SP em pauta

Tarcísio ainda bate continência para Bolsonaro, mas até quando?


Governador paulista se elegeu com o figurino de político moderado, mas segue alinhado a práticas do ex-chefe em ações da gestão e no discurso político

Por Adriana Ferraz

Para quem achava que Tarcísio de Freitas (Republicanos) iria se afastar do bolsonarismo ao assumir o comando do Palácio dos Bandeirantes, os primeiros sete meses de governo serviram para mostrar que o atual governador paulista ainda está preso ao ex-chefe em ações da gestão e também no discurso político. Mas não por acaso. Ao afirmar nesta quarta, 9, que seguirá as ordens do ex-presidente na eleição de 2026, apoiando o candidato que Jair Bolsonaro (PL) indicar, Tarcísio agrada o padrinho político, seus seguidores e, de quebra, os eleitores mais tradicionais do Estado que estão cansados de eleger um governador que só pensa no Palácio do Planalto.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanha o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em formatura de oficiais da Academia da Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo, em junho Foto: WERTHER SANTANA / ESTADÃO

Se de fato Tarcísio é um técnico, basta analisar as estatísticas. Os dois representantes paulistas que decidiram abrir mão da reeleição no Estado pela ambição de tornar-se presidentes não alcançaram tal feito. Em 2010, José Serra (PSDB) foi avisado por aliados que renunciar a um governo bem avaliado para confrontar a candidata à sucessão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria arriscado. O tucano conseguiu chegar ao segundo turno, mas perdeu para Dilma Rousseff.

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Ano passado, João Doria nem sequer obteve apoio para trilhar o mesmo caminho. Renunciou ao cargo para iniciar uma pré-campanha que, isolada, culminou em aposentadoria da vida pública. Vale lembrar aqui que também seu candidato a sucessor em São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), saiu derrotado, assistindo a Tarcísio assumir o posto de antipetista entre os eleitores paulistas. No caso de Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente de Lula, as decisões foram mais fáceis. Em suas duas tentativas nacionais, o ex-tucano cumpria segundo mandato em São Paulo.

Se não conhecia, o histórico de derrotas acumulado por governadores paulistas em campanhas presidenciais já foi apresentado ao carioca Tarcísio, que agora parece seguir os conselhos de seu secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), e dedicar-se à reeleição. Ao podcast “Flow”, o ex-ministro de Bolsonaro declarou que não será candidato e que “está mais do que realizado com a chegada ao comando de São Paulo”.

O discurso se alinha às ações tomadas por Tarcísio nas últimas semanas. Em tom bem mais radical do que moderado, o governador classificou as mortes praticadas pela Polícia Militar no Guarujá - foram ao menos 16 -, após o assassinato de um agente do grupo de elite da PM, como “efeito colateral”. Também respaldou a decisão de seu secretário de Educação, Renato Feder, de rejeitar 10 milhões de livros didáticos fornecidos pelo Ministério da Educação aos estudantes paulistas para oferecer ensino baseado em conteúdo digital e próprio.

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Como é sabido, até 2026 muita coisa pode mudar. Lula, por exemplo, pode se assumir candidato à reeleição e Bolsonaro pode passar a responder não apenas eleitoralmente, mas criminalmente por suas ações na Presidência. De olho nas possibilidades, Tarcísio segue na lista de apostas.

Assumir-se interessado em disputar o Planalto dias depois de seu colega mineiro, Romeu Zema (Novo), afirmar que os Estados do Sul e do Sudeste devem se unir contra a força política do Norte e Nordeste, numa fala que ganhou conotação separatista, não seria estratégia acertada nem para um técnico, quanto mais para o agora político Tarcísio.

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Na dúvida, o governador segue batendo continência a Bolsonaro, que tem frequentado mais São Paulo e também o Bandeirantes, onde passou a se hospedar a convite do dono da casa. Ambos, aliás, já se encontraram ao menos seis vezes em terras paulistas desde que o ex-presidente perdeu e Tarcísio ganhou poder.

Para quem achava que Tarcísio de Freitas (Republicanos) iria se afastar do bolsonarismo ao assumir o comando do Palácio dos Bandeirantes, os primeiros sete meses de governo serviram para mostrar que o atual governador paulista ainda está preso ao ex-chefe em ações da gestão e também no discurso político. Mas não por acaso. Ao afirmar nesta quarta, 9, que seguirá as ordens do ex-presidente na eleição de 2026, apoiando o candidato que Jair Bolsonaro (PL) indicar, Tarcísio agrada o padrinho político, seus seguidores e, de quebra, os eleitores mais tradicionais do Estado que estão cansados de eleger um governador que só pensa no Palácio do Planalto.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanha o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em formatura de oficiais da Academia da Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo, em junho Foto: WERTHER SANTANA / ESTADÃO

Se de fato Tarcísio é um técnico, basta analisar as estatísticas. Os dois representantes paulistas que decidiram abrir mão da reeleição no Estado pela ambição de tornar-se presidentes não alcançaram tal feito. Em 2010, José Serra (PSDB) foi avisado por aliados que renunciar a um governo bem avaliado para confrontar a candidata à sucessão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria arriscado. O tucano conseguiu chegar ao segundo turno, mas perdeu para Dilma Rousseff.

Ano passado, João Doria nem sequer obteve apoio para trilhar o mesmo caminho. Renunciou ao cargo para iniciar uma pré-campanha que, isolada, culminou em aposentadoria da vida pública. Vale lembrar aqui que também seu candidato a sucessor em São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), saiu derrotado, assistindo a Tarcísio assumir o posto de antipetista entre os eleitores paulistas. No caso de Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente de Lula, as decisões foram mais fáceis. Em suas duas tentativas nacionais, o ex-tucano cumpria segundo mandato em São Paulo.

Se não conhecia, o histórico de derrotas acumulado por governadores paulistas em campanhas presidenciais já foi apresentado ao carioca Tarcísio, que agora parece seguir os conselhos de seu secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), e dedicar-se à reeleição. Ao podcast “Flow”, o ex-ministro de Bolsonaro declarou que não será candidato e que “está mais do que realizado com a chegada ao comando de São Paulo”.

O discurso se alinha às ações tomadas por Tarcísio nas últimas semanas. Em tom bem mais radical do que moderado, o governador classificou as mortes praticadas pela Polícia Militar no Guarujá - foram ao menos 16 -, após o assassinato de um agente do grupo de elite da PM, como “efeito colateral”. Também respaldou a decisão de seu secretário de Educação, Renato Feder, de rejeitar 10 milhões de livros didáticos fornecidos pelo Ministério da Educação aos estudantes paulistas para oferecer ensino baseado em conteúdo digital e próprio.

Como é sabido, até 2026 muita coisa pode mudar. Lula, por exemplo, pode se assumir candidato à reeleição e Bolsonaro pode passar a responder não apenas eleitoralmente, mas criminalmente por suas ações na Presidência. De olho nas possibilidades, Tarcísio segue na lista de apostas.

Assumir-se interessado em disputar o Planalto dias depois de seu colega mineiro, Romeu Zema (Novo), afirmar que os Estados do Sul e do Sudeste devem se unir contra a força política do Norte e Nordeste, numa fala que ganhou conotação separatista, não seria estratégia acertada nem para um técnico, quanto mais para o agora político Tarcísio.

Na dúvida, o governador segue batendo continência a Bolsonaro, que tem frequentado mais São Paulo e também o Bandeirantes, onde passou a se hospedar a convite do dono da casa. Ambos, aliás, já se encontraram ao menos seis vezes em terras paulistas desde que o ex-presidente perdeu e Tarcísio ganhou poder.

Para quem achava que Tarcísio de Freitas (Republicanos) iria se afastar do bolsonarismo ao assumir o comando do Palácio dos Bandeirantes, os primeiros sete meses de governo serviram para mostrar que o atual governador paulista ainda está preso ao ex-chefe em ações da gestão e também no discurso político. Mas não por acaso. Ao afirmar nesta quarta, 9, que seguirá as ordens do ex-presidente na eleição de 2026, apoiando o candidato que Jair Bolsonaro (PL) indicar, Tarcísio agrada o padrinho político, seus seguidores e, de quebra, os eleitores mais tradicionais do Estado que estão cansados de eleger um governador que só pensa no Palácio do Planalto.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanha o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em formatura de oficiais da Academia da Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo, em junho Foto: WERTHER SANTANA / ESTADÃO

Se de fato Tarcísio é um técnico, basta analisar as estatísticas. Os dois representantes paulistas que decidiram abrir mão da reeleição no Estado pela ambição de tornar-se presidentes não alcançaram tal feito. Em 2010, José Serra (PSDB) foi avisado por aliados que renunciar a um governo bem avaliado para confrontar a candidata à sucessão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria arriscado. O tucano conseguiu chegar ao segundo turno, mas perdeu para Dilma Rousseff.

Ano passado, João Doria nem sequer obteve apoio para trilhar o mesmo caminho. Renunciou ao cargo para iniciar uma pré-campanha que, isolada, culminou em aposentadoria da vida pública. Vale lembrar aqui que também seu candidato a sucessor em São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), saiu derrotado, assistindo a Tarcísio assumir o posto de antipetista entre os eleitores paulistas. No caso de Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente de Lula, as decisões foram mais fáceis. Em suas duas tentativas nacionais, o ex-tucano cumpria segundo mandato em São Paulo.

Se não conhecia, o histórico de derrotas acumulado por governadores paulistas em campanhas presidenciais já foi apresentado ao carioca Tarcísio, que agora parece seguir os conselhos de seu secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), e dedicar-se à reeleição. Ao podcast “Flow”, o ex-ministro de Bolsonaro declarou que não será candidato e que “está mais do que realizado com a chegada ao comando de São Paulo”.

O discurso se alinha às ações tomadas por Tarcísio nas últimas semanas. Em tom bem mais radical do que moderado, o governador classificou as mortes praticadas pela Polícia Militar no Guarujá - foram ao menos 16 -, após o assassinato de um agente do grupo de elite da PM, como “efeito colateral”. Também respaldou a decisão de seu secretário de Educação, Renato Feder, de rejeitar 10 milhões de livros didáticos fornecidos pelo Ministério da Educação aos estudantes paulistas para oferecer ensino baseado em conteúdo digital e próprio.

Como é sabido, até 2026 muita coisa pode mudar. Lula, por exemplo, pode se assumir candidato à reeleição e Bolsonaro pode passar a responder não apenas eleitoralmente, mas criminalmente por suas ações na Presidência. De olho nas possibilidades, Tarcísio segue na lista de apostas.

Assumir-se interessado em disputar o Planalto dias depois de seu colega mineiro, Romeu Zema (Novo), afirmar que os Estados do Sul e do Sudeste devem se unir contra a força política do Norte e Nordeste, numa fala que ganhou conotação separatista, não seria estratégia acertada nem para um técnico, quanto mais para o agora político Tarcísio.

Na dúvida, o governador segue batendo continência a Bolsonaro, que tem frequentado mais São Paulo e também o Bandeirantes, onde passou a se hospedar a convite do dono da casa. Ambos, aliás, já se encontraram ao menos seis vezes em terras paulistas desde que o ex-presidente perdeu e Tarcísio ganhou poder.

Para quem achava que Tarcísio de Freitas (Republicanos) iria se afastar do bolsonarismo ao assumir o comando do Palácio dos Bandeirantes, os primeiros sete meses de governo serviram para mostrar que o atual governador paulista ainda está preso ao ex-chefe em ações da gestão e também no discurso político. Mas não por acaso. Ao afirmar nesta quarta, 9, que seguirá as ordens do ex-presidente na eleição de 2026, apoiando o candidato que Jair Bolsonaro (PL) indicar, Tarcísio agrada o padrinho político, seus seguidores e, de quebra, os eleitores mais tradicionais do Estado que estão cansados de eleger um governador que só pensa no Palácio do Planalto.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanha o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em formatura de oficiais da Academia da Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo, em junho Foto: WERTHER SANTANA / ESTADÃO

Se de fato Tarcísio é um técnico, basta analisar as estatísticas. Os dois representantes paulistas que decidiram abrir mão da reeleição no Estado pela ambição de tornar-se presidentes não alcançaram tal feito. Em 2010, José Serra (PSDB) foi avisado por aliados que renunciar a um governo bem avaliado para confrontar a candidata à sucessão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria arriscado. O tucano conseguiu chegar ao segundo turno, mas perdeu para Dilma Rousseff.

Ano passado, João Doria nem sequer obteve apoio para trilhar o mesmo caminho. Renunciou ao cargo para iniciar uma pré-campanha que, isolada, culminou em aposentadoria da vida pública. Vale lembrar aqui que também seu candidato a sucessor em São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), saiu derrotado, assistindo a Tarcísio assumir o posto de antipetista entre os eleitores paulistas. No caso de Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente de Lula, as decisões foram mais fáceis. Em suas duas tentativas nacionais, o ex-tucano cumpria segundo mandato em São Paulo.

Se não conhecia, o histórico de derrotas acumulado por governadores paulistas em campanhas presidenciais já foi apresentado ao carioca Tarcísio, que agora parece seguir os conselhos de seu secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), e dedicar-se à reeleição. Ao podcast “Flow”, o ex-ministro de Bolsonaro declarou que não será candidato e que “está mais do que realizado com a chegada ao comando de São Paulo”.

O discurso se alinha às ações tomadas por Tarcísio nas últimas semanas. Em tom bem mais radical do que moderado, o governador classificou as mortes praticadas pela Polícia Militar no Guarujá - foram ao menos 16 -, após o assassinato de um agente do grupo de elite da PM, como “efeito colateral”. Também respaldou a decisão de seu secretário de Educação, Renato Feder, de rejeitar 10 milhões de livros didáticos fornecidos pelo Ministério da Educação aos estudantes paulistas para oferecer ensino baseado em conteúdo digital e próprio.

Como é sabido, até 2026 muita coisa pode mudar. Lula, por exemplo, pode se assumir candidato à reeleição e Bolsonaro pode passar a responder não apenas eleitoralmente, mas criminalmente por suas ações na Presidência. De olho nas possibilidades, Tarcísio segue na lista de apostas.

Assumir-se interessado em disputar o Planalto dias depois de seu colega mineiro, Romeu Zema (Novo), afirmar que os Estados do Sul e do Sudeste devem se unir contra a força política do Norte e Nordeste, numa fala que ganhou conotação separatista, não seria estratégia acertada nem para um técnico, quanto mais para o agora político Tarcísio.

Na dúvida, o governador segue batendo continência a Bolsonaro, que tem frequentado mais São Paulo e também o Bandeirantes, onde passou a se hospedar a convite do dono da casa. Ambos, aliás, já se encontraram ao menos seis vezes em terras paulistas desde que o ex-presidente perdeu e Tarcísio ganhou poder.

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