Alopragem foi desmoralizada, afirma Cunha sobre suspeitas da Lava Jato


Após defesa de Youssef afirmar que doleiro não manteve negócios com deputado, parlamentar volta a rebater denúncias

Por Ricardo Della Coletta

Brasília - O líder do PMDB e candidato a presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), classificou nesta terça-feira, 13, a suspeita segundo a qual ele teria recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef como uma "alopragem".

A declaração ocorre um dia depois de o advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, convocar uma coletiva de imprensa a fim de dizer que seu cliente, um dos principais personagens da Operação Lava Jato, não manteve qualquer "negócio" com o peemedebista.

Líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha disputa a presidência da Câmara Foto: Ed Ferreira/Estadão
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"É uma alopragem que foi desmoralizada. São denúncias vazias para desmoralizar minha candidatura", disse Cunha. "Eu só encontro (entre os deputados) solidariedade e revolta. Ganhei muitos votos com essa denúncia vazia", afirmou o candidato, referindo-se à eleição da Mesa da Câmara, marcada para o dia 1º de fevereiro.

Apesar das declarações do advogado e de Cunha, Youssef citou, em depoimento da delação premiada, o peemedebista como um dos beneficiários do esquema de propinas da Petrobrás. Cunha também teve seu nome citado no depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca.

Num primeiro momento, o policial, que é acusado de atuar no esquema como o "carregador de malas" do doleiro, afirmou ter entregue dinheiro em uma casa no Rio de Janeiro que seria do deputado peemedebista. Depois, Careca retificou seu depoimento, mudando o endereço da entrega e afirmando não ter como garantir que o dinheiro era mesmo para Cunha. Reportagem do jornal O Globo publicada nesta segunda revela que o endereço em questão é do advogado Francisco José Reis, que já foi assessor do deputado estadual fluminense Jorge Picciani, atual presidente do PMDB do Rio.

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Chico. Cunha evitou citar quem poderia estar por trás do envolvimento de seu nome no escândalo da Petrobrás, mas prometeu, depois da eleição para a presidência da Câmara, buscar os responsáveis.

"Não tenho nenhuma ideia de quem seja (Chico Reis). Se o cumprimentei em alguma ocasião, não sabia de quem se tratava. Sou vítima nessa história. O cara (Jayme) deu um endereço que não era o meu, tenho ligação zero com isso", afirmou Cunha. Ele afirmou não ter ideia dos motivos que teriam levado Jayme à casa do advogado. 

Eleito deputado estadual em 2014 e provável presidente da Casa a partir de fevereiro, Picciani, segundo noTa que divulgou por meio de sua assessoria, nega ligação com os "personagens envolvidos ".
"Cada um que carregue o seu fardo, tenho zero envolvimento nisso", afirmou, segundo o texto. A nota frisa ainda que há 14 anos Reis deixou de trabalhar no gabinete de Picciani. Desde que Reis foi nomeado conselheiro da agência, "poucas vezes se falaram", ressalta a nota. 

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Passado. Ao falar em "alopragem", Cunha faz referência à prisão de integrantes do PT, em 2006, em razão da tentativa da compra de um dossiê contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. Entre os presos, flagrados com R$ 1,7 milhão, estavam membros da campanha de Aloizio Mercandante, então candidato petista e atual ministro da Casa Civil do governo Dilma. Ao comentar o caso na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou se tratar da ação de "um bando de aloprados".

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Brasília - O líder do PMDB e candidato a presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), classificou nesta terça-feira, 13, a suspeita segundo a qual ele teria recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef como uma "alopragem".

A declaração ocorre um dia depois de o advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, convocar uma coletiva de imprensa a fim de dizer que seu cliente, um dos principais personagens da Operação Lava Jato, não manteve qualquer "negócio" com o peemedebista.

Líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha disputa a presidência da Câmara Foto: Ed Ferreira/Estadão

"É uma alopragem que foi desmoralizada. São denúncias vazias para desmoralizar minha candidatura", disse Cunha. "Eu só encontro (entre os deputados) solidariedade e revolta. Ganhei muitos votos com essa denúncia vazia", afirmou o candidato, referindo-se à eleição da Mesa da Câmara, marcada para o dia 1º de fevereiro.

Apesar das declarações do advogado e de Cunha, Youssef citou, em depoimento da delação premiada, o peemedebista como um dos beneficiários do esquema de propinas da Petrobrás. Cunha também teve seu nome citado no depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca.

Num primeiro momento, o policial, que é acusado de atuar no esquema como o "carregador de malas" do doleiro, afirmou ter entregue dinheiro em uma casa no Rio de Janeiro que seria do deputado peemedebista. Depois, Careca retificou seu depoimento, mudando o endereço da entrega e afirmando não ter como garantir que o dinheiro era mesmo para Cunha. Reportagem do jornal O Globo publicada nesta segunda revela que o endereço em questão é do advogado Francisco José Reis, que já foi assessor do deputado estadual fluminense Jorge Picciani, atual presidente do PMDB do Rio.

Chico. Cunha evitou citar quem poderia estar por trás do envolvimento de seu nome no escândalo da Petrobrás, mas prometeu, depois da eleição para a presidência da Câmara, buscar os responsáveis.

"Não tenho nenhuma ideia de quem seja (Chico Reis). Se o cumprimentei em alguma ocasião, não sabia de quem se tratava. Sou vítima nessa história. O cara (Jayme) deu um endereço que não era o meu, tenho ligação zero com isso", afirmou Cunha. Ele afirmou não ter ideia dos motivos que teriam levado Jayme à casa do advogado. 

Eleito deputado estadual em 2014 e provável presidente da Casa a partir de fevereiro, Picciani, segundo noTa que divulgou por meio de sua assessoria, nega ligação com os "personagens envolvidos ".
"Cada um que carregue o seu fardo, tenho zero envolvimento nisso", afirmou, segundo o texto. A nota frisa ainda que há 14 anos Reis deixou de trabalhar no gabinete de Picciani. Desde que Reis foi nomeado conselheiro da agência, "poucas vezes se falaram", ressalta a nota. 

Passado. Ao falar em "alopragem", Cunha faz referência à prisão de integrantes do PT, em 2006, em razão da tentativa da compra de um dossiê contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. Entre os presos, flagrados com R$ 1,7 milhão, estavam membros da campanha de Aloizio Mercandante, então candidato petista e atual ministro da Casa Civil do governo Dilma. Ao comentar o caso na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou se tratar da ação de "um bando de aloprados".

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Brasília - O líder do PMDB e candidato a presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), classificou nesta terça-feira, 13, a suspeita segundo a qual ele teria recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef como uma "alopragem".

A declaração ocorre um dia depois de o advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, convocar uma coletiva de imprensa a fim de dizer que seu cliente, um dos principais personagens da Operação Lava Jato, não manteve qualquer "negócio" com o peemedebista.

Líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha disputa a presidência da Câmara Foto: Ed Ferreira/Estadão

"É uma alopragem que foi desmoralizada. São denúncias vazias para desmoralizar minha candidatura", disse Cunha. "Eu só encontro (entre os deputados) solidariedade e revolta. Ganhei muitos votos com essa denúncia vazia", afirmou o candidato, referindo-se à eleição da Mesa da Câmara, marcada para o dia 1º de fevereiro.

Apesar das declarações do advogado e de Cunha, Youssef citou, em depoimento da delação premiada, o peemedebista como um dos beneficiários do esquema de propinas da Petrobrás. Cunha também teve seu nome citado no depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca.

Num primeiro momento, o policial, que é acusado de atuar no esquema como o "carregador de malas" do doleiro, afirmou ter entregue dinheiro em uma casa no Rio de Janeiro que seria do deputado peemedebista. Depois, Careca retificou seu depoimento, mudando o endereço da entrega e afirmando não ter como garantir que o dinheiro era mesmo para Cunha. Reportagem do jornal O Globo publicada nesta segunda revela que o endereço em questão é do advogado Francisco José Reis, que já foi assessor do deputado estadual fluminense Jorge Picciani, atual presidente do PMDB do Rio.

Chico. Cunha evitou citar quem poderia estar por trás do envolvimento de seu nome no escândalo da Petrobrás, mas prometeu, depois da eleição para a presidência da Câmara, buscar os responsáveis.

"Não tenho nenhuma ideia de quem seja (Chico Reis). Se o cumprimentei em alguma ocasião, não sabia de quem se tratava. Sou vítima nessa história. O cara (Jayme) deu um endereço que não era o meu, tenho ligação zero com isso", afirmou Cunha. Ele afirmou não ter ideia dos motivos que teriam levado Jayme à casa do advogado. 

Eleito deputado estadual em 2014 e provável presidente da Casa a partir de fevereiro, Picciani, segundo noTa que divulgou por meio de sua assessoria, nega ligação com os "personagens envolvidos ".
"Cada um que carregue o seu fardo, tenho zero envolvimento nisso", afirmou, segundo o texto. A nota frisa ainda que há 14 anos Reis deixou de trabalhar no gabinete de Picciani. Desde que Reis foi nomeado conselheiro da agência, "poucas vezes se falaram", ressalta a nota. 

Passado. Ao falar em "alopragem", Cunha faz referência à prisão de integrantes do PT, em 2006, em razão da tentativa da compra de um dossiê contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. Entre os presos, flagrados com R$ 1,7 milhão, estavam membros da campanha de Aloizio Mercandante, então candidato petista e atual ministro da Casa Civil do governo Dilma. Ao comentar o caso na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou se tratar da ação de "um bando de aloprados".

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