O PT e mais seis partidos aliados lançaram neste sábado, 7, em São Paulo, a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva e do ex-governador Geraldo Alckmin. Hoje no PSB, o ex-tucano, apresentado como fiador da busca de aproximação com o centro, participou por vídeo do evento por estar com covid.
Primeiro a discursar, Alckmin afirmou que a aliança com Lula é “um chamado à razão” e chamou “as demais forças políticas” a se juntarem ao projeto com o petista. “Venham se juntar a nós. As próximas eleições guardam peculiaridade: será um grande teste para nossa democracia. Sem Lula não haverá alternância de poder e sem alternância de poder não haverá garantias para nossa democracia”, afirmou.
“Lula é a esperança que resta ao Brasil. Não é a primeira, a segunda nem a terceira, ela é a única via da esperança para o Brasil. Quando a ignorância se une à mentira para demonizar eleições livres, nós não devemos vacilar, o caminho é com Lula”, disse o ex-governador.
Nos bastidores do ato, aliados do ex-presidente admitiram que a aliança atual é considerada insuficiente e há a necessidade de aglutinar mais forças políticas ao centro para se formar, de fato, uma frente ampla. Segundo eles, o evento está longe de ter significância em termos de apoios.
Alckmin elogiou o ex-presidente. “Quando o presidente Lula me estendeu a mão, eu vi nesse gesto muito mais do que um sinal de reconciliação entre dois adversários históricos. Vi um verdadeiro chamado à razão”, afirmou.
De acordo com ele, “nada, nenhuma divergência do passado, nenhuma diferença do presente nem as disputas de ontem nem as eventuais discordâncias de hoje ou de amanhã, nada, absolutamente nada, servirá de razão, desculpa ou pretexto para que eu deixe de apoiar e defender com toda a minha convicção a volta de Lula à Presidência do Brasil.”
Participaram do evento Fernando Haddad, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Márcio França, ex-governador e pré-candidato pelo PSB, a presidente cassada Dilma Rousseff (PT), líderes sindicais e representantes de seis partidos que se juntaram ao PT - PSB, PSOL, PC do B, Rede, PV e Solidariedade. Guilherme Boulos (PSOL), Gabriel Chalita (sem partido) e os advogados Valeska e Cristiano Zanin, que atuaram na defesa de Lula na Lava Jato, também estavam presentes. Ao lado de Lula estava Rosângela Silva, a Janja, com quem irá se casar no dia 18 e a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
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