‘Acredito que vamos reconquistar a democracia plena’, diz José Carlos Dias


Ex-ministro da Justiça esteve entre os signatários da Carta aos Brasileiros de 1977 e foi um dos articuladores do manifesto ‘Estado de Direito Sempre!’

Por Marcelo Godoy
Atualização:

Em 1977, aos 38 anos, o advogado José Carlos Dias estava no Pátio das Arcadas da Faculdade de Direito da USP quando o professor Goffredo da Silva Telles Junior leu uma carta de autoria própria em oposição ao governo da ditadura militar. Depois de 45 anos, Dias presenciou uma cena semelhante ao participar, nesta quinta-feira, 11, da leitura pública da Carta em Defesa da Democracia na mesma universidade. Para o advogado, esse momento representa como a sociedade ainda tem “energia para lutar pela democracia”.

Ao Estadão, Dias afirmou que não esperava a adesão e popularidade alcançada pela Carta, que já soma mais de 950 mil assinaturas. Para ele, a sociedade irá “reconquistar a democracia plena” e o presidente Jair Bolsonaro, classificado pelo advogado como um “traste”, deixará o comando do País.

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'Tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força', diz José Carlos Dias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Confira a entrevista:

O senhor esperava 45 anos depois ser signatário, de novo, de uma carta como essa, aos brasileiros?

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Isso é maravilhoso… Saber que estamos com energia para lutar pela democracia. Em 77, nós assinamos uma carta para terminar a ditadura. O professor Goffredo (da Silva Telles) foi o redator principal dessa carta. Agora, nós assinamos duas outras cartas para impedir que a ditadura volte. É uma coisa extraordinária porque foram dois documentos. Eu li a carta das entidades, então lá foi o capital e o trabalho que se uniram para lutar pela democracia e aqui são as pessoas físicas, a sociedade civil presente no pátio, presente no Largo São Francisco. Está repleto de gente!

O senhor esperava essa adesão enorme?

Eu confesso que foi maior do que eu imaginava. Eu estou muito emocionado porque, em 77, eu não tinha 40 anos. Agora, tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força.

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Qual o futuro que o senhor vê para a democracia e para as liberdades no Brasil?

Eu estou acreditando que nós vamos reconquistar a democracia plena e que nos veremos livres deste homem que é um traste, que é um homem que ultraja a nossa confiança pelas palavras dele, por tudo que ele age, pelos desmandos e por todos os delitos que ele já praticou.

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Manifestações em defesa das eleições são uma reação da sociedade civil aos ataques de Bolsonaro ao processo eleitoral

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O senhor deve ter visto aqui a presença de diversos ex-alunos da Faculdade de Direito da USP da turma de 77 como Luiz Antônio Guimarães Marrey e outros que estavam aqui nesse Pátio quando o Professor Goffredo (da Silva Telles) fez a leitura da primeira carta. Como é que foi reunir essas pessoas, essa comunidade em torno desse novo documento?

Mostra que nós continuamos crendo nas mesmas coisas, crendo na democracia, acreditando que é possível restabelecer a paz nesse País que está sendo muito atacada pelos desmandos desse governo.

Qual o significado de três professoras terem feito a leitura da carta com o Flávio Bierrenbach?

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Foi uma coisa bonita porque mostra a unidade, a união que nós temos.

Em 1977, aos 38 anos, o advogado José Carlos Dias estava no Pátio das Arcadas da Faculdade de Direito da USP quando o professor Goffredo da Silva Telles Junior leu uma carta de autoria própria em oposição ao governo da ditadura militar. Depois de 45 anos, Dias presenciou uma cena semelhante ao participar, nesta quinta-feira, 11, da leitura pública da Carta em Defesa da Democracia na mesma universidade. Para o advogado, esse momento representa como a sociedade ainda tem “energia para lutar pela democracia”.

Ao Estadão, Dias afirmou que não esperava a adesão e popularidade alcançada pela Carta, que já soma mais de 950 mil assinaturas. Para ele, a sociedade irá “reconquistar a democracia plena” e o presidente Jair Bolsonaro, classificado pelo advogado como um “traste”, deixará o comando do País.

'Tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força', diz José Carlos Dias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Confira a entrevista:

O senhor esperava 45 anos depois ser signatário, de novo, de uma carta como essa, aos brasileiros?

Isso é maravilhoso… Saber que estamos com energia para lutar pela democracia. Em 77, nós assinamos uma carta para terminar a ditadura. O professor Goffredo (da Silva Telles) foi o redator principal dessa carta. Agora, nós assinamos duas outras cartas para impedir que a ditadura volte. É uma coisa extraordinária porque foram dois documentos. Eu li a carta das entidades, então lá foi o capital e o trabalho que se uniram para lutar pela democracia e aqui são as pessoas físicas, a sociedade civil presente no pátio, presente no Largo São Francisco. Está repleto de gente!

O senhor esperava essa adesão enorme?

Eu confesso que foi maior do que eu imaginava. Eu estou muito emocionado porque, em 77, eu não tinha 40 anos. Agora, tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força.

Qual o futuro que o senhor vê para a democracia e para as liberdades no Brasil?

Eu estou acreditando que nós vamos reconquistar a democracia plena e que nos veremos livres deste homem que é um traste, que é um homem que ultraja a nossa confiança pelas palavras dele, por tudo que ele age, pelos desmandos e por todos os delitos que ele já praticou.

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Manifestações em defesa das eleições são uma reação da sociedade civil aos ataques de Bolsonaro ao processo eleitoral

O senhor deve ter visto aqui a presença de diversos ex-alunos da Faculdade de Direito da USP da turma de 77 como Luiz Antônio Guimarães Marrey e outros que estavam aqui nesse Pátio quando o Professor Goffredo (da Silva Telles) fez a leitura da primeira carta. Como é que foi reunir essas pessoas, essa comunidade em torno desse novo documento?

Mostra que nós continuamos crendo nas mesmas coisas, crendo na democracia, acreditando que é possível restabelecer a paz nesse País que está sendo muito atacada pelos desmandos desse governo.

Qual o significado de três professoras terem feito a leitura da carta com o Flávio Bierrenbach?

Foi uma coisa bonita porque mostra a unidade, a união que nós temos.

Em 1977, aos 38 anos, o advogado José Carlos Dias estava no Pátio das Arcadas da Faculdade de Direito da USP quando o professor Goffredo da Silva Telles Junior leu uma carta de autoria própria em oposição ao governo da ditadura militar. Depois de 45 anos, Dias presenciou uma cena semelhante ao participar, nesta quinta-feira, 11, da leitura pública da Carta em Defesa da Democracia na mesma universidade. Para o advogado, esse momento representa como a sociedade ainda tem “energia para lutar pela democracia”.

Ao Estadão, Dias afirmou que não esperava a adesão e popularidade alcançada pela Carta, que já soma mais de 950 mil assinaturas. Para ele, a sociedade irá “reconquistar a democracia plena” e o presidente Jair Bolsonaro, classificado pelo advogado como um “traste”, deixará o comando do País.

'Tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força', diz José Carlos Dias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Confira a entrevista:

O senhor esperava 45 anos depois ser signatário, de novo, de uma carta como essa, aos brasileiros?

Isso é maravilhoso… Saber que estamos com energia para lutar pela democracia. Em 77, nós assinamos uma carta para terminar a ditadura. O professor Goffredo (da Silva Telles) foi o redator principal dessa carta. Agora, nós assinamos duas outras cartas para impedir que a ditadura volte. É uma coisa extraordinária porque foram dois documentos. Eu li a carta das entidades, então lá foi o capital e o trabalho que se uniram para lutar pela democracia e aqui são as pessoas físicas, a sociedade civil presente no pátio, presente no Largo São Francisco. Está repleto de gente!

O senhor esperava essa adesão enorme?

Eu confesso que foi maior do que eu imaginava. Eu estou muito emocionado porque, em 77, eu não tinha 40 anos. Agora, tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força.

Qual o futuro que o senhor vê para a democracia e para as liberdades no Brasil?

Eu estou acreditando que nós vamos reconquistar a democracia plena e que nos veremos livres deste homem que é um traste, que é um homem que ultraja a nossa confiança pelas palavras dele, por tudo que ele age, pelos desmandos e por todos os delitos que ele já praticou.

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Manifestações em defesa das eleições são uma reação da sociedade civil aos ataques de Bolsonaro ao processo eleitoral

O senhor deve ter visto aqui a presença de diversos ex-alunos da Faculdade de Direito da USP da turma de 77 como Luiz Antônio Guimarães Marrey e outros que estavam aqui nesse Pátio quando o Professor Goffredo (da Silva Telles) fez a leitura da primeira carta. Como é que foi reunir essas pessoas, essa comunidade em torno desse novo documento?

Mostra que nós continuamos crendo nas mesmas coisas, crendo na democracia, acreditando que é possível restabelecer a paz nesse País que está sendo muito atacada pelos desmandos desse governo.

Qual o significado de três professoras terem feito a leitura da carta com o Flávio Bierrenbach?

Foi uma coisa bonita porque mostra a unidade, a união que nós temos.

Em 1977, aos 38 anos, o advogado José Carlos Dias estava no Pátio das Arcadas da Faculdade de Direito da USP quando o professor Goffredo da Silva Telles Junior leu uma carta de autoria própria em oposição ao governo da ditadura militar. Depois de 45 anos, Dias presenciou uma cena semelhante ao participar, nesta quinta-feira, 11, da leitura pública da Carta em Defesa da Democracia na mesma universidade. Para o advogado, esse momento representa como a sociedade ainda tem “energia para lutar pela democracia”.

Ao Estadão, Dias afirmou que não esperava a adesão e popularidade alcançada pela Carta, que já soma mais de 950 mil assinaturas. Para ele, a sociedade irá “reconquistar a democracia plena” e o presidente Jair Bolsonaro, classificado pelo advogado como um “traste”, deixará o comando do País.

'Tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força', diz José Carlos Dias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Confira a entrevista:

O senhor esperava 45 anos depois ser signatário, de novo, de uma carta como essa, aos brasileiros?

Isso é maravilhoso… Saber que estamos com energia para lutar pela democracia. Em 77, nós assinamos uma carta para terminar a ditadura. O professor Goffredo (da Silva Telles) foi o redator principal dessa carta. Agora, nós assinamos duas outras cartas para impedir que a ditadura volte. É uma coisa extraordinária porque foram dois documentos. Eu li a carta das entidades, então lá foi o capital e o trabalho que se uniram para lutar pela democracia e aqui são as pessoas físicas, a sociedade civil presente no pátio, presente no Largo São Francisco. Está repleto de gente!

O senhor esperava essa adesão enorme?

Eu confesso que foi maior do que eu imaginava. Eu estou muito emocionado porque, em 77, eu não tinha 40 anos. Agora, tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força.

Qual o futuro que o senhor vê para a democracia e para as liberdades no Brasil?

Eu estou acreditando que nós vamos reconquistar a democracia plena e que nos veremos livres deste homem que é um traste, que é um homem que ultraja a nossa confiança pelas palavras dele, por tudo que ele age, pelos desmandos e por todos os delitos que ele já praticou.

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Manifestações em defesa das eleições são uma reação da sociedade civil aos ataques de Bolsonaro ao processo eleitoral

O senhor deve ter visto aqui a presença de diversos ex-alunos da Faculdade de Direito da USP da turma de 77 como Luiz Antônio Guimarães Marrey e outros que estavam aqui nesse Pátio quando o Professor Goffredo (da Silva Telles) fez a leitura da primeira carta. Como é que foi reunir essas pessoas, essa comunidade em torno desse novo documento?

Mostra que nós continuamos crendo nas mesmas coisas, crendo na democracia, acreditando que é possível restabelecer a paz nesse País que está sendo muito atacada pelos desmandos desse governo.

Qual o significado de três professoras terem feito a leitura da carta com o Flávio Bierrenbach?

Foi uma coisa bonita porque mostra a unidade, a união que nós temos.

Em 1977, aos 38 anos, o advogado José Carlos Dias estava no Pátio das Arcadas da Faculdade de Direito da USP quando o professor Goffredo da Silva Telles Junior leu uma carta de autoria própria em oposição ao governo da ditadura militar. Depois de 45 anos, Dias presenciou uma cena semelhante ao participar, nesta quinta-feira, 11, da leitura pública da Carta em Defesa da Democracia na mesma universidade. Para o advogado, esse momento representa como a sociedade ainda tem “energia para lutar pela democracia”.

Ao Estadão, Dias afirmou que não esperava a adesão e popularidade alcançada pela Carta, que já soma mais de 950 mil assinaturas. Para ele, a sociedade irá “reconquistar a democracia plena” e o presidente Jair Bolsonaro, classificado pelo advogado como um “traste”, deixará o comando do País.

'Tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força', diz José Carlos Dias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Confira a entrevista:

O senhor esperava 45 anos depois ser signatário, de novo, de uma carta como essa, aos brasileiros?

Isso é maravilhoso… Saber que estamos com energia para lutar pela democracia. Em 77, nós assinamos uma carta para terminar a ditadura. O professor Goffredo (da Silva Telles) foi o redator principal dessa carta. Agora, nós assinamos duas outras cartas para impedir que a ditadura volte. É uma coisa extraordinária porque foram dois documentos. Eu li a carta das entidades, então lá foi o capital e o trabalho que se uniram para lutar pela democracia e aqui são as pessoas físicas, a sociedade civil presente no pátio, presente no Largo São Francisco. Está repleto de gente!

O senhor esperava essa adesão enorme?

Eu confesso que foi maior do que eu imaginava. Eu estou muito emocionado porque, em 77, eu não tinha 40 anos. Agora, tenho 83 anos e eu preciso continuar lutando como eu lutava. Isto é um desafio, mas um desafio que eu respondo com força.

Qual o futuro que o senhor vê para a democracia e para as liberdades no Brasil?

Eu estou acreditando que nós vamos reconquistar a democracia plena e que nos veremos livres deste homem que é um traste, que é um homem que ultraja a nossa confiança pelas palavras dele, por tudo que ele age, pelos desmandos e por todos os delitos que ele já praticou.

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O senhor deve ter visto aqui a presença de diversos ex-alunos da Faculdade de Direito da USP da turma de 77 como Luiz Antônio Guimarães Marrey e outros que estavam aqui nesse Pátio quando o Professor Goffredo (da Silva Telles) fez a leitura da primeira carta. Como é que foi reunir essas pessoas, essa comunidade em torno desse novo documento?

Mostra que nós continuamos crendo nas mesmas coisas, crendo na democracia, acreditando que é possível restabelecer a paz nesse País que está sendo muito atacada pelos desmandos desse governo.

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