ACM Neto recupera jingle histórico do avô e tenta emplacar nova era do carlismo na Bahia


‘ACM, Meu Amor’ embalou campanha de ACM em 1990 e deu início a 16 anos consecutivos de influência do ex-governador e ex-senador no Estado

Por Regina Bochicchio

Favorito nas pesquisas, o pré-candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) foi buscar na memória de seu avô, Antônio Carlos Magalhães, o ACM, um impulso a mais para sua campanha ao recuperar, 32 anos depois, o popular jingle ACM, Meu Amor, que consagrou a vitória de ACM em 1990 como governador do Estado. A música já é a principal peça da pré-campanha do ex-prefeito de Salvador, que em discursos pelo interior baiano, alguns reproduzidos em suas redes sociais, tem evocado a figura do avô.

ACM Neto tem mantido sua pré-candidatura competitiva fugindo da polarização nacional entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que têm como candidatos Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL), respectivamente. A tentativa de manter a sua campanha longe dos embates nacionais e centrar nas questões locais, acaba casando com o resgate da lembrança do avô, conhecido por ressaltar o “amor pela Bahia”.

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“Cresci vendo ACM lutar pela Bahia, pelos baianos. Às vezes ele comprava brigas demais, mas era para defender o nosso Estado. Ele projetou talentos, realizou governos transformadores e é em ACM que encontro o exemplo de que a Bahia pode mais”, disse r ACM Neto ao apresentar o clipe do jingle, cuja letra foi sutilmente adaptada pela equipe do marketing. No lugar da frase “tá faltando homem, doutor”, o que poderia não pegar bem nos dias atuais, optou-se por “tá faltando força e amor”.

O clipe do jingle mostra ACM Neto andando por Salvador no período em que comandou a cidade, abraçando populares e crianças, o que também lembra o audiovisual original, de 1990, com o velho ACM – cuja imagem aparece também por alguns segundos. O intérprete da versão original, Antônio Carlos ‘Besouro’, também empresta a voz para a versão atual.

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O resgate do jingle acabou provocando críticas dos principais opositores no Estado. O PT ligou o uso jingle ao retorno da velha política carlista. O presidente estadual do partido, Éden Valadares, disse para jornais da Bahia que “em vez de significar qualquer modernidade, ele (ACM Neto) é o representante do passado, da velha política, do mandonismo mais arcaico e retrógrado”.

Música fez tanto sucesso que foi cantada até pela oposição, diz compositor

O jingle ACM, Meu Amor embalou a vitória que deu início a um período de 16 anos consecutivos do carlismo no poder da Bahia, até 2006, quando Paulo Souto (então PFL) foi derrotado nas urnas por Jaques Wagner (PT). Caso ACM Neto vença o pleito, também desbancará outros 16 anos do PT no governo do Estado.

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De autoria dos compositores Gerônimo e Vevé Calazans (este, morto em 2012), o jingle fez tanto sucesso que passou a ser entoado como música popular, “até pela oposição”, brinca Gerônimo em entrevista ao Estadão.

“Não chamo de jingle, chamo de música, porque até hoje, em todo interior baiano que tem alguma manifestação que envolva alguma lembrança do governador Antônio Carlos Magalhães, essa música é executada”, diz o compositor. Na época, a agência responsável pelo marketing da campanha de ACM era a Propeg. Mas Gerônimo e o parceiro não aceitaram a interferência do marqueteiro para criar o que o compositor chama de “obra de arte”. “Tivemos liberdade. E quando ele (ACM) ouviu ACM, Meu Amor, ele nos abraçou. E disse: é essa que eu quero.”

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A ideia era a de que ACM poderia utilizar o jingle o quanto quisesse. Mas quando o senador morreu, em 2007, a coisa mudou de figura. O jingle foi alvo de pendenga na Justiça por direitos autorais, quando o então deputado ACM Neto expressou o desejo de utilizá-lo em sua campanha à prefeitura de 2008, mas foi impedido. Os autores pediram indenização por direitos autorais no valor de R$ 500 mil.

A novela do jingle se arrastou na Justiça até há um ano e meio, quando houve um acordo. “Ninguém ganhou, ninguém perdeu. Houve um acordo. Não foi ruim, mas também não foi bom. É como dizia Vevé: deu para o gasto.” O artista prefere não comentar a cifra.. Fato é que o acordo liberou o jingle para a campanha de ACM Neto. E sem ressentimento: “Isso já acabou, estamos tranquilos”, diz Gerônimo.

Favorito nas pesquisas, o pré-candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) foi buscar na memória de seu avô, Antônio Carlos Magalhães, o ACM, um impulso a mais para sua campanha ao recuperar, 32 anos depois, o popular jingle ACM, Meu Amor, que consagrou a vitória de ACM em 1990 como governador do Estado. A música já é a principal peça da pré-campanha do ex-prefeito de Salvador, que em discursos pelo interior baiano, alguns reproduzidos em suas redes sociais, tem evocado a figura do avô.

ACM Neto tem mantido sua pré-candidatura competitiva fugindo da polarização nacional entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que têm como candidatos Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL), respectivamente. A tentativa de manter a sua campanha longe dos embates nacionais e centrar nas questões locais, acaba casando com o resgate da lembrança do avô, conhecido por ressaltar o “amor pela Bahia”.

“Cresci vendo ACM lutar pela Bahia, pelos baianos. Às vezes ele comprava brigas demais, mas era para defender o nosso Estado. Ele projetou talentos, realizou governos transformadores e é em ACM que encontro o exemplo de que a Bahia pode mais”, disse r ACM Neto ao apresentar o clipe do jingle, cuja letra foi sutilmente adaptada pela equipe do marketing. No lugar da frase “tá faltando homem, doutor”, o que poderia não pegar bem nos dias atuais, optou-se por “tá faltando força e amor”.

O clipe do jingle mostra ACM Neto andando por Salvador no período em que comandou a cidade, abraçando populares e crianças, o que também lembra o audiovisual original, de 1990, com o velho ACM – cuja imagem aparece também por alguns segundos. O intérprete da versão original, Antônio Carlos ‘Besouro’, também empresta a voz para a versão atual.

O resgate do jingle acabou provocando críticas dos principais opositores no Estado. O PT ligou o uso jingle ao retorno da velha política carlista. O presidente estadual do partido, Éden Valadares, disse para jornais da Bahia que “em vez de significar qualquer modernidade, ele (ACM Neto) é o representante do passado, da velha política, do mandonismo mais arcaico e retrógrado”.

Música fez tanto sucesso que foi cantada até pela oposição, diz compositor

O jingle ACM, Meu Amor embalou a vitória que deu início a um período de 16 anos consecutivos do carlismo no poder da Bahia, até 2006, quando Paulo Souto (então PFL) foi derrotado nas urnas por Jaques Wagner (PT). Caso ACM Neto vença o pleito, também desbancará outros 16 anos do PT no governo do Estado.

De autoria dos compositores Gerônimo e Vevé Calazans (este, morto em 2012), o jingle fez tanto sucesso que passou a ser entoado como música popular, “até pela oposição”, brinca Gerônimo em entrevista ao Estadão.

“Não chamo de jingle, chamo de música, porque até hoje, em todo interior baiano que tem alguma manifestação que envolva alguma lembrança do governador Antônio Carlos Magalhães, essa música é executada”, diz o compositor. Na época, a agência responsável pelo marketing da campanha de ACM era a Propeg. Mas Gerônimo e o parceiro não aceitaram a interferência do marqueteiro para criar o que o compositor chama de “obra de arte”. “Tivemos liberdade. E quando ele (ACM) ouviu ACM, Meu Amor, ele nos abraçou. E disse: é essa que eu quero.”

A ideia era a de que ACM poderia utilizar o jingle o quanto quisesse. Mas quando o senador morreu, em 2007, a coisa mudou de figura. O jingle foi alvo de pendenga na Justiça por direitos autorais, quando o então deputado ACM Neto expressou o desejo de utilizá-lo em sua campanha à prefeitura de 2008, mas foi impedido. Os autores pediram indenização por direitos autorais no valor de R$ 500 mil.

A novela do jingle se arrastou na Justiça até há um ano e meio, quando houve um acordo. “Ninguém ganhou, ninguém perdeu. Houve um acordo. Não foi ruim, mas também não foi bom. É como dizia Vevé: deu para o gasto.” O artista prefere não comentar a cifra.. Fato é que o acordo liberou o jingle para a campanha de ACM Neto. E sem ressentimento: “Isso já acabou, estamos tranquilos”, diz Gerônimo.

Favorito nas pesquisas, o pré-candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) foi buscar na memória de seu avô, Antônio Carlos Magalhães, o ACM, um impulso a mais para sua campanha ao recuperar, 32 anos depois, o popular jingle ACM, Meu Amor, que consagrou a vitória de ACM em 1990 como governador do Estado. A música já é a principal peça da pré-campanha do ex-prefeito de Salvador, que em discursos pelo interior baiano, alguns reproduzidos em suas redes sociais, tem evocado a figura do avô.

ACM Neto tem mantido sua pré-candidatura competitiva fugindo da polarização nacional entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que têm como candidatos Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL), respectivamente. A tentativa de manter a sua campanha longe dos embates nacionais e centrar nas questões locais, acaba casando com o resgate da lembrança do avô, conhecido por ressaltar o “amor pela Bahia”.

“Cresci vendo ACM lutar pela Bahia, pelos baianos. Às vezes ele comprava brigas demais, mas era para defender o nosso Estado. Ele projetou talentos, realizou governos transformadores e é em ACM que encontro o exemplo de que a Bahia pode mais”, disse r ACM Neto ao apresentar o clipe do jingle, cuja letra foi sutilmente adaptada pela equipe do marketing. No lugar da frase “tá faltando homem, doutor”, o que poderia não pegar bem nos dias atuais, optou-se por “tá faltando força e amor”.

O clipe do jingle mostra ACM Neto andando por Salvador no período em que comandou a cidade, abraçando populares e crianças, o que também lembra o audiovisual original, de 1990, com o velho ACM – cuja imagem aparece também por alguns segundos. O intérprete da versão original, Antônio Carlos ‘Besouro’, também empresta a voz para a versão atual.

O resgate do jingle acabou provocando críticas dos principais opositores no Estado. O PT ligou o uso jingle ao retorno da velha política carlista. O presidente estadual do partido, Éden Valadares, disse para jornais da Bahia que “em vez de significar qualquer modernidade, ele (ACM Neto) é o representante do passado, da velha política, do mandonismo mais arcaico e retrógrado”.

Música fez tanto sucesso que foi cantada até pela oposição, diz compositor

O jingle ACM, Meu Amor embalou a vitória que deu início a um período de 16 anos consecutivos do carlismo no poder da Bahia, até 2006, quando Paulo Souto (então PFL) foi derrotado nas urnas por Jaques Wagner (PT). Caso ACM Neto vença o pleito, também desbancará outros 16 anos do PT no governo do Estado.

De autoria dos compositores Gerônimo e Vevé Calazans (este, morto em 2012), o jingle fez tanto sucesso que passou a ser entoado como música popular, “até pela oposição”, brinca Gerônimo em entrevista ao Estadão.

“Não chamo de jingle, chamo de música, porque até hoje, em todo interior baiano que tem alguma manifestação que envolva alguma lembrança do governador Antônio Carlos Magalhães, essa música é executada”, diz o compositor. Na época, a agência responsável pelo marketing da campanha de ACM era a Propeg. Mas Gerônimo e o parceiro não aceitaram a interferência do marqueteiro para criar o que o compositor chama de “obra de arte”. “Tivemos liberdade. E quando ele (ACM) ouviu ACM, Meu Amor, ele nos abraçou. E disse: é essa que eu quero.”

A ideia era a de que ACM poderia utilizar o jingle o quanto quisesse. Mas quando o senador morreu, em 2007, a coisa mudou de figura. O jingle foi alvo de pendenga na Justiça por direitos autorais, quando o então deputado ACM Neto expressou o desejo de utilizá-lo em sua campanha à prefeitura de 2008, mas foi impedido. Os autores pediram indenização por direitos autorais no valor de R$ 500 mil.

A novela do jingle se arrastou na Justiça até há um ano e meio, quando houve um acordo. “Ninguém ganhou, ninguém perdeu. Houve um acordo. Não foi ruim, mas também não foi bom. É como dizia Vevé: deu para o gasto.” O artista prefere não comentar a cifra.. Fato é que o acordo liberou o jingle para a campanha de ACM Neto. E sem ressentimento: “Isso já acabou, estamos tranquilos”, diz Gerônimo.

Favorito nas pesquisas, o pré-candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) foi buscar na memória de seu avô, Antônio Carlos Magalhães, o ACM, um impulso a mais para sua campanha ao recuperar, 32 anos depois, o popular jingle ACM, Meu Amor, que consagrou a vitória de ACM em 1990 como governador do Estado. A música já é a principal peça da pré-campanha do ex-prefeito de Salvador, que em discursos pelo interior baiano, alguns reproduzidos em suas redes sociais, tem evocado a figura do avô.

ACM Neto tem mantido sua pré-candidatura competitiva fugindo da polarização nacional entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que têm como candidatos Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL), respectivamente. A tentativa de manter a sua campanha longe dos embates nacionais e centrar nas questões locais, acaba casando com o resgate da lembrança do avô, conhecido por ressaltar o “amor pela Bahia”.

“Cresci vendo ACM lutar pela Bahia, pelos baianos. Às vezes ele comprava brigas demais, mas era para defender o nosso Estado. Ele projetou talentos, realizou governos transformadores e é em ACM que encontro o exemplo de que a Bahia pode mais”, disse r ACM Neto ao apresentar o clipe do jingle, cuja letra foi sutilmente adaptada pela equipe do marketing. No lugar da frase “tá faltando homem, doutor”, o que poderia não pegar bem nos dias atuais, optou-se por “tá faltando força e amor”.

O clipe do jingle mostra ACM Neto andando por Salvador no período em que comandou a cidade, abraçando populares e crianças, o que também lembra o audiovisual original, de 1990, com o velho ACM – cuja imagem aparece também por alguns segundos. O intérprete da versão original, Antônio Carlos ‘Besouro’, também empresta a voz para a versão atual.

O resgate do jingle acabou provocando críticas dos principais opositores no Estado. O PT ligou o uso jingle ao retorno da velha política carlista. O presidente estadual do partido, Éden Valadares, disse para jornais da Bahia que “em vez de significar qualquer modernidade, ele (ACM Neto) é o representante do passado, da velha política, do mandonismo mais arcaico e retrógrado”.

Música fez tanto sucesso que foi cantada até pela oposição, diz compositor

O jingle ACM, Meu Amor embalou a vitória que deu início a um período de 16 anos consecutivos do carlismo no poder da Bahia, até 2006, quando Paulo Souto (então PFL) foi derrotado nas urnas por Jaques Wagner (PT). Caso ACM Neto vença o pleito, também desbancará outros 16 anos do PT no governo do Estado.

De autoria dos compositores Gerônimo e Vevé Calazans (este, morto em 2012), o jingle fez tanto sucesso que passou a ser entoado como música popular, “até pela oposição”, brinca Gerônimo em entrevista ao Estadão.

“Não chamo de jingle, chamo de música, porque até hoje, em todo interior baiano que tem alguma manifestação que envolva alguma lembrança do governador Antônio Carlos Magalhães, essa música é executada”, diz o compositor. Na época, a agência responsável pelo marketing da campanha de ACM era a Propeg. Mas Gerônimo e o parceiro não aceitaram a interferência do marqueteiro para criar o que o compositor chama de “obra de arte”. “Tivemos liberdade. E quando ele (ACM) ouviu ACM, Meu Amor, ele nos abraçou. E disse: é essa que eu quero.”

A ideia era a de que ACM poderia utilizar o jingle o quanto quisesse. Mas quando o senador morreu, em 2007, a coisa mudou de figura. O jingle foi alvo de pendenga na Justiça por direitos autorais, quando o então deputado ACM Neto expressou o desejo de utilizá-lo em sua campanha à prefeitura de 2008, mas foi impedido. Os autores pediram indenização por direitos autorais no valor de R$ 500 mil.

A novela do jingle se arrastou na Justiça até há um ano e meio, quando houve um acordo. “Ninguém ganhou, ninguém perdeu. Houve um acordo. Não foi ruim, mas também não foi bom. É como dizia Vevé: deu para o gasto.” O artista prefere não comentar a cifra.. Fato é que o acordo liberou o jingle para a campanha de ACM Neto. E sem ressentimento: “Isso já acabou, estamos tranquilos”, diz Gerônimo.

Favorito nas pesquisas, o pré-candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) foi buscar na memória de seu avô, Antônio Carlos Magalhães, o ACM, um impulso a mais para sua campanha ao recuperar, 32 anos depois, o popular jingle ACM, Meu Amor, que consagrou a vitória de ACM em 1990 como governador do Estado. A música já é a principal peça da pré-campanha do ex-prefeito de Salvador, que em discursos pelo interior baiano, alguns reproduzidos em suas redes sociais, tem evocado a figura do avô.

ACM Neto tem mantido sua pré-candidatura competitiva fugindo da polarização nacional entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que têm como candidatos Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL), respectivamente. A tentativa de manter a sua campanha longe dos embates nacionais e centrar nas questões locais, acaba casando com o resgate da lembrança do avô, conhecido por ressaltar o “amor pela Bahia”.

“Cresci vendo ACM lutar pela Bahia, pelos baianos. Às vezes ele comprava brigas demais, mas era para defender o nosso Estado. Ele projetou talentos, realizou governos transformadores e é em ACM que encontro o exemplo de que a Bahia pode mais”, disse r ACM Neto ao apresentar o clipe do jingle, cuja letra foi sutilmente adaptada pela equipe do marketing. No lugar da frase “tá faltando homem, doutor”, o que poderia não pegar bem nos dias atuais, optou-se por “tá faltando força e amor”.

O clipe do jingle mostra ACM Neto andando por Salvador no período em que comandou a cidade, abraçando populares e crianças, o que também lembra o audiovisual original, de 1990, com o velho ACM – cuja imagem aparece também por alguns segundos. O intérprete da versão original, Antônio Carlos ‘Besouro’, também empresta a voz para a versão atual.

O resgate do jingle acabou provocando críticas dos principais opositores no Estado. O PT ligou o uso jingle ao retorno da velha política carlista. O presidente estadual do partido, Éden Valadares, disse para jornais da Bahia que “em vez de significar qualquer modernidade, ele (ACM Neto) é o representante do passado, da velha política, do mandonismo mais arcaico e retrógrado”.

Música fez tanto sucesso que foi cantada até pela oposição, diz compositor

O jingle ACM, Meu Amor embalou a vitória que deu início a um período de 16 anos consecutivos do carlismo no poder da Bahia, até 2006, quando Paulo Souto (então PFL) foi derrotado nas urnas por Jaques Wagner (PT). Caso ACM Neto vença o pleito, também desbancará outros 16 anos do PT no governo do Estado.

De autoria dos compositores Gerônimo e Vevé Calazans (este, morto em 2012), o jingle fez tanto sucesso que passou a ser entoado como música popular, “até pela oposição”, brinca Gerônimo em entrevista ao Estadão.

“Não chamo de jingle, chamo de música, porque até hoje, em todo interior baiano que tem alguma manifestação que envolva alguma lembrança do governador Antônio Carlos Magalhães, essa música é executada”, diz o compositor. Na época, a agência responsável pelo marketing da campanha de ACM era a Propeg. Mas Gerônimo e o parceiro não aceitaram a interferência do marqueteiro para criar o que o compositor chama de “obra de arte”. “Tivemos liberdade. E quando ele (ACM) ouviu ACM, Meu Amor, ele nos abraçou. E disse: é essa que eu quero.”

A ideia era a de que ACM poderia utilizar o jingle o quanto quisesse. Mas quando o senador morreu, em 2007, a coisa mudou de figura. O jingle foi alvo de pendenga na Justiça por direitos autorais, quando o então deputado ACM Neto expressou o desejo de utilizá-lo em sua campanha à prefeitura de 2008, mas foi impedido. Os autores pediram indenização por direitos autorais no valor de R$ 500 mil.

A novela do jingle se arrastou na Justiça até há um ano e meio, quando houve um acordo. “Ninguém ganhou, ninguém perdeu. Houve um acordo. Não foi ruim, mas também não foi bom. É como dizia Vevé: deu para o gasto.” O artista prefere não comentar a cifra.. Fato é que o acordo liberou o jingle para a campanha de ACM Neto. E sem ressentimento: “Isso já acabou, estamos tranquilos”, diz Gerônimo.

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