Após viver na clandestinidade, Cabo Anselmo é enterrado com nome falso


Agente duplo na ditadura morreu aos 80 anos, em Jundiaí; ex-militar delatou militantes de esquerda, entre eles sua ex-companheira grávida

Por Marcelo Godoy

Depois de uma vida na clandestinidade, José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, foi enterrado nesta quarta-feira, 16, com o nome falso de Alexandre da Silva Montenegro. Foi com esse nome que o maior traidor da história da esquerda durante o regime militar foi sepultado no cemitério Nossa Senhora de Montenegro, em Jundiaí, no interior paulista. 

Em março de 1964, Anselmo integrava a associação de marinheiros no Rio quando liderou uma greve dos militares, que acabou servindo de estopim para o golpe militar que depôs o presidente João Goulart. A quebra da hierarquia na Marinha, representada pelo movimento dos marinheiros, ajudou a galvanizar a oficialidade das três Forças contra o presidente. Cassado e preso, o marinheiro fugiu da prisão e foi a Cuba, onde treinou guerrilha. 

De volta ao Brasil, foi preso pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury. Fazia então parte da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), um grupo esquerdista que pegou em armas contra a ditadura. Anselmo topou um acordo com Fleury. Aceitou delatar seus colegas em troca de proteção. O marinheiro foi responsável direto pelo desbaratamento da VPR e de parte da VAR-Palmares, além de provocar prisões de militantes em outras organizações clandestinas. 

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Em 2019, Anselmo foi homenageado por deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Foto: JF Diorio/AE

Entre os delatados por Anselmo estava a guerrilheira Soledad Barret Viedma, que foi executada pelos policiais de Fleury enquanto estava grávida de Anselmo, no episódio conhecido como massacre da Chácara São Bento, quando seis integrantes da VPR foram mortos em Pernambuco, em 1973. Anselmo se tornou protegido de Fleury e de outros ex-agentes o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), como o delegado Carlos Alberto Augusto, o Carteira Preta, único agente da ditadura até hoje condenado criminalmente pela Justiça em razão de crimes no período.

Em 2019, foi homenageado por deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O ex-marinheiro permaneceu próximo a ambientes e personagens da extrema-direita, como o escritor Olavo de Carvalho. Ele teria tido um mal súbito. Levado a um hospital em Jundiaí, morreu na terça-feira.

Depois de uma vida na clandestinidade, José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, foi enterrado nesta quarta-feira, 16, com o nome falso de Alexandre da Silva Montenegro. Foi com esse nome que o maior traidor da história da esquerda durante o regime militar foi sepultado no cemitério Nossa Senhora de Montenegro, em Jundiaí, no interior paulista. 

Em março de 1964, Anselmo integrava a associação de marinheiros no Rio quando liderou uma greve dos militares, que acabou servindo de estopim para o golpe militar que depôs o presidente João Goulart. A quebra da hierarquia na Marinha, representada pelo movimento dos marinheiros, ajudou a galvanizar a oficialidade das três Forças contra o presidente. Cassado e preso, o marinheiro fugiu da prisão e foi a Cuba, onde treinou guerrilha. 

De volta ao Brasil, foi preso pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury. Fazia então parte da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), um grupo esquerdista que pegou em armas contra a ditadura. Anselmo topou um acordo com Fleury. Aceitou delatar seus colegas em troca de proteção. O marinheiro foi responsável direto pelo desbaratamento da VPR e de parte da VAR-Palmares, além de provocar prisões de militantes em outras organizações clandestinas. 

Em 2019, Anselmo foi homenageado por deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Foto: JF Diorio/AE

Entre os delatados por Anselmo estava a guerrilheira Soledad Barret Viedma, que foi executada pelos policiais de Fleury enquanto estava grávida de Anselmo, no episódio conhecido como massacre da Chácara São Bento, quando seis integrantes da VPR foram mortos em Pernambuco, em 1973. Anselmo se tornou protegido de Fleury e de outros ex-agentes o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), como o delegado Carlos Alberto Augusto, o Carteira Preta, único agente da ditadura até hoje condenado criminalmente pela Justiça em razão de crimes no período.

Em 2019, foi homenageado por deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O ex-marinheiro permaneceu próximo a ambientes e personagens da extrema-direita, como o escritor Olavo de Carvalho. Ele teria tido um mal súbito. Levado a um hospital em Jundiaí, morreu na terça-feira.

Depois de uma vida na clandestinidade, José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, foi enterrado nesta quarta-feira, 16, com o nome falso de Alexandre da Silva Montenegro. Foi com esse nome que o maior traidor da história da esquerda durante o regime militar foi sepultado no cemitério Nossa Senhora de Montenegro, em Jundiaí, no interior paulista. 

Em março de 1964, Anselmo integrava a associação de marinheiros no Rio quando liderou uma greve dos militares, que acabou servindo de estopim para o golpe militar que depôs o presidente João Goulart. A quebra da hierarquia na Marinha, representada pelo movimento dos marinheiros, ajudou a galvanizar a oficialidade das três Forças contra o presidente. Cassado e preso, o marinheiro fugiu da prisão e foi a Cuba, onde treinou guerrilha. 

De volta ao Brasil, foi preso pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury. Fazia então parte da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), um grupo esquerdista que pegou em armas contra a ditadura. Anselmo topou um acordo com Fleury. Aceitou delatar seus colegas em troca de proteção. O marinheiro foi responsável direto pelo desbaratamento da VPR e de parte da VAR-Palmares, além de provocar prisões de militantes em outras organizações clandestinas. 

Em 2019, Anselmo foi homenageado por deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Foto: JF Diorio/AE

Entre os delatados por Anselmo estava a guerrilheira Soledad Barret Viedma, que foi executada pelos policiais de Fleury enquanto estava grávida de Anselmo, no episódio conhecido como massacre da Chácara São Bento, quando seis integrantes da VPR foram mortos em Pernambuco, em 1973. Anselmo se tornou protegido de Fleury e de outros ex-agentes o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), como o delegado Carlos Alberto Augusto, o Carteira Preta, único agente da ditadura até hoje condenado criminalmente pela Justiça em razão de crimes no período.

Em 2019, foi homenageado por deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O ex-marinheiro permaneceu próximo a ambientes e personagens da extrema-direita, como o escritor Olavo de Carvalho. Ele teria tido um mal súbito. Levado a um hospital em Jundiaí, morreu na terça-feira.

Depois de uma vida na clandestinidade, José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, foi enterrado nesta quarta-feira, 16, com o nome falso de Alexandre da Silva Montenegro. Foi com esse nome que o maior traidor da história da esquerda durante o regime militar foi sepultado no cemitério Nossa Senhora de Montenegro, em Jundiaí, no interior paulista. 

Em março de 1964, Anselmo integrava a associação de marinheiros no Rio quando liderou uma greve dos militares, que acabou servindo de estopim para o golpe militar que depôs o presidente João Goulart. A quebra da hierarquia na Marinha, representada pelo movimento dos marinheiros, ajudou a galvanizar a oficialidade das três Forças contra o presidente. Cassado e preso, o marinheiro fugiu da prisão e foi a Cuba, onde treinou guerrilha. 

De volta ao Brasil, foi preso pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury. Fazia então parte da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), um grupo esquerdista que pegou em armas contra a ditadura. Anselmo topou um acordo com Fleury. Aceitou delatar seus colegas em troca de proteção. O marinheiro foi responsável direto pelo desbaratamento da VPR e de parte da VAR-Palmares, além de provocar prisões de militantes em outras organizações clandestinas. 

Em 2019, Anselmo foi homenageado por deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Foto: JF Diorio/AE

Entre os delatados por Anselmo estava a guerrilheira Soledad Barret Viedma, que foi executada pelos policiais de Fleury enquanto estava grávida de Anselmo, no episódio conhecido como massacre da Chácara São Bento, quando seis integrantes da VPR foram mortos em Pernambuco, em 1973. Anselmo se tornou protegido de Fleury e de outros ex-agentes o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), como o delegado Carlos Alberto Augusto, o Carteira Preta, único agente da ditadura até hoje condenado criminalmente pela Justiça em razão de crimes no período.

Em 2019, foi homenageado por deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O ex-marinheiro permaneceu próximo a ambientes e personagens da extrema-direita, como o escritor Olavo de Carvalho. Ele teria tido um mal súbito. Levado a um hospital em Jundiaí, morreu na terça-feira.

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