Anitta pede a Lula apoio à legalização da maconha; Bolsonaro reage: ‘É o limite dela’


Cantora defendeu que a comercialização da droga seja feita por empresas e gere impostos; fala repercutiu principalmente entre apoiadores de Bolsonaro

Por Davi Medeiros
Atualização:

A cantora Anitta defendeu a legalização da maconha e pediu o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em quem declarou voto recentemente, a essa pauta. O assunto surgiu durante uma transmissão ao vivo feita pela artista com o rapper Filipe Ret na última terça-feira, 12.

Anitta argumentou que a comercialização da droga deveria ficar a cargo de empresas e requerer a cobrança de impostos. Isso, ela opinou, diminuiria as taxas de violência nas favelas, onde disse haver uma “guerra que só mata o pobre”.

“Por mim, tinha que virar empresa que paga imposto, em vez de deixar esse povo rico tudo aí que lava dinheiro sei lá como. Eu sou a favor de virar tudo empresa legalizada (...) Acho que proibir as drogas não faz com que as pessoas parem de usar. Em vez de estarem colaborando para essa guerra na favela que só mata o pobre, só mata gente que nada tem a ver com isso, e só deixa rico esse povo que faz as coisas e não paga imposto, tinha que virar empresa, gerar emprego”, declarou.

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Em determinado momento, a cantora mencionou rapidamente o pré-candidato do PT: “Será que o Lula apoia isso, gente? Apoia isso aí, Lula! Pô, estou te dando o maior ‘apoião’. Apoia essa legalização aí ‘para nós’”.

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A carioca, que já afirmou “nunca ter sido petista”, declarou voto em Lula nestas eleições após o assassinato de um dirigente do PT em Foz do Iguaçu (PR) no último fim de semana. “A postura extremamente agressiva e antidemocrática dessa gente não me deixa outra opção. É Lulalá (...) Não sou petista e nunca fui. Mas este ano estou com Lula”, escreveu a artista no Twitter.

O ex-presidente Lula comemorou o apoio público recebido pela artista. Muito popular nas redes, Anitta é vista como alguém com potencial para atrair a atenção e o voto dos jovens aos candidatos e interações com ela são consideradas estratégicas. Ela tem mais de 60 milhões de seguidores no Instagram e cerca de 17 milhões no Twitter.

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Em publicação, Anitta questiona seguidores sobre novo clipe lançado em parceria com cantor Filipe Ret.

A declaração da cantora sobre a legalização da maconha, porém, pode gerar desgaste à campanha do petista. Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e pessoas contrárias à legalização passaram a explorar a fala para se opor à pré-candidatura do ex-presidente. O assunto já repercute em páginas e grupos bolsonaristas, inclusive com charges chamando a artista de “Droguitta”, “Anfetanitta” (em referência à substância anfetamina) e a associando à estrela do PT.

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Na manhã desta quinta-feira, 14, o presidente Bolsonaro ironizou o episódio. “Eu vi a Anitta cobrando do Lula. ‘Estou te dando o maior ‘apoião’, libera a maconha aí, Lula’. É o limite dela, né? Essa é a Anitta, que tem uma influência sobre os jovens. Tem, a gente reconhece”, disse o presidente, conversando com apoiadores em Imperatriz, no Maranhão.

Após assassinato de petista em Foz do Iguaçu (PR), Lula conquistou o apoio declarado de Anitta.  Foto: Andre Penner/AP

O que defende Lula

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As diretrizes para a criação de um programa para um eventual novo governo de Lula menciona o termo “drogas” uma única vez e não trata de legalização. O documento propõe substituir a atual “guerra” contra o narcotráfico por estratégias de enfrentamento baseadas em “conhecimento e informação”, além de focar em redução de riscos.

Leia a íntegra do trecho do programa que diz respeito a esse tema:

“O país precisa de uma nova política sobre drogas, intersetorial e focada na redução de riscos, na prevenção, tratamento e assistência ao usuário. O atual modelo bélico de combate ao tráfico será substituído por estratégias de enfrentamento e desarticulação das organizações criminosas, baseadas em conhecimento e informação, com o fortalecimento da investigação e da inteligência”.

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O tema é muito comumente associado à violência policial. Sobre isso, o documento diz:

“A melhoria da qualificação técnica dos policiais será uma busca permanente a ser alcançada, dentre outras estratégias, pela reformulação dos processos de seleção, formação e capacitação continuada, pela atualização de doutrinas e pela padronização de procedimentos operacionais. Será aberto diálogo sobre a modernização das carreiras, a qualificação e a autonomia dos peritos, a padronização de escalas e jornadas de trabalho e outras estratégias de implementação das diretrizes nacionais de promoção e defesa dos direitos humanos dos policiais”.

Procuradas, as assessorias do pré-candidato do PT e da cantora Anitta ainda não se manifestaram.

A cantora Anitta defendeu a legalização da maconha e pediu o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em quem declarou voto recentemente, a essa pauta. O assunto surgiu durante uma transmissão ao vivo feita pela artista com o rapper Filipe Ret na última terça-feira, 12.

Anitta argumentou que a comercialização da droga deveria ficar a cargo de empresas e requerer a cobrança de impostos. Isso, ela opinou, diminuiria as taxas de violência nas favelas, onde disse haver uma “guerra que só mata o pobre”.

“Por mim, tinha que virar empresa que paga imposto, em vez de deixar esse povo rico tudo aí que lava dinheiro sei lá como. Eu sou a favor de virar tudo empresa legalizada (...) Acho que proibir as drogas não faz com que as pessoas parem de usar. Em vez de estarem colaborando para essa guerra na favela que só mata o pobre, só mata gente que nada tem a ver com isso, e só deixa rico esse povo que faz as coisas e não paga imposto, tinha que virar empresa, gerar emprego”, declarou.

Em determinado momento, a cantora mencionou rapidamente o pré-candidato do PT: “Será que o Lula apoia isso, gente? Apoia isso aí, Lula! Pô, estou te dando o maior ‘apoião’. Apoia essa legalização aí ‘para nós’”.

A carioca, que já afirmou “nunca ter sido petista”, declarou voto em Lula nestas eleições após o assassinato de um dirigente do PT em Foz do Iguaçu (PR) no último fim de semana. “A postura extremamente agressiva e antidemocrática dessa gente não me deixa outra opção. É Lulalá (...) Não sou petista e nunca fui. Mas este ano estou com Lula”, escreveu a artista no Twitter.

O ex-presidente Lula comemorou o apoio público recebido pela artista. Muito popular nas redes, Anitta é vista como alguém com potencial para atrair a atenção e o voto dos jovens aos candidatos e interações com ela são consideradas estratégicas. Ela tem mais de 60 milhões de seguidores no Instagram e cerca de 17 milhões no Twitter.

Em publicação, Anitta questiona seguidores sobre novo clipe lançado em parceria com cantor Filipe Ret.

A declaração da cantora sobre a legalização da maconha, porém, pode gerar desgaste à campanha do petista. Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e pessoas contrárias à legalização passaram a explorar a fala para se opor à pré-candidatura do ex-presidente. O assunto já repercute em páginas e grupos bolsonaristas, inclusive com charges chamando a artista de “Droguitta”, “Anfetanitta” (em referência à substância anfetamina) e a associando à estrela do PT.

Na manhã desta quinta-feira, 14, o presidente Bolsonaro ironizou o episódio. “Eu vi a Anitta cobrando do Lula. ‘Estou te dando o maior ‘apoião’, libera a maconha aí, Lula’. É o limite dela, né? Essa é a Anitta, que tem uma influência sobre os jovens. Tem, a gente reconhece”, disse o presidente, conversando com apoiadores em Imperatriz, no Maranhão.

Após assassinato de petista em Foz do Iguaçu (PR), Lula conquistou o apoio declarado de Anitta.  Foto: Andre Penner/AP

O que defende Lula

As diretrizes para a criação de um programa para um eventual novo governo de Lula menciona o termo “drogas” uma única vez e não trata de legalização. O documento propõe substituir a atual “guerra” contra o narcotráfico por estratégias de enfrentamento baseadas em “conhecimento e informação”, além de focar em redução de riscos.

Leia a íntegra do trecho do programa que diz respeito a esse tema:

“O país precisa de uma nova política sobre drogas, intersetorial e focada na redução de riscos, na prevenção, tratamento e assistência ao usuário. O atual modelo bélico de combate ao tráfico será substituído por estratégias de enfrentamento e desarticulação das organizações criminosas, baseadas em conhecimento e informação, com o fortalecimento da investigação e da inteligência”.

O tema é muito comumente associado à violência policial. Sobre isso, o documento diz:

“A melhoria da qualificação técnica dos policiais será uma busca permanente a ser alcançada, dentre outras estratégias, pela reformulação dos processos de seleção, formação e capacitação continuada, pela atualização de doutrinas e pela padronização de procedimentos operacionais. Será aberto diálogo sobre a modernização das carreiras, a qualificação e a autonomia dos peritos, a padronização de escalas e jornadas de trabalho e outras estratégias de implementação das diretrizes nacionais de promoção e defesa dos direitos humanos dos policiais”.

Procuradas, as assessorias do pré-candidato do PT e da cantora Anitta ainda não se manifestaram.

A cantora Anitta defendeu a legalização da maconha e pediu o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em quem declarou voto recentemente, a essa pauta. O assunto surgiu durante uma transmissão ao vivo feita pela artista com o rapper Filipe Ret na última terça-feira, 12.

Anitta argumentou que a comercialização da droga deveria ficar a cargo de empresas e requerer a cobrança de impostos. Isso, ela opinou, diminuiria as taxas de violência nas favelas, onde disse haver uma “guerra que só mata o pobre”.

“Por mim, tinha que virar empresa que paga imposto, em vez de deixar esse povo rico tudo aí que lava dinheiro sei lá como. Eu sou a favor de virar tudo empresa legalizada (...) Acho que proibir as drogas não faz com que as pessoas parem de usar. Em vez de estarem colaborando para essa guerra na favela que só mata o pobre, só mata gente que nada tem a ver com isso, e só deixa rico esse povo que faz as coisas e não paga imposto, tinha que virar empresa, gerar emprego”, declarou.

Em determinado momento, a cantora mencionou rapidamente o pré-candidato do PT: “Será que o Lula apoia isso, gente? Apoia isso aí, Lula! Pô, estou te dando o maior ‘apoião’. Apoia essa legalização aí ‘para nós’”.

A carioca, que já afirmou “nunca ter sido petista”, declarou voto em Lula nestas eleições após o assassinato de um dirigente do PT em Foz do Iguaçu (PR) no último fim de semana. “A postura extremamente agressiva e antidemocrática dessa gente não me deixa outra opção. É Lulalá (...) Não sou petista e nunca fui. Mas este ano estou com Lula”, escreveu a artista no Twitter.

O ex-presidente Lula comemorou o apoio público recebido pela artista. Muito popular nas redes, Anitta é vista como alguém com potencial para atrair a atenção e o voto dos jovens aos candidatos e interações com ela são consideradas estratégicas. Ela tem mais de 60 milhões de seguidores no Instagram e cerca de 17 milhões no Twitter.

Em publicação, Anitta questiona seguidores sobre novo clipe lançado em parceria com cantor Filipe Ret.

A declaração da cantora sobre a legalização da maconha, porém, pode gerar desgaste à campanha do petista. Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e pessoas contrárias à legalização passaram a explorar a fala para se opor à pré-candidatura do ex-presidente. O assunto já repercute em páginas e grupos bolsonaristas, inclusive com charges chamando a artista de “Droguitta”, “Anfetanitta” (em referência à substância anfetamina) e a associando à estrela do PT.

Na manhã desta quinta-feira, 14, o presidente Bolsonaro ironizou o episódio. “Eu vi a Anitta cobrando do Lula. ‘Estou te dando o maior ‘apoião’, libera a maconha aí, Lula’. É o limite dela, né? Essa é a Anitta, que tem uma influência sobre os jovens. Tem, a gente reconhece”, disse o presidente, conversando com apoiadores em Imperatriz, no Maranhão.

Após assassinato de petista em Foz do Iguaçu (PR), Lula conquistou o apoio declarado de Anitta.  Foto: Andre Penner/AP

O que defende Lula

As diretrizes para a criação de um programa para um eventual novo governo de Lula menciona o termo “drogas” uma única vez e não trata de legalização. O documento propõe substituir a atual “guerra” contra o narcotráfico por estratégias de enfrentamento baseadas em “conhecimento e informação”, além de focar em redução de riscos.

Leia a íntegra do trecho do programa que diz respeito a esse tema:

“O país precisa de uma nova política sobre drogas, intersetorial e focada na redução de riscos, na prevenção, tratamento e assistência ao usuário. O atual modelo bélico de combate ao tráfico será substituído por estratégias de enfrentamento e desarticulação das organizações criminosas, baseadas em conhecimento e informação, com o fortalecimento da investigação e da inteligência”.

O tema é muito comumente associado à violência policial. Sobre isso, o documento diz:

“A melhoria da qualificação técnica dos policiais será uma busca permanente a ser alcançada, dentre outras estratégias, pela reformulação dos processos de seleção, formação e capacitação continuada, pela atualização de doutrinas e pela padronização de procedimentos operacionais. Será aberto diálogo sobre a modernização das carreiras, a qualificação e a autonomia dos peritos, a padronização de escalas e jornadas de trabalho e outras estratégias de implementação das diretrizes nacionais de promoção e defesa dos direitos humanos dos policiais”.

Procuradas, as assessorias do pré-candidato do PT e da cantora Anitta ainda não se manifestaram.

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