Quem é Ailton Barros, que citou Marielle Franco na operação da PF que investiga Bolsonaro


Na eleição do ano passado, militar da reserva se apresentava como o ‘01′ do ex-presidente

Por Redação
Atualização:

Advogado e militar da reserva, Ailton Gonçalves Moraes Barros foi um dos presos preventivamente na Operação Venire da Polícia Federal, que investiga um possível esquema de fraudes em dados de vacinação da covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Os investigadores suspeitam que foi quem conseguiu lançar os dados falsos na plataforma para beneficiar a mulher do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Nascido em Alegrete (RS), Ailton foi para o Rio de Janeiro ainda na infância. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ailton tem 61 anos, é major reformado e detém de um patrimônio declarado de R$ 388 mil. Nas redes sociais, ele se intitula como Oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e paraquedista militar e civil.

A primeira tentativa de Barros em entrar na política foi em 2006, quando disputou uma cadeira de deputado federal do Rio de Janeiro pelo PFL. Em 2020, ele concorreu a uma vaga de vereador na cidade fluminense pelo PRTB, mas também não foi eleito. Em 2022, quando foi candidato a deputado estadual pelo PL, não foi eleito novamente e acabou ficando como suplente. Na eleição do ano passado, inclusive, ele se apresentava como o “01 de Bolsonaro”.

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Ailton Barros foi preso no âmbito da Operação Venire, que investiga possíveis fraudes em cartões de vacinação Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Ailton é apontado como uma espécie de intermediário de um braço do esquema junto à prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Federal, ele teria levantado lotes enviados ao Rio de Janeiro e cadastrado duas doses da Pfizer em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, mulher do ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid. O advogado também conseguiu um cartão físico de vacinação para a mulher de Mauro Cid.

Após o ‘êxito’, Ailton pediu uma ‘contrapartida’ a Cid: que o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro intermediasse encontro cujo tema seria o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco - crime ocorrido em 2018. A ideia era um encontro com o cônsul dos Estados Unidos para resolver problema relacionado a seu visto - ligado ao envolvimento do nome do ex-parlamentar com o caso Marielle.

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A permuta entre Ailton e Cid é descrita pela Polícia Federal com base em mensagens trocadas entre os dois pelo celular. Em uma mensagem enviada ao coronel, Ailton afirma: “Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a porra toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí.”

Advogado e militar da reserva, Ailton Gonçalves Moraes Barros foi um dos presos preventivamente na Operação Venire da Polícia Federal, que investiga um possível esquema de fraudes em dados de vacinação da covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Os investigadores suspeitam que foi quem conseguiu lançar os dados falsos na plataforma para beneficiar a mulher do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Nascido em Alegrete (RS), Ailton foi para o Rio de Janeiro ainda na infância. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ailton tem 61 anos, é major reformado e detém de um patrimônio declarado de R$ 388 mil. Nas redes sociais, ele se intitula como Oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e paraquedista militar e civil.

A primeira tentativa de Barros em entrar na política foi em 2006, quando disputou uma cadeira de deputado federal do Rio de Janeiro pelo PFL. Em 2020, ele concorreu a uma vaga de vereador na cidade fluminense pelo PRTB, mas também não foi eleito. Em 2022, quando foi candidato a deputado estadual pelo PL, não foi eleito novamente e acabou ficando como suplente. Na eleição do ano passado, inclusive, ele se apresentava como o “01 de Bolsonaro”.

Ailton Barros foi preso no âmbito da Operação Venire, que investiga possíveis fraudes em cartões de vacinação Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Ailton é apontado como uma espécie de intermediário de um braço do esquema junto à prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Federal, ele teria levantado lotes enviados ao Rio de Janeiro e cadastrado duas doses da Pfizer em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, mulher do ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid. O advogado também conseguiu um cartão físico de vacinação para a mulher de Mauro Cid.

Após o ‘êxito’, Ailton pediu uma ‘contrapartida’ a Cid: que o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro intermediasse encontro cujo tema seria o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco - crime ocorrido em 2018. A ideia era um encontro com o cônsul dos Estados Unidos para resolver problema relacionado a seu visto - ligado ao envolvimento do nome do ex-parlamentar com o caso Marielle.

A permuta entre Ailton e Cid é descrita pela Polícia Federal com base em mensagens trocadas entre os dois pelo celular. Em uma mensagem enviada ao coronel, Ailton afirma: “Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a porra toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí.”

Advogado e militar da reserva, Ailton Gonçalves Moraes Barros foi um dos presos preventivamente na Operação Venire da Polícia Federal, que investiga um possível esquema de fraudes em dados de vacinação da covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Os investigadores suspeitam que foi quem conseguiu lançar os dados falsos na plataforma para beneficiar a mulher do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Nascido em Alegrete (RS), Ailton foi para o Rio de Janeiro ainda na infância. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ailton tem 61 anos, é major reformado e detém de um patrimônio declarado de R$ 388 mil. Nas redes sociais, ele se intitula como Oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e paraquedista militar e civil.

A primeira tentativa de Barros em entrar na política foi em 2006, quando disputou uma cadeira de deputado federal do Rio de Janeiro pelo PFL. Em 2020, ele concorreu a uma vaga de vereador na cidade fluminense pelo PRTB, mas também não foi eleito. Em 2022, quando foi candidato a deputado estadual pelo PL, não foi eleito novamente e acabou ficando como suplente. Na eleição do ano passado, inclusive, ele se apresentava como o “01 de Bolsonaro”.

Ailton Barros foi preso no âmbito da Operação Venire, que investiga possíveis fraudes em cartões de vacinação Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Ailton é apontado como uma espécie de intermediário de um braço do esquema junto à prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Federal, ele teria levantado lotes enviados ao Rio de Janeiro e cadastrado duas doses da Pfizer em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, mulher do ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid. O advogado também conseguiu um cartão físico de vacinação para a mulher de Mauro Cid.

Após o ‘êxito’, Ailton pediu uma ‘contrapartida’ a Cid: que o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro intermediasse encontro cujo tema seria o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco - crime ocorrido em 2018. A ideia era um encontro com o cônsul dos Estados Unidos para resolver problema relacionado a seu visto - ligado ao envolvimento do nome do ex-parlamentar com o caso Marielle.

A permuta entre Ailton e Cid é descrita pela Polícia Federal com base em mensagens trocadas entre os dois pelo celular. Em uma mensagem enviada ao coronel, Ailton afirma: “Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a porra toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí.”

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