Área técnica do TCU vê ‘nepotismo cruzado’ em nomeação de filha de ministro de Lula


Filha do ministro Wellington Dias ganhou cargo comissionado em gabinete de deputado petista, cujo filho foi nomeado três meses depois no Senado; auditores recomendam que diretora do Senado preste depoimento

Por Tácio Lorran

BRASÍLIA - A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou como “nepotismo cruzado” as nomeaçãos envolvendo os filhos do ministro Wellington Dias (PT) e do deputado distrital Chico Vigilante (PT). Conforme revelou o Estadão, Iasmin Dias Helou, filha de Dias, foi nomeada em 24 de janeiro no gabinete do parlamentar. Três meses depois, um dos filhos de Vigilante, Flávio Morais dos Santos, ganhou um cargo no gabinete da suplente do ministro de Lula no Senado. Os dois petistas têm uma relação próxima de amizade.

“A configuração do nepotismo cruzado não decorre diretamente de existir relação de parentesco entre a pessoa designada e agente político ou servidor público ocupante de cargo em comissão ou função comissionada, mas sim da presunção de que tal escolha para ocupar o cargo comissionado deu-se pelo fato de que uma relação de parentesco tenha potencial para interferir no processo de seleção”, avaliou a unidade de Auditoria Especializada em Pessoal (AudPessoal) do TCU, em documento obtido pelo Estadão. A representação ao TCU foi feita pelo subprocurador Lucas Furtado, que também pediu investigações da Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

Deputado distrital Chico Vigilante (PT) em audiência com o ministro Wellington Dias (PT) Foto: Divulgação/ Chico Vigilante
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“Entende-se assim que a destacada condição pública do senador afastado Wellington Dias, então Ministro de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, possa, a partir das relações de poder, exercer influência – ainda que implícita-, para a manutenção de Flávio Morais dos Santos no Gabinete da Senadora Jussara Lima, suplente de Wellington Dias”, acrescentou.

A área técnica do TCU calcula ainda um potencial de R$ 632,3 mil em potencias danos aos cofres públicos em razão da possibilidade de Flávio dos Santos ser um funcionário fantasma no Senado. Ele tem um salário de R$ 6.080,09. Antes de publicar a reportagem, o Estadão foi ao gabinete da senadora Jussara Lima atrás do funcionário, mas seus colegas disseram desconhecê-lo. A unidade de auditoria, no entanto, entende ser necessário aprofundar as investigações e pediu para a diretoria-Geral do Senado ser ouvida. Caberá ao ministro Antonio Anastasia decidir sobre o caso.

Iasmin é formada em arquitetura e urbanismo desde 2018. Depois disso, fez um curso de branding na Escola de Negócios da Moda e abriu uma marca de skincare e beleza, a Mooi Natural Beauty. Seu empregador, o deputado Vigilante disse que ela atua na área de comunicação do gabinete, gerenciando as redes sociais do parlamentar. Ela ganha R$ 8.767,12 por mês.

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“É louvável que a filha de um governador, eleito por quatro mandatos no estado do Piauí, desempenhando o papel público por 16 anos, se disponibilize para o trabalho e o faça com o empenho demonstrado desde que lhe foi confiado este encargo. A permanência da servidora em meu gabinete é motivo de orgulho, por sua dedicação constante e inequívoca eficiência”, argumentou Vigilante em nota à reportagem, ao negar a existência de nepotismo cruzado.

BRASÍLIA - A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou como “nepotismo cruzado” as nomeaçãos envolvendo os filhos do ministro Wellington Dias (PT) e do deputado distrital Chico Vigilante (PT). Conforme revelou o Estadão, Iasmin Dias Helou, filha de Dias, foi nomeada em 24 de janeiro no gabinete do parlamentar. Três meses depois, um dos filhos de Vigilante, Flávio Morais dos Santos, ganhou um cargo no gabinete da suplente do ministro de Lula no Senado. Os dois petistas têm uma relação próxima de amizade.

“A configuração do nepotismo cruzado não decorre diretamente de existir relação de parentesco entre a pessoa designada e agente político ou servidor público ocupante de cargo em comissão ou função comissionada, mas sim da presunção de que tal escolha para ocupar o cargo comissionado deu-se pelo fato de que uma relação de parentesco tenha potencial para interferir no processo de seleção”, avaliou a unidade de Auditoria Especializada em Pessoal (AudPessoal) do TCU, em documento obtido pelo Estadão. A representação ao TCU foi feita pelo subprocurador Lucas Furtado, que também pediu investigações da Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

Deputado distrital Chico Vigilante (PT) em audiência com o ministro Wellington Dias (PT) Foto: Divulgação/ Chico Vigilante

“Entende-se assim que a destacada condição pública do senador afastado Wellington Dias, então Ministro de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, possa, a partir das relações de poder, exercer influência – ainda que implícita-, para a manutenção de Flávio Morais dos Santos no Gabinete da Senadora Jussara Lima, suplente de Wellington Dias”, acrescentou.

A área técnica do TCU calcula ainda um potencial de R$ 632,3 mil em potencias danos aos cofres públicos em razão da possibilidade de Flávio dos Santos ser um funcionário fantasma no Senado. Ele tem um salário de R$ 6.080,09. Antes de publicar a reportagem, o Estadão foi ao gabinete da senadora Jussara Lima atrás do funcionário, mas seus colegas disseram desconhecê-lo. A unidade de auditoria, no entanto, entende ser necessário aprofundar as investigações e pediu para a diretoria-Geral do Senado ser ouvida. Caberá ao ministro Antonio Anastasia decidir sobre o caso.

Iasmin é formada em arquitetura e urbanismo desde 2018. Depois disso, fez um curso de branding na Escola de Negócios da Moda e abriu uma marca de skincare e beleza, a Mooi Natural Beauty. Seu empregador, o deputado Vigilante disse que ela atua na área de comunicação do gabinete, gerenciando as redes sociais do parlamentar. Ela ganha R$ 8.767,12 por mês.

“É louvável que a filha de um governador, eleito por quatro mandatos no estado do Piauí, desempenhando o papel público por 16 anos, se disponibilize para o trabalho e o faça com o empenho demonstrado desde que lhe foi confiado este encargo. A permanência da servidora em meu gabinete é motivo de orgulho, por sua dedicação constante e inequívoca eficiência”, argumentou Vigilante em nota à reportagem, ao negar a existência de nepotismo cruzado.

BRASÍLIA - A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou como “nepotismo cruzado” as nomeaçãos envolvendo os filhos do ministro Wellington Dias (PT) e do deputado distrital Chico Vigilante (PT). Conforme revelou o Estadão, Iasmin Dias Helou, filha de Dias, foi nomeada em 24 de janeiro no gabinete do parlamentar. Três meses depois, um dos filhos de Vigilante, Flávio Morais dos Santos, ganhou um cargo no gabinete da suplente do ministro de Lula no Senado. Os dois petistas têm uma relação próxima de amizade.

“A configuração do nepotismo cruzado não decorre diretamente de existir relação de parentesco entre a pessoa designada e agente político ou servidor público ocupante de cargo em comissão ou função comissionada, mas sim da presunção de que tal escolha para ocupar o cargo comissionado deu-se pelo fato de que uma relação de parentesco tenha potencial para interferir no processo de seleção”, avaliou a unidade de Auditoria Especializada em Pessoal (AudPessoal) do TCU, em documento obtido pelo Estadão. A representação ao TCU foi feita pelo subprocurador Lucas Furtado, que também pediu investigações da Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

Deputado distrital Chico Vigilante (PT) em audiência com o ministro Wellington Dias (PT) Foto: Divulgação/ Chico Vigilante

“Entende-se assim que a destacada condição pública do senador afastado Wellington Dias, então Ministro de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, possa, a partir das relações de poder, exercer influência – ainda que implícita-, para a manutenção de Flávio Morais dos Santos no Gabinete da Senadora Jussara Lima, suplente de Wellington Dias”, acrescentou.

A área técnica do TCU calcula ainda um potencial de R$ 632,3 mil em potencias danos aos cofres públicos em razão da possibilidade de Flávio dos Santos ser um funcionário fantasma no Senado. Ele tem um salário de R$ 6.080,09. Antes de publicar a reportagem, o Estadão foi ao gabinete da senadora Jussara Lima atrás do funcionário, mas seus colegas disseram desconhecê-lo. A unidade de auditoria, no entanto, entende ser necessário aprofundar as investigações e pediu para a diretoria-Geral do Senado ser ouvida. Caberá ao ministro Antonio Anastasia decidir sobre o caso.

Iasmin é formada em arquitetura e urbanismo desde 2018. Depois disso, fez um curso de branding na Escola de Negócios da Moda e abriu uma marca de skincare e beleza, a Mooi Natural Beauty. Seu empregador, o deputado Vigilante disse que ela atua na área de comunicação do gabinete, gerenciando as redes sociais do parlamentar. Ela ganha R$ 8.767,12 por mês.

“É louvável que a filha de um governador, eleito por quatro mandatos no estado do Piauí, desempenhando o papel público por 16 anos, se disponibilize para o trabalho e o faça com o empenho demonstrado desde que lhe foi confiado este encargo. A permanência da servidora em meu gabinete é motivo de orgulho, por sua dedicação constante e inequívoca eficiência”, argumentou Vigilante em nota à reportagem, ao negar a existência de nepotismo cruzado.

BRASÍLIA - A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou como “nepotismo cruzado” as nomeaçãos envolvendo os filhos do ministro Wellington Dias (PT) e do deputado distrital Chico Vigilante (PT). Conforme revelou o Estadão, Iasmin Dias Helou, filha de Dias, foi nomeada em 24 de janeiro no gabinete do parlamentar. Três meses depois, um dos filhos de Vigilante, Flávio Morais dos Santos, ganhou um cargo no gabinete da suplente do ministro de Lula no Senado. Os dois petistas têm uma relação próxima de amizade.

“A configuração do nepotismo cruzado não decorre diretamente de existir relação de parentesco entre a pessoa designada e agente político ou servidor público ocupante de cargo em comissão ou função comissionada, mas sim da presunção de que tal escolha para ocupar o cargo comissionado deu-se pelo fato de que uma relação de parentesco tenha potencial para interferir no processo de seleção”, avaliou a unidade de Auditoria Especializada em Pessoal (AudPessoal) do TCU, em documento obtido pelo Estadão. A representação ao TCU foi feita pelo subprocurador Lucas Furtado, que também pediu investigações da Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

Deputado distrital Chico Vigilante (PT) em audiência com o ministro Wellington Dias (PT) Foto: Divulgação/ Chico Vigilante

“Entende-se assim que a destacada condição pública do senador afastado Wellington Dias, então Ministro de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, possa, a partir das relações de poder, exercer influência – ainda que implícita-, para a manutenção de Flávio Morais dos Santos no Gabinete da Senadora Jussara Lima, suplente de Wellington Dias”, acrescentou.

A área técnica do TCU calcula ainda um potencial de R$ 632,3 mil em potencias danos aos cofres públicos em razão da possibilidade de Flávio dos Santos ser um funcionário fantasma no Senado. Ele tem um salário de R$ 6.080,09. Antes de publicar a reportagem, o Estadão foi ao gabinete da senadora Jussara Lima atrás do funcionário, mas seus colegas disseram desconhecê-lo. A unidade de auditoria, no entanto, entende ser necessário aprofundar as investigações e pediu para a diretoria-Geral do Senado ser ouvida. Caberá ao ministro Antonio Anastasia decidir sobre o caso.

Iasmin é formada em arquitetura e urbanismo desde 2018. Depois disso, fez um curso de branding na Escola de Negócios da Moda e abriu uma marca de skincare e beleza, a Mooi Natural Beauty. Seu empregador, o deputado Vigilante disse que ela atua na área de comunicação do gabinete, gerenciando as redes sociais do parlamentar. Ela ganha R$ 8.767,12 por mês.

“É louvável que a filha de um governador, eleito por quatro mandatos no estado do Piauí, desempenhando o papel público por 16 anos, se disponibilize para o trabalho e o faça com o empenho demonstrado desde que lhe foi confiado este encargo. A permanência da servidora em meu gabinete é motivo de orgulho, por sua dedicação constante e inequívoca eficiência”, argumentou Vigilante em nota à reportagem, ao negar a existência de nepotismo cruzado.

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