Lira sobre PF: ‘Ninguém quer trocar tiro com bandido; quer tocar ação que dê mídia’; ouça áudio


Presidente da Câmara diz que combate ao crime organizado no Brasil é ineficiente e cobra ação mais enérgica e integração entre as polícias; Polícia Federal não quis se pronunciar sobre as críticas

Por Daniel Weterman
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a Polícia Federal tenta se desviar do foco e que o combate ao crime organizado no Brasil é ineficaz. O parlamentar defendeu uma ação mais enérgica do Estado e uma integração entre as polícias para resolver os problemas da segurança pública no País.

A declaração foi feita durante um jantar da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, que reuniu parlamentares e empresários, na noite de terça-feira, 19, em Brasília. A Polícia Federal não quis se pronunciar sobre a fala de Lira.

Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Foto: Wilton Junior/Estadão
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“A Polícia Federal, que cumpre um papel institucional forte, muitas vezes tenta se desviar do foco – que é mais midiático. O combate ao tráfico de armas, ao tráfico de drogas, ao tráfico de seres humanos no Brasil é ineficaz, é ineficiente. Ninguém quer trocar tiro com bandido, o cara quer tocar ação que dê mídia, que não tenha resistência e que não faça força”, afirmou o presidente da Câmara.

“Os sistemas policiais brasileiros precisam se comunicar. Uma Polícia Civil que não se comunica com a Militar, que não se comunica com a Federal, que não se comunica com a Força Nacional, que não se comunica com o Exército, com as Forças Armadas, não existe”, complementou Lira.

Ouça abaixo o áudio com a fala de Lira sobre a Polícia Federal:

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A fala veio após uma intervenção do empresário Luis Henrique Guimarães, presidente do conselho diretor da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e conselheiro da empresas Cosan, Moove, Compass e Vale. “Na minha visão, hoje o maior detrimento ao investimento no Brasil não é a reforma tributária, não é a regulação – a gente pode melhorar em tudo isso –, mas é a segurança pública”, afirmou Guimarães na reunião.

O presidente da Câmara defendeu a aprovação de um novo Código de Processo Penal e a proposta que acaba com as chamadas “saidinhas” no sistema prisional. Para Lira, os presídios se tonaram uma “pós graduação” para pequenos infratores que ficam presos com líderes de facções e qualquer crime cometido por quem saiu temporariamente da cadeia justifica a discussão do projeto.

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A falta de coordenação entre as polícias e outras forças de segurança no País, na avaliação do parlamentar, gera situações como a fuga de dois presidiários da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, que ainda não foram recapturados. “Não tem um comando único, uma diretriz única. Nós estamos com o sistema falho, é fato”, disse o parlamentar.

Lira diz que defendeu combate ao crime organizado durante reunião

Questionado sobre a declaração, o presidente da Câmara afirmou ao Estadão que, em sua fala, defendeu ações para combater o crime organizado no Brasil em resposta ao questionamento do empresário. “Eu estava falando que temos que combater o crime organizado. Às vezes é mais fácil combater quem não reage, isso é fato, o cara procura o mais fácil. Tem que ir para o mais difícil: fronteira, tráfico de droga, tráfico de arma, essas facções que estão dominando o Brasil.”

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Perguntado sobre as críticas diretas à Polícia Federal, o presidente da Câmara questionou a quem cabe combater o tráfico de drogas e fiscalizar as fronteiras, atribuições do órgão, e repetiu que levantou questões sobre o sistema carcerário e a necessidade de integração entre as polícias no Brasil.

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a Polícia Federal tenta se desviar do foco e que o combate ao crime organizado no Brasil é ineficaz. O parlamentar defendeu uma ação mais enérgica do Estado e uma integração entre as polícias para resolver os problemas da segurança pública no País.

A declaração foi feita durante um jantar da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, que reuniu parlamentares e empresários, na noite de terça-feira, 19, em Brasília. A Polícia Federal não quis se pronunciar sobre a fala de Lira.

Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Foto: Wilton Junior/Estadão

“A Polícia Federal, que cumpre um papel institucional forte, muitas vezes tenta se desviar do foco – que é mais midiático. O combate ao tráfico de armas, ao tráfico de drogas, ao tráfico de seres humanos no Brasil é ineficaz, é ineficiente. Ninguém quer trocar tiro com bandido, o cara quer tocar ação que dê mídia, que não tenha resistência e que não faça força”, afirmou o presidente da Câmara.

“Os sistemas policiais brasileiros precisam se comunicar. Uma Polícia Civil que não se comunica com a Militar, que não se comunica com a Federal, que não se comunica com a Força Nacional, que não se comunica com o Exército, com as Forças Armadas, não existe”, complementou Lira.

Ouça abaixo o áudio com a fala de Lira sobre a Polícia Federal:

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A fala veio após uma intervenção do empresário Luis Henrique Guimarães, presidente do conselho diretor da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e conselheiro da empresas Cosan, Moove, Compass e Vale. “Na minha visão, hoje o maior detrimento ao investimento no Brasil não é a reforma tributária, não é a regulação – a gente pode melhorar em tudo isso –, mas é a segurança pública”, afirmou Guimarães na reunião.

O presidente da Câmara defendeu a aprovação de um novo Código de Processo Penal e a proposta que acaba com as chamadas “saidinhas” no sistema prisional. Para Lira, os presídios se tonaram uma “pós graduação” para pequenos infratores que ficam presos com líderes de facções e qualquer crime cometido por quem saiu temporariamente da cadeia justifica a discussão do projeto.

A falta de coordenação entre as polícias e outras forças de segurança no País, na avaliação do parlamentar, gera situações como a fuga de dois presidiários da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, que ainda não foram recapturados. “Não tem um comando único, uma diretriz única. Nós estamos com o sistema falho, é fato”, disse o parlamentar.

Lira diz que defendeu combate ao crime organizado durante reunião

Questionado sobre a declaração, o presidente da Câmara afirmou ao Estadão que, em sua fala, defendeu ações para combater o crime organizado no Brasil em resposta ao questionamento do empresário. “Eu estava falando que temos que combater o crime organizado. Às vezes é mais fácil combater quem não reage, isso é fato, o cara procura o mais fácil. Tem que ir para o mais difícil: fronteira, tráfico de droga, tráfico de arma, essas facções que estão dominando o Brasil.”

Perguntado sobre as críticas diretas à Polícia Federal, o presidente da Câmara questionou a quem cabe combater o tráfico de drogas e fiscalizar as fronteiras, atribuições do órgão, e repetiu que levantou questões sobre o sistema carcerário e a necessidade de integração entre as polícias no Brasil.

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a Polícia Federal tenta se desviar do foco e que o combate ao crime organizado no Brasil é ineficaz. O parlamentar defendeu uma ação mais enérgica do Estado e uma integração entre as polícias para resolver os problemas da segurança pública no País.

A declaração foi feita durante um jantar da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, que reuniu parlamentares e empresários, na noite de terça-feira, 19, em Brasília. A Polícia Federal não quis se pronunciar sobre a fala de Lira.

Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Foto: Wilton Junior/Estadão

“A Polícia Federal, que cumpre um papel institucional forte, muitas vezes tenta se desviar do foco – que é mais midiático. O combate ao tráfico de armas, ao tráfico de drogas, ao tráfico de seres humanos no Brasil é ineficaz, é ineficiente. Ninguém quer trocar tiro com bandido, o cara quer tocar ação que dê mídia, que não tenha resistência e que não faça força”, afirmou o presidente da Câmara.

“Os sistemas policiais brasileiros precisam se comunicar. Uma Polícia Civil que não se comunica com a Militar, que não se comunica com a Federal, que não se comunica com a Força Nacional, que não se comunica com o Exército, com as Forças Armadas, não existe”, complementou Lira.

Ouça abaixo o áudio com a fala de Lira sobre a Polícia Federal:

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A fala veio após uma intervenção do empresário Luis Henrique Guimarães, presidente do conselho diretor da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e conselheiro da empresas Cosan, Moove, Compass e Vale. “Na minha visão, hoje o maior detrimento ao investimento no Brasil não é a reforma tributária, não é a regulação – a gente pode melhorar em tudo isso –, mas é a segurança pública”, afirmou Guimarães na reunião.

O presidente da Câmara defendeu a aprovação de um novo Código de Processo Penal e a proposta que acaba com as chamadas “saidinhas” no sistema prisional. Para Lira, os presídios se tonaram uma “pós graduação” para pequenos infratores que ficam presos com líderes de facções e qualquer crime cometido por quem saiu temporariamente da cadeia justifica a discussão do projeto.

A falta de coordenação entre as polícias e outras forças de segurança no País, na avaliação do parlamentar, gera situações como a fuga de dois presidiários da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, que ainda não foram recapturados. “Não tem um comando único, uma diretriz única. Nós estamos com o sistema falho, é fato”, disse o parlamentar.

Lira diz que defendeu combate ao crime organizado durante reunião

Questionado sobre a declaração, o presidente da Câmara afirmou ao Estadão que, em sua fala, defendeu ações para combater o crime organizado no Brasil em resposta ao questionamento do empresário. “Eu estava falando que temos que combater o crime organizado. Às vezes é mais fácil combater quem não reage, isso é fato, o cara procura o mais fácil. Tem que ir para o mais difícil: fronteira, tráfico de droga, tráfico de arma, essas facções que estão dominando o Brasil.”

Perguntado sobre as críticas diretas à Polícia Federal, o presidente da Câmara questionou a quem cabe combater o tráfico de drogas e fiscalizar as fronteiras, atribuições do órgão, e repetiu que levantou questões sobre o sistema carcerário e a necessidade de integração entre as polícias no Brasil.

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