Aliados de Lula reclamam do termo ‘revogação’ de reforma trabalhista em prévia de programa


Siglas também demonstram descontentamento no autoelogio do PT no combate à corrupção

Por Luiz Vassallo e Giordanna Neves
Atualização:

Partidos aliados e apoiadores da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstraram descontentamento com uso do termo “revogação” para tratar da reforma trabalhista e com os autoelogios do PT no tema do combate à corrupção na prévia de programa de governo divulgada na segunda-feira, 6. A reclamação é que não houve diálogo com as siglas que firmaram alianças em torno do nome do ex-presidente na disputa ao Planalto.

Lideranças do PV, PCdoB, PSOL, PSB, Rede e Solidariedade se reuniram nesta quinta-feira, 9, com dirigentes petistas para buscar alinhamento em torno do programa de diretrizes para as eleições 2022.

Como divulgado pelo Estadão, prévia do programa de governo de Lula oficializa revogação do teto de gastos e reforma trabalhista. Foto: FELIPE RAU/ESTADAO
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Segundo apurou o Estadão, o ponto de maior incômodo na reunião foi o “vazamento” do documento com 90 tópicos sobre as propostas para o País. Intitulado de “diretrizes para o programa de reconstrução do Brasil Lula 2023-2026″, o documento foi divulgado nesta segunda, 6, pela Fundação Perseu Abramo. Aliados consideraram que não era hora de anunciar o documento sem alinhamento entre os partidos.

Entre pontos mais polêmicos, estão a “revogação” da reforma trabalhista e do teto de gastos. O termo tem sido evitado inclusive pelo ex-presidente Lula em seus discursos. O petista tem adotado o termo “revisar” para se referir à reforma. Centrais sindicais também preferem evitar a palavra “revogação” para evitar atritos com o empresariado.

Segundo aliados, a reunião serviu para superar o descontentamento com o vazamento. A data desta quinta, 9, constava no documento como prazo final para que aliados enviassem suas sugestões. “Sábado vamos nos reunir para verificar a incorporação e consolidação dessas emendas apresentadas”, afirmou o ex-deputado Domingos Leonelli (PSB), que representou o partido na reunião.

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Centrais sindicais

Até sábado, haverá mais um debate sobre o tema. Centrais sindicais também serão ouvidas. “Os partidos deliberaram por solicitar as posições das centrais sindicais a respeito as reformas trabalhistas, trabalhadores do campo, reforma agrária, agricultura familiar, ambientalistas. Educadores também vão ser ouvidos. Esse caso (reforma trabalhista) é um aspecto pontual. O PT defende a revogação, mas vamos ouvir as Centrais Sindicais”, afirma a ex-ministra Maria do Rosário, representante do PT na reunião.

Em seguida, o projeto passará por uma plataforma de sugestões online para que a sociedade faça seus apontamentos, até a segunda quinzena de junho, de acordo com nota conjunta dos partidos. O documento então ainda passará pelas instâncias partidárias e terá palavra final de Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice.

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Dilma Rousseff, Lula e Geraldo Alckmin durante Ato pela Soberania do Brasil, em Porto Alegre (RS). Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação Lula

Mesmo após o alinhamento estratégico, integrantes dos partidos afirmam ao Estadão que há descontentamento com parte dos itens. No Solidariedade, além da revogação da reforma trabalhista, houve insatisfação com o tópico do combate à corrupção. Mas segundo pessoas presentes na reunião, representantes do Solidariedade não tocaram no assunto.

Dentro da legenda, questiona-se o motivo de o PT ter se colocado como “baluarte” do combate à corrupção, mesmo sabendo que os governos petistas foram marcados por esquemas de corrupção, como o mensalão e a corrupção na Petrobras. Eles não acreditam que o PT seja o centro do problema, como diz a oposição, mas afirmam ao Estadão que relembrar o passado envolvendo o tema pode suscitar o debate em torno destes escândalos pela imprensa e por rivais.

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No documento prévio divulgado nesta segunda-feira, 6, há uma exaltação do reforço da Polícia Federal e do Coaf durante a era petista. Fizeram constar no papel que durante a era Lula e Dilma, houve, “de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública”.

Dentro do PSB e da Rede, a divulgação da prévia sem diálogo com os partidos foi a questão considerada mais grave. Mesmo assim, ao Estadão, integrantes das legendas afirmam que o desconforto ficou no passado.

Um integrante do PSB afirma concordar com o uso do termo “revogação” para tratar da reforma. Até sábado, a legenda fará suas emendas. Entre elas, integrantes do PSB querem um reforço na abordagem sobre o combate às drogas. No documento prévio, o PT deu ênfase ao enfrentamento do tráfico e das milícias.

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Um dos itens diz respeito a como desmontar as organizações criminosas atingindo seu “poderoso núcleo financeiro”. Integrantes do PSB querem que se conste algo mais detalhado a respeito da reabilitação e qualificação profissional de usuários e cobram uma mudança de estratégia, a ser alinhada.

Partidos aliados e apoiadores da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstraram descontentamento com uso do termo “revogação” para tratar da reforma trabalhista e com os autoelogios do PT no tema do combate à corrupção na prévia de programa de governo divulgada na segunda-feira, 6. A reclamação é que não houve diálogo com as siglas que firmaram alianças em torno do nome do ex-presidente na disputa ao Planalto.

Lideranças do PV, PCdoB, PSOL, PSB, Rede e Solidariedade se reuniram nesta quinta-feira, 9, com dirigentes petistas para buscar alinhamento em torno do programa de diretrizes para as eleições 2022.

Como divulgado pelo Estadão, prévia do programa de governo de Lula oficializa revogação do teto de gastos e reforma trabalhista. Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

Segundo apurou o Estadão, o ponto de maior incômodo na reunião foi o “vazamento” do documento com 90 tópicos sobre as propostas para o País. Intitulado de “diretrizes para o programa de reconstrução do Brasil Lula 2023-2026″, o documento foi divulgado nesta segunda, 6, pela Fundação Perseu Abramo. Aliados consideraram que não era hora de anunciar o documento sem alinhamento entre os partidos.

Entre pontos mais polêmicos, estão a “revogação” da reforma trabalhista e do teto de gastos. O termo tem sido evitado inclusive pelo ex-presidente Lula em seus discursos. O petista tem adotado o termo “revisar” para se referir à reforma. Centrais sindicais também preferem evitar a palavra “revogação” para evitar atritos com o empresariado.

Segundo aliados, a reunião serviu para superar o descontentamento com o vazamento. A data desta quinta, 9, constava no documento como prazo final para que aliados enviassem suas sugestões. “Sábado vamos nos reunir para verificar a incorporação e consolidação dessas emendas apresentadas”, afirmou o ex-deputado Domingos Leonelli (PSB), que representou o partido na reunião.

Centrais sindicais

Até sábado, haverá mais um debate sobre o tema. Centrais sindicais também serão ouvidas. “Os partidos deliberaram por solicitar as posições das centrais sindicais a respeito as reformas trabalhistas, trabalhadores do campo, reforma agrária, agricultura familiar, ambientalistas. Educadores também vão ser ouvidos. Esse caso (reforma trabalhista) é um aspecto pontual. O PT defende a revogação, mas vamos ouvir as Centrais Sindicais”, afirma a ex-ministra Maria do Rosário, representante do PT na reunião.

Em seguida, o projeto passará por uma plataforma de sugestões online para que a sociedade faça seus apontamentos, até a segunda quinzena de junho, de acordo com nota conjunta dos partidos. O documento então ainda passará pelas instâncias partidárias e terá palavra final de Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice.

Dilma Rousseff, Lula e Geraldo Alckmin durante Ato pela Soberania do Brasil, em Porto Alegre (RS). Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação Lula

Mesmo após o alinhamento estratégico, integrantes dos partidos afirmam ao Estadão que há descontentamento com parte dos itens. No Solidariedade, além da revogação da reforma trabalhista, houve insatisfação com o tópico do combate à corrupção. Mas segundo pessoas presentes na reunião, representantes do Solidariedade não tocaram no assunto.

Dentro da legenda, questiona-se o motivo de o PT ter se colocado como “baluarte” do combate à corrupção, mesmo sabendo que os governos petistas foram marcados por esquemas de corrupção, como o mensalão e a corrupção na Petrobras. Eles não acreditam que o PT seja o centro do problema, como diz a oposição, mas afirmam ao Estadão que relembrar o passado envolvendo o tema pode suscitar o debate em torno destes escândalos pela imprensa e por rivais.

No documento prévio divulgado nesta segunda-feira, 6, há uma exaltação do reforço da Polícia Federal e do Coaf durante a era petista. Fizeram constar no papel que durante a era Lula e Dilma, houve, “de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública”.

Dentro do PSB e da Rede, a divulgação da prévia sem diálogo com os partidos foi a questão considerada mais grave. Mesmo assim, ao Estadão, integrantes das legendas afirmam que o desconforto ficou no passado.

Um integrante do PSB afirma concordar com o uso do termo “revogação” para tratar da reforma. Até sábado, a legenda fará suas emendas. Entre elas, integrantes do PSB querem um reforço na abordagem sobre o combate às drogas. No documento prévio, o PT deu ênfase ao enfrentamento do tráfico e das milícias.

Um dos itens diz respeito a como desmontar as organizações criminosas atingindo seu “poderoso núcleo financeiro”. Integrantes do PSB querem que se conste algo mais detalhado a respeito da reabilitação e qualificação profissional de usuários e cobram uma mudança de estratégia, a ser alinhada.

Partidos aliados e apoiadores da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstraram descontentamento com uso do termo “revogação” para tratar da reforma trabalhista e com os autoelogios do PT no tema do combate à corrupção na prévia de programa de governo divulgada na segunda-feira, 6. A reclamação é que não houve diálogo com as siglas que firmaram alianças em torno do nome do ex-presidente na disputa ao Planalto.

Lideranças do PV, PCdoB, PSOL, PSB, Rede e Solidariedade se reuniram nesta quinta-feira, 9, com dirigentes petistas para buscar alinhamento em torno do programa de diretrizes para as eleições 2022.

Como divulgado pelo Estadão, prévia do programa de governo de Lula oficializa revogação do teto de gastos e reforma trabalhista. Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

Segundo apurou o Estadão, o ponto de maior incômodo na reunião foi o “vazamento” do documento com 90 tópicos sobre as propostas para o País. Intitulado de “diretrizes para o programa de reconstrução do Brasil Lula 2023-2026″, o documento foi divulgado nesta segunda, 6, pela Fundação Perseu Abramo. Aliados consideraram que não era hora de anunciar o documento sem alinhamento entre os partidos.

Entre pontos mais polêmicos, estão a “revogação” da reforma trabalhista e do teto de gastos. O termo tem sido evitado inclusive pelo ex-presidente Lula em seus discursos. O petista tem adotado o termo “revisar” para se referir à reforma. Centrais sindicais também preferem evitar a palavra “revogação” para evitar atritos com o empresariado.

Segundo aliados, a reunião serviu para superar o descontentamento com o vazamento. A data desta quinta, 9, constava no documento como prazo final para que aliados enviassem suas sugestões. “Sábado vamos nos reunir para verificar a incorporação e consolidação dessas emendas apresentadas”, afirmou o ex-deputado Domingos Leonelli (PSB), que representou o partido na reunião.

Centrais sindicais

Até sábado, haverá mais um debate sobre o tema. Centrais sindicais também serão ouvidas. “Os partidos deliberaram por solicitar as posições das centrais sindicais a respeito as reformas trabalhistas, trabalhadores do campo, reforma agrária, agricultura familiar, ambientalistas. Educadores também vão ser ouvidos. Esse caso (reforma trabalhista) é um aspecto pontual. O PT defende a revogação, mas vamos ouvir as Centrais Sindicais”, afirma a ex-ministra Maria do Rosário, representante do PT na reunião.

Em seguida, o projeto passará por uma plataforma de sugestões online para que a sociedade faça seus apontamentos, até a segunda quinzena de junho, de acordo com nota conjunta dos partidos. O documento então ainda passará pelas instâncias partidárias e terá palavra final de Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice.

Dilma Rousseff, Lula e Geraldo Alckmin durante Ato pela Soberania do Brasil, em Porto Alegre (RS). Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação Lula

Mesmo após o alinhamento estratégico, integrantes dos partidos afirmam ao Estadão que há descontentamento com parte dos itens. No Solidariedade, além da revogação da reforma trabalhista, houve insatisfação com o tópico do combate à corrupção. Mas segundo pessoas presentes na reunião, representantes do Solidariedade não tocaram no assunto.

Dentro da legenda, questiona-se o motivo de o PT ter se colocado como “baluarte” do combate à corrupção, mesmo sabendo que os governos petistas foram marcados por esquemas de corrupção, como o mensalão e a corrupção na Petrobras. Eles não acreditam que o PT seja o centro do problema, como diz a oposição, mas afirmam ao Estadão que relembrar o passado envolvendo o tema pode suscitar o debate em torno destes escândalos pela imprensa e por rivais.

No documento prévio divulgado nesta segunda-feira, 6, há uma exaltação do reforço da Polícia Federal e do Coaf durante a era petista. Fizeram constar no papel que durante a era Lula e Dilma, houve, “de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública”.

Dentro do PSB e da Rede, a divulgação da prévia sem diálogo com os partidos foi a questão considerada mais grave. Mesmo assim, ao Estadão, integrantes das legendas afirmam que o desconforto ficou no passado.

Um integrante do PSB afirma concordar com o uso do termo “revogação” para tratar da reforma. Até sábado, a legenda fará suas emendas. Entre elas, integrantes do PSB querem um reforço na abordagem sobre o combate às drogas. No documento prévio, o PT deu ênfase ao enfrentamento do tráfico e das milícias.

Um dos itens diz respeito a como desmontar as organizações criminosas atingindo seu “poderoso núcleo financeiro”. Integrantes do PSB querem que se conste algo mais detalhado a respeito da reabilitação e qualificação profissional de usuários e cobram uma mudança de estratégia, a ser alinhada.

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