O número de assassinatos na capital, entre a madrugada desta quinta-feira - quando a maciça adesão de policiais militares da Tropa de Choque à greve da categoria, deixou a cidade despoliciada, provocando saques e pânico - e a tarde desta sexta-feira chegou a 16, quatro vezes mais que nos dias normais. Somente nesta sexta-feira foram oito pessoas foram mortas a tiros. As vítimas morreram em assaltos, tentativas de saque e ataques de grupos de extermínio. Os três últimos casos ocorreram na periferia da capital baiana. No subúrbio ferroviário de Pirajá, dois desconhecidos, aparentando 23 e 25 anos, foram mortos com vários tiros, e os corpos, deixados num terreno baldio, situado na parte de trás de um supermercado. No bairro Fazenda Grande do Retiro, Ronaldo dos Santos, de 23 anos, foi morto por três homens encapuzados. Testemunhas contaram que os assassinos chegaram à Rua Candinho Fernandes à procura de Santos. Quando ele foi localizado, recebeu vários tiros, morrendo na hora.