Agente da Abin que participou da campanha de Tarcísio é demitido por abandono de cargo


A demissão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira. Procurados, tanto a Abin quanto Tarcísio de Freitas não responderam; o agente não foi localizado

Por Vinícius Novais
Atualização:

O oficial de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Fabrício Cardoso de Paíva, foi demitido. Paíva estava licenciado desde 2019 para trabalhar no Ministério da Infraestrutura. Posteriormente, ele participaria da campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo do Estado de São Paulo. A demissão foi publicada no Diário Oficial da União assinada pelo ministro da Casa Civil Rui Costa e se apoia no artigo 132 da lei do funcionalismo público que trata de abandono de função. A Abin e o governador Tarcísio de Freitas foram procurados para comentar o caso, mas não responderam. A reportagem não conseguiu localizar Paíva.

Paíva se licenciou da Abin em junho de 2019 para trabalhar no Ministério da Infraestrutura como Coordenador-Geral de Pesquisas e Informações Estratégicas da Subsecretaria de Conformidade e Integridade. Na época Tarcísio de Freitas era o ministro responsável pela pasta. Ambos estudaram na Academia Militar das Agulhas Negras na mesma época, de 1993 a 1996.

Demissão de Fabrício Cardoso de Paíva publicada no DOU Foto: Reprodução/DOU
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Em 2022 Paíva saiu do ministério quando Tarcísio foi disputar as eleições. Mas, antes de ter outro licenciamento aprovado, deixou o posto para trabalhar na campanha do atual governador. Durante a campanha, o ex-agente se envolveu em uma polêmica ao tentar fazer que um cinegrafista apagasse imagens do evento na favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, interrompido por tiros.

Em 17 de outubro, Tarcísio de Freitas visitava Paraisópolis quando sua agenda foi interrompida por um tiroteio. O episódio resultou na morte de um homem identificado como Felipe Lima, de 27 anos. Ele tinha passagens criminais por roubo e tráfico de drogas, apurou o Estadão na época.

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Durante o ocorrido, Paíva pediu para um cinegrafista apagar as filmagens da confusão causada pelos disparos. O então candidato, Tarcísio, confirmou a história. “Ele pediu o seguinte: ‘olha, apaga isso, apaga aquilo’, sabe por quê? Preocupação com as pessoas, porque lá tinha equipe de produção, lá tinha equipe de comunicação, lá tinha outros profissionais, porque a campanha vai acabar, mas a vida das pessoas prossegue, e a preocupação foi com a segurança”, justificou no debate da TV Globo para o governo de São Paulo.

Fabrício Cardoso de Paíva e Tarcísio de Freitas em sua campanha para governador. Agente da Abin foi demitido nesta segunda-feira Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O oficial de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Fabrício Cardoso de Paíva, foi demitido. Paíva estava licenciado desde 2019 para trabalhar no Ministério da Infraestrutura. Posteriormente, ele participaria da campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo do Estado de São Paulo. A demissão foi publicada no Diário Oficial da União assinada pelo ministro da Casa Civil Rui Costa e se apoia no artigo 132 da lei do funcionalismo público que trata de abandono de função. A Abin e o governador Tarcísio de Freitas foram procurados para comentar o caso, mas não responderam. A reportagem não conseguiu localizar Paíva.

Paíva se licenciou da Abin em junho de 2019 para trabalhar no Ministério da Infraestrutura como Coordenador-Geral de Pesquisas e Informações Estratégicas da Subsecretaria de Conformidade e Integridade. Na época Tarcísio de Freitas era o ministro responsável pela pasta. Ambos estudaram na Academia Militar das Agulhas Negras na mesma época, de 1993 a 1996.

Demissão de Fabrício Cardoso de Paíva publicada no DOU Foto: Reprodução/DOU

Em 2022 Paíva saiu do ministério quando Tarcísio foi disputar as eleições. Mas, antes de ter outro licenciamento aprovado, deixou o posto para trabalhar na campanha do atual governador. Durante a campanha, o ex-agente se envolveu em uma polêmica ao tentar fazer que um cinegrafista apagasse imagens do evento na favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, interrompido por tiros.

Em 17 de outubro, Tarcísio de Freitas visitava Paraisópolis quando sua agenda foi interrompida por um tiroteio. O episódio resultou na morte de um homem identificado como Felipe Lima, de 27 anos. Ele tinha passagens criminais por roubo e tráfico de drogas, apurou o Estadão na época.

Durante o ocorrido, Paíva pediu para um cinegrafista apagar as filmagens da confusão causada pelos disparos. O então candidato, Tarcísio, confirmou a história. “Ele pediu o seguinte: ‘olha, apaga isso, apaga aquilo’, sabe por quê? Preocupação com as pessoas, porque lá tinha equipe de produção, lá tinha equipe de comunicação, lá tinha outros profissionais, porque a campanha vai acabar, mas a vida das pessoas prossegue, e a preocupação foi com a segurança”, justificou no debate da TV Globo para o governo de São Paulo.

Fabrício Cardoso de Paíva e Tarcísio de Freitas em sua campanha para governador. Agente da Abin foi demitido nesta segunda-feira Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O oficial de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Fabrício Cardoso de Paíva, foi demitido. Paíva estava licenciado desde 2019 para trabalhar no Ministério da Infraestrutura. Posteriormente, ele participaria da campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo do Estado de São Paulo. A demissão foi publicada no Diário Oficial da União assinada pelo ministro da Casa Civil Rui Costa e se apoia no artigo 132 da lei do funcionalismo público que trata de abandono de função. A Abin e o governador Tarcísio de Freitas foram procurados para comentar o caso, mas não responderam. A reportagem não conseguiu localizar Paíva.

Paíva se licenciou da Abin em junho de 2019 para trabalhar no Ministério da Infraestrutura como Coordenador-Geral de Pesquisas e Informações Estratégicas da Subsecretaria de Conformidade e Integridade. Na época Tarcísio de Freitas era o ministro responsável pela pasta. Ambos estudaram na Academia Militar das Agulhas Negras na mesma época, de 1993 a 1996.

Demissão de Fabrício Cardoso de Paíva publicada no DOU Foto: Reprodução/DOU

Em 2022 Paíva saiu do ministério quando Tarcísio foi disputar as eleições. Mas, antes de ter outro licenciamento aprovado, deixou o posto para trabalhar na campanha do atual governador. Durante a campanha, o ex-agente se envolveu em uma polêmica ao tentar fazer que um cinegrafista apagasse imagens do evento na favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, interrompido por tiros.

Em 17 de outubro, Tarcísio de Freitas visitava Paraisópolis quando sua agenda foi interrompida por um tiroteio. O episódio resultou na morte de um homem identificado como Felipe Lima, de 27 anos. Ele tinha passagens criminais por roubo e tráfico de drogas, apurou o Estadão na época.

Durante o ocorrido, Paíva pediu para um cinegrafista apagar as filmagens da confusão causada pelos disparos. O então candidato, Tarcísio, confirmou a história. “Ele pediu o seguinte: ‘olha, apaga isso, apaga aquilo’, sabe por quê? Preocupação com as pessoas, porque lá tinha equipe de produção, lá tinha equipe de comunicação, lá tinha outros profissionais, porque a campanha vai acabar, mas a vida das pessoas prossegue, e a preocupação foi com a segurança”, justificou no debate da TV Globo para o governo de São Paulo.

Fabrício Cardoso de Paíva e Tarcísio de Freitas em sua campanha para governador. Agente da Abin foi demitido nesta segunda-feira Foto: Reprodução/Redes Sociais

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