Apoiadores de Bolsonaro insuflam militância contra o STF nas redes sociais a um dia do 7 de Setembro


Chefe do Executivo tem se mantido em silêncio diante da ofensiva bolsonarista nas redes sociais contra ministros da Corte; clima é de confronto

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA – .O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mantido em silêncio diante da ofensiva dos seus apoiadores contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), às vésperas das manifestações convocadas por ele para o feriado 7 de Setembro. Como mostrou o Estadão, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou uma megaoperação para evitar tentativas de invasões aos prédios públicos da Esplanada do Ministério e, em especial, ao STF. Enquanto isso, nas redes sociais, aliados de Bolsonaro insuflam a militância com críticas e ataques aos magistrados, sem um comando claro do presidente para evitar que o clima de confronto seja transportado para as ruas.

A segurança no prédio do STF foi reforçada no início da noite desta terça-feira, 6. Foto: Wilton Junior/Estadão
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Decisões recentes dos ministros têm alimentado os fóruns de discussões bolsonaristas nas redes sociais. O Estadão acompanhou trocas de mensagens em grupos públicos no Telegram e WhatsApp nos últimos dias. Políticos ligados ao governo têm propagado ataques ao STF em paralelo à convocação para os atos de 7 de Setembro, como forma de se opor ao “arbítrio” dos membros da Corte.

O próprio Bolsonaro deu início à saraivada de ataques aos magistrados em evento de campanha no último sábado, 3. Sem fazer menção direta ao ministro Alexandre de Moraes, o presidente voltou a criticar sua decisão que autorizou operações de busca e apreensão nas casas de empresários suspeitos de integrarem organização criminosa com objetivos antidemocráticos. Em alusão aos jornalistas que revelaram o escândalo e a Moraes, ele disse que “mais vagabundo que esse (repórter) ouvindo a conversa é quem dá canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”.

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Os ataques a Moraes ecoaram nas redes sociais no final de semana, mas logo deram lugar a um novo alvo: o ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado foi duramente criticado, inclusive em setores da esquerda, por sua decisão de suspender a lei que estabeleceu o piso salarial de R$ 4.750 mil para os profissionais da enfermagem.

Fiel apoiadora do governo, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) escreveu no Twitter que o “ativismo judicial do STF seria sentido por todos” e que, desta vez, foram atingidos os profissionais da enfermagem. Ela ainda completou a publicação com uma convocação para os atos do 7 de Setembro em São Paulo.

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O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), atualmente candidato a senador por Pernambuco, compartilhou um vídeo irônico relembrando que Barroso votou a favor do reajuste do próprio salário durante a discussão do Projeto de Lei (PL) que reajusta o orçamento do Supremo para 2023.

A militância bolsonarista mudou de alvo mais uma vez nesta segunda-feira, 5, depois que o ministro Edson Fachin decidiu suspender trechos de decretos editados por Bolsonaro que flexibilizaram o direito à posse e ao porte de armas no País. O assunto mobilizou alguns dos maiores grupos públicos de apoiadores do Bolsonaro em torno da narrativa de que o Supremo cerceia direitos.

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Filho do presidente e candidato à reeleição neste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou no Twitter que Fachin “tem um pensamento militante e a margem da lei”. Ele ainda relembrou que o vencedor das eleições deste ano terá direito a duas indicações ao Supremo em 2023.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que concorre a uma vaga ao Senado, também usou as redes sociais para criticar a decisão de Fachin. Ele escreveu no Twitter que “novamente o judiciário extrapola suas atribuições, fazendo ingerência indevida”. “As liminares de hoje interferem em decisões já aprovadas pelos outros poderes, nos direitos de autodefesa e dos CACs. Liberdade não se negocia e absurdos como esses não podem continuar”, completou.

Na tarde desta segunda-feira, 5, dois magistrados da Suprema Corte foram parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, superando a marca de 56 mil menções. Fachin esteve no centro das discussões com mais de 43 mil publicações que o colocaram em segundo lugar no ranking de interações na rede social, tendo como revés o volume de comentários negativos lançados por apoiadores do governo.

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Na contramão, o ministro Kassio Nunes Marques saiu quase imune aos ataques e ficou em 6º lugar na lista de engajamento dos usuários com 13 mil menções. Ele foi o responsável por suspender o julgamento sobre a legalidade dos decretos favoráveis à flexibilização da legislação sobre armas.

Ex-secretário de Comunicação, o ator Mário Frias disse que a decisão de Fachin “é mais um absurdo sem precedentes”. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) disse que o despacho do ministro não terá efeito sobre “marginais”, que continuarão a exercer “sua cidadania plenamente”. Esse tuítes muniram grupos bolsonaristas no Telegram que organizam as manifestaçoes de 7 de Setembro.

BRASÍLIA – .O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mantido em silêncio diante da ofensiva dos seus apoiadores contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), às vésperas das manifestações convocadas por ele para o feriado 7 de Setembro. Como mostrou o Estadão, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou uma megaoperação para evitar tentativas de invasões aos prédios públicos da Esplanada do Ministério e, em especial, ao STF. Enquanto isso, nas redes sociais, aliados de Bolsonaro insuflam a militância com críticas e ataques aos magistrados, sem um comando claro do presidente para evitar que o clima de confronto seja transportado para as ruas.

A segurança no prédio do STF foi reforçada no início da noite desta terça-feira, 6. Foto: Wilton Junior/Estadão

Decisões recentes dos ministros têm alimentado os fóruns de discussões bolsonaristas nas redes sociais. O Estadão acompanhou trocas de mensagens em grupos públicos no Telegram e WhatsApp nos últimos dias. Políticos ligados ao governo têm propagado ataques ao STF em paralelo à convocação para os atos de 7 de Setembro, como forma de se opor ao “arbítrio” dos membros da Corte.

O próprio Bolsonaro deu início à saraivada de ataques aos magistrados em evento de campanha no último sábado, 3. Sem fazer menção direta ao ministro Alexandre de Moraes, o presidente voltou a criticar sua decisão que autorizou operações de busca e apreensão nas casas de empresários suspeitos de integrarem organização criminosa com objetivos antidemocráticos. Em alusão aos jornalistas que revelaram o escândalo e a Moraes, ele disse que “mais vagabundo que esse (repórter) ouvindo a conversa é quem dá canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”.

Os ataques a Moraes ecoaram nas redes sociais no final de semana, mas logo deram lugar a um novo alvo: o ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado foi duramente criticado, inclusive em setores da esquerda, por sua decisão de suspender a lei que estabeleceu o piso salarial de R$ 4.750 mil para os profissionais da enfermagem.

Fiel apoiadora do governo, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) escreveu no Twitter que o “ativismo judicial do STF seria sentido por todos” e que, desta vez, foram atingidos os profissionais da enfermagem. Ela ainda completou a publicação com uma convocação para os atos do 7 de Setembro em São Paulo.

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), atualmente candidato a senador por Pernambuco, compartilhou um vídeo irônico relembrando que Barroso votou a favor do reajuste do próprio salário durante a discussão do Projeto de Lei (PL) que reajusta o orçamento do Supremo para 2023.

A militância bolsonarista mudou de alvo mais uma vez nesta segunda-feira, 5, depois que o ministro Edson Fachin decidiu suspender trechos de decretos editados por Bolsonaro que flexibilizaram o direito à posse e ao porte de armas no País. O assunto mobilizou alguns dos maiores grupos públicos de apoiadores do Bolsonaro em torno da narrativa de que o Supremo cerceia direitos.

Filho do presidente e candidato à reeleição neste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou no Twitter que Fachin “tem um pensamento militante e a margem da lei”. Ele ainda relembrou que o vencedor das eleições deste ano terá direito a duas indicações ao Supremo em 2023.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que concorre a uma vaga ao Senado, também usou as redes sociais para criticar a decisão de Fachin. Ele escreveu no Twitter que “novamente o judiciário extrapola suas atribuições, fazendo ingerência indevida”. “As liminares de hoje interferem em decisões já aprovadas pelos outros poderes, nos direitos de autodefesa e dos CACs. Liberdade não se negocia e absurdos como esses não podem continuar”, completou.

Na tarde desta segunda-feira, 5, dois magistrados da Suprema Corte foram parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, superando a marca de 56 mil menções. Fachin esteve no centro das discussões com mais de 43 mil publicações que o colocaram em segundo lugar no ranking de interações na rede social, tendo como revés o volume de comentários negativos lançados por apoiadores do governo.

Na contramão, o ministro Kassio Nunes Marques saiu quase imune aos ataques e ficou em 6º lugar na lista de engajamento dos usuários com 13 mil menções. Ele foi o responsável por suspender o julgamento sobre a legalidade dos decretos favoráveis à flexibilização da legislação sobre armas.

Ex-secretário de Comunicação, o ator Mário Frias disse que a decisão de Fachin “é mais um absurdo sem precedentes”. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) disse que o despacho do ministro não terá efeito sobre “marginais”, que continuarão a exercer “sua cidadania plenamente”. Esse tuítes muniram grupos bolsonaristas no Telegram que organizam as manifestaçoes de 7 de Setembro.

BRASÍLIA – .O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mantido em silêncio diante da ofensiva dos seus apoiadores contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), às vésperas das manifestações convocadas por ele para o feriado 7 de Setembro. Como mostrou o Estadão, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou uma megaoperação para evitar tentativas de invasões aos prédios públicos da Esplanada do Ministério e, em especial, ao STF. Enquanto isso, nas redes sociais, aliados de Bolsonaro insuflam a militância com críticas e ataques aos magistrados, sem um comando claro do presidente para evitar que o clima de confronto seja transportado para as ruas.

A segurança no prédio do STF foi reforçada no início da noite desta terça-feira, 6. Foto: Wilton Junior/Estadão

Decisões recentes dos ministros têm alimentado os fóruns de discussões bolsonaristas nas redes sociais. O Estadão acompanhou trocas de mensagens em grupos públicos no Telegram e WhatsApp nos últimos dias. Políticos ligados ao governo têm propagado ataques ao STF em paralelo à convocação para os atos de 7 de Setembro, como forma de se opor ao “arbítrio” dos membros da Corte.

O próprio Bolsonaro deu início à saraivada de ataques aos magistrados em evento de campanha no último sábado, 3. Sem fazer menção direta ao ministro Alexandre de Moraes, o presidente voltou a criticar sua decisão que autorizou operações de busca e apreensão nas casas de empresários suspeitos de integrarem organização criminosa com objetivos antidemocráticos. Em alusão aos jornalistas que revelaram o escândalo e a Moraes, ele disse que “mais vagabundo que esse (repórter) ouvindo a conversa é quem dá canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”.

Os ataques a Moraes ecoaram nas redes sociais no final de semana, mas logo deram lugar a um novo alvo: o ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado foi duramente criticado, inclusive em setores da esquerda, por sua decisão de suspender a lei que estabeleceu o piso salarial de R$ 4.750 mil para os profissionais da enfermagem.

Fiel apoiadora do governo, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) escreveu no Twitter que o “ativismo judicial do STF seria sentido por todos” e que, desta vez, foram atingidos os profissionais da enfermagem. Ela ainda completou a publicação com uma convocação para os atos do 7 de Setembro em São Paulo.

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), atualmente candidato a senador por Pernambuco, compartilhou um vídeo irônico relembrando que Barroso votou a favor do reajuste do próprio salário durante a discussão do Projeto de Lei (PL) que reajusta o orçamento do Supremo para 2023.

A militância bolsonarista mudou de alvo mais uma vez nesta segunda-feira, 5, depois que o ministro Edson Fachin decidiu suspender trechos de decretos editados por Bolsonaro que flexibilizaram o direito à posse e ao porte de armas no País. O assunto mobilizou alguns dos maiores grupos públicos de apoiadores do Bolsonaro em torno da narrativa de que o Supremo cerceia direitos.

Filho do presidente e candidato à reeleição neste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou no Twitter que Fachin “tem um pensamento militante e a margem da lei”. Ele ainda relembrou que o vencedor das eleições deste ano terá direito a duas indicações ao Supremo em 2023.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que concorre a uma vaga ao Senado, também usou as redes sociais para criticar a decisão de Fachin. Ele escreveu no Twitter que “novamente o judiciário extrapola suas atribuições, fazendo ingerência indevida”. “As liminares de hoje interferem em decisões já aprovadas pelos outros poderes, nos direitos de autodefesa e dos CACs. Liberdade não se negocia e absurdos como esses não podem continuar”, completou.

Na tarde desta segunda-feira, 5, dois magistrados da Suprema Corte foram parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, superando a marca de 56 mil menções. Fachin esteve no centro das discussões com mais de 43 mil publicações que o colocaram em segundo lugar no ranking de interações na rede social, tendo como revés o volume de comentários negativos lançados por apoiadores do governo.

Na contramão, o ministro Kassio Nunes Marques saiu quase imune aos ataques e ficou em 6º lugar na lista de engajamento dos usuários com 13 mil menções. Ele foi o responsável por suspender o julgamento sobre a legalidade dos decretos favoráveis à flexibilização da legislação sobre armas.

Ex-secretário de Comunicação, o ator Mário Frias disse que a decisão de Fachin “é mais um absurdo sem precedentes”. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) disse que o despacho do ministro não terá efeito sobre “marginais”, que continuarão a exercer “sua cidadania plenamente”. Esse tuítes muniram grupos bolsonaristas no Telegram que organizam as manifestaçoes de 7 de Setembro.

BRASÍLIA – .O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mantido em silêncio diante da ofensiva dos seus apoiadores contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), às vésperas das manifestações convocadas por ele para o feriado 7 de Setembro. Como mostrou o Estadão, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou uma megaoperação para evitar tentativas de invasões aos prédios públicos da Esplanada do Ministério e, em especial, ao STF. Enquanto isso, nas redes sociais, aliados de Bolsonaro insuflam a militância com críticas e ataques aos magistrados, sem um comando claro do presidente para evitar que o clima de confronto seja transportado para as ruas.

A segurança no prédio do STF foi reforçada no início da noite desta terça-feira, 6. Foto: Wilton Junior/Estadão

Decisões recentes dos ministros têm alimentado os fóruns de discussões bolsonaristas nas redes sociais. O Estadão acompanhou trocas de mensagens em grupos públicos no Telegram e WhatsApp nos últimos dias. Políticos ligados ao governo têm propagado ataques ao STF em paralelo à convocação para os atos de 7 de Setembro, como forma de se opor ao “arbítrio” dos membros da Corte.

O próprio Bolsonaro deu início à saraivada de ataques aos magistrados em evento de campanha no último sábado, 3. Sem fazer menção direta ao ministro Alexandre de Moraes, o presidente voltou a criticar sua decisão que autorizou operações de busca e apreensão nas casas de empresários suspeitos de integrarem organização criminosa com objetivos antidemocráticos. Em alusão aos jornalistas que revelaram o escândalo e a Moraes, ele disse que “mais vagabundo que esse (repórter) ouvindo a conversa é quem dá canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”.

Os ataques a Moraes ecoaram nas redes sociais no final de semana, mas logo deram lugar a um novo alvo: o ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado foi duramente criticado, inclusive em setores da esquerda, por sua decisão de suspender a lei que estabeleceu o piso salarial de R$ 4.750 mil para os profissionais da enfermagem.

Fiel apoiadora do governo, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) escreveu no Twitter que o “ativismo judicial do STF seria sentido por todos” e que, desta vez, foram atingidos os profissionais da enfermagem. Ela ainda completou a publicação com uma convocação para os atos do 7 de Setembro em São Paulo.

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), atualmente candidato a senador por Pernambuco, compartilhou um vídeo irônico relembrando que Barroso votou a favor do reajuste do próprio salário durante a discussão do Projeto de Lei (PL) que reajusta o orçamento do Supremo para 2023.

A militância bolsonarista mudou de alvo mais uma vez nesta segunda-feira, 5, depois que o ministro Edson Fachin decidiu suspender trechos de decretos editados por Bolsonaro que flexibilizaram o direito à posse e ao porte de armas no País. O assunto mobilizou alguns dos maiores grupos públicos de apoiadores do Bolsonaro em torno da narrativa de que o Supremo cerceia direitos.

Filho do presidente e candidato à reeleição neste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou no Twitter que Fachin “tem um pensamento militante e a margem da lei”. Ele ainda relembrou que o vencedor das eleições deste ano terá direito a duas indicações ao Supremo em 2023.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que concorre a uma vaga ao Senado, também usou as redes sociais para criticar a decisão de Fachin. Ele escreveu no Twitter que “novamente o judiciário extrapola suas atribuições, fazendo ingerência indevida”. “As liminares de hoje interferem em decisões já aprovadas pelos outros poderes, nos direitos de autodefesa e dos CACs. Liberdade não se negocia e absurdos como esses não podem continuar”, completou.

Na tarde desta segunda-feira, 5, dois magistrados da Suprema Corte foram parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, superando a marca de 56 mil menções. Fachin esteve no centro das discussões com mais de 43 mil publicações que o colocaram em segundo lugar no ranking de interações na rede social, tendo como revés o volume de comentários negativos lançados por apoiadores do governo.

Na contramão, o ministro Kassio Nunes Marques saiu quase imune aos ataques e ficou em 6º lugar na lista de engajamento dos usuários com 13 mil menções. Ele foi o responsável por suspender o julgamento sobre a legalidade dos decretos favoráveis à flexibilização da legislação sobre armas.

Ex-secretário de Comunicação, o ator Mário Frias disse que a decisão de Fachin “é mais um absurdo sem precedentes”. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) disse que o despacho do ministro não terá efeito sobre “marginais”, que continuarão a exercer “sua cidadania plenamente”. Esse tuítes muniram grupos bolsonaristas no Telegram que organizam as manifestaçoes de 7 de Setembro.

BRASÍLIA – .O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mantido em silêncio diante da ofensiva dos seus apoiadores contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), às vésperas das manifestações convocadas por ele para o feriado 7 de Setembro. Como mostrou o Estadão, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou uma megaoperação para evitar tentativas de invasões aos prédios públicos da Esplanada do Ministério e, em especial, ao STF. Enquanto isso, nas redes sociais, aliados de Bolsonaro insuflam a militância com críticas e ataques aos magistrados, sem um comando claro do presidente para evitar que o clima de confronto seja transportado para as ruas.

A segurança no prédio do STF foi reforçada no início da noite desta terça-feira, 6. Foto: Wilton Junior/Estadão

Decisões recentes dos ministros têm alimentado os fóruns de discussões bolsonaristas nas redes sociais. O Estadão acompanhou trocas de mensagens em grupos públicos no Telegram e WhatsApp nos últimos dias. Políticos ligados ao governo têm propagado ataques ao STF em paralelo à convocação para os atos de 7 de Setembro, como forma de se opor ao “arbítrio” dos membros da Corte.

O próprio Bolsonaro deu início à saraivada de ataques aos magistrados em evento de campanha no último sábado, 3. Sem fazer menção direta ao ministro Alexandre de Moraes, o presidente voltou a criticar sua decisão que autorizou operações de busca e apreensão nas casas de empresários suspeitos de integrarem organização criminosa com objetivos antidemocráticos. Em alusão aos jornalistas que revelaram o escândalo e a Moraes, ele disse que “mais vagabundo que esse (repórter) ouvindo a conversa é quem dá canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”.

Os ataques a Moraes ecoaram nas redes sociais no final de semana, mas logo deram lugar a um novo alvo: o ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado foi duramente criticado, inclusive em setores da esquerda, por sua decisão de suspender a lei que estabeleceu o piso salarial de R$ 4.750 mil para os profissionais da enfermagem.

Fiel apoiadora do governo, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) escreveu no Twitter que o “ativismo judicial do STF seria sentido por todos” e que, desta vez, foram atingidos os profissionais da enfermagem. Ela ainda completou a publicação com uma convocação para os atos do 7 de Setembro em São Paulo.

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), atualmente candidato a senador por Pernambuco, compartilhou um vídeo irônico relembrando que Barroso votou a favor do reajuste do próprio salário durante a discussão do Projeto de Lei (PL) que reajusta o orçamento do Supremo para 2023.

A militância bolsonarista mudou de alvo mais uma vez nesta segunda-feira, 5, depois que o ministro Edson Fachin decidiu suspender trechos de decretos editados por Bolsonaro que flexibilizaram o direito à posse e ao porte de armas no País. O assunto mobilizou alguns dos maiores grupos públicos de apoiadores do Bolsonaro em torno da narrativa de que o Supremo cerceia direitos.

Filho do presidente e candidato à reeleição neste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou no Twitter que Fachin “tem um pensamento militante e a margem da lei”. Ele ainda relembrou que o vencedor das eleições deste ano terá direito a duas indicações ao Supremo em 2023.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que concorre a uma vaga ao Senado, também usou as redes sociais para criticar a decisão de Fachin. Ele escreveu no Twitter que “novamente o judiciário extrapola suas atribuições, fazendo ingerência indevida”. “As liminares de hoje interferem em decisões já aprovadas pelos outros poderes, nos direitos de autodefesa e dos CACs. Liberdade não se negocia e absurdos como esses não podem continuar”, completou.

Na tarde desta segunda-feira, 5, dois magistrados da Suprema Corte foram parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, superando a marca de 56 mil menções. Fachin esteve no centro das discussões com mais de 43 mil publicações que o colocaram em segundo lugar no ranking de interações na rede social, tendo como revés o volume de comentários negativos lançados por apoiadores do governo.

Na contramão, o ministro Kassio Nunes Marques saiu quase imune aos ataques e ficou em 6º lugar na lista de engajamento dos usuários com 13 mil menções. Ele foi o responsável por suspender o julgamento sobre a legalidade dos decretos favoráveis à flexibilização da legislação sobre armas.

Ex-secretário de Comunicação, o ator Mário Frias disse que a decisão de Fachin “é mais um absurdo sem precedentes”. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) disse que o despacho do ministro não terá efeito sobre “marginais”, que continuarão a exercer “sua cidadania plenamente”. Esse tuítes muniram grupos bolsonaristas no Telegram que organizam as manifestaçoes de 7 de Setembro.

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