Em 1988, o Brasil encerrava definitivamente o período de exceção que começou com o golpe militar de 1964. Foi neste ano, em 5 de outubro, que a nova Constituição foi promulgada. Apontava-se o País para o futuro, sobretudo em busca de resolver as questões econômicas e sociais. A Constituição era a conclusão de um processo de redemocratização do Brasil que começou anos antes, no começo da década de 1980.
De lá para cá, os governos deram mais estabilidade à economia, mas estamos longe de resolver o abismo social que nos marca como sociedade. Mas nesses trinta e poucos anos sempre tivemos democracia. Sempre. Todos os dias. Todas as noites.
Amanhã, dia 7 de setembro de 2022, será o dia mais importante desde então.
Em Brasília, Rio de Janeiro e de certa maneira em todo o Brasil, atos serão realizados majoritariamente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição. Hoje, Bolsonaro estaria no segundo turno, mas perderia para o ex-presidente Lula. Ao fim do dia, saberemos se as manifestações ficaram dentro das quatro linhas dessa mesma Constituição. Se não ultrapassaram as bordas de um documento que se não é perfeito, traduz com exatidão as aspirações de um país melhor a todos, mais justo e, de novo, democrático.
Para entender a importância do 7 de Setembro de 2022, sugiro a leitura da coluna de Eliane Cantanhêde. Para a colunista, o presidente usa o bicentenário como último lance, ou ofensiva, para tentar virar o jogo da eleição. Ou a guerra.
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Em outra análise, o repórter especial Marcelo Godoy mostra como um general lembrou da postura de seus colegas americanos, que disseram ao então presidente Donald Trump que usar um desfile militar para fins políticos não era o que se fazia nos Estados Unidos, mas coisa de ditadores.
Mas deixo vocês, mesmo, com a coluna escrita por Paulo Hartung. É democracia ou democracia.
Até amanhã, pois amanhã, vai ser outro dia… de democracia!