Aliados de Bolsonaro criticam decisão do TSE que tornou ex-presidente inelegível por 8 anos


Apoiadores dizem que resultado do julgamento do Tribunal faz do ex-presidente um cabo eleitoral nas eleições de 2024 e 2026

Por Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA – Políticos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos, nesta sexta-feira, 30. Nas redes sociais, os bolsonaristas saíram em defesa de Bolsonaro e afirmaram que o ex-presidente se tornará mais forte como cabo eleitoral nas eleições de 2024 e 2026. O discurso é o mesmo usado pelo ex-chefe do Executivo, que afirmou ser um “cabo eleitoral de luxo”.

Com 5 votos favoráveis e 2 contrários, o TSE condenou Bolsonaro a inelegibilidade até 2030 pelo crime de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em uma reunião que teve com embaixadores estrangeiros em julho de 2022. No encontro, que ocorreu no Palácio da Alvorada,o ex-presidente apresentou questionamentos sobre a integridade das urnas eletrônicas e a atuação da Justiça Eleitoral, sem provas.

Além de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, que foi vice na chapa que perdeu as eleições em outubro de 2022, foi julgado pelos crimes. Porém, o Tribunal decidiu por unanimidade que Braga Netto não teve participação na reunião com diplomatas. Nas redes sociais, o general afirmou que a decisão do TSE tirou de Bolsonaro os direitos de “quem sempre lutou pela liberdade”.

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Já o ex-vice-presidente e atual senador, Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que a decisão do TSE “cassou a vontade popular” dos brasileiros, fazendo referência à cassação do ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), condenado pelo TSE no dia 16 de maio. Quando estava na vice-presidência, Mourão reconheceu a derrota de Bolsonaro três dias depois do segundo turno, e fez críticas ao golpe militar sugerido por apoiadores radicais, que culminaria, dois meses depois, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

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O próprio Bolsonaro fez uma postagem em suas redes sociais, mas sem mencionar o julgamento no TSE. Ele apresenta uma montagem de cenas de seus quatro anos na Presidência e a reprodução de um discurso feito durante a campanha, no qual agradece a Deus pela “missão de ser presidente dessa nação” (na legenda do vídeo, “ser presidente” aparece como “ter sido presidente”). Na postagem, reproduz ainda um de seus slogans: “Brasil acima de tudo! Deus acima de todos!”.

Em entrevista, logo depois da decisão da Corte, Bolsonaro comparou sua inelegibilidade com o episódio da facada sofrida por ele em Juiz de Fora (MG), em 2018. “Quem levou a punhalada foi a democracia brasileira”, disse.

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Clã Bolsonaro defende ex-presidente

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) postou uma foto do ex-presidente legendada por um versículo bíblico sobre “pagamento de injustiças” nas redes sociais. Michelle disse que continuará ao lado de Bolsonaro: “Eu continuo confiando, acreditando e ao seu lado, meu amor. Estou às suas ordens, meu capitão”. A ex-primeira-dama é cotada para substituir o marido nas eleições presidenciais de 2026, mas, como revelado pela Coluna do Estadão, o agronegócio brasileiro não a quer nem com vice na chapa para a Presidência em 2026.

“Pois quem agir de forma injusta receberá o devido pagamento da injustiça cometida; e nisto não há exceção para pessoa alguma”, escreveu, citando o livro bíblico Colossenses, capítulo 3, versículo 5. O trecho mencionado, porém, está em Colossenses, capítulo 3, versículo 25.

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Os filhos do ex-presidente também se manifestaram. O senador Flávio Bolsonaro (PL) disse que o TSE deu “uma vitória moral” para o ex-presidente e disse que o julgamento do tribunal foi “parcial e por motivos pessoais”. O senador sugeriu também que a decisão não foi baseada por julgamentos legais e disse que Bolsonaro “é uma pessoa do bem”.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não mencionou o TSE diretamente, mas disse que o “sistema” quer “tirar do jogo a vontade e os valores da maioria da população brasileira”. Segundo ele, o pai não foi alvo por causa de sua postura a respeito das urnas, e sim pelo que chamou de “seu combate em favor da liberdade, da vida desde a concepção, dos valores familiares, contra a criminalidade e contra o modelo de roubalheira”.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), por sua vez, postou apenas uma foto com o pai, sem fazer comentários sobre o julgamento. Em abril, Carlos afirmou que deixaria de comandar as redes sociais do pai. “Não acredito mais no que me trouxe até aqui”, disse, à época.

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Tarcísio: Liderança de Bolsonaro é inquestionável

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que a liderança do ex-presidente como representante da direita política é “inquestionável” e que vai perdurar, apesar da inelegibilidade. Ex-ministro da Infraestrutura e indicado por Bolsonaro para concorrer ao governo paulista no ano passado, Tarcísio é um dos cotados para assumir o posto de substituto nas eleições de 2026.

PL diz que bolsonarismo permanecerá

Para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o julgamento do TSE vai tornar o eleitor bolsonarista em uma peça importante nas eleições de 2024 e 2026. Segundo Costa Neto, a decisão do Tribunal foi uma “injustiça”.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ) reforçou a ideia de um Bolsonaro ainda presente nas próximas eleições, mesmo fora das urnas. Segundo o parlamentar, o julgamento desta sexta foi “o maior tiro no pé da história” e criou o “maior cabo eleitoral do Brasil”.

O líder do PL na Câmara, Altineu Cortês (PL-RJ) disse que respeita a decisão da Justiça Eleitoral, mas que acredita que o resultado vai fortalecer ainda mais a liderança do ex-presidente. “Sua voz continuará a ser ouvida de maneira expressiva”, disse.

Outro político do PL que se posicionou nas redes foi o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), vice-líder da sigla na Câmara. Feliciano destacou que a decisão do Tribunal foi feita por “revanchismo, raiva e ódio”. “Todavia, eis que nasce o maior cabo eleitoral da história! Aguardem!”, afirmou o parlamentar.

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Bolsonaro, também saiu em defesa do ex-chefe. Em uma postagem em que mostra Bolsonaro sem camisa, disse que ele foi vítima “dessa tal democracia, que joga há muito tempo fora das 4 linhas”. Como noticiado pelo Estadão, Wajngarten tenta se cacifar como vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024.

BRASÍLIA – Políticos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos, nesta sexta-feira, 30. Nas redes sociais, os bolsonaristas saíram em defesa de Bolsonaro e afirmaram que o ex-presidente se tornará mais forte como cabo eleitoral nas eleições de 2024 e 2026. O discurso é o mesmo usado pelo ex-chefe do Executivo, que afirmou ser um “cabo eleitoral de luxo”.

Com 5 votos favoráveis e 2 contrários, o TSE condenou Bolsonaro a inelegibilidade até 2030 pelo crime de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em uma reunião que teve com embaixadores estrangeiros em julho de 2022. No encontro, que ocorreu no Palácio da Alvorada,o ex-presidente apresentou questionamentos sobre a integridade das urnas eletrônicas e a atuação da Justiça Eleitoral, sem provas.

Além de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, que foi vice na chapa que perdeu as eleições em outubro de 2022, foi julgado pelos crimes. Porém, o Tribunal decidiu por unanimidade que Braga Netto não teve participação na reunião com diplomatas. Nas redes sociais, o general afirmou que a decisão do TSE tirou de Bolsonaro os direitos de “quem sempre lutou pela liberdade”.

Já o ex-vice-presidente e atual senador, Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que a decisão do TSE “cassou a vontade popular” dos brasileiros, fazendo referência à cassação do ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), condenado pelo TSE no dia 16 de maio. Quando estava na vice-presidência, Mourão reconheceu a derrota de Bolsonaro três dias depois do segundo turno, e fez críticas ao golpe militar sugerido por apoiadores radicais, que culminaria, dois meses depois, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O próprio Bolsonaro fez uma postagem em suas redes sociais, mas sem mencionar o julgamento no TSE. Ele apresenta uma montagem de cenas de seus quatro anos na Presidência e a reprodução de um discurso feito durante a campanha, no qual agradece a Deus pela “missão de ser presidente dessa nação” (na legenda do vídeo, “ser presidente” aparece como “ter sido presidente”). Na postagem, reproduz ainda um de seus slogans: “Brasil acima de tudo! Deus acima de todos!”.

Em entrevista, logo depois da decisão da Corte, Bolsonaro comparou sua inelegibilidade com o episódio da facada sofrida por ele em Juiz de Fora (MG), em 2018. “Quem levou a punhalada foi a democracia brasileira”, disse.

Clã Bolsonaro defende ex-presidente

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) postou uma foto do ex-presidente legendada por um versículo bíblico sobre “pagamento de injustiças” nas redes sociais. Michelle disse que continuará ao lado de Bolsonaro: “Eu continuo confiando, acreditando e ao seu lado, meu amor. Estou às suas ordens, meu capitão”. A ex-primeira-dama é cotada para substituir o marido nas eleições presidenciais de 2026, mas, como revelado pela Coluna do Estadão, o agronegócio brasileiro não a quer nem com vice na chapa para a Presidência em 2026.

“Pois quem agir de forma injusta receberá o devido pagamento da injustiça cometida; e nisto não há exceção para pessoa alguma”, escreveu, citando o livro bíblico Colossenses, capítulo 3, versículo 5. O trecho mencionado, porém, está em Colossenses, capítulo 3, versículo 25.

Os filhos do ex-presidente também se manifestaram. O senador Flávio Bolsonaro (PL) disse que o TSE deu “uma vitória moral” para o ex-presidente e disse que o julgamento do tribunal foi “parcial e por motivos pessoais”. O senador sugeriu também que a decisão não foi baseada por julgamentos legais e disse que Bolsonaro “é uma pessoa do bem”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não mencionou o TSE diretamente, mas disse que o “sistema” quer “tirar do jogo a vontade e os valores da maioria da população brasileira”. Segundo ele, o pai não foi alvo por causa de sua postura a respeito das urnas, e sim pelo que chamou de “seu combate em favor da liberdade, da vida desde a concepção, dos valores familiares, contra a criminalidade e contra o modelo de roubalheira”.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), por sua vez, postou apenas uma foto com o pai, sem fazer comentários sobre o julgamento. Em abril, Carlos afirmou que deixaria de comandar as redes sociais do pai. “Não acredito mais no que me trouxe até aqui”, disse, à época.

Tarcísio: Liderança de Bolsonaro é inquestionável

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que a liderança do ex-presidente como representante da direita política é “inquestionável” e que vai perdurar, apesar da inelegibilidade. Ex-ministro da Infraestrutura e indicado por Bolsonaro para concorrer ao governo paulista no ano passado, Tarcísio é um dos cotados para assumir o posto de substituto nas eleições de 2026.

PL diz que bolsonarismo permanecerá

Para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o julgamento do TSE vai tornar o eleitor bolsonarista em uma peça importante nas eleições de 2024 e 2026. Segundo Costa Neto, a decisão do Tribunal foi uma “injustiça”.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ) reforçou a ideia de um Bolsonaro ainda presente nas próximas eleições, mesmo fora das urnas. Segundo o parlamentar, o julgamento desta sexta foi “o maior tiro no pé da história” e criou o “maior cabo eleitoral do Brasil”.

O líder do PL na Câmara, Altineu Cortês (PL-RJ) disse que respeita a decisão da Justiça Eleitoral, mas que acredita que o resultado vai fortalecer ainda mais a liderança do ex-presidente. “Sua voz continuará a ser ouvida de maneira expressiva”, disse.

Outro político do PL que se posicionou nas redes foi o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), vice-líder da sigla na Câmara. Feliciano destacou que a decisão do Tribunal foi feita por “revanchismo, raiva e ódio”. “Todavia, eis que nasce o maior cabo eleitoral da história! Aguardem!”, afirmou o parlamentar.

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Bolsonaro, também saiu em defesa do ex-chefe. Em uma postagem em que mostra Bolsonaro sem camisa, disse que ele foi vítima “dessa tal democracia, que joga há muito tempo fora das 4 linhas”. Como noticiado pelo Estadão, Wajngarten tenta se cacifar como vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024.

BRASÍLIA – Políticos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos, nesta sexta-feira, 30. Nas redes sociais, os bolsonaristas saíram em defesa de Bolsonaro e afirmaram que o ex-presidente se tornará mais forte como cabo eleitoral nas eleições de 2024 e 2026. O discurso é o mesmo usado pelo ex-chefe do Executivo, que afirmou ser um “cabo eleitoral de luxo”.

Com 5 votos favoráveis e 2 contrários, o TSE condenou Bolsonaro a inelegibilidade até 2030 pelo crime de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em uma reunião que teve com embaixadores estrangeiros em julho de 2022. No encontro, que ocorreu no Palácio da Alvorada,o ex-presidente apresentou questionamentos sobre a integridade das urnas eletrônicas e a atuação da Justiça Eleitoral, sem provas.

Além de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, que foi vice na chapa que perdeu as eleições em outubro de 2022, foi julgado pelos crimes. Porém, o Tribunal decidiu por unanimidade que Braga Netto não teve participação na reunião com diplomatas. Nas redes sociais, o general afirmou que a decisão do TSE tirou de Bolsonaro os direitos de “quem sempre lutou pela liberdade”.

Já o ex-vice-presidente e atual senador, Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que a decisão do TSE “cassou a vontade popular” dos brasileiros, fazendo referência à cassação do ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), condenado pelo TSE no dia 16 de maio. Quando estava na vice-presidência, Mourão reconheceu a derrota de Bolsonaro três dias depois do segundo turno, e fez críticas ao golpe militar sugerido por apoiadores radicais, que culminaria, dois meses depois, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O próprio Bolsonaro fez uma postagem em suas redes sociais, mas sem mencionar o julgamento no TSE. Ele apresenta uma montagem de cenas de seus quatro anos na Presidência e a reprodução de um discurso feito durante a campanha, no qual agradece a Deus pela “missão de ser presidente dessa nação” (na legenda do vídeo, “ser presidente” aparece como “ter sido presidente”). Na postagem, reproduz ainda um de seus slogans: “Brasil acima de tudo! Deus acima de todos!”.

Em entrevista, logo depois da decisão da Corte, Bolsonaro comparou sua inelegibilidade com o episódio da facada sofrida por ele em Juiz de Fora (MG), em 2018. “Quem levou a punhalada foi a democracia brasileira”, disse.

Clã Bolsonaro defende ex-presidente

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) postou uma foto do ex-presidente legendada por um versículo bíblico sobre “pagamento de injustiças” nas redes sociais. Michelle disse que continuará ao lado de Bolsonaro: “Eu continuo confiando, acreditando e ao seu lado, meu amor. Estou às suas ordens, meu capitão”. A ex-primeira-dama é cotada para substituir o marido nas eleições presidenciais de 2026, mas, como revelado pela Coluna do Estadão, o agronegócio brasileiro não a quer nem com vice na chapa para a Presidência em 2026.

“Pois quem agir de forma injusta receberá o devido pagamento da injustiça cometida; e nisto não há exceção para pessoa alguma”, escreveu, citando o livro bíblico Colossenses, capítulo 3, versículo 5. O trecho mencionado, porém, está em Colossenses, capítulo 3, versículo 25.

Os filhos do ex-presidente também se manifestaram. O senador Flávio Bolsonaro (PL) disse que o TSE deu “uma vitória moral” para o ex-presidente e disse que o julgamento do tribunal foi “parcial e por motivos pessoais”. O senador sugeriu também que a decisão não foi baseada por julgamentos legais e disse que Bolsonaro “é uma pessoa do bem”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não mencionou o TSE diretamente, mas disse que o “sistema” quer “tirar do jogo a vontade e os valores da maioria da população brasileira”. Segundo ele, o pai não foi alvo por causa de sua postura a respeito das urnas, e sim pelo que chamou de “seu combate em favor da liberdade, da vida desde a concepção, dos valores familiares, contra a criminalidade e contra o modelo de roubalheira”.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), por sua vez, postou apenas uma foto com o pai, sem fazer comentários sobre o julgamento. Em abril, Carlos afirmou que deixaria de comandar as redes sociais do pai. “Não acredito mais no que me trouxe até aqui”, disse, à época.

Tarcísio: Liderança de Bolsonaro é inquestionável

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que a liderança do ex-presidente como representante da direita política é “inquestionável” e que vai perdurar, apesar da inelegibilidade. Ex-ministro da Infraestrutura e indicado por Bolsonaro para concorrer ao governo paulista no ano passado, Tarcísio é um dos cotados para assumir o posto de substituto nas eleições de 2026.

PL diz que bolsonarismo permanecerá

Para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o julgamento do TSE vai tornar o eleitor bolsonarista em uma peça importante nas eleições de 2024 e 2026. Segundo Costa Neto, a decisão do Tribunal foi uma “injustiça”.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ) reforçou a ideia de um Bolsonaro ainda presente nas próximas eleições, mesmo fora das urnas. Segundo o parlamentar, o julgamento desta sexta foi “o maior tiro no pé da história” e criou o “maior cabo eleitoral do Brasil”.

O líder do PL na Câmara, Altineu Cortês (PL-RJ) disse que respeita a decisão da Justiça Eleitoral, mas que acredita que o resultado vai fortalecer ainda mais a liderança do ex-presidente. “Sua voz continuará a ser ouvida de maneira expressiva”, disse.

Outro político do PL que se posicionou nas redes foi o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), vice-líder da sigla na Câmara. Feliciano destacou que a decisão do Tribunal foi feita por “revanchismo, raiva e ódio”. “Todavia, eis que nasce o maior cabo eleitoral da história! Aguardem!”, afirmou o parlamentar.

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Bolsonaro, também saiu em defesa do ex-chefe. Em uma postagem em que mostra Bolsonaro sem camisa, disse que ele foi vítima “dessa tal democracia, que joga há muito tempo fora das 4 linhas”. Como noticiado pelo Estadão, Wajngarten tenta se cacifar como vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024.

BRASÍLIA – Políticos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos, nesta sexta-feira, 30. Nas redes sociais, os bolsonaristas saíram em defesa de Bolsonaro e afirmaram que o ex-presidente se tornará mais forte como cabo eleitoral nas eleições de 2024 e 2026. O discurso é o mesmo usado pelo ex-chefe do Executivo, que afirmou ser um “cabo eleitoral de luxo”.

Com 5 votos favoráveis e 2 contrários, o TSE condenou Bolsonaro a inelegibilidade até 2030 pelo crime de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em uma reunião que teve com embaixadores estrangeiros em julho de 2022. No encontro, que ocorreu no Palácio da Alvorada,o ex-presidente apresentou questionamentos sobre a integridade das urnas eletrônicas e a atuação da Justiça Eleitoral, sem provas.

Além de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, que foi vice na chapa que perdeu as eleições em outubro de 2022, foi julgado pelos crimes. Porém, o Tribunal decidiu por unanimidade que Braga Netto não teve participação na reunião com diplomatas. Nas redes sociais, o general afirmou que a decisão do TSE tirou de Bolsonaro os direitos de “quem sempre lutou pela liberdade”.

Já o ex-vice-presidente e atual senador, Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que a decisão do TSE “cassou a vontade popular” dos brasileiros, fazendo referência à cassação do ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), condenado pelo TSE no dia 16 de maio. Quando estava na vice-presidência, Mourão reconheceu a derrota de Bolsonaro três dias depois do segundo turno, e fez críticas ao golpe militar sugerido por apoiadores radicais, que culminaria, dois meses depois, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O próprio Bolsonaro fez uma postagem em suas redes sociais, mas sem mencionar o julgamento no TSE. Ele apresenta uma montagem de cenas de seus quatro anos na Presidência e a reprodução de um discurso feito durante a campanha, no qual agradece a Deus pela “missão de ser presidente dessa nação” (na legenda do vídeo, “ser presidente” aparece como “ter sido presidente”). Na postagem, reproduz ainda um de seus slogans: “Brasil acima de tudo! Deus acima de todos!”.

Em entrevista, logo depois da decisão da Corte, Bolsonaro comparou sua inelegibilidade com o episódio da facada sofrida por ele em Juiz de Fora (MG), em 2018. “Quem levou a punhalada foi a democracia brasileira”, disse.

Clã Bolsonaro defende ex-presidente

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) postou uma foto do ex-presidente legendada por um versículo bíblico sobre “pagamento de injustiças” nas redes sociais. Michelle disse que continuará ao lado de Bolsonaro: “Eu continuo confiando, acreditando e ao seu lado, meu amor. Estou às suas ordens, meu capitão”. A ex-primeira-dama é cotada para substituir o marido nas eleições presidenciais de 2026, mas, como revelado pela Coluna do Estadão, o agronegócio brasileiro não a quer nem com vice na chapa para a Presidência em 2026.

“Pois quem agir de forma injusta receberá o devido pagamento da injustiça cometida; e nisto não há exceção para pessoa alguma”, escreveu, citando o livro bíblico Colossenses, capítulo 3, versículo 5. O trecho mencionado, porém, está em Colossenses, capítulo 3, versículo 25.

Os filhos do ex-presidente também se manifestaram. O senador Flávio Bolsonaro (PL) disse que o TSE deu “uma vitória moral” para o ex-presidente e disse que o julgamento do tribunal foi “parcial e por motivos pessoais”. O senador sugeriu também que a decisão não foi baseada por julgamentos legais e disse que Bolsonaro “é uma pessoa do bem”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não mencionou o TSE diretamente, mas disse que o “sistema” quer “tirar do jogo a vontade e os valores da maioria da população brasileira”. Segundo ele, o pai não foi alvo por causa de sua postura a respeito das urnas, e sim pelo que chamou de “seu combate em favor da liberdade, da vida desde a concepção, dos valores familiares, contra a criminalidade e contra o modelo de roubalheira”.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), por sua vez, postou apenas uma foto com o pai, sem fazer comentários sobre o julgamento. Em abril, Carlos afirmou que deixaria de comandar as redes sociais do pai. “Não acredito mais no que me trouxe até aqui”, disse, à época.

Tarcísio: Liderança de Bolsonaro é inquestionável

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que a liderança do ex-presidente como representante da direita política é “inquestionável” e que vai perdurar, apesar da inelegibilidade. Ex-ministro da Infraestrutura e indicado por Bolsonaro para concorrer ao governo paulista no ano passado, Tarcísio é um dos cotados para assumir o posto de substituto nas eleições de 2026.

PL diz que bolsonarismo permanecerá

Para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o julgamento do TSE vai tornar o eleitor bolsonarista em uma peça importante nas eleições de 2024 e 2026. Segundo Costa Neto, a decisão do Tribunal foi uma “injustiça”.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ) reforçou a ideia de um Bolsonaro ainda presente nas próximas eleições, mesmo fora das urnas. Segundo o parlamentar, o julgamento desta sexta foi “o maior tiro no pé da história” e criou o “maior cabo eleitoral do Brasil”.

O líder do PL na Câmara, Altineu Cortês (PL-RJ) disse que respeita a decisão da Justiça Eleitoral, mas que acredita que o resultado vai fortalecer ainda mais a liderança do ex-presidente. “Sua voz continuará a ser ouvida de maneira expressiva”, disse.

Outro político do PL que se posicionou nas redes foi o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), vice-líder da sigla na Câmara. Feliciano destacou que a decisão do Tribunal foi feita por “revanchismo, raiva e ódio”. “Todavia, eis que nasce o maior cabo eleitoral da história! Aguardem!”, afirmou o parlamentar.

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Bolsonaro, também saiu em defesa do ex-chefe. Em uma postagem em que mostra Bolsonaro sem camisa, disse que ele foi vítima “dessa tal democracia, que joga há muito tempo fora das 4 linhas”. Como noticiado pelo Estadão, Wajngarten tenta se cacifar como vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024.

BRASÍLIA – Políticos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticaram o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos, nesta sexta-feira, 30. Nas redes sociais, os bolsonaristas saíram em defesa de Bolsonaro e afirmaram que o ex-presidente se tornará mais forte como cabo eleitoral nas eleições de 2024 e 2026. O discurso é o mesmo usado pelo ex-chefe do Executivo, que afirmou ser um “cabo eleitoral de luxo”.

Com 5 votos favoráveis e 2 contrários, o TSE condenou Bolsonaro a inelegibilidade até 2030 pelo crime de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em uma reunião que teve com embaixadores estrangeiros em julho de 2022. No encontro, que ocorreu no Palácio da Alvorada,o ex-presidente apresentou questionamentos sobre a integridade das urnas eletrônicas e a atuação da Justiça Eleitoral, sem provas.

Além de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, que foi vice na chapa que perdeu as eleições em outubro de 2022, foi julgado pelos crimes. Porém, o Tribunal decidiu por unanimidade que Braga Netto não teve participação na reunião com diplomatas. Nas redes sociais, o general afirmou que a decisão do TSE tirou de Bolsonaro os direitos de “quem sempre lutou pela liberdade”.

Já o ex-vice-presidente e atual senador, Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que a decisão do TSE “cassou a vontade popular” dos brasileiros, fazendo referência à cassação do ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), condenado pelo TSE no dia 16 de maio. Quando estava na vice-presidência, Mourão reconheceu a derrota de Bolsonaro três dias depois do segundo turno, e fez críticas ao golpe militar sugerido por apoiadores radicais, que culminaria, dois meses depois, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O próprio Bolsonaro fez uma postagem em suas redes sociais, mas sem mencionar o julgamento no TSE. Ele apresenta uma montagem de cenas de seus quatro anos na Presidência e a reprodução de um discurso feito durante a campanha, no qual agradece a Deus pela “missão de ser presidente dessa nação” (na legenda do vídeo, “ser presidente” aparece como “ter sido presidente”). Na postagem, reproduz ainda um de seus slogans: “Brasil acima de tudo! Deus acima de todos!”.

Em entrevista, logo depois da decisão da Corte, Bolsonaro comparou sua inelegibilidade com o episódio da facada sofrida por ele em Juiz de Fora (MG), em 2018. “Quem levou a punhalada foi a democracia brasileira”, disse.

Clã Bolsonaro defende ex-presidente

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) postou uma foto do ex-presidente legendada por um versículo bíblico sobre “pagamento de injustiças” nas redes sociais. Michelle disse que continuará ao lado de Bolsonaro: “Eu continuo confiando, acreditando e ao seu lado, meu amor. Estou às suas ordens, meu capitão”. A ex-primeira-dama é cotada para substituir o marido nas eleições presidenciais de 2026, mas, como revelado pela Coluna do Estadão, o agronegócio brasileiro não a quer nem com vice na chapa para a Presidência em 2026.

“Pois quem agir de forma injusta receberá o devido pagamento da injustiça cometida; e nisto não há exceção para pessoa alguma”, escreveu, citando o livro bíblico Colossenses, capítulo 3, versículo 5. O trecho mencionado, porém, está em Colossenses, capítulo 3, versículo 25.

Os filhos do ex-presidente também se manifestaram. O senador Flávio Bolsonaro (PL) disse que o TSE deu “uma vitória moral” para o ex-presidente e disse que o julgamento do tribunal foi “parcial e por motivos pessoais”. O senador sugeriu também que a decisão não foi baseada por julgamentos legais e disse que Bolsonaro “é uma pessoa do bem”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não mencionou o TSE diretamente, mas disse que o “sistema” quer “tirar do jogo a vontade e os valores da maioria da população brasileira”. Segundo ele, o pai não foi alvo por causa de sua postura a respeito das urnas, e sim pelo que chamou de “seu combate em favor da liberdade, da vida desde a concepção, dos valores familiares, contra a criminalidade e contra o modelo de roubalheira”.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), por sua vez, postou apenas uma foto com o pai, sem fazer comentários sobre o julgamento. Em abril, Carlos afirmou que deixaria de comandar as redes sociais do pai. “Não acredito mais no que me trouxe até aqui”, disse, à época.

Tarcísio: Liderança de Bolsonaro é inquestionável

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que a liderança do ex-presidente como representante da direita política é “inquestionável” e que vai perdurar, apesar da inelegibilidade. Ex-ministro da Infraestrutura e indicado por Bolsonaro para concorrer ao governo paulista no ano passado, Tarcísio é um dos cotados para assumir o posto de substituto nas eleições de 2026.

PL diz que bolsonarismo permanecerá

Para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o julgamento do TSE vai tornar o eleitor bolsonarista em uma peça importante nas eleições de 2024 e 2026. Segundo Costa Neto, a decisão do Tribunal foi uma “injustiça”.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ) reforçou a ideia de um Bolsonaro ainda presente nas próximas eleições, mesmo fora das urnas. Segundo o parlamentar, o julgamento desta sexta foi “o maior tiro no pé da história” e criou o “maior cabo eleitoral do Brasil”.

O líder do PL na Câmara, Altineu Cortês (PL-RJ) disse que respeita a decisão da Justiça Eleitoral, mas que acredita que o resultado vai fortalecer ainda mais a liderança do ex-presidente. “Sua voz continuará a ser ouvida de maneira expressiva”, disse.

Outro político do PL que se posicionou nas redes foi o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), vice-líder da sigla na Câmara. Feliciano destacou que a decisão do Tribunal foi feita por “revanchismo, raiva e ódio”. “Todavia, eis que nasce o maior cabo eleitoral da história! Aguardem!”, afirmou o parlamentar.

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Bolsonaro, também saiu em defesa do ex-chefe. Em uma postagem em que mostra Bolsonaro sem camisa, disse que ele foi vítima “dessa tal democracia, que joga há muito tempo fora das 4 linhas”. Como noticiado pelo Estadão, Wajngarten tenta se cacifar como vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo, em 2024.

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