‘Agressão não encontra abrigo na Constituição. Isso é lamentável’, diz Gilmar Mendes após atos em NY


Ministro do STF foi alvo de protesto durante viagem ao EUA; manifestantes contestam resultado das eleições, pedem intervenção militar e o fechamento da Corte

Por Pedro Venceslau
Atualização:

ENVIADO A NOVA YORK - Hostilizado no domingo, 13, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante viagem a Nova York, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou nesta segunda-feira, 14, a ação dos manifestantes, que contestam a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem intervenção militar e fechamento da Corte.

”O meio político reconheceu imediatamente o resultado das eleições. Protestos e demonstração de inconformismo são normais. Agressão não encontra abrigo na Constituição, muito menos a defesa da ditadura. Isso é lamentável”, disse Mendes.

O ministro está nos EUA junto com Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso para participar do Brazil Conference, evento organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que debate a democracia e a economia brasileira nesta segunda e na terça-feira, 14 e 15.

continua após a publicidade

No domingo, ele, Moraes e Lewandowski foram chamados de “ladrão, bandido, vagabundo” na porta do hotel, enquanto Barroso foi seguido por uma brasileira pela Times Square.

“É preciso perguntar se não há um cenário de absoluta dissociação cognitiva, principalmente quando lunáticos pedem intervenção militar e a prisão do inventor da tomada de três pinos”, disse Mendes nesta segunda-feira, durante a sua palestra.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) participam de evento em Nova York para debater democracia e economia no pós-eleição. Foto: Reprodução
continua após a publicidade

Nesta segunda-feira, Mendes evitou comentar o relatório do Ministério da Defesa sobre as eleições, no qual a pasta não aponta fraude e chega à mesma contagem de votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém pede que seja feita uma investigação técnica sobre eventuais riscos à segurança das urnas. “Não vou emitir juízo de valor (sobre relatório das Forças Armadas). O Brasil deu prova de resiliência democrática e encaminhou bem esse assunto”, disse.

Já o ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto, que também está em Nova York para participar do Brazil Conference, chamou os protestos de domingo de “expressão do autoritarismo”. “Democracia não vence por nocaute. Ditadura é autoritarismo. O que se observou ontem (domingo) foi a expressão do autoritarismo e da intolerância que caracterizam uma parte do Brasil. Uma parte do Brasil é autoritária”, afirmou.

Também hostilizado em frente ao hotel no domingo, o ex-presidente Michel Temer (MDB), lamentou as manifestações com mensagens antidemocráticas. “Polarização é útil, mas a radicalização, não. Lamentavelmente, isso ocorre neste instante, aqui em Nova York.”

continua após a publicidade

*O repórter viajou a convite do Lide

ENVIADO A NOVA YORK - Hostilizado no domingo, 13, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante viagem a Nova York, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou nesta segunda-feira, 14, a ação dos manifestantes, que contestam a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem intervenção militar e fechamento da Corte.

”O meio político reconheceu imediatamente o resultado das eleições. Protestos e demonstração de inconformismo são normais. Agressão não encontra abrigo na Constituição, muito menos a defesa da ditadura. Isso é lamentável”, disse Mendes.

O ministro está nos EUA junto com Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso para participar do Brazil Conference, evento organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que debate a democracia e a economia brasileira nesta segunda e na terça-feira, 14 e 15.

No domingo, ele, Moraes e Lewandowski foram chamados de “ladrão, bandido, vagabundo” na porta do hotel, enquanto Barroso foi seguido por uma brasileira pela Times Square.

“É preciso perguntar se não há um cenário de absoluta dissociação cognitiva, principalmente quando lunáticos pedem intervenção militar e a prisão do inventor da tomada de três pinos”, disse Mendes nesta segunda-feira, durante a sua palestra.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) participam de evento em Nova York para debater democracia e economia no pós-eleição. Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira, Mendes evitou comentar o relatório do Ministério da Defesa sobre as eleições, no qual a pasta não aponta fraude e chega à mesma contagem de votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém pede que seja feita uma investigação técnica sobre eventuais riscos à segurança das urnas. “Não vou emitir juízo de valor (sobre relatório das Forças Armadas). O Brasil deu prova de resiliência democrática e encaminhou bem esse assunto”, disse.

Já o ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto, que também está em Nova York para participar do Brazil Conference, chamou os protestos de domingo de “expressão do autoritarismo”. “Democracia não vence por nocaute. Ditadura é autoritarismo. O que se observou ontem (domingo) foi a expressão do autoritarismo e da intolerância que caracterizam uma parte do Brasil. Uma parte do Brasil é autoritária”, afirmou.

Também hostilizado em frente ao hotel no domingo, o ex-presidente Michel Temer (MDB), lamentou as manifestações com mensagens antidemocráticas. “Polarização é útil, mas a radicalização, não. Lamentavelmente, isso ocorre neste instante, aqui em Nova York.”

*O repórter viajou a convite do Lide

ENVIADO A NOVA YORK - Hostilizado no domingo, 13, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante viagem a Nova York, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou nesta segunda-feira, 14, a ação dos manifestantes, que contestam a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem intervenção militar e fechamento da Corte.

”O meio político reconheceu imediatamente o resultado das eleições. Protestos e demonstração de inconformismo são normais. Agressão não encontra abrigo na Constituição, muito menos a defesa da ditadura. Isso é lamentável”, disse Mendes.

O ministro está nos EUA junto com Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso para participar do Brazil Conference, evento organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que debate a democracia e a economia brasileira nesta segunda e na terça-feira, 14 e 15.

No domingo, ele, Moraes e Lewandowski foram chamados de “ladrão, bandido, vagabundo” na porta do hotel, enquanto Barroso foi seguido por uma brasileira pela Times Square.

“É preciso perguntar se não há um cenário de absoluta dissociação cognitiva, principalmente quando lunáticos pedem intervenção militar e a prisão do inventor da tomada de três pinos”, disse Mendes nesta segunda-feira, durante a sua palestra.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) participam de evento em Nova York para debater democracia e economia no pós-eleição. Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira, Mendes evitou comentar o relatório do Ministério da Defesa sobre as eleições, no qual a pasta não aponta fraude e chega à mesma contagem de votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém pede que seja feita uma investigação técnica sobre eventuais riscos à segurança das urnas. “Não vou emitir juízo de valor (sobre relatório das Forças Armadas). O Brasil deu prova de resiliência democrática e encaminhou bem esse assunto”, disse.

Já o ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto, que também está em Nova York para participar do Brazil Conference, chamou os protestos de domingo de “expressão do autoritarismo”. “Democracia não vence por nocaute. Ditadura é autoritarismo. O que se observou ontem (domingo) foi a expressão do autoritarismo e da intolerância que caracterizam uma parte do Brasil. Uma parte do Brasil é autoritária”, afirmou.

Também hostilizado em frente ao hotel no domingo, o ex-presidente Michel Temer (MDB), lamentou as manifestações com mensagens antidemocráticas. “Polarização é útil, mas a radicalização, não. Lamentavelmente, isso ocorre neste instante, aqui em Nova York.”

*O repórter viajou a convite do Lide

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.