A jornais estrangeiros, Dilma diz que impeachment pode causar 'cicatrizes duradouras'


'Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou', disse a presidente, segundo o jornal britânico 'The Guardian'

Por Redação
Atualização:

 

A presidente da República afastadaDilma Rousseff Foto: André Dusek|Estadão

A presidente Dilma Rousseff insistiu em entrevista a jornalistas estrangeiros. que não renunciará ao cargo e reafirmou que não há justificativa para o processo de impeachment. Segundo o jornal britânico The Guardian, a presidente disse ainda que retirá-la do cargo pode gerar "cicatrizes duradouras" para a democracia brasileira. Segundo o The New York Times, a petista disse que "dorme bem à noite" e que o esforço da oposição para a remover do Planalto "carece de bases legais". A reportagem do jornal americano descreve que Dilma adotou um tom "desafiador" na conversa, que durou mais de uma hora, em seu escritório no Palácio do Planalto, insistindo que não pretende renunciar. "Nós apelaremos a todos os meios legais disponíveis", afirmou a presidente, ao ser perguntada sobre se aceitaria uma derrota no Congresso sobre o impeachment. Segundo o relato do Times, Dilma negou que tenha recebido financiamento ilegal em sua campanha.

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Dilma reafirmou que se "mantém firme" no cargo e que a paz reinará no Brasil durante a realização da Olimpíada no Rio. "Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou", disse a presidente, segundo o jornal The Guardian.

Ainda de acordo com o jornal britânico, a presidente acusou a oposição de não aceitar a derrota apertada nas eleições de 2014 e, desde então, trabalhar pelo "quanto pior, melhor" com a sabotagem da agenda legislativa apresentada pelo Executivo, fato que tem "afundado o País", cita a reportagem. Dilma criticou ainda "métodos fascistas" usados por alguns nomes da oposição.

O Times, por sua vez, lembra o imbróglio em torno da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. Em um editorial publicado no último sábado, o jornal americano classificou de "ridículas" as explicações de Dilma para justificar a nomeação de Lula, principalmente porque ocorre em meio às denúncias de corrupção apuradas pela Operação Lava Jato.

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Na entrevista desta quinta, Dilma defendeu a escolha do ex-presidente. "Lula é meu parceiro", disse ela, segundo o Times. Ela ressaltou a capacidade de negociação e articulação política de Lula e afastou a justificativa de que a nomeação é apenas para protegê-lo da Operação Lava Jato, dando foro privilegiado ao ex-presidente.

O Times destaca na reportagem uma pesquisa recente, que mostra que 68% da população é favorável ao impeachment e que os brasileiros têm saído às ruas para protestarem contra o governo. "Não vou dizer que é agradável ser vaiada", disse Dilma aos jornalistas estrangeiros ao falar das manifestações. "Mas não sou uma pessoa depressiva. Eu durmo bem à noite."

A reportagem destaca ainda que o impeachment de Dilma pode ser votado na Câmara e no Senado já no próximo mês e que a presidente ainda enfrenta outra possibilidade de perder o mandato, a análise de irregularidades no financiamento da chapa que a elegeu pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE). Neste caso, o vice-presidente, Michel Temer, não poderia assumir o Planalto. 

 

A presidente da República afastadaDilma Rousseff Foto: André Dusek|Estadão

A presidente Dilma Rousseff insistiu em entrevista a jornalistas estrangeiros. que não renunciará ao cargo e reafirmou que não há justificativa para o processo de impeachment. Segundo o jornal britânico The Guardian, a presidente disse ainda que retirá-la do cargo pode gerar "cicatrizes duradouras" para a democracia brasileira. Segundo o The New York Times, a petista disse que "dorme bem à noite" e que o esforço da oposição para a remover do Planalto "carece de bases legais". A reportagem do jornal americano descreve que Dilma adotou um tom "desafiador" na conversa, que durou mais de uma hora, em seu escritório no Palácio do Planalto, insistindo que não pretende renunciar. "Nós apelaremos a todos os meios legais disponíveis", afirmou a presidente, ao ser perguntada sobre se aceitaria uma derrota no Congresso sobre o impeachment. Segundo o relato do Times, Dilma negou que tenha recebido financiamento ilegal em sua campanha.

Dilma reafirmou que se "mantém firme" no cargo e que a paz reinará no Brasil durante a realização da Olimpíada no Rio. "Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou", disse a presidente, segundo o jornal The Guardian.

Ainda de acordo com o jornal britânico, a presidente acusou a oposição de não aceitar a derrota apertada nas eleições de 2014 e, desde então, trabalhar pelo "quanto pior, melhor" com a sabotagem da agenda legislativa apresentada pelo Executivo, fato que tem "afundado o País", cita a reportagem. Dilma criticou ainda "métodos fascistas" usados por alguns nomes da oposição.

O Times, por sua vez, lembra o imbróglio em torno da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. Em um editorial publicado no último sábado, o jornal americano classificou de "ridículas" as explicações de Dilma para justificar a nomeação de Lula, principalmente porque ocorre em meio às denúncias de corrupção apuradas pela Operação Lava Jato.

Na entrevista desta quinta, Dilma defendeu a escolha do ex-presidente. "Lula é meu parceiro", disse ela, segundo o Times. Ela ressaltou a capacidade de negociação e articulação política de Lula e afastou a justificativa de que a nomeação é apenas para protegê-lo da Operação Lava Jato, dando foro privilegiado ao ex-presidente.

O Times destaca na reportagem uma pesquisa recente, que mostra que 68% da população é favorável ao impeachment e que os brasileiros têm saído às ruas para protestarem contra o governo. "Não vou dizer que é agradável ser vaiada", disse Dilma aos jornalistas estrangeiros ao falar das manifestações. "Mas não sou uma pessoa depressiva. Eu durmo bem à noite."

A reportagem destaca ainda que o impeachment de Dilma pode ser votado na Câmara e no Senado já no próximo mês e que a presidente ainda enfrenta outra possibilidade de perder o mandato, a análise de irregularidades no financiamento da chapa que a elegeu pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE). Neste caso, o vice-presidente, Michel Temer, não poderia assumir o Planalto. 

 

A presidente da República afastadaDilma Rousseff Foto: André Dusek|Estadão

A presidente Dilma Rousseff insistiu em entrevista a jornalistas estrangeiros. que não renunciará ao cargo e reafirmou que não há justificativa para o processo de impeachment. Segundo o jornal britânico The Guardian, a presidente disse ainda que retirá-la do cargo pode gerar "cicatrizes duradouras" para a democracia brasileira. Segundo o The New York Times, a petista disse que "dorme bem à noite" e que o esforço da oposição para a remover do Planalto "carece de bases legais". A reportagem do jornal americano descreve que Dilma adotou um tom "desafiador" na conversa, que durou mais de uma hora, em seu escritório no Palácio do Planalto, insistindo que não pretende renunciar. "Nós apelaremos a todos os meios legais disponíveis", afirmou a presidente, ao ser perguntada sobre se aceitaria uma derrota no Congresso sobre o impeachment. Segundo o relato do Times, Dilma negou que tenha recebido financiamento ilegal em sua campanha.

Dilma reafirmou que se "mantém firme" no cargo e que a paz reinará no Brasil durante a realização da Olimpíada no Rio. "Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou", disse a presidente, segundo o jornal The Guardian.

Ainda de acordo com o jornal britânico, a presidente acusou a oposição de não aceitar a derrota apertada nas eleições de 2014 e, desde então, trabalhar pelo "quanto pior, melhor" com a sabotagem da agenda legislativa apresentada pelo Executivo, fato que tem "afundado o País", cita a reportagem. Dilma criticou ainda "métodos fascistas" usados por alguns nomes da oposição.

O Times, por sua vez, lembra o imbróglio em torno da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. Em um editorial publicado no último sábado, o jornal americano classificou de "ridículas" as explicações de Dilma para justificar a nomeação de Lula, principalmente porque ocorre em meio às denúncias de corrupção apuradas pela Operação Lava Jato.

Na entrevista desta quinta, Dilma defendeu a escolha do ex-presidente. "Lula é meu parceiro", disse ela, segundo o Times. Ela ressaltou a capacidade de negociação e articulação política de Lula e afastou a justificativa de que a nomeação é apenas para protegê-lo da Operação Lava Jato, dando foro privilegiado ao ex-presidente.

O Times destaca na reportagem uma pesquisa recente, que mostra que 68% da população é favorável ao impeachment e que os brasileiros têm saído às ruas para protestarem contra o governo. "Não vou dizer que é agradável ser vaiada", disse Dilma aos jornalistas estrangeiros ao falar das manifestações. "Mas não sou uma pessoa depressiva. Eu durmo bem à noite."

A reportagem destaca ainda que o impeachment de Dilma pode ser votado na Câmara e no Senado já no próximo mês e que a presidente ainda enfrenta outra possibilidade de perder o mandato, a análise de irregularidades no financiamento da chapa que a elegeu pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE). Neste caso, o vice-presidente, Michel Temer, não poderia assumir o Planalto. 

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