Análises para entender o jogo do poder

Opinião|A excursão festiva de Bolsonaro em Buenos Aires e a polarização ‘tipo exportação’


Jair, que até outro dia não sabia quem era Milei, montou comitiva com a nata de sua entourage para acompanhar posse em clima de revanche

Por Renata Agostini

Jair Bolsonaro e sua trupe desembarcaram em Buenos Aires em ritmo de festa. Apeado da disputa eleitoral e cercado por problemas judiciais no Brasil, o ex-presidente viu na vitória de Javier Milei a chance de animar a tropa. Com cinco anos de atraso frente ao Brasil, a extrema direita chegou ao poder na Argentina, dando ao bolsonarismo um gostinho de revanche.

Até outro dia, Jair mal sabia quem era Milei, ainda assim, o ex-presidente não economizou nos preparativos. Para a posse do neoaliado, montou uma comitiva com a nata de sua entourage. Estavam lá Valdemar Costa Neto, o presidente do PL; Eduardo Bolsonaro, deputado e o filho 02; Ciro Nogueira, senador e ex-ministro; Fábio Wajngarten, conselheiro e advogado; Zé Trovão, deputado e ex-foragido; entre outros expoentes do bolsonarismo.

Comitiva de Bolsonaro se encontrou com Milei antes da posse do novo presidente argentino, que acontece neste domingo Foto: Reprodução/Instagram/Partido Liberal
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A ascensão do libertário Javier Milei se transformou em epifania para os seguidores de Jair. Tornou-se aviso de que a direita tropeçou, mas segue viva. E também confirmação de que o bolsonarismo se consolidou como força política e agora exporta seu modelo de polarização.

O receituário envolve a postura “anti-establishment”, a ode ao armamento, a caça aos comunistas e o ódio à esquerda, o jeito caricato, a forma pouco polida de se comunicar, o uso ostensivo das redes sociais, a aliança com liberais e a subsequente ojeriza ao gigantismo do Estado.

Bolsonaro não inventou esse modelo. Ele e seu grupo se inspiraram em sucessos eleitorais como Donald Trump. Mas Jair captou o “Zeitgeist”, lapidou a receita e fincou pé, assim, no pelotão de elite dos líderes de direita.

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Milei emulou Jair e assistiu a seu adversário, Sérgio Massa, beber na fonte do lulismo para tentar batê-lo. A ideia do kirchnerista era pregar a união nacional contra o perigo que Milei, o “Bolsonaro argentino”, representava. O problema é que Massa mirou na eleição brasileira de 2022 e acertou na de 2018.

A esquerda argentina viu que, tal como no Brasil, o buraco é mais embaixo, Massa não é Lula e Milei ainda é uma novidade a arejar o enfadonho cenário político argentino. Já a direita brasileira enxergou na Argentina a senha para o discurso de que a eleição do ano passado foi apenas um tropeço. E Milei é o prenúncio de que, no pleito municipal do próximo ano, a onda de direita voltará a avançar sobre o Brasil.

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O diagnóstico explica a excursão festiva em Buenos Aires de Jair, que aproveitou o holofote pós reunião com Milei para… estocar Lula. O petista, inclusive, deixou claro que compartilha da mesma análise. No encontro do seu partido para discutir a eleição de 2024, na última sexta-feira, descreveu o fenômeno que ele vê se avizinhar: “será outra vez Lula e Bolsonaro, mas disputando no município”.

Jair Bolsonaro e sua trupe desembarcaram em Buenos Aires em ritmo de festa. Apeado da disputa eleitoral e cercado por problemas judiciais no Brasil, o ex-presidente viu na vitória de Javier Milei a chance de animar a tropa. Com cinco anos de atraso frente ao Brasil, a extrema direita chegou ao poder na Argentina, dando ao bolsonarismo um gostinho de revanche.

Até outro dia, Jair mal sabia quem era Milei, ainda assim, o ex-presidente não economizou nos preparativos. Para a posse do neoaliado, montou uma comitiva com a nata de sua entourage. Estavam lá Valdemar Costa Neto, o presidente do PL; Eduardo Bolsonaro, deputado e o filho 02; Ciro Nogueira, senador e ex-ministro; Fábio Wajngarten, conselheiro e advogado; Zé Trovão, deputado e ex-foragido; entre outros expoentes do bolsonarismo.

Comitiva de Bolsonaro se encontrou com Milei antes da posse do novo presidente argentino, que acontece neste domingo Foto: Reprodução/Instagram/Partido Liberal

A ascensão do libertário Javier Milei se transformou em epifania para os seguidores de Jair. Tornou-se aviso de que a direita tropeçou, mas segue viva. E também confirmação de que o bolsonarismo se consolidou como força política e agora exporta seu modelo de polarização.

O receituário envolve a postura “anti-establishment”, a ode ao armamento, a caça aos comunistas e o ódio à esquerda, o jeito caricato, a forma pouco polida de se comunicar, o uso ostensivo das redes sociais, a aliança com liberais e a subsequente ojeriza ao gigantismo do Estado.

Bolsonaro não inventou esse modelo. Ele e seu grupo se inspiraram em sucessos eleitorais como Donald Trump. Mas Jair captou o “Zeitgeist”, lapidou a receita e fincou pé, assim, no pelotão de elite dos líderes de direita.

Milei emulou Jair e assistiu a seu adversário, Sérgio Massa, beber na fonte do lulismo para tentar batê-lo. A ideia do kirchnerista era pregar a união nacional contra o perigo que Milei, o “Bolsonaro argentino”, representava. O problema é que Massa mirou na eleição brasileira de 2022 e acertou na de 2018.

A esquerda argentina viu que, tal como no Brasil, o buraco é mais embaixo, Massa não é Lula e Milei ainda é uma novidade a arejar o enfadonho cenário político argentino. Já a direita brasileira enxergou na Argentina a senha para o discurso de que a eleição do ano passado foi apenas um tropeço. E Milei é o prenúncio de que, no pleito municipal do próximo ano, a onda de direita voltará a avançar sobre o Brasil.

O diagnóstico explica a excursão festiva em Buenos Aires de Jair, que aproveitou o holofote pós reunião com Milei para… estocar Lula. O petista, inclusive, deixou claro que compartilha da mesma análise. No encontro do seu partido para discutir a eleição de 2024, na última sexta-feira, descreveu o fenômeno que ele vê se avizinhar: “será outra vez Lula e Bolsonaro, mas disputando no município”.

Jair Bolsonaro e sua trupe desembarcaram em Buenos Aires em ritmo de festa. Apeado da disputa eleitoral e cercado por problemas judiciais no Brasil, o ex-presidente viu na vitória de Javier Milei a chance de animar a tropa. Com cinco anos de atraso frente ao Brasil, a extrema direita chegou ao poder na Argentina, dando ao bolsonarismo um gostinho de revanche.

Até outro dia, Jair mal sabia quem era Milei, ainda assim, o ex-presidente não economizou nos preparativos. Para a posse do neoaliado, montou uma comitiva com a nata de sua entourage. Estavam lá Valdemar Costa Neto, o presidente do PL; Eduardo Bolsonaro, deputado e o filho 02; Ciro Nogueira, senador e ex-ministro; Fábio Wajngarten, conselheiro e advogado; Zé Trovão, deputado e ex-foragido; entre outros expoentes do bolsonarismo.

Comitiva de Bolsonaro se encontrou com Milei antes da posse do novo presidente argentino, que acontece neste domingo Foto: Reprodução/Instagram/Partido Liberal

A ascensão do libertário Javier Milei se transformou em epifania para os seguidores de Jair. Tornou-se aviso de que a direita tropeçou, mas segue viva. E também confirmação de que o bolsonarismo se consolidou como força política e agora exporta seu modelo de polarização.

O receituário envolve a postura “anti-establishment”, a ode ao armamento, a caça aos comunistas e o ódio à esquerda, o jeito caricato, a forma pouco polida de se comunicar, o uso ostensivo das redes sociais, a aliança com liberais e a subsequente ojeriza ao gigantismo do Estado.

Bolsonaro não inventou esse modelo. Ele e seu grupo se inspiraram em sucessos eleitorais como Donald Trump. Mas Jair captou o “Zeitgeist”, lapidou a receita e fincou pé, assim, no pelotão de elite dos líderes de direita.

Milei emulou Jair e assistiu a seu adversário, Sérgio Massa, beber na fonte do lulismo para tentar batê-lo. A ideia do kirchnerista era pregar a união nacional contra o perigo que Milei, o “Bolsonaro argentino”, representava. O problema é que Massa mirou na eleição brasileira de 2022 e acertou na de 2018.

A esquerda argentina viu que, tal como no Brasil, o buraco é mais embaixo, Massa não é Lula e Milei ainda é uma novidade a arejar o enfadonho cenário político argentino. Já a direita brasileira enxergou na Argentina a senha para o discurso de que a eleição do ano passado foi apenas um tropeço. E Milei é o prenúncio de que, no pleito municipal do próximo ano, a onda de direita voltará a avançar sobre o Brasil.

O diagnóstico explica a excursão festiva em Buenos Aires de Jair, que aproveitou o holofote pós reunião com Milei para… estocar Lula. O petista, inclusive, deixou claro que compartilha da mesma análise. No encontro do seu partido para discutir a eleição de 2024, na última sexta-feira, descreveu o fenômeno que ele vê se avizinhar: “será outra vez Lula e Bolsonaro, mas disputando no município”.

Jair Bolsonaro e sua trupe desembarcaram em Buenos Aires em ritmo de festa. Apeado da disputa eleitoral e cercado por problemas judiciais no Brasil, o ex-presidente viu na vitória de Javier Milei a chance de animar a tropa. Com cinco anos de atraso frente ao Brasil, a extrema direita chegou ao poder na Argentina, dando ao bolsonarismo um gostinho de revanche.

Até outro dia, Jair mal sabia quem era Milei, ainda assim, o ex-presidente não economizou nos preparativos. Para a posse do neoaliado, montou uma comitiva com a nata de sua entourage. Estavam lá Valdemar Costa Neto, o presidente do PL; Eduardo Bolsonaro, deputado e o filho 02; Ciro Nogueira, senador e ex-ministro; Fábio Wajngarten, conselheiro e advogado; Zé Trovão, deputado e ex-foragido; entre outros expoentes do bolsonarismo.

Comitiva de Bolsonaro se encontrou com Milei antes da posse do novo presidente argentino, que acontece neste domingo Foto: Reprodução/Instagram/Partido Liberal

A ascensão do libertário Javier Milei se transformou em epifania para os seguidores de Jair. Tornou-se aviso de que a direita tropeçou, mas segue viva. E também confirmação de que o bolsonarismo se consolidou como força política e agora exporta seu modelo de polarização.

O receituário envolve a postura “anti-establishment”, a ode ao armamento, a caça aos comunistas e o ódio à esquerda, o jeito caricato, a forma pouco polida de se comunicar, o uso ostensivo das redes sociais, a aliança com liberais e a subsequente ojeriza ao gigantismo do Estado.

Bolsonaro não inventou esse modelo. Ele e seu grupo se inspiraram em sucessos eleitorais como Donald Trump. Mas Jair captou o “Zeitgeist”, lapidou a receita e fincou pé, assim, no pelotão de elite dos líderes de direita.

Milei emulou Jair e assistiu a seu adversário, Sérgio Massa, beber na fonte do lulismo para tentar batê-lo. A ideia do kirchnerista era pregar a união nacional contra o perigo que Milei, o “Bolsonaro argentino”, representava. O problema é que Massa mirou na eleição brasileira de 2022 e acertou na de 2018.

A esquerda argentina viu que, tal como no Brasil, o buraco é mais embaixo, Massa não é Lula e Milei ainda é uma novidade a arejar o enfadonho cenário político argentino. Já a direita brasileira enxergou na Argentina a senha para o discurso de que a eleição do ano passado foi apenas um tropeço. E Milei é o prenúncio de que, no pleito municipal do próximo ano, a onda de direita voltará a avançar sobre o Brasil.

O diagnóstico explica a excursão festiva em Buenos Aires de Jair, que aproveitou o holofote pós reunião com Milei para… estocar Lula. O petista, inclusive, deixou claro que compartilha da mesma análise. No encontro do seu partido para discutir a eleição de 2024, na última sexta-feira, descreveu o fenômeno que ele vê se avizinhar: “será outra vez Lula e Bolsonaro, mas disputando no município”.

Opinião por Renata Agostini

Jornalista e analista de política e economia da CNN

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