As 96 agências do Instituto Nacional de Seguros Social (INSS) do Estado do Rio vão funcionar das 8h às 20h a partir de segunda-feira, para atualizar o atendimento que ficou paralisado desde 8 de agosto, quando os funcionários entraram em greve. Cinco agências que funcionam em shoppings (Bay Market, em Niterói; Paço do Ouvidor e Ilha Plaza, no Rio; Rio Ville, em São João do Meriti, e Top Shopping, em Nova Iguaçu) abrirão também aos sábados, das 10h às 15h, mas domingo não haverá expediente, ao menos por enquanto. Como o processamento de dados também ficou parado durante a greve, funcionários do Dataprevi estarão de plantão nas agências para resolver questões urgentes. A decisão foi tomada hoje pelos oito gerentes-executivos do Estado, que se reuniram na capital. A direção nacional do INSS divulgou uma circular com 12 pontos a serem obedecidos, mas ficou a critério de cada superintendência estadual escolher a melhor forma de cumpri-los. Os funcionários vão trabalhar em dois turnos para que o atendimento complete as 12 horas previstas no acordo que pôs fim à greve. Em princípio, não serão contratados temporários, mas os que fazem serviços administrativos serão deslocados para o atendimento ao público que, nesta primeira semana, não terá hora marcada. O superintendente do INSS no Estado, César Diuana, acredita que em três meses o serviço será normalizado, mas nesta primeira semana o acúmulo de pedidos de benefício ou orientação já será menor. Ele sugere que as informações sejam obtidas pelo telefone 0800-780-191 ou pelo site do órgão, www.prividenciasocial.gov.br. "Nos dois postos do Rio mais movimentados, quase metade dos atendimentos são para orientação e informação. Por isso, vamos deslocar funcionários para essas funções.", salientou Diuana. "Mas tanto informações quanto pedidos de salário maternidade, pensão por morte e agendamento de perícia médica podem ser feitos pela internet e o processo é até mais rápido", salientou. Segundo o INSS, entre 16 mil e 20 mil benefícios são concedidos por mês no Estado do Rio, o que significa que, de agosto até agora, quase 50 mil pessoas deixaram de ser atendidas. Para agilizar essa concessão, será dada prioridade aos pedidos de benefícios, especialmente o agendamento de perícia médica (para pedido e cancelamento de seguro), que é feito por uma rede credenciada. Se houver necessidade, o número de médicos autorizados pelo órgão será aumentado, mas Diuana não precisou quantos prestam esse serviço atualmente. Atualmente, há 2,8 milhões de pessoas que recebem benefício da Previdência, num total de R$ 808 milhões por mês. No fim da próxima semana, os oito superintendentes voltam a se reunir para avaliar o funcionamento. "Aí veremos se precisamos abrir também aos domingos e se haverá necessidade de contratação de extras", adiantou Diuana. "Esta opção foi descartada em princípio porque nossa maior demanda é no setor de informações e precisaríamos ensinar o serviço aos temporários."