Alvos de Alexandre de Moraes em investigações convocam para atos pró-Bolsonaro na Paulista


Deputados e empresário que tiveram mandados de busca e apreensão ordenadas pelo ministro do STF convocaram apoiadores para a manifestação que irá acontecer na Avenida Paulista no próximo dia 25

Por Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA – Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que foram alvos de operações da Polícia Federal (PF) após ordens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes estão convocando apoiadores para a manifestação do próximo dia 25 na Avenida Paulista. O ato pró-Bolsonaro será realizado após o ex-presidente ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), autorizada por Moraes, que investiga a participação do ex-mandatário na articulação de um golpe de Estado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (à esquerda) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (à direita) 

Bolsonaro convocou a manifestação na noite deste domingo, 12, em um vídeo publicado nas suas redes sociais. O ex-presidente disse que o ato será “pacífico” e pediu para que os seus apoiadores evitem levar faixas “contra quem quer que seja”.

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Após o chamamento do ex-chefe do Executivo, três deputados federais do PL que também foram alvos de mandados de busca e apreensão expedidos por Moraes também convocaram apoiadores: Alexandre Ramagem (RJ), Carla Zambelli (SP) e Carlos Jordy (RJ).

Na operação deflagrada na última quinta-feira, 8, o ex-chefe do Executivo teve o passaporte apreendido e está proibido de deixar o País. Entre os elementos que embasaram a operação, estão uma reunião ministerial com teor golpista e uma troca de mensagens entre aliados de Bolsonaro, que sugerem que ele teria redigido uma minuta que decretaria um estado de sítio após as eleições de 2022.

O ato é o primeiro convocado pessoalmente por Bolsonaro desde o 8 de Janeiro, quando seus apoiadores depredaram as sedes dos Três Poderes na capital federal. Em outubro do ano passado, em uma marcha contra o aborto em Belo Horizonte (MG), Bolsonaro afirmou que o evento teve baixa adesão por causa dos inquéritos que investigam os participantes dos ataques aos prédios públicos.

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Jordy e Ramagem que, assim como o ex-chefe do Executivo, também foram alvos de operações autorizadas por Moraes, compartilharam no mesmo dia a mensagem de Bolsonaro em seus perfis no X (antigo Twitter).

Alvo da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os responsáveis por planejar, financiar e executar os atos do 8 de Janeiro, Jordy teve a sua residência e o seu gabinete em Brasília vasculhados pela PF no dia 18 de janeiro deste ano. O parlamentar se tornou alvo das investigações após serem encontradas mensagens trocadas com uma liderança extremista responsável por organizar bloqueios de estradas no interior do Rio após as eleições de 2022. Ele negou as acusações e disse que a ação policial foi uma “perseguição”.

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Já Ramagem foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada no dia 25 de janeiro e que investiga uma organização criminosa suspeita de espionar ilegalmente adversários de Bolsonaro e ministros do STF. O parlamentar presidiu a Abin entre 2019 e 2022. O deputado nega irregularidades e diz que a investigação é uma “salada de narrativas”.

Outra parlamentar bolsonarista que convocou os atos foi Zambelli. Nesta segunda-feira, 13, ela divulgou que os atos devem ocorrer também nos Estados Unidos e na Espanha. A deputada não mencionou informações sobre locais e horários.

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Em agosto do ano passado, Moraes autorizou busca e apreensão em endereços de Zambelli na Operação 3FA da PF. A ação apurou um ataque hacker feito no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por Walter Delgatti Neto, o hacker da “Vaza Jato”. Delgatti Neto implicou a deputada como mandante da inserção de um mandado de prisão falso contra o ministro do STF. Na época, a parlamentar negou ter contratado o hacker para prejudicar o magistrado.

Outro alvo de Moraes que também convocou bolsonaristas para a manifestação na Paulista foi o empresário Milton Oliveira Júnior. Em junho do ano passado, ele teve os seus endereços vasculhados pela PF na 13ª fase da Operação Lesa Pátria.

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“Estaremos juntos do nosso presidente. Nunca uma frase do nosso hino fez tanto sentido nos dando tanta força. Venceremos o mal”, afirma a mensagem compartilhada por Milton no seu Instagram, que conta com 3,8 mil seguidores.

Empresário alvo da 13ª fase da Lesa Pátria divulgou manifestação a favor de Bolsonaro Foto: @miltonjunioritape via Instagram

Milton entrou na mira de Moraes e da PF após afirmar, em uma entrevista para uma rádio de Itapetininga (SP), em abril do ano passado, que tinha ajudado a financiar a ida de extremistas para a capital federal. “Eu ajudei patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo. Eu não tenho medo da Justiça. Eu contribuí. Mando os recibos do Pix. Está lá, com o número do CPF”, afirmou.

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Deputado que foi apontado como incitador de bloqueios no RS convoca apoiadores

Após o término das eleições de 2022, o deputado federal Zucco (PL-RS) foi apontado por um relatório enviado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul ao STF como um dos incitadores de bloqueios de estradas no Estado.

O deputado divulgou um vídeo de bolsonaristas acampados na frente do Comando Militar do Sul do Exército, localizado em Porto Alegre. Segundo a polícia local, ele “incentivou” e “convocou a presença do povo para a região”. Na época, Zucco afirmou que recebeu com surpresa a informação de que tinha sido inserido no relatório e, posteriormente, a postagem foi apagada.

Em uma publicação na noite deste domingo, Zucco compartilhou o vídeo no qual Bolsonaro convoca apoiadores e declarou: “Estaremos juntos sempre! Compartilhem ao máximo”.

BRASÍLIA – Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que foram alvos de operações da Polícia Federal (PF) após ordens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes estão convocando apoiadores para a manifestação do próximo dia 25 na Avenida Paulista. O ato pró-Bolsonaro será realizado após o ex-presidente ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), autorizada por Moraes, que investiga a participação do ex-mandatário na articulação de um golpe de Estado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (à esquerda) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (à direita) 

Bolsonaro convocou a manifestação na noite deste domingo, 12, em um vídeo publicado nas suas redes sociais. O ex-presidente disse que o ato será “pacífico” e pediu para que os seus apoiadores evitem levar faixas “contra quem quer que seja”.

Após o chamamento do ex-chefe do Executivo, três deputados federais do PL que também foram alvos de mandados de busca e apreensão expedidos por Moraes também convocaram apoiadores: Alexandre Ramagem (RJ), Carla Zambelli (SP) e Carlos Jordy (RJ).

Na operação deflagrada na última quinta-feira, 8, o ex-chefe do Executivo teve o passaporte apreendido e está proibido de deixar o País. Entre os elementos que embasaram a operação, estão uma reunião ministerial com teor golpista e uma troca de mensagens entre aliados de Bolsonaro, que sugerem que ele teria redigido uma minuta que decretaria um estado de sítio após as eleições de 2022.

O ato é o primeiro convocado pessoalmente por Bolsonaro desde o 8 de Janeiro, quando seus apoiadores depredaram as sedes dos Três Poderes na capital federal. Em outubro do ano passado, em uma marcha contra o aborto em Belo Horizonte (MG), Bolsonaro afirmou que o evento teve baixa adesão por causa dos inquéritos que investigam os participantes dos ataques aos prédios públicos.

Jordy e Ramagem que, assim como o ex-chefe do Executivo, também foram alvos de operações autorizadas por Moraes, compartilharam no mesmo dia a mensagem de Bolsonaro em seus perfis no X (antigo Twitter).

Alvo da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os responsáveis por planejar, financiar e executar os atos do 8 de Janeiro, Jordy teve a sua residência e o seu gabinete em Brasília vasculhados pela PF no dia 18 de janeiro deste ano. O parlamentar se tornou alvo das investigações após serem encontradas mensagens trocadas com uma liderança extremista responsável por organizar bloqueios de estradas no interior do Rio após as eleições de 2022. Ele negou as acusações e disse que a ação policial foi uma “perseguição”.

Já Ramagem foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada no dia 25 de janeiro e que investiga uma organização criminosa suspeita de espionar ilegalmente adversários de Bolsonaro e ministros do STF. O parlamentar presidiu a Abin entre 2019 e 2022. O deputado nega irregularidades e diz que a investigação é uma “salada de narrativas”.

Outra parlamentar bolsonarista que convocou os atos foi Zambelli. Nesta segunda-feira, 13, ela divulgou que os atos devem ocorrer também nos Estados Unidos e na Espanha. A deputada não mencionou informações sobre locais e horários.

Em agosto do ano passado, Moraes autorizou busca e apreensão em endereços de Zambelli na Operação 3FA da PF. A ação apurou um ataque hacker feito no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por Walter Delgatti Neto, o hacker da “Vaza Jato”. Delgatti Neto implicou a deputada como mandante da inserção de um mandado de prisão falso contra o ministro do STF. Na época, a parlamentar negou ter contratado o hacker para prejudicar o magistrado.

Outro alvo de Moraes que também convocou bolsonaristas para a manifestação na Paulista foi o empresário Milton Oliveira Júnior. Em junho do ano passado, ele teve os seus endereços vasculhados pela PF na 13ª fase da Operação Lesa Pátria.

“Estaremos juntos do nosso presidente. Nunca uma frase do nosso hino fez tanto sentido nos dando tanta força. Venceremos o mal”, afirma a mensagem compartilhada por Milton no seu Instagram, que conta com 3,8 mil seguidores.

Empresário alvo da 13ª fase da Lesa Pátria divulgou manifestação a favor de Bolsonaro Foto: @miltonjunioritape via Instagram

Milton entrou na mira de Moraes e da PF após afirmar, em uma entrevista para uma rádio de Itapetininga (SP), em abril do ano passado, que tinha ajudado a financiar a ida de extremistas para a capital federal. “Eu ajudei patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo. Eu não tenho medo da Justiça. Eu contribuí. Mando os recibos do Pix. Está lá, com o número do CPF”, afirmou.

Deputado que foi apontado como incitador de bloqueios no RS convoca apoiadores

Após o término das eleições de 2022, o deputado federal Zucco (PL-RS) foi apontado por um relatório enviado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul ao STF como um dos incitadores de bloqueios de estradas no Estado.

O deputado divulgou um vídeo de bolsonaristas acampados na frente do Comando Militar do Sul do Exército, localizado em Porto Alegre. Segundo a polícia local, ele “incentivou” e “convocou a presença do povo para a região”. Na época, Zucco afirmou que recebeu com surpresa a informação de que tinha sido inserido no relatório e, posteriormente, a postagem foi apagada.

Em uma publicação na noite deste domingo, Zucco compartilhou o vídeo no qual Bolsonaro convoca apoiadores e declarou: “Estaremos juntos sempre! Compartilhem ao máximo”.

BRASÍLIA – Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que foram alvos de operações da Polícia Federal (PF) após ordens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes estão convocando apoiadores para a manifestação do próximo dia 25 na Avenida Paulista. O ato pró-Bolsonaro será realizado após o ex-presidente ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), autorizada por Moraes, que investiga a participação do ex-mandatário na articulação de um golpe de Estado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (à esquerda) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (à direita) 

Bolsonaro convocou a manifestação na noite deste domingo, 12, em um vídeo publicado nas suas redes sociais. O ex-presidente disse que o ato será “pacífico” e pediu para que os seus apoiadores evitem levar faixas “contra quem quer que seja”.

Após o chamamento do ex-chefe do Executivo, três deputados federais do PL que também foram alvos de mandados de busca e apreensão expedidos por Moraes também convocaram apoiadores: Alexandre Ramagem (RJ), Carla Zambelli (SP) e Carlos Jordy (RJ).

Na operação deflagrada na última quinta-feira, 8, o ex-chefe do Executivo teve o passaporte apreendido e está proibido de deixar o País. Entre os elementos que embasaram a operação, estão uma reunião ministerial com teor golpista e uma troca de mensagens entre aliados de Bolsonaro, que sugerem que ele teria redigido uma minuta que decretaria um estado de sítio após as eleições de 2022.

O ato é o primeiro convocado pessoalmente por Bolsonaro desde o 8 de Janeiro, quando seus apoiadores depredaram as sedes dos Três Poderes na capital federal. Em outubro do ano passado, em uma marcha contra o aborto em Belo Horizonte (MG), Bolsonaro afirmou que o evento teve baixa adesão por causa dos inquéritos que investigam os participantes dos ataques aos prédios públicos.

Jordy e Ramagem que, assim como o ex-chefe do Executivo, também foram alvos de operações autorizadas por Moraes, compartilharam no mesmo dia a mensagem de Bolsonaro em seus perfis no X (antigo Twitter).

Alvo da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os responsáveis por planejar, financiar e executar os atos do 8 de Janeiro, Jordy teve a sua residência e o seu gabinete em Brasília vasculhados pela PF no dia 18 de janeiro deste ano. O parlamentar se tornou alvo das investigações após serem encontradas mensagens trocadas com uma liderança extremista responsável por organizar bloqueios de estradas no interior do Rio após as eleições de 2022. Ele negou as acusações e disse que a ação policial foi uma “perseguição”.

Já Ramagem foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada no dia 25 de janeiro e que investiga uma organização criminosa suspeita de espionar ilegalmente adversários de Bolsonaro e ministros do STF. O parlamentar presidiu a Abin entre 2019 e 2022. O deputado nega irregularidades e diz que a investigação é uma “salada de narrativas”.

Outra parlamentar bolsonarista que convocou os atos foi Zambelli. Nesta segunda-feira, 13, ela divulgou que os atos devem ocorrer também nos Estados Unidos e na Espanha. A deputada não mencionou informações sobre locais e horários.

Em agosto do ano passado, Moraes autorizou busca e apreensão em endereços de Zambelli na Operação 3FA da PF. A ação apurou um ataque hacker feito no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por Walter Delgatti Neto, o hacker da “Vaza Jato”. Delgatti Neto implicou a deputada como mandante da inserção de um mandado de prisão falso contra o ministro do STF. Na época, a parlamentar negou ter contratado o hacker para prejudicar o magistrado.

Outro alvo de Moraes que também convocou bolsonaristas para a manifestação na Paulista foi o empresário Milton Oliveira Júnior. Em junho do ano passado, ele teve os seus endereços vasculhados pela PF na 13ª fase da Operação Lesa Pátria.

“Estaremos juntos do nosso presidente. Nunca uma frase do nosso hino fez tanto sentido nos dando tanta força. Venceremos o mal”, afirma a mensagem compartilhada por Milton no seu Instagram, que conta com 3,8 mil seguidores.

Empresário alvo da 13ª fase da Lesa Pátria divulgou manifestação a favor de Bolsonaro Foto: @miltonjunioritape via Instagram

Milton entrou na mira de Moraes e da PF após afirmar, em uma entrevista para uma rádio de Itapetininga (SP), em abril do ano passado, que tinha ajudado a financiar a ida de extremistas para a capital federal. “Eu ajudei patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo. Eu não tenho medo da Justiça. Eu contribuí. Mando os recibos do Pix. Está lá, com o número do CPF”, afirmou.

Deputado que foi apontado como incitador de bloqueios no RS convoca apoiadores

Após o término das eleições de 2022, o deputado federal Zucco (PL-RS) foi apontado por um relatório enviado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul ao STF como um dos incitadores de bloqueios de estradas no Estado.

O deputado divulgou um vídeo de bolsonaristas acampados na frente do Comando Militar do Sul do Exército, localizado em Porto Alegre. Segundo a polícia local, ele “incentivou” e “convocou a presença do povo para a região”. Na época, Zucco afirmou que recebeu com surpresa a informação de que tinha sido inserido no relatório e, posteriormente, a postagem foi apagada.

Em uma publicação na noite deste domingo, Zucco compartilhou o vídeo no qual Bolsonaro convoca apoiadores e declarou: “Estaremos juntos sempre! Compartilhem ao máximo”.

BRASÍLIA – Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que foram alvos de operações da Polícia Federal (PF) após ordens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes estão convocando apoiadores para a manifestação do próximo dia 25 na Avenida Paulista. O ato pró-Bolsonaro será realizado após o ex-presidente ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), autorizada por Moraes, que investiga a participação do ex-mandatário na articulação de um golpe de Estado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (à esquerda) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (à direita) 

Bolsonaro convocou a manifestação na noite deste domingo, 12, em um vídeo publicado nas suas redes sociais. O ex-presidente disse que o ato será “pacífico” e pediu para que os seus apoiadores evitem levar faixas “contra quem quer que seja”.

Após o chamamento do ex-chefe do Executivo, três deputados federais do PL que também foram alvos de mandados de busca e apreensão expedidos por Moraes também convocaram apoiadores: Alexandre Ramagem (RJ), Carla Zambelli (SP) e Carlos Jordy (RJ).

Na operação deflagrada na última quinta-feira, 8, o ex-chefe do Executivo teve o passaporte apreendido e está proibido de deixar o País. Entre os elementos que embasaram a operação, estão uma reunião ministerial com teor golpista e uma troca de mensagens entre aliados de Bolsonaro, que sugerem que ele teria redigido uma minuta que decretaria um estado de sítio após as eleições de 2022.

O ato é o primeiro convocado pessoalmente por Bolsonaro desde o 8 de Janeiro, quando seus apoiadores depredaram as sedes dos Três Poderes na capital federal. Em outubro do ano passado, em uma marcha contra o aborto em Belo Horizonte (MG), Bolsonaro afirmou que o evento teve baixa adesão por causa dos inquéritos que investigam os participantes dos ataques aos prédios públicos.

Jordy e Ramagem que, assim como o ex-chefe do Executivo, também foram alvos de operações autorizadas por Moraes, compartilharam no mesmo dia a mensagem de Bolsonaro em seus perfis no X (antigo Twitter).

Alvo da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os responsáveis por planejar, financiar e executar os atos do 8 de Janeiro, Jordy teve a sua residência e o seu gabinete em Brasília vasculhados pela PF no dia 18 de janeiro deste ano. O parlamentar se tornou alvo das investigações após serem encontradas mensagens trocadas com uma liderança extremista responsável por organizar bloqueios de estradas no interior do Rio após as eleições de 2022. Ele negou as acusações e disse que a ação policial foi uma “perseguição”.

Já Ramagem foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada no dia 25 de janeiro e que investiga uma organização criminosa suspeita de espionar ilegalmente adversários de Bolsonaro e ministros do STF. O parlamentar presidiu a Abin entre 2019 e 2022. O deputado nega irregularidades e diz que a investigação é uma “salada de narrativas”.

Outra parlamentar bolsonarista que convocou os atos foi Zambelli. Nesta segunda-feira, 13, ela divulgou que os atos devem ocorrer também nos Estados Unidos e na Espanha. A deputada não mencionou informações sobre locais e horários.

Em agosto do ano passado, Moraes autorizou busca e apreensão em endereços de Zambelli na Operação 3FA da PF. A ação apurou um ataque hacker feito no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por Walter Delgatti Neto, o hacker da “Vaza Jato”. Delgatti Neto implicou a deputada como mandante da inserção de um mandado de prisão falso contra o ministro do STF. Na época, a parlamentar negou ter contratado o hacker para prejudicar o magistrado.

Outro alvo de Moraes que também convocou bolsonaristas para a manifestação na Paulista foi o empresário Milton Oliveira Júnior. Em junho do ano passado, ele teve os seus endereços vasculhados pela PF na 13ª fase da Operação Lesa Pátria.

“Estaremos juntos do nosso presidente. Nunca uma frase do nosso hino fez tanto sentido nos dando tanta força. Venceremos o mal”, afirma a mensagem compartilhada por Milton no seu Instagram, que conta com 3,8 mil seguidores.

Empresário alvo da 13ª fase da Lesa Pátria divulgou manifestação a favor de Bolsonaro Foto: @miltonjunioritape via Instagram

Milton entrou na mira de Moraes e da PF após afirmar, em uma entrevista para uma rádio de Itapetininga (SP), em abril do ano passado, que tinha ajudado a financiar a ida de extremistas para a capital federal. “Eu ajudei patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo. Eu não tenho medo da Justiça. Eu contribuí. Mando os recibos do Pix. Está lá, com o número do CPF”, afirmou.

Deputado que foi apontado como incitador de bloqueios no RS convoca apoiadores

Após o término das eleições de 2022, o deputado federal Zucco (PL-RS) foi apontado por um relatório enviado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul ao STF como um dos incitadores de bloqueios de estradas no Estado.

O deputado divulgou um vídeo de bolsonaristas acampados na frente do Comando Militar do Sul do Exército, localizado em Porto Alegre. Segundo a polícia local, ele “incentivou” e “convocou a presença do povo para a região”. Na época, Zucco afirmou que recebeu com surpresa a informação de que tinha sido inserido no relatório e, posteriormente, a postagem foi apagada.

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