A cena histórica e as imagens sórdidas


Esquerdas e direitas se uniram em torno de um bem maior: a preservação da própria democracia

Por João Gabriel de Lima
Atualização:

A teoria dos jogos é um ramo da matemática que pode inspirar o debate democrático. Imaginemos dois contendores que pensam de forma diferente, mas vislumbram um bem maior. “Em alguns momentos o jogador A tem de ceder, em outros é o jogador B. São os chamados ‘jogos de coordenação’”, diz o economista Felippe Clemente, pesquisador da Universidade de Lisboa e especialista no assunto. Ele é o entrevistado do minipodcast da semana.

Transposto para o universo político, esse bem maior seria uma visão de futuro para um país. Todos os brasileiros estão de acordo, por exemplo, com o fato de que precisamos acabar com a pobreza. Liberais, conservadores, social-democratas e socialistas têm ideias diferentes sobre como fazer isso. Para cumprir o objetivo no futuro, cada corrente tem de ceder um pouco no presente. “A democracia é feita desses jogos de coordenação”, diz Clemente.

Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria. Foto: Wilton Junior/Estadão
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Nesta semana os brasileiros assistiram a uma cena destinada a entrar para a história: chefes dos três Poderes, acompanhados de todos os governadores, desceram juntos a rampa do Palácio do Planalto. Esquerdas e direitas se uniram em torno de um bem maior: a preservação da própria democracia.

Sim, porque essa cena grandiosa seguiu-se a um dos momentos mais sórdidos de nossa trajetória recente: o dia em que delinquentes bolsonaristas vandalizaram as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário. Um quadro de Di Cavalcanti foi destruído a facadas, e o brasão da República foi atirado à rua.

Em nota conjunta, os chefes dos Poderes classificaram os bolsonaristas de “terroristas”, “vândalos”, “criminosos” e “golpistas”. Todos os termos se aplicam de alguma forma. Só não se aplica a palavra “patriota”, com a qual os bolsonaristas se autodefinem. Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria.

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Voltemos à teoria dos jogos. O Brasil tem vários problemas importantes a resolver. Nenhum deles se relaciona com a segurança das urnas ou banheiros unissex. Precisamos, entre outras coisas, levar educação a nossos jovens e saneamento às moradias carentes, além de preservar a floresta, que é nosso principal patrimônio como nação. São temas dessa magnitude que devem compor nossa visão de futuro.

A democracia brasileira parecia uma conquista consolidada, até que um nicho extremista passasse a clamar por golpe na frente dos quartéis e, dias mais tarde, perpetrasse o crime que nos envergonhou aos olhos do mundo. Ainda bem que nos unimos para defendê-la. A democracia é o bem maior entre nossos bens maiores. Sem ela não há visão de futuro – nem mesmo futuro.

Para saber mais

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Minipodcast com Felippe Clemente

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Editorial do Estadão sobre a defesa da democracia

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Reportagem do Estadão sobre os crimes dos bolsonaristas em Brasília

A teoria dos jogos é um ramo da matemática que pode inspirar o debate democrático. Imaginemos dois contendores que pensam de forma diferente, mas vislumbram um bem maior. “Em alguns momentos o jogador A tem de ceder, em outros é o jogador B. São os chamados ‘jogos de coordenação’”, diz o economista Felippe Clemente, pesquisador da Universidade de Lisboa e especialista no assunto. Ele é o entrevistado do minipodcast da semana.

Transposto para o universo político, esse bem maior seria uma visão de futuro para um país. Todos os brasileiros estão de acordo, por exemplo, com o fato de que precisamos acabar com a pobreza. Liberais, conservadores, social-democratas e socialistas têm ideias diferentes sobre como fazer isso. Para cumprir o objetivo no futuro, cada corrente tem de ceder um pouco no presente. “A democracia é feita desses jogos de coordenação”, diz Clemente.

Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria. Foto: Wilton Junior/Estadão

Nesta semana os brasileiros assistiram a uma cena destinada a entrar para a história: chefes dos três Poderes, acompanhados de todos os governadores, desceram juntos a rampa do Palácio do Planalto. Esquerdas e direitas se uniram em torno de um bem maior: a preservação da própria democracia.

Sim, porque essa cena grandiosa seguiu-se a um dos momentos mais sórdidos de nossa trajetória recente: o dia em que delinquentes bolsonaristas vandalizaram as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário. Um quadro de Di Cavalcanti foi destruído a facadas, e o brasão da República foi atirado à rua.

Em nota conjunta, os chefes dos Poderes classificaram os bolsonaristas de “terroristas”, “vândalos”, “criminosos” e “golpistas”. Todos os termos se aplicam de alguma forma. Só não se aplica a palavra “patriota”, com a qual os bolsonaristas se autodefinem. Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria.

Voltemos à teoria dos jogos. O Brasil tem vários problemas importantes a resolver. Nenhum deles se relaciona com a segurança das urnas ou banheiros unissex. Precisamos, entre outras coisas, levar educação a nossos jovens e saneamento às moradias carentes, além de preservar a floresta, que é nosso principal patrimônio como nação. São temas dessa magnitude que devem compor nossa visão de futuro.

A democracia brasileira parecia uma conquista consolidada, até que um nicho extremista passasse a clamar por golpe na frente dos quartéis e, dias mais tarde, perpetrasse o crime que nos envergonhou aos olhos do mundo. Ainda bem que nos unimos para defendê-la. A democracia é o bem maior entre nossos bens maiores. Sem ela não há visão de futuro – nem mesmo futuro.

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Reportagem do Estadão sobre os crimes dos bolsonaristas em Brasília

A teoria dos jogos é um ramo da matemática que pode inspirar o debate democrático. Imaginemos dois contendores que pensam de forma diferente, mas vislumbram um bem maior. “Em alguns momentos o jogador A tem de ceder, em outros é o jogador B. São os chamados ‘jogos de coordenação’”, diz o economista Felippe Clemente, pesquisador da Universidade de Lisboa e especialista no assunto. Ele é o entrevistado do minipodcast da semana.

Transposto para o universo político, esse bem maior seria uma visão de futuro para um país. Todos os brasileiros estão de acordo, por exemplo, com o fato de que precisamos acabar com a pobreza. Liberais, conservadores, social-democratas e socialistas têm ideias diferentes sobre como fazer isso. Para cumprir o objetivo no futuro, cada corrente tem de ceder um pouco no presente. “A democracia é feita desses jogos de coordenação”, diz Clemente.

Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria. Foto: Wilton Junior/Estadão

Nesta semana os brasileiros assistiram a uma cena destinada a entrar para a história: chefes dos três Poderes, acompanhados de todos os governadores, desceram juntos a rampa do Palácio do Planalto. Esquerdas e direitas se uniram em torno de um bem maior: a preservação da própria democracia.

Sim, porque essa cena grandiosa seguiu-se a um dos momentos mais sórdidos de nossa trajetória recente: o dia em que delinquentes bolsonaristas vandalizaram as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário. Um quadro de Di Cavalcanti foi destruído a facadas, e o brasão da República foi atirado à rua.

Em nota conjunta, os chefes dos Poderes classificaram os bolsonaristas de “terroristas”, “vândalos”, “criminosos” e “golpistas”. Todos os termos se aplicam de alguma forma. Só não se aplica a palavra “patriota”, com a qual os bolsonaristas se autodefinem. Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria.

Voltemos à teoria dos jogos. O Brasil tem vários problemas importantes a resolver. Nenhum deles se relaciona com a segurança das urnas ou banheiros unissex. Precisamos, entre outras coisas, levar educação a nossos jovens e saneamento às moradias carentes, além de preservar a floresta, que é nosso principal patrimônio como nação. São temas dessa magnitude que devem compor nossa visão de futuro.

A democracia brasileira parecia uma conquista consolidada, até que um nicho extremista passasse a clamar por golpe na frente dos quartéis e, dias mais tarde, perpetrasse o crime que nos envergonhou aos olhos do mundo. Ainda bem que nos unimos para defendê-la. A democracia é o bem maior entre nossos bens maiores. Sem ela não há visão de futuro – nem mesmo futuro.

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A teoria dos jogos é um ramo da matemática que pode inspirar o debate democrático. Imaginemos dois contendores que pensam de forma diferente, mas vislumbram um bem maior. “Em alguns momentos o jogador A tem de ceder, em outros é o jogador B. São os chamados ‘jogos de coordenação’”, diz o economista Felippe Clemente, pesquisador da Universidade de Lisboa e especialista no assunto. Ele é o entrevistado do minipodcast da semana.

Transposto para o universo político, esse bem maior seria uma visão de futuro para um país. Todos os brasileiros estão de acordo, por exemplo, com o fato de que precisamos acabar com a pobreza. Liberais, conservadores, social-democratas e socialistas têm ideias diferentes sobre como fazer isso. Para cumprir o objetivo no futuro, cada corrente tem de ceder um pouco no presente. “A democracia é feita desses jogos de coordenação”, diz Clemente.

Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria. Foto: Wilton Junior/Estadão

Nesta semana os brasileiros assistiram a uma cena destinada a entrar para a história: chefes dos três Poderes, acompanhados de todos os governadores, desceram juntos a rampa do Palácio do Planalto. Esquerdas e direitas se uniram em torno de um bem maior: a preservação da própria democracia.

Sim, porque essa cena grandiosa seguiu-se a um dos momentos mais sórdidos de nossa trajetória recente: o dia em que delinquentes bolsonaristas vandalizaram as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário. Um quadro de Di Cavalcanti foi destruído a facadas, e o brasão da República foi atirado à rua.

Em nota conjunta, os chefes dos Poderes classificaram os bolsonaristas de “terroristas”, “vândalos”, “criminosos” e “golpistas”. Todos os termos se aplicam de alguma forma. Só não se aplica a palavra “patriota”, com a qual os bolsonaristas se autodefinem. Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria.

Voltemos à teoria dos jogos. O Brasil tem vários problemas importantes a resolver. Nenhum deles se relaciona com a segurança das urnas ou banheiros unissex. Precisamos, entre outras coisas, levar educação a nossos jovens e saneamento às moradias carentes, além de preservar a floresta, que é nosso principal patrimônio como nação. São temas dessa magnitude que devem compor nossa visão de futuro.

A democracia brasileira parecia uma conquista consolidada, até que um nicho extremista passasse a clamar por golpe na frente dos quartéis e, dias mais tarde, perpetrasse o crime que nos envergonhou aos olhos do mundo. Ainda bem que nos unimos para defendê-la. A democracia é o bem maior entre nossos bens maiores. Sem ela não há visão de futuro – nem mesmo futuro.

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A teoria dos jogos é um ramo da matemática que pode inspirar o debate democrático. Imaginemos dois contendores que pensam de forma diferente, mas vislumbram um bem maior. “Em alguns momentos o jogador A tem de ceder, em outros é o jogador B. São os chamados ‘jogos de coordenação’”, diz o economista Felippe Clemente, pesquisador da Universidade de Lisboa e especialista no assunto. Ele é o entrevistado do minipodcast da semana.

Transposto para o universo político, esse bem maior seria uma visão de futuro para um país. Todos os brasileiros estão de acordo, por exemplo, com o fato de que precisamos acabar com a pobreza. Liberais, conservadores, social-democratas e socialistas têm ideias diferentes sobre como fazer isso. Para cumprir o objetivo no futuro, cada corrente tem de ceder um pouco no presente. “A democracia é feita desses jogos de coordenação”, diz Clemente.

Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria. Foto: Wilton Junior/Estadão

Nesta semana os brasileiros assistiram a uma cena destinada a entrar para a história: chefes dos três Poderes, acompanhados de todos os governadores, desceram juntos a rampa do Palácio do Planalto. Esquerdas e direitas se uniram em torno de um bem maior: a preservação da própria democracia.

Sim, porque essa cena grandiosa seguiu-se a um dos momentos mais sórdidos de nossa trajetória recente: o dia em que delinquentes bolsonaristas vandalizaram as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário. Um quadro de Di Cavalcanti foi destruído a facadas, e o brasão da República foi atirado à rua.

Em nota conjunta, os chefes dos Poderes classificaram os bolsonaristas de “terroristas”, “vândalos”, “criminosos” e “golpistas”. Todos os termos se aplicam de alguma forma. Só não se aplica a palavra “patriota”, com a qual os bolsonaristas se autodefinem. Em sua fúria destruidora, a horda achincalhou vários símbolos da Pátria.

Voltemos à teoria dos jogos. O Brasil tem vários problemas importantes a resolver. Nenhum deles se relaciona com a segurança das urnas ou banheiros unissex. Precisamos, entre outras coisas, levar educação a nossos jovens e saneamento às moradias carentes, além de preservar a floresta, que é nosso principal patrimônio como nação. São temas dessa magnitude que devem compor nossa visão de futuro.

A democracia brasileira parecia uma conquista consolidada, até que um nicho extremista passasse a clamar por golpe na frente dos quartéis e, dias mais tarde, perpetrasse o crime que nos envergonhou aos olhos do mundo. Ainda bem que nos unimos para defendê-la. A democracia é o bem maior entre nossos bens maiores. Sem ela não há visão de futuro – nem mesmo futuro.

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