branca no terceiro ano de guerra e fortes dispostas entre croatas, bósnios e sérvios. A guerra acabou em 1995 com os Acordos de Dayton.
Clinton também se envolveu em polêmicas na parte final de seu mandato, por conta de um relacionamento extraconjugal com Monica Lewinsky, uma estagiária da Casa Branca. O então presidente negou o envolvimento com a estagiária, mas teve que admitir que houve um “relacionamento impróprio” depois de investigações da promotoria. Clinton chegou a sofrer um impeachment no Congresso americano, que era controlado pelos republicanos, mas foi absolvido pelo Senado.
O sétimo episódio da série de podcasts Uma História americana reflete sobre o governo de Bill Clinton. Ouça no player abaixo, no YouTube do Estadão, ou nas principais plataformas de áudio. Com dez capítulos, a série vai ao ar todas as terças-feiras, às 18h.