Além de líder do Hamas, Alckmin estava ao lado de representantes dos Houthi, Jihad e Hezbollah


Ismail Haniyeh foi morto nesta terça, horas depois de cerimônia de posse do novo presidente iraniano que contou com a presença do vice-presidente brasileiro e de outros nomes conhecidos de grupos radicais islâmicos e terroristas

Por Pedro Lima
Atualização:

O líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto nesta terça-feira, 30, por um ataque aéreo em Teerã, capital do Irã. Algumas horas antes do ataque, Haniyeh marcou presença na posse no novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. No evento, o líder terrorista ficou a metros de distância do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), enviado para representar o governo brasileiro na cerimônia.

Uma imagem divulgada pela Press TV, emissora estatal do regime iraniano, mostra Alckmin sentado a poucas cadeiras de distância de Haniyeh. Mesmo próximos, os dois não conversaram durante o encontro. Entre o vice-presidente do Brasil e o líder do Hamas estão outros nomes conhecidos de grupos radicais islâmicos e terroristas: o porta-voz dos Houthi, Mohammed Abdulsalam, o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah, e o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem.

Na primeira fileira aparecem, da esquerda para a direita, Geraldo Alckmin (1º), o porta-voz dos Houthi, Mohammed Abdulsalam (2º), o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah (3º), o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem (4º), e Ismail Haniyeh, líder do Hamas morto horas depois em ataque no Teerã, capital do Irã (5º). Foto: Press TV
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Quem aparece logo à direita de Alckmin é Mohammed Abdulsalam, porta-voz dos Houthi. Liderados por Abdul-Malik al-Houthi, eles compõem um grupo de rebeldes xiitas apoiados pelo Irã. Eles construíram sua ideologia em torno da oposição a Israel e aos Estados Unidos, vendo-se como parte do “eixo de resistência” liderado pelo Irã, juntamente com o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah no Líbano.

Seus líderes costumam traçar paralelos entre as bombas fabricadas nos Estados Unidos usadas para atacar suas forças no Iêmen e as armas enviadas a Israel e usadas em Gaza. O que antes era um grupo de rebeldes mal organizados, os Houthis reforçaram seu arsenal nos últimos anos, passando a incluir mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos além de drones de longo alcance.

Os Houthis estão entre os vários grupos apoiados pelo Irã que atacaram Israel em solidariedade ao Hamas desde que o ataque de 7 de outubro do grupo terrorista desencadeou a ofensiva israelense em curso em Gaza.

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Exatamente no centro entre Alckmin e Haniyeh, na terceira cadeira da foto, está o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah. A Jihad Islâmica foi fundada na década de 1980 na Faixa de Gaza para combater a ocupação israelense e mantém presença em Gaza e na Cisjordânia. O grupo terrorista palestino é o segundo maior de Gaza, sendo frequentemente eclipsado pelo Hamas.

O Hamas e a Jihad Islâmica estão frequentemente alinhados contra Israel. São os membros mais importantes entre os que coordenam a maior parte da atividade militar dos vários grupos armados em Gaza. A Jihad muitas vezes atua independentemente do outro grupo terrorista e concentra-se majoritariamente em confrontos militares.

O Irã também ajuda o grupo com apoio financeiro e armas, enviando foguetes e armamento antitanque. Assim como o Hamas, Israel e Estados Unidos consideram a Jihad uma organização terrorista.

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Na quarta cadeira, do lado esquerdo do líder do Hamas, está o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem. O Hezbollah, que significa “Partido de Deus”, é um grupo radical xiita híbrido, ou seja, político, social e militar, com sede no Líbano. O grupo surgiu em 1982, quando Israel avançou para o sul do Líbano para aniquilar a Organização para a Libertação da Palestina, cujos líderes utilizavam o país como base. Israel logo viu a si mesmo contra um novo movimento fundado para reunir a vontade popular contra a ocupação dos israelenses.

Nesta semana, um ataque atribuído por Israel ao Hezbollah matou 12 crianças e adolescentes que jogavam futebol na cidade de Majdal Shams. O grupo nega a autoria. Em resposta, Israel bombardeou posições no Líbano e disse ter matado Fuad Shukr, comandante mais alto do grupo e citado como responsável pelo ataque nas Colinas do Golan.

Além de seu braço armado, o Hezbollah é a força política mais poderosa dentro do Líbano, possuindo veto em decisões governamentais e decidindo questões importantes relacionadas a entrada ou não do Líbano em conflitos armados. O grupo, da mesma forma que os outros, é apoiado financeiramente e militarmente pelo Irã e também é visto como uma organização terrorista por Estados Unidos e Israel.

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Empossado nesta terça, Pezeshkian está substituindo o ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi. O ex-chefe do Executivo do país era considerado “linha-dura” e morreu em um acidente de helicóptero em maio. Líder do Hamas, Haniyeh estava presente na cerimônia de posse pela proximidade do regime iraniano com o Hamas. O Irã é um dos principais fiadores do grupo terrorista.

Geraldo Alckmin foi o escalado por Lula para a posse do novo presidente iraniano depois da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ter sido a escolhida para representar o País nos Jogos Olímpicos de Paris. Foi a primeira vez que a esposa substituiu o presidente brasileiro na abertura da competição.

Integrantes do Hamas participam de um protesto para condenar o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, no campo de refugiados palestinos de al-Bass, no sul do Líbano. Foto: Mohammed Zaatari/AP
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O Hamas e a mídia estatal iraniana culparam Israel pela morte de Haniyeh, o líder político do grupo terrorista, que era fundamental para suas negociações e diplomacia de alto risco. As Forças Armadas de Israel não comentaram o assassinato.

O líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto nesta terça-feira, 30, por um ataque aéreo em Teerã, capital do Irã. Algumas horas antes do ataque, Haniyeh marcou presença na posse no novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. No evento, o líder terrorista ficou a metros de distância do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), enviado para representar o governo brasileiro na cerimônia.

Uma imagem divulgada pela Press TV, emissora estatal do regime iraniano, mostra Alckmin sentado a poucas cadeiras de distância de Haniyeh. Mesmo próximos, os dois não conversaram durante o encontro. Entre o vice-presidente do Brasil e o líder do Hamas estão outros nomes conhecidos de grupos radicais islâmicos e terroristas: o porta-voz dos Houthi, Mohammed Abdulsalam, o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah, e o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem.

Na primeira fileira aparecem, da esquerda para a direita, Geraldo Alckmin (1º), o porta-voz dos Houthi, Mohammed Abdulsalam (2º), o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah (3º), o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem (4º), e Ismail Haniyeh, líder do Hamas morto horas depois em ataque no Teerã, capital do Irã (5º). Foto: Press TV

Quem aparece logo à direita de Alckmin é Mohammed Abdulsalam, porta-voz dos Houthi. Liderados por Abdul-Malik al-Houthi, eles compõem um grupo de rebeldes xiitas apoiados pelo Irã. Eles construíram sua ideologia em torno da oposição a Israel e aos Estados Unidos, vendo-se como parte do “eixo de resistência” liderado pelo Irã, juntamente com o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah no Líbano.

Seus líderes costumam traçar paralelos entre as bombas fabricadas nos Estados Unidos usadas para atacar suas forças no Iêmen e as armas enviadas a Israel e usadas em Gaza. O que antes era um grupo de rebeldes mal organizados, os Houthis reforçaram seu arsenal nos últimos anos, passando a incluir mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos além de drones de longo alcance.

Os Houthis estão entre os vários grupos apoiados pelo Irã que atacaram Israel em solidariedade ao Hamas desde que o ataque de 7 de outubro do grupo terrorista desencadeou a ofensiva israelense em curso em Gaza.

Exatamente no centro entre Alckmin e Haniyeh, na terceira cadeira da foto, está o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah. A Jihad Islâmica foi fundada na década de 1980 na Faixa de Gaza para combater a ocupação israelense e mantém presença em Gaza e na Cisjordânia. O grupo terrorista palestino é o segundo maior de Gaza, sendo frequentemente eclipsado pelo Hamas.

O Hamas e a Jihad Islâmica estão frequentemente alinhados contra Israel. São os membros mais importantes entre os que coordenam a maior parte da atividade militar dos vários grupos armados em Gaza. A Jihad muitas vezes atua independentemente do outro grupo terrorista e concentra-se majoritariamente em confrontos militares.

O Irã também ajuda o grupo com apoio financeiro e armas, enviando foguetes e armamento antitanque. Assim como o Hamas, Israel e Estados Unidos consideram a Jihad uma organização terrorista.

Na quarta cadeira, do lado esquerdo do líder do Hamas, está o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem. O Hezbollah, que significa “Partido de Deus”, é um grupo radical xiita híbrido, ou seja, político, social e militar, com sede no Líbano. O grupo surgiu em 1982, quando Israel avançou para o sul do Líbano para aniquilar a Organização para a Libertação da Palestina, cujos líderes utilizavam o país como base. Israel logo viu a si mesmo contra um novo movimento fundado para reunir a vontade popular contra a ocupação dos israelenses.

Nesta semana, um ataque atribuído por Israel ao Hezbollah matou 12 crianças e adolescentes que jogavam futebol na cidade de Majdal Shams. O grupo nega a autoria. Em resposta, Israel bombardeou posições no Líbano e disse ter matado Fuad Shukr, comandante mais alto do grupo e citado como responsável pelo ataque nas Colinas do Golan.

Além de seu braço armado, o Hezbollah é a força política mais poderosa dentro do Líbano, possuindo veto em decisões governamentais e decidindo questões importantes relacionadas a entrada ou não do Líbano em conflitos armados. O grupo, da mesma forma que os outros, é apoiado financeiramente e militarmente pelo Irã e também é visto como uma organização terrorista por Estados Unidos e Israel.

Empossado nesta terça, Pezeshkian está substituindo o ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi. O ex-chefe do Executivo do país era considerado “linha-dura” e morreu em um acidente de helicóptero em maio. Líder do Hamas, Haniyeh estava presente na cerimônia de posse pela proximidade do regime iraniano com o Hamas. O Irã é um dos principais fiadores do grupo terrorista.

Geraldo Alckmin foi o escalado por Lula para a posse do novo presidente iraniano depois da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ter sido a escolhida para representar o País nos Jogos Olímpicos de Paris. Foi a primeira vez que a esposa substituiu o presidente brasileiro na abertura da competição.

Integrantes do Hamas participam de um protesto para condenar o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, no campo de refugiados palestinos de al-Bass, no sul do Líbano. Foto: Mohammed Zaatari/AP

O Hamas e a mídia estatal iraniana culparam Israel pela morte de Haniyeh, o líder político do grupo terrorista, que era fundamental para suas negociações e diplomacia de alto risco. As Forças Armadas de Israel não comentaram o assassinato.

O líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto nesta terça-feira, 30, por um ataque aéreo em Teerã, capital do Irã. Algumas horas antes do ataque, Haniyeh marcou presença na posse no novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. No evento, o líder terrorista ficou a metros de distância do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), enviado para representar o governo brasileiro na cerimônia.

Uma imagem divulgada pela Press TV, emissora estatal do regime iraniano, mostra Alckmin sentado a poucas cadeiras de distância de Haniyeh. Mesmo próximos, os dois não conversaram durante o encontro. Entre o vice-presidente do Brasil e o líder do Hamas estão outros nomes conhecidos de grupos radicais islâmicos e terroristas: o porta-voz dos Houthi, Mohammed Abdulsalam, o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah, e o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem.

Na primeira fileira aparecem, da esquerda para a direita, Geraldo Alckmin (1º), o porta-voz dos Houthi, Mohammed Abdulsalam (2º), o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah (3º), o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem (4º), e Ismail Haniyeh, líder do Hamas morto horas depois em ataque no Teerã, capital do Irã (5º). Foto: Press TV

Quem aparece logo à direita de Alckmin é Mohammed Abdulsalam, porta-voz dos Houthi. Liderados por Abdul-Malik al-Houthi, eles compõem um grupo de rebeldes xiitas apoiados pelo Irã. Eles construíram sua ideologia em torno da oposição a Israel e aos Estados Unidos, vendo-se como parte do “eixo de resistência” liderado pelo Irã, juntamente com o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah no Líbano.

Seus líderes costumam traçar paralelos entre as bombas fabricadas nos Estados Unidos usadas para atacar suas forças no Iêmen e as armas enviadas a Israel e usadas em Gaza. O que antes era um grupo de rebeldes mal organizados, os Houthis reforçaram seu arsenal nos últimos anos, passando a incluir mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos além de drones de longo alcance.

Os Houthis estão entre os vários grupos apoiados pelo Irã que atacaram Israel em solidariedade ao Hamas desde que o ataque de 7 de outubro do grupo terrorista desencadeou a ofensiva israelense em curso em Gaza.

Exatamente no centro entre Alckmin e Haniyeh, na terceira cadeira da foto, está o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah. A Jihad Islâmica foi fundada na década de 1980 na Faixa de Gaza para combater a ocupação israelense e mantém presença em Gaza e na Cisjordânia. O grupo terrorista palestino é o segundo maior de Gaza, sendo frequentemente eclipsado pelo Hamas.

O Hamas e a Jihad Islâmica estão frequentemente alinhados contra Israel. São os membros mais importantes entre os que coordenam a maior parte da atividade militar dos vários grupos armados em Gaza. A Jihad muitas vezes atua independentemente do outro grupo terrorista e concentra-se majoritariamente em confrontos militares.

O Irã também ajuda o grupo com apoio financeiro e armas, enviando foguetes e armamento antitanque. Assim como o Hamas, Israel e Estados Unidos consideram a Jihad uma organização terrorista.

Na quarta cadeira, do lado esquerdo do líder do Hamas, está o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem. O Hezbollah, que significa “Partido de Deus”, é um grupo radical xiita híbrido, ou seja, político, social e militar, com sede no Líbano. O grupo surgiu em 1982, quando Israel avançou para o sul do Líbano para aniquilar a Organização para a Libertação da Palestina, cujos líderes utilizavam o país como base. Israel logo viu a si mesmo contra um novo movimento fundado para reunir a vontade popular contra a ocupação dos israelenses.

Nesta semana, um ataque atribuído por Israel ao Hezbollah matou 12 crianças e adolescentes que jogavam futebol na cidade de Majdal Shams. O grupo nega a autoria. Em resposta, Israel bombardeou posições no Líbano e disse ter matado Fuad Shukr, comandante mais alto do grupo e citado como responsável pelo ataque nas Colinas do Golan.

Além de seu braço armado, o Hezbollah é a força política mais poderosa dentro do Líbano, possuindo veto em decisões governamentais e decidindo questões importantes relacionadas a entrada ou não do Líbano em conflitos armados. O grupo, da mesma forma que os outros, é apoiado financeiramente e militarmente pelo Irã e também é visto como uma organização terrorista por Estados Unidos e Israel.

Empossado nesta terça, Pezeshkian está substituindo o ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi. O ex-chefe do Executivo do país era considerado “linha-dura” e morreu em um acidente de helicóptero em maio. Líder do Hamas, Haniyeh estava presente na cerimônia de posse pela proximidade do regime iraniano com o Hamas. O Irã é um dos principais fiadores do grupo terrorista.

Geraldo Alckmin foi o escalado por Lula para a posse do novo presidente iraniano depois da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ter sido a escolhida para representar o País nos Jogos Olímpicos de Paris. Foi a primeira vez que a esposa substituiu o presidente brasileiro na abertura da competição.

Integrantes do Hamas participam de um protesto para condenar o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, no campo de refugiados palestinos de al-Bass, no sul do Líbano. Foto: Mohammed Zaatari/AP

O Hamas e a mídia estatal iraniana culparam Israel pela morte de Haniyeh, o líder político do grupo terrorista, que era fundamental para suas negociações e diplomacia de alto risco. As Forças Armadas de Israel não comentaram o assassinato.

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