SP em pauta

Tarcísio vai assistir à decisão do TSE de camarote e com três anos para assumir herança bolsonarista


Depois do ex-presidente, governador paulista será o mais impactado com eventual decisão da Justiça Eleitoral

Por Adriana Ferraz
Atualização:

Pode não ser hoje nem amanhã. Mas, se os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmarem a expectativa geral e tirarem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da disputa presidencial de 2026, a herança bolsonarista cairá no colo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), querendo ele ou não. Aliás, o governador paulista nem precisará ter pressa em assumir o posto: terá três anos pela frente para definir estratégias, angariar aliados, inaugurar obras e bater o martelo na Bolsa de Valores de São Paulo em novas concessões à iniciativa privada.

Depois de vencer a eleição de 2022 com a roupagem de “bolsonarista moderado”, mas colado à imagem do ex-presidente, Tarcísio vem dando sinais cada vez mais claros de seu distanciamento da extrema direita e de seu principal líder, nem citado mais por ele como opção para 2026. Mesmo no dia em que hospedou Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes, o governador evitou dividir os holofotes a seu lado.

Tapete vermelho é estendido na entrada do Palácio dos Bandeirantes para visita do presidente da Finlândia no dia em que Jair Bolsonaro se hospedou na sede do governo paulista Foto: Adriana Ferraz/Estadão
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A discreta recepção na sede do governo paulista desagradou bolsonaristas mais radicais que esperavam um repeteco do tapete vermelho estendido a Bolsonaro e ao próprio Tarcísio pelo então governador Rodrigo Garcia (PSDB), durante o segundo turno da eleição de 2022. No dia 1.º de junho, o tapete até estava estendido na entrada do palácio, mas era para dar as boas-vindas ao presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, convidado do dia seguinte.

O ex-presidente, por sua vez, entrou pela garagem do Bandeirantes sem ser visto pela imprensa e com passagem direta para a ala residencial. Na manhã seguinte, durante formatura de oficiais da Polícia Militar, Bolsonaro pôde presenciar, pela primeira vez, seu ex-ministro no posto de autoridade principal de um evento. E, durante o discurso, agradecimentos ao passado, sem projeções para o futuro.

“Quero agradecer primeiro ao presidente que abriu as portas para mim, confiou no nosso trabalho, fez a diferença ao enfrentar crises difíceis. Ele deixou um legado, despertou em nós um sentimento de patriotismo, de brasilidade e formou novas lideranças. Quero demostrar aqui minha eterna gratidão”, disse Tarcísio, que, assim como Bolsonaro, tem seguido o script de prestigiar eventos militares, cristãos e do agronegócio.

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De camiseta azul, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se ajoelha para orar com lideranças evangélicas durante a Marcha para Jesus de 2023 Foto: Tiago Queiroz

Na edição deste ano da Marcha para Jesus, principal encontro evangélico do País, Tarcísio já ocupou o posto vago por Bolsonaro e também pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, convidado, não participou. A milhares de fieis, o governador se ajoelhou para orar com líderes de diversas igrejas e pedir bênçãos ao Estado e também ao Brasil.

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Prestes a completar seis meses no cargo, Tarcísio, no entanto, ainda precisa mostrar a que veio. Além das propostas de privatização, como a da Sabesp, e do aumento de salário concedido aos policiais militares (promessa feita ao segmento bolsonarista), o carioca que se mudou para São Paulo às vésperas da eleição segue em busca de uma marca que, daqui a três anos, possa lhe render uma nova mudança de endereço. Não custa lembrar que os três últimos governadores paulistas – e tucanos – tentaram, sem sucesso, chegar ao Planalto. João Doria nem concorreu, e José Serra e Geraldo Alckmin perderam duas vezes cada.

Mas, além da eventual inelegibilidade de Bolsonaro, outro fator decisivo pode cair no colo de Tarcísio. Se apenas seguir o cronograma de obras que recebeu das gestões tucanas, o governador poderá inaugurar 34 estações de metrô e de trem até 2026. Para os paulistas, seria um ótimo começo. Basta saber se o efeito positivo em São Paulo seria facilmente exportado para outros Estados, com destaque para os do Nordeste, tradicionalmente posicionados mais à esquerda. Nesse desafio, Bolsonaro não deve ajudar muito. / Colaborou Gustavo Queiroz

Pode não ser hoje nem amanhã. Mas, se os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmarem a expectativa geral e tirarem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da disputa presidencial de 2026, a herança bolsonarista cairá no colo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), querendo ele ou não. Aliás, o governador paulista nem precisará ter pressa em assumir o posto: terá três anos pela frente para definir estratégias, angariar aliados, inaugurar obras e bater o martelo na Bolsa de Valores de São Paulo em novas concessões à iniciativa privada.

Depois de vencer a eleição de 2022 com a roupagem de “bolsonarista moderado”, mas colado à imagem do ex-presidente, Tarcísio vem dando sinais cada vez mais claros de seu distanciamento da extrema direita e de seu principal líder, nem citado mais por ele como opção para 2026. Mesmo no dia em que hospedou Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes, o governador evitou dividir os holofotes a seu lado.

Tapete vermelho é estendido na entrada do Palácio dos Bandeirantes para visita do presidente da Finlândia no dia em que Jair Bolsonaro se hospedou na sede do governo paulista Foto: Adriana Ferraz/Estadão

A discreta recepção na sede do governo paulista desagradou bolsonaristas mais radicais que esperavam um repeteco do tapete vermelho estendido a Bolsonaro e ao próprio Tarcísio pelo então governador Rodrigo Garcia (PSDB), durante o segundo turno da eleição de 2022. No dia 1.º de junho, o tapete até estava estendido na entrada do palácio, mas era para dar as boas-vindas ao presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, convidado do dia seguinte.

O ex-presidente, por sua vez, entrou pela garagem do Bandeirantes sem ser visto pela imprensa e com passagem direta para a ala residencial. Na manhã seguinte, durante formatura de oficiais da Polícia Militar, Bolsonaro pôde presenciar, pela primeira vez, seu ex-ministro no posto de autoridade principal de um evento. E, durante o discurso, agradecimentos ao passado, sem projeções para o futuro.

“Quero agradecer primeiro ao presidente que abriu as portas para mim, confiou no nosso trabalho, fez a diferença ao enfrentar crises difíceis. Ele deixou um legado, despertou em nós um sentimento de patriotismo, de brasilidade e formou novas lideranças. Quero demostrar aqui minha eterna gratidão”, disse Tarcísio, que, assim como Bolsonaro, tem seguido o script de prestigiar eventos militares, cristãos e do agronegócio.

De camiseta azul, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se ajoelha para orar com lideranças evangélicas durante a Marcha para Jesus de 2023 Foto: Tiago Queiroz

Na edição deste ano da Marcha para Jesus, principal encontro evangélico do País, Tarcísio já ocupou o posto vago por Bolsonaro e também pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, convidado, não participou. A milhares de fieis, o governador se ajoelhou para orar com líderes de diversas igrejas e pedir bênçãos ao Estado e também ao Brasil.

Prestes a completar seis meses no cargo, Tarcísio, no entanto, ainda precisa mostrar a que veio. Além das propostas de privatização, como a da Sabesp, e do aumento de salário concedido aos policiais militares (promessa feita ao segmento bolsonarista), o carioca que se mudou para São Paulo às vésperas da eleição segue em busca de uma marca que, daqui a três anos, possa lhe render uma nova mudança de endereço. Não custa lembrar que os três últimos governadores paulistas – e tucanos – tentaram, sem sucesso, chegar ao Planalto. João Doria nem concorreu, e José Serra e Geraldo Alckmin perderam duas vezes cada.

Mas, além da eventual inelegibilidade de Bolsonaro, outro fator decisivo pode cair no colo de Tarcísio. Se apenas seguir o cronograma de obras que recebeu das gestões tucanas, o governador poderá inaugurar 34 estações de metrô e de trem até 2026. Para os paulistas, seria um ótimo começo. Basta saber se o efeito positivo em São Paulo seria facilmente exportado para outros Estados, com destaque para os do Nordeste, tradicionalmente posicionados mais à esquerda. Nesse desafio, Bolsonaro não deve ajudar muito. / Colaborou Gustavo Queiroz

Pode não ser hoje nem amanhã. Mas, se os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmarem a expectativa geral e tirarem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da disputa presidencial de 2026, a herança bolsonarista cairá no colo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), querendo ele ou não. Aliás, o governador paulista nem precisará ter pressa em assumir o posto: terá três anos pela frente para definir estratégias, angariar aliados, inaugurar obras e bater o martelo na Bolsa de Valores de São Paulo em novas concessões à iniciativa privada.

Depois de vencer a eleição de 2022 com a roupagem de “bolsonarista moderado”, mas colado à imagem do ex-presidente, Tarcísio vem dando sinais cada vez mais claros de seu distanciamento da extrema direita e de seu principal líder, nem citado mais por ele como opção para 2026. Mesmo no dia em que hospedou Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes, o governador evitou dividir os holofotes a seu lado.

Tapete vermelho é estendido na entrada do Palácio dos Bandeirantes para visita do presidente da Finlândia no dia em que Jair Bolsonaro se hospedou na sede do governo paulista Foto: Adriana Ferraz/Estadão

A discreta recepção na sede do governo paulista desagradou bolsonaristas mais radicais que esperavam um repeteco do tapete vermelho estendido a Bolsonaro e ao próprio Tarcísio pelo então governador Rodrigo Garcia (PSDB), durante o segundo turno da eleição de 2022. No dia 1.º de junho, o tapete até estava estendido na entrada do palácio, mas era para dar as boas-vindas ao presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, convidado do dia seguinte.

O ex-presidente, por sua vez, entrou pela garagem do Bandeirantes sem ser visto pela imprensa e com passagem direta para a ala residencial. Na manhã seguinte, durante formatura de oficiais da Polícia Militar, Bolsonaro pôde presenciar, pela primeira vez, seu ex-ministro no posto de autoridade principal de um evento. E, durante o discurso, agradecimentos ao passado, sem projeções para o futuro.

“Quero agradecer primeiro ao presidente que abriu as portas para mim, confiou no nosso trabalho, fez a diferença ao enfrentar crises difíceis. Ele deixou um legado, despertou em nós um sentimento de patriotismo, de brasilidade e formou novas lideranças. Quero demostrar aqui minha eterna gratidão”, disse Tarcísio, que, assim como Bolsonaro, tem seguido o script de prestigiar eventos militares, cristãos e do agronegócio.

De camiseta azul, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se ajoelha para orar com lideranças evangélicas durante a Marcha para Jesus de 2023 Foto: Tiago Queiroz

Na edição deste ano da Marcha para Jesus, principal encontro evangélico do País, Tarcísio já ocupou o posto vago por Bolsonaro e também pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, convidado, não participou. A milhares de fieis, o governador se ajoelhou para orar com líderes de diversas igrejas e pedir bênçãos ao Estado e também ao Brasil.

Prestes a completar seis meses no cargo, Tarcísio, no entanto, ainda precisa mostrar a que veio. Além das propostas de privatização, como a da Sabesp, e do aumento de salário concedido aos policiais militares (promessa feita ao segmento bolsonarista), o carioca que se mudou para São Paulo às vésperas da eleição segue em busca de uma marca que, daqui a três anos, possa lhe render uma nova mudança de endereço. Não custa lembrar que os três últimos governadores paulistas – e tucanos – tentaram, sem sucesso, chegar ao Planalto. João Doria nem concorreu, e José Serra e Geraldo Alckmin perderam duas vezes cada.

Mas, além da eventual inelegibilidade de Bolsonaro, outro fator decisivo pode cair no colo de Tarcísio. Se apenas seguir o cronograma de obras que recebeu das gestões tucanas, o governador poderá inaugurar 34 estações de metrô e de trem até 2026. Para os paulistas, seria um ótimo começo. Basta saber se o efeito positivo em São Paulo seria facilmente exportado para outros Estados, com destaque para os do Nordeste, tradicionalmente posicionados mais à esquerda. Nesse desafio, Bolsonaro não deve ajudar muito. / Colaborou Gustavo Queiroz

Pode não ser hoje nem amanhã. Mas, se os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmarem a expectativa geral e tirarem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da disputa presidencial de 2026, a herança bolsonarista cairá no colo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), querendo ele ou não. Aliás, o governador paulista nem precisará ter pressa em assumir o posto: terá três anos pela frente para definir estratégias, angariar aliados, inaugurar obras e bater o martelo na Bolsa de Valores de São Paulo em novas concessões à iniciativa privada.

Depois de vencer a eleição de 2022 com a roupagem de “bolsonarista moderado”, mas colado à imagem do ex-presidente, Tarcísio vem dando sinais cada vez mais claros de seu distanciamento da extrema direita e de seu principal líder, nem citado mais por ele como opção para 2026. Mesmo no dia em que hospedou Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes, o governador evitou dividir os holofotes a seu lado.

Tapete vermelho é estendido na entrada do Palácio dos Bandeirantes para visita do presidente da Finlândia no dia em que Jair Bolsonaro se hospedou na sede do governo paulista Foto: Adriana Ferraz/Estadão

A discreta recepção na sede do governo paulista desagradou bolsonaristas mais radicais que esperavam um repeteco do tapete vermelho estendido a Bolsonaro e ao próprio Tarcísio pelo então governador Rodrigo Garcia (PSDB), durante o segundo turno da eleição de 2022. No dia 1.º de junho, o tapete até estava estendido na entrada do palácio, mas era para dar as boas-vindas ao presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, convidado do dia seguinte.

O ex-presidente, por sua vez, entrou pela garagem do Bandeirantes sem ser visto pela imprensa e com passagem direta para a ala residencial. Na manhã seguinte, durante formatura de oficiais da Polícia Militar, Bolsonaro pôde presenciar, pela primeira vez, seu ex-ministro no posto de autoridade principal de um evento. E, durante o discurso, agradecimentos ao passado, sem projeções para o futuro.

“Quero agradecer primeiro ao presidente que abriu as portas para mim, confiou no nosso trabalho, fez a diferença ao enfrentar crises difíceis. Ele deixou um legado, despertou em nós um sentimento de patriotismo, de brasilidade e formou novas lideranças. Quero demostrar aqui minha eterna gratidão”, disse Tarcísio, que, assim como Bolsonaro, tem seguido o script de prestigiar eventos militares, cristãos e do agronegócio.

De camiseta azul, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se ajoelha para orar com lideranças evangélicas durante a Marcha para Jesus de 2023 Foto: Tiago Queiroz

Na edição deste ano da Marcha para Jesus, principal encontro evangélico do País, Tarcísio já ocupou o posto vago por Bolsonaro e também pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, convidado, não participou. A milhares de fieis, o governador se ajoelhou para orar com líderes de diversas igrejas e pedir bênçãos ao Estado e também ao Brasil.

Prestes a completar seis meses no cargo, Tarcísio, no entanto, ainda precisa mostrar a que veio. Além das propostas de privatização, como a da Sabesp, e do aumento de salário concedido aos policiais militares (promessa feita ao segmento bolsonarista), o carioca que se mudou para São Paulo às vésperas da eleição segue em busca de uma marca que, daqui a três anos, possa lhe render uma nova mudança de endereço. Não custa lembrar que os três últimos governadores paulistas – e tucanos – tentaram, sem sucesso, chegar ao Planalto. João Doria nem concorreu, e José Serra e Geraldo Alckmin perderam duas vezes cada.

Mas, além da eventual inelegibilidade de Bolsonaro, outro fator decisivo pode cair no colo de Tarcísio. Se apenas seguir o cronograma de obras que recebeu das gestões tucanas, o governador poderá inaugurar 34 estações de metrô e de trem até 2026. Para os paulistas, seria um ótimo começo. Basta saber se o efeito positivo em São Paulo seria facilmente exportado para outros Estados, com destaque para os do Nordeste, tradicionalmente posicionados mais à esquerda. Nesse desafio, Bolsonaro não deve ajudar muito. / Colaborou Gustavo Queiroz

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