O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) se reúne amanhã com a bancada federal paulista, em Brasília, para a entrega de emendas do interesse de São Paulo. Essas emendas, chamadas de coletivas e assinadas por todos os deputados da bancada, na prática, significam um pedido de mais recursos para o Estado, no orçamento federal. Alckmin viaja às 15 horas e deve retornar no mesmo dia, no final da tarde. "Vou levar as três prioridades do Estado que são nas áreas de segurança pública, saneamento básico e transporte ferroviário", disse Alckmin, sem detalhar os projetos. "No ano passado foi o governador Mário Covas que esteve lá, levou as emendas de São Paulo. Isso já é uma tradição." Precatórios Alckmin negou que tenha audiência agendada com o ministro Marco Aurélio de Mello, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar da questão dos precatórios ou da liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que paralisou a tramitação do Orçamento paulista para 2002, na Assembléia Legislativa. Há cerca de uma semana, Mello anunciou que iria convocar Alckmin para explicar o não pagamento de precatórios. "É sempre bom reiterar, no caso dos precatórios, que este ano nós vamos pagar entre R$ 750 e R$ 800 milhões, entre alimentares, não alimentares, da administração direta e indireta e autarquias. Um recorde na história de um Estado que nunca pagou mais de R$ 500 milhões", disse Alckmin. O pagamento de precatórios não alimentares está em dia - por conta da emenda constitucional 30, que permite pagar em até 10 anos. O atraso se refere aos alimentares. Alckmin não soube informar o montante que ainda não foi pago. "Aliás, é fácil, é só entrar na Internet, na página do STF, para ver que São Paulo não é o Estado que está mais atrasado. Estamos pagando os de 1997, já vamos entrar em 1998. Há Estados que estão na década de 80, ainda não chegaram a 1990", afirmou Alckmin. Quanto ao Orçamento paulista, ele reafirmou que a Procuradoria Geral do Estado está estudando a melhor forma de recorrer da liminar do TJ-SP, mas negou que vá fazê-lo junto ao STF, como fez a Assembléia legislativa paulista na semana passada.