‘Boules’, ‘bandidinho’ e ‘tchutchuca do PCC’: os apelidos pejorativos usados entre candidatos em SP


Debate da TV Gazeta foi marcado por trocas de ofensas entre os postulantes ao cargo de prefeito nas eleições deste ano; confira outros nomes usados durante o confronto

Por Pedro Lima e Adriana Victorino

O debate da TV Gazeta e do canal MyNews na eleição para prefeito de São Paulo neste domingo, 1º, foi marcado pela troca de ataques e invenção de apelidos pejorativos para se referir aos adversários, enquanto propostas para a capital quase não tiveram espaço. A mediadora precisou intervir, em diversas ocasiões, para tentar garantir o mínimo de civilidade e a continuidade do encontro.

Pablo Marçal (PRTB) esteve envolvido na maioria dos embates com ofensas, sendo o mais tenso com José Luiz Datena (PSDB), mas Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) também tiveram momentos em que esqueceram a discussão sobre a cidade e partiram para o enfrentamento entre si.

continua após a publicidade

Tabata Amaral (PSB) criticou a gestão de Nunes para apresentar propostas e anunciou uma nova representação contra Marçal na Justiça Eleitoral. A candidata afirmou ter reunido indícios de que ele voltou a praticar abuso de poder econômico para ganhar seguidores em seus perfis reservas nas redes sociais após as contas principais terem sido suspensas.

Datena parte para cima de Marçal durante debate entre os candidatos na TV Gazeta Foto: Reprodução/MyNews
continua após a publicidade

No total, foram 21 pedidos de direito de resposta, sendo oito concedidos pela organização do debate. Quem mais fez pedidos para responder a ofensas foi Boulos, foram sete – dois acatados. Marçal e Nunes fizeram a solicitação cinco vezes, cada, sendo atendidos duas e três vezes, respectivamente. Datena pediu direito de resposta quatro vezes, e teve um concedido a ele.

Veja os principais apelidos usados pelos candidatos no debate

Minha pergunta vai para o ‘Boules’

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

continua após a publicidade

Em diversos momentos do debate, Marçal se referiu a Boulos como “Boules”. O candidato do PRTB lembrou o episódio em que o Hino Nacional foi cantado em linguagem neutra em um comício de Boulos na semana passada. No evento de campanha, a intérprete cantou “verás que es filhes teus não fogem à luta”, em vez de “os filhos”, conforme a versão original.

No debate, o candidato do PSOL respondeu: “Marçal, você é um bandido condenado. Não converso com criminoso, por isso não vou falar com você.”

continua após a publicidade
Vou responder para o ladrãozinho de creche. A única coisa que vamos invadir é o coração do povo de São Paulo

Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de SP

No terceiro bloco do debate, Nunes e Boulos se enfrentaram a respeito do tema mobilidade, previamente sorteado. Boulos foi chamado de “invasor” pelo atual prefeito e pediu direito de resposta, que foi concedido ao psolista. A apresentadora pediu para que os candidatos se dirigissem aos adversários pelo nome. Em seguida, Boulos disse que responderia para “o ladrãozinho de creche” que a única coisa que ele invadiria seria “o coração do povo de São Paulo”.

“A Prefeitura está pagando mais para empresa de ônibus e está tendo menos frota na rua. Nós estamos pagando mais e tendo menos. Esse é o jeito Ricardo Nunes de governar”, provocou Boulos.

continua após a publicidade
Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter

Ricardo Nunes (MDB), candidato a prefeito de SP

No direito de resposta, o prefeito disse que nunca foi indiciado ou condenado em sua vida. Antes, ele havia subido o tom contra o adversário do PSOL. “Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter. Invadiu a [área onde hoje fica a ocupação] Nova Palestina em 2013. Hoje tem lá 80 barracos de plástico azul e preto e você enganou aquelas pessoas humildes. Enquanto você invade, eu entrego casas”, respondeu o prefeito.

Na tréplica, Boulos afirmou que o ex-prefeito Bruno Covas, já falecido, havia editado decreto para desapropriar a área da ocupação, mas que Nunes “traiu” o aliado ao reverter a ação. “Você traiu o Bruno Covas várias outras vezes, como ao se aliar com o Bolsonaro”, disse. Bolsonaro criticou Covas pelo ex-prefeito ter ido à final da Libertadores em 2021 no Rio de Janeiro. “O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã”, disse o presidente meses após a morte do tucano.

continua após a publicidade
É um prazer ouvir vocês, o consórcio comunista do Brasil, me chamarem de bandido

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em um prenúncio do que ocorreria mais adiante, o segundo bloco foi aberto por um enfrentamento entre Marçal e Datena. O influenciador disse ser alvo de um “consórcio comunista desesperado” integrado pelos demais candidatos e insinuou que o apresentador de TV vendeu suas quatro desistências em eleições anteriores.

Datena respondeu fora do microfone, mas não foi possível ouvir o que ele falou. “Ele disse ‘é o seu orifício rugoso lombar’, na linguagem dele”, declarou Marçal, que estava com a palavra e o microfone aberto. Durante as considerações finais, Marçal voltou a se dirigir aos adversários como “consórcio comunista”, afirmando que a soma do número dos candidatos daria seu número de urna, “o número que você vai digitar para punir esse consórcio comunista que está aí”, disse Marçal.

Você fugiu da polícia. Você é bandido

José Luiz Datena (PSDB), candidato a prefeito de SP

Na sua vez, o candidato do PSDB chamou o adversário de “bandido”, disse que ele fugiu da polícia e anda de “braços dados com o PCC”. “Você é uma ameaça à democracia quando faz dos debates aqui, nós atores passivos, um filminho de horrores que você tem na internet.” Enquanto os adversários respondiam às questões, Marçal aproveitava quando a tela dividida transmitia sua imagem para fazer gestos com as mãos, como a letra “M”.

Pablito, você foi condenado e preso por integrar uma quadrilha que entrava na conta das pessoas e subtraía recursos dos mais humildes e aposentados. Você é tchutchuca do PCC

Ricardo Nunes (MDB), candidato a prefeito de SP

Ricardo Nunes escolheu Marçal, o chamando de “Pablito”, e perguntou como o adversário lidaria com segurança pública se pessoas do partido dele, o PRTB, são apontadas como tendo ligação com o PCC. “Você é tchuchuca do PCC”, afirmou o prefeito.

Bananinha está desesperado que a campanha dele desintegrou

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

“Bananinha está desesperado que a campanha dele desintegrou. Como é ter o Bolsonaro de amante? Nenhum bolsonarista mais consegue te apoiar”, respondeu Marçal. “Dá um jeito de ganhar, porque se eu ganhar você estará na cadeia ano que vem por causa dos seus desvios”, continuou, citando a investigação que apura suposto envolvimento do prefeito na Máfia das Creches.

Se eu soubesse o vagabundo, ladrão, sem vergonha, estelionatário de internet que você é, não teria atendido nenhuma ligação sua

José Luiz Datena (PSDB), candidato a prefeito de SP

Após um bate-boca no final do terceiro bloco, o apresentador José Luiz Datena deixou o púlpito onde estava – o que não era permitido pela regras – e se aproximou de Pablo Marçal para encará-lo. Ambos tiveram um duro enfrentamento momentos antes, quando o apresentador disse que o influenciador ligou para ele um dia antes do debate da Band para combinar o jogo. Segundo Datena, Marçal teria pedido para ele focar ataques em Nunes, enquanto o ex-coach atacaria Boulos.

“Se eu soubesse o vagabundo, ladrão, sem vergonha, estelionatário de internet que você é, não teria atendido nenhuma ligação sua”, disse Datena. “Está desequilibrado. Quer ser prefeito ou ditador?”, disse Marçal enquanto o tucano chegava mais perto. A apresentadora do debate cancelou direitos de resposta que haviam sido concedidos anteriormente e foi obrigada a encerrar o bloco diante do episódio.

Quase fui agredido pelo combatente do crime de TP

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em suas considerações finais, Marçal se dirigiu a Datena como “combatente do crime de TP”, em referência ao teleprompter, equipamento acoplado às câmaras de vídeo que exibe o texto a ser lido por apresentadores de televisão.

“Quase fui agredido pelo combatente do crime de TP, diretamente da TV ele combate o crime organizado. Datena vai desistir a qualquer momento. Todos eles despencaram nas pesquisas. A melhor pesquisa é o povo. Vamos puni-los no primeiro turno e vamos encerrar essa eleição”, disse.

O debate da TV Gazeta e do canal MyNews na eleição para prefeito de São Paulo neste domingo, 1º, foi marcado pela troca de ataques e invenção de apelidos pejorativos para se referir aos adversários, enquanto propostas para a capital quase não tiveram espaço. A mediadora precisou intervir, em diversas ocasiões, para tentar garantir o mínimo de civilidade e a continuidade do encontro.

Pablo Marçal (PRTB) esteve envolvido na maioria dos embates com ofensas, sendo o mais tenso com José Luiz Datena (PSDB), mas Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) também tiveram momentos em que esqueceram a discussão sobre a cidade e partiram para o enfrentamento entre si.

Tabata Amaral (PSB) criticou a gestão de Nunes para apresentar propostas e anunciou uma nova representação contra Marçal na Justiça Eleitoral. A candidata afirmou ter reunido indícios de que ele voltou a praticar abuso de poder econômico para ganhar seguidores em seus perfis reservas nas redes sociais após as contas principais terem sido suspensas.

Datena parte para cima de Marçal durante debate entre os candidatos na TV Gazeta Foto: Reprodução/MyNews

No total, foram 21 pedidos de direito de resposta, sendo oito concedidos pela organização do debate. Quem mais fez pedidos para responder a ofensas foi Boulos, foram sete – dois acatados. Marçal e Nunes fizeram a solicitação cinco vezes, cada, sendo atendidos duas e três vezes, respectivamente. Datena pediu direito de resposta quatro vezes, e teve um concedido a ele.

Veja os principais apelidos usados pelos candidatos no debate

Minha pergunta vai para o ‘Boules’

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em diversos momentos do debate, Marçal se referiu a Boulos como “Boules”. O candidato do PRTB lembrou o episódio em que o Hino Nacional foi cantado em linguagem neutra em um comício de Boulos na semana passada. No evento de campanha, a intérprete cantou “verás que es filhes teus não fogem à luta”, em vez de “os filhos”, conforme a versão original.

No debate, o candidato do PSOL respondeu: “Marçal, você é um bandido condenado. Não converso com criminoso, por isso não vou falar com você.”

Vou responder para o ladrãozinho de creche. A única coisa que vamos invadir é o coração do povo de São Paulo

Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de SP

No terceiro bloco do debate, Nunes e Boulos se enfrentaram a respeito do tema mobilidade, previamente sorteado. Boulos foi chamado de “invasor” pelo atual prefeito e pediu direito de resposta, que foi concedido ao psolista. A apresentadora pediu para que os candidatos se dirigissem aos adversários pelo nome. Em seguida, Boulos disse que responderia para “o ladrãozinho de creche” que a única coisa que ele invadiria seria “o coração do povo de São Paulo”.

“A Prefeitura está pagando mais para empresa de ônibus e está tendo menos frota na rua. Nós estamos pagando mais e tendo menos. Esse é o jeito Ricardo Nunes de governar”, provocou Boulos.

Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter

Ricardo Nunes (MDB), candidato a prefeito de SP

No direito de resposta, o prefeito disse que nunca foi indiciado ou condenado em sua vida. Antes, ele havia subido o tom contra o adversário do PSOL. “Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter. Invadiu a [área onde hoje fica a ocupação] Nova Palestina em 2013. Hoje tem lá 80 barracos de plástico azul e preto e você enganou aquelas pessoas humildes. Enquanto você invade, eu entrego casas”, respondeu o prefeito.

Na tréplica, Boulos afirmou que o ex-prefeito Bruno Covas, já falecido, havia editado decreto para desapropriar a área da ocupação, mas que Nunes “traiu” o aliado ao reverter a ação. “Você traiu o Bruno Covas várias outras vezes, como ao se aliar com o Bolsonaro”, disse. Bolsonaro criticou Covas pelo ex-prefeito ter ido à final da Libertadores em 2021 no Rio de Janeiro. “O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã”, disse o presidente meses após a morte do tucano.

É um prazer ouvir vocês, o consórcio comunista do Brasil, me chamarem de bandido

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em um prenúncio do que ocorreria mais adiante, o segundo bloco foi aberto por um enfrentamento entre Marçal e Datena. O influenciador disse ser alvo de um “consórcio comunista desesperado” integrado pelos demais candidatos e insinuou que o apresentador de TV vendeu suas quatro desistências em eleições anteriores.

Datena respondeu fora do microfone, mas não foi possível ouvir o que ele falou. “Ele disse ‘é o seu orifício rugoso lombar’, na linguagem dele”, declarou Marçal, que estava com a palavra e o microfone aberto. Durante as considerações finais, Marçal voltou a se dirigir aos adversários como “consórcio comunista”, afirmando que a soma do número dos candidatos daria seu número de urna, “o número que você vai digitar para punir esse consórcio comunista que está aí”, disse Marçal.

Você fugiu da polícia. Você é bandido

José Luiz Datena (PSDB), candidato a prefeito de SP

Na sua vez, o candidato do PSDB chamou o adversário de “bandido”, disse que ele fugiu da polícia e anda de “braços dados com o PCC”. “Você é uma ameaça à democracia quando faz dos debates aqui, nós atores passivos, um filminho de horrores que você tem na internet.” Enquanto os adversários respondiam às questões, Marçal aproveitava quando a tela dividida transmitia sua imagem para fazer gestos com as mãos, como a letra “M”.

Pablito, você foi condenado e preso por integrar uma quadrilha que entrava na conta das pessoas e subtraía recursos dos mais humildes e aposentados. Você é tchutchuca do PCC

Ricardo Nunes (MDB), candidato a prefeito de SP

Ricardo Nunes escolheu Marçal, o chamando de “Pablito”, e perguntou como o adversário lidaria com segurança pública se pessoas do partido dele, o PRTB, são apontadas como tendo ligação com o PCC. “Você é tchuchuca do PCC”, afirmou o prefeito.

Bananinha está desesperado que a campanha dele desintegrou

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

“Bananinha está desesperado que a campanha dele desintegrou. Como é ter o Bolsonaro de amante? Nenhum bolsonarista mais consegue te apoiar”, respondeu Marçal. “Dá um jeito de ganhar, porque se eu ganhar você estará na cadeia ano que vem por causa dos seus desvios”, continuou, citando a investigação que apura suposto envolvimento do prefeito na Máfia das Creches.

Se eu soubesse o vagabundo, ladrão, sem vergonha, estelionatário de internet que você é, não teria atendido nenhuma ligação sua

José Luiz Datena (PSDB), candidato a prefeito de SP

Após um bate-boca no final do terceiro bloco, o apresentador José Luiz Datena deixou o púlpito onde estava – o que não era permitido pela regras – e se aproximou de Pablo Marçal para encará-lo. Ambos tiveram um duro enfrentamento momentos antes, quando o apresentador disse que o influenciador ligou para ele um dia antes do debate da Band para combinar o jogo. Segundo Datena, Marçal teria pedido para ele focar ataques em Nunes, enquanto o ex-coach atacaria Boulos.

“Se eu soubesse o vagabundo, ladrão, sem vergonha, estelionatário de internet que você é, não teria atendido nenhuma ligação sua”, disse Datena. “Está desequilibrado. Quer ser prefeito ou ditador?”, disse Marçal enquanto o tucano chegava mais perto. A apresentadora do debate cancelou direitos de resposta que haviam sido concedidos anteriormente e foi obrigada a encerrar o bloco diante do episódio.

Quase fui agredido pelo combatente do crime de TP

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em suas considerações finais, Marçal se dirigiu a Datena como “combatente do crime de TP”, em referência ao teleprompter, equipamento acoplado às câmaras de vídeo que exibe o texto a ser lido por apresentadores de televisão.

“Quase fui agredido pelo combatente do crime de TP, diretamente da TV ele combate o crime organizado. Datena vai desistir a qualquer momento. Todos eles despencaram nas pesquisas. A melhor pesquisa é o povo. Vamos puni-los no primeiro turno e vamos encerrar essa eleição”, disse.

O debate da TV Gazeta e do canal MyNews na eleição para prefeito de São Paulo neste domingo, 1º, foi marcado pela troca de ataques e invenção de apelidos pejorativos para se referir aos adversários, enquanto propostas para a capital quase não tiveram espaço. A mediadora precisou intervir, em diversas ocasiões, para tentar garantir o mínimo de civilidade e a continuidade do encontro.

Pablo Marçal (PRTB) esteve envolvido na maioria dos embates com ofensas, sendo o mais tenso com José Luiz Datena (PSDB), mas Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) também tiveram momentos em que esqueceram a discussão sobre a cidade e partiram para o enfrentamento entre si.

Tabata Amaral (PSB) criticou a gestão de Nunes para apresentar propostas e anunciou uma nova representação contra Marçal na Justiça Eleitoral. A candidata afirmou ter reunido indícios de que ele voltou a praticar abuso de poder econômico para ganhar seguidores em seus perfis reservas nas redes sociais após as contas principais terem sido suspensas.

Datena parte para cima de Marçal durante debate entre os candidatos na TV Gazeta Foto: Reprodução/MyNews

No total, foram 21 pedidos de direito de resposta, sendo oito concedidos pela organização do debate. Quem mais fez pedidos para responder a ofensas foi Boulos, foram sete – dois acatados. Marçal e Nunes fizeram a solicitação cinco vezes, cada, sendo atendidos duas e três vezes, respectivamente. Datena pediu direito de resposta quatro vezes, e teve um concedido a ele.

Veja os principais apelidos usados pelos candidatos no debate

Minha pergunta vai para o ‘Boules’

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em diversos momentos do debate, Marçal se referiu a Boulos como “Boules”. O candidato do PRTB lembrou o episódio em que o Hino Nacional foi cantado em linguagem neutra em um comício de Boulos na semana passada. No evento de campanha, a intérprete cantou “verás que es filhes teus não fogem à luta”, em vez de “os filhos”, conforme a versão original.

No debate, o candidato do PSOL respondeu: “Marçal, você é um bandido condenado. Não converso com criminoso, por isso não vou falar com você.”

Vou responder para o ladrãozinho de creche. A única coisa que vamos invadir é o coração do povo de São Paulo

Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de SP

No terceiro bloco do debate, Nunes e Boulos se enfrentaram a respeito do tema mobilidade, previamente sorteado. Boulos foi chamado de “invasor” pelo atual prefeito e pediu direito de resposta, que foi concedido ao psolista. A apresentadora pediu para que os candidatos se dirigissem aos adversários pelo nome. Em seguida, Boulos disse que responderia para “o ladrãozinho de creche” que a única coisa que ele invadiria seria “o coração do povo de São Paulo”.

“A Prefeitura está pagando mais para empresa de ônibus e está tendo menos frota na rua. Nós estamos pagando mais e tendo menos. Esse é o jeito Ricardo Nunes de governar”, provocou Boulos.

Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter

Ricardo Nunes (MDB), candidato a prefeito de SP

No direito de resposta, o prefeito disse que nunca foi indiciado ou condenado em sua vida. Antes, ele havia subido o tom contra o adversário do PSOL. “Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter. Invadiu a [área onde hoje fica a ocupação] Nova Palestina em 2013. Hoje tem lá 80 barracos de plástico azul e preto e você enganou aquelas pessoas humildes. Enquanto você invade, eu entrego casas”, respondeu o prefeito.

Na tréplica, Boulos afirmou que o ex-prefeito Bruno Covas, já falecido, havia editado decreto para desapropriar a área da ocupação, mas que Nunes “traiu” o aliado ao reverter a ação. “Você traiu o Bruno Covas várias outras vezes, como ao se aliar com o Bolsonaro”, disse. Bolsonaro criticou Covas pelo ex-prefeito ter ido à final da Libertadores em 2021 no Rio de Janeiro. “O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã”, disse o presidente meses após a morte do tucano.

É um prazer ouvir vocês, o consórcio comunista do Brasil, me chamarem de bandido

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em um prenúncio do que ocorreria mais adiante, o segundo bloco foi aberto por um enfrentamento entre Marçal e Datena. O influenciador disse ser alvo de um “consórcio comunista desesperado” integrado pelos demais candidatos e insinuou que o apresentador de TV vendeu suas quatro desistências em eleições anteriores.

Datena respondeu fora do microfone, mas não foi possível ouvir o que ele falou. “Ele disse ‘é o seu orifício rugoso lombar’, na linguagem dele”, declarou Marçal, que estava com a palavra e o microfone aberto. Durante as considerações finais, Marçal voltou a se dirigir aos adversários como “consórcio comunista”, afirmando que a soma do número dos candidatos daria seu número de urna, “o número que você vai digitar para punir esse consórcio comunista que está aí”, disse Marçal.

Você fugiu da polícia. Você é bandido

José Luiz Datena (PSDB), candidato a prefeito de SP

Na sua vez, o candidato do PSDB chamou o adversário de “bandido”, disse que ele fugiu da polícia e anda de “braços dados com o PCC”. “Você é uma ameaça à democracia quando faz dos debates aqui, nós atores passivos, um filminho de horrores que você tem na internet.” Enquanto os adversários respondiam às questões, Marçal aproveitava quando a tela dividida transmitia sua imagem para fazer gestos com as mãos, como a letra “M”.

Pablito, você foi condenado e preso por integrar uma quadrilha que entrava na conta das pessoas e subtraía recursos dos mais humildes e aposentados. Você é tchutchuca do PCC

Ricardo Nunes (MDB), candidato a prefeito de SP

Ricardo Nunes escolheu Marçal, o chamando de “Pablito”, e perguntou como o adversário lidaria com segurança pública se pessoas do partido dele, o PRTB, são apontadas como tendo ligação com o PCC. “Você é tchuchuca do PCC”, afirmou o prefeito.

Bananinha está desesperado que a campanha dele desintegrou

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

“Bananinha está desesperado que a campanha dele desintegrou. Como é ter o Bolsonaro de amante? Nenhum bolsonarista mais consegue te apoiar”, respondeu Marçal. “Dá um jeito de ganhar, porque se eu ganhar você estará na cadeia ano que vem por causa dos seus desvios”, continuou, citando a investigação que apura suposto envolvimento do prefeito na Máfia das Creches.

Se eu soubesse o vagabundo, ladrão, sem vergonha, estelionatário de internet que você é, não teria atendido nenhuma ligação sua

José Luiz Datena (PSDB), candidato a prefeito de SP

Após um bate-boca no final do terceiro bloco, o apresentador José Luiz Datena deixou o púlpito onde estava – o que não era permitido pela regras – e se aproximou de Pablo Marçal para encará-lo. Ambos tiveram um duro enfrentamento momentos antes, quando o apresentador disse que o influenciador ligou para ele um dia antes do debate da Band para combinar o jogo. Segundo Datena, Marçal teria pedido para ele focar ataques em Nunes, enquanto o ex-coach atacaria Boulos.

“Se eu soubesse o vagabundo, ladrão, sem vergonha, estelionatário de internet que você é, não teria atendido nenhuma ligação sua”, disse Datena. “Está desequilibrado. Quer ser prefeito ou ditador?”, disse Marçal enquanto o tucano chegava mais perto. A apresentadora do debate cancelou direitos de resposta que haviam sido concedidos anteriormente e foi obrigada a encerrar o bloco diante do episódio.

Quase fui agredido pelo combatente do crime de TP

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em suas considerações finais, Marçal se dirigiu a Datena como “combatente do crime de TP”, em referência ao teleprompter, equipamento acoplado às câmaras de vídeo que exibe o texto a ser lido por apresentadores de televisão.

“Quase fui agredido pelo combatente do crime de TP, diretamente da TV ele combate o crime organizado. Datena vai desistir a qualquer momento. Todos eles despencaram nas pesquisas. A melhor pesquisa é o povo. Vamos puni-los no primeiro turno e vamos encerrar essa eleição”, disse.

O debate da TV Gazeta e do canal MyNews na eleição para prefeito de São Paulo neste domingo, 1º, foi marcado pela troca de ataques e invenção de apelidos pejorativos para se referir aos adversários, enquanto propostas para a capital quase não tiveram espaço. A mediadora precisou intervir, em diversas ocasiões, para tentar garantir o mínimo de civilidade e a continuidade do encontro.

Pablo Marçal (PRTB) esteve envolvido na maioria dos embates com ofensas, sendo o mais tenso com José Luiz Datena (PSDB), mas Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) também tiveram momentos em que esqueceram a discussão sobre a cidade e partiram para o enfrentamento entre si.

Tabata Amaral (PSB) criticou a gestão de Nunes para apresentar propostas e anunciou uma nova representação contra Marçal na Justiça Eleitoral. A candidata afirmou ter reunido indícios de que ele voltou a praticar abuso de poder econômico para ganhar seguidores em seus perfis reservas nas redes sociais após as contas principais terem sido suspensas.

Datena parte para cima de Marçal durante debate entre os candidatos na TV Gazeta Foto: Reprodução/MyNews

No total, foram 21 pedidos de direito de resposta, sendo oito concedidos pela organização do debate. Quem mais fez pedidos para responder a ofensas foi Boulos, foram sete – dois acatados. Marçal e Nunes fizeram a solicitação cinco vezes, cada, sendo atendidos duas e três vezes, respectivamente. Datena pediu direito de resposta quatro vezes, e teve um concedido a ele.

Veja os principais apelidos usados pelos candidatos no debate

Minha pergunta vai para o ‘Boules’

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em diversos momentos do debate, Marçal se referiu a Boulos como “Boules”. O candidato do PRTB lembrou o episódio em que o Hino Nacional foi cantado em linguagem neutra em um comício de Boulos na semana passada. No evento de campanha, a intérprete cantou “verás que es filhes teus não fogem à luta”, em vez de “os filhos”, conforme a versão original.

No debate, o candidato do PSOL respondeu: “Marçal, você é um bandido condenado. Não converso com criminoso, por isso não vou falar com você.”

Vou responder para o ladrãozinho de creche. A única coisa que vamos invadir é o coração do povo de São Paulo

Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de SP

No terceiro bloco do debate, Nunes e Boulos se enfrentaram a respeito do tema mobilidade, previamente sorteado. Boulos foi chamado de “invasor” pelo atual prefeito e pediu direito de resposta, que foi concedido ao psolista. A apresentadora pediu para que os candidatos se dirigissem aos adversários pelo nome. Em seguida, Boulos disse que responderia para “o ladrãozinho de creche” que a única coisa que ele invadiria seria “o coração do povo de São Paulo”.

“A Prefeitura está pagando mais para empresa de ônibus e está tendo menos frota na rua. Nós estamos pagando mais e tendo menos. Esse é o jeito Ricardo Nunes de governar”, provocou Boulos.

Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter

Ricardo Nunes (MDB), candidato a prefeito de SP

No direito de resposta, o prefeito disse que nunca foi indiciado ou condenado em sua vida. Antes, ele havia subido o tom contra o adversário do PSOL. “Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter. Invadiu a [área onde hoje fica a ocupação] Nova Palestina em 2013. Hoje tem lá 80 barracos de plástico azul e preto e você enganou aquelas pessoas humildes. Enquanto você invade, eu entrego casas”, respondeu o prefeito.

Na tréplica, Boulos afirmou que o ex-prefeito Bruno Covas, já falecido, havia editado decreto para desapropriar a área da ocupação, mas que Nunes “traiu” o aliado ao reverter a ação. “Você traiu o Bruno Covas várias outras vezes, como ao se aliar com o Bolsonaro”, disse. Bolsonaro criticou Covas pelo ex-prefeito ter ido à final da Libertadores em 2021 no Rio de Janeiro. “O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã”, disse o presidente meses após a morte do tucano.

É um prazer ouvir vocês, o consórcio comunista do Brasil, me chamarem de bandido

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em um prenúncio do que ocorreria mais adiante, o segundo bloco foi aberto por um enfrentamento entre Marçal e Datena. O influenciador disse ser alvo de um “consórcio comunista desesperado” integrado pelos demais candidatos e insinuou que o apresentador de TV vendeu suas quatro desistências em eleições anteriores.

Datena respondeu fora do microfone, mas não foi possível ouvir o que ele falou. “Ele disse ‘é o seu orifício rugoso lombar’, na linguagem dele”, declarou Marçal, que estava com a palavra e o microfone aberto. Durante as considerações finais, Marçal voltou a se dirigir aos adversários como “consórcio comunista”, afirmando que a soma do número dos candidatos daria seu número de urna, “o número que você vai digitar para punir esse consórcio comunista que está aí”, disse Marçal.

Você fugiu da polícia. Você é bandido

José Luiz Datena (PSDB), candidato a prefeito de SP

Na sua vez, o candidato do PSDB chamou o adversário de “bandido”, disse que ele fugiu da polícia e anda de “braços dados com o PCC”. “Você é uma ameaça à democracia quando faz dos debates aqui, nós atores passivos, um filminho de horrores que você tem na internet.” Enquanto os adversários respondiam às questões, Marçal aproveitava quando a tela dividida transmitia sua imagem para fazer gestos com as mãos, como a letra “M”.

Pablito, você foi condenado e preso por integrar uma quadrilha que entrava na conta das pessoas e subtraía recursos dos mais humildes e aposentados. Você é tchutchuca do PCC

Ricardo Nunes (MDB), candidato a prefeito de SP

Ricardo Nunes escolheu Marçal, o chamando de “Pablito”, e perguntou como o adversário lidaria com segurança pública se pessoas do partido dele, o PRTB, são apontadas como tendo ligação com o PCC. “Você é tchuchuca do PCC”, afirmou o prefeito.

Bananinha está desesperado que a campanha dele desintegrou

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

“Bananinha está desesperado que a campanha dele desintegrou. Como é ter o Bolsonaro de amante? Nenhum bolsonarista mais consegue te apoiar”, respondeu Marçal. “Dá um jeito de ganhar, porque se eu ganhar você estará na cadeia ano que vem por causa dos seus desvios”, continuou, citando a investigação que apura suposto envolvimento do prefeito na Máfia das Creches.

Se eu soubesse o vagabundo, ladrão, sem vergonha, estelionatário de internet que você é, não teria atendido nenhuma ligação sua

José Luiz Datena (PSDB), candidato a prefeito de SP

Após um bate-boca no final do terceiro bloco, o apresentador José Luiz Datena deixou o púlpito onde estava – o que não era permitido pela regras – e se aproximou de Pablo Marçal para encará-lo. Ambos tiveram um duro enfrentamento momentos antes, quando o apresentador disse que o influenciador ligou para ele um dia antes do debate da Band para combinar o jogo. Segundo Datena, Marçal teria pedido para ele focar ataques em Nunes, enquanto o ex-coach atacaria Boulos.

“Se eu soubesse o vagabundo, ladrão, sem vergonha, estelionatário de internet que você é, não teria atendido nenhuma ligação sua”, disse Datena. “Está desequilibrado. Quer ser prefeito ou ditador?”, disse Marçal enquanto o tucano chegava mais perto. A apresentadora do debate cancelou direitos de resposta que haviam sido concedidos anteriormente e foi obrigada a encerrar o bloco diante do episódio.

Quase fui agredido pelo combatente do crime de TP

Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de SP

Em suas considerações finais, Marçal se dirigiu a Datena como “combatente do crime de TP”, em referência ao teleprompter, equipamento acoplado às câmaras de vídeo que exibe o texto a ser lido por apresentadores de televisão.

“Quase fui agredido pelo combatente do crime de TP, diretamente da TV ele combate o crime organizado. Datena vai desistir a qualquer momento. Todos eles despencaram nas pesquisas. A melhor pesquisa é o povo. Vamos puni-los no primeiro turno e vamos encerrar essa eleição”, disse.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.