Debate sobre ataque do Hamas a Israel quase termina em agressão entre deputados de Goiás


Assembleia Legislativa de Goiás discutia moção de repúdio contra o grupo terrorista, mas sessão foi interrompida após tumulto entre parlamentares do União Brasil e do PT

Por Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA – Um debate sobre os ataques do Hamas contra Israel quase terminou com agressões físicas entre deputados da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A sessão, que analisava uma moção de repúdio da Casa contra as ações do grupo terrorista, foi interrompida por uma briga entre Amauri Ribeiro (União Brasil) e Marco Rubem (PT) nesta terça-feira, 10. O parlamentar do União Brasil, autor do requerimento de moção de repúdio, precisou ser contido por seguranças no plenário.

Amauri Ribeiro (União) precisou ser contido em briga com Marco Rubem (PT) na Assembleia de Goiás Foto: Reprodução/YouTube Alego

Na discussão sobre o requerimento, Amauri Ribeiro disse que a deputada Eusébia de Lima (PT-GO) era uma “hipócrita”, “cara de pau” e “malandra”, e afirmou que membros do Partido dos Trabalhadores não tinham coragem de chamar o Hamas de terroristas.

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Marco Rubem defendeu a colega e afirmou que Ribeiro “não dava conta de sustentar um debate” sobre o conflito no Oriente Médio. “Não é bom a gente baixar o nível. Esse é o seu palco, você quer levar para isso. Não dá conta de sustentar o debate aqui e quer chamar para a porrada. Acha que todo mundo aqui é a filha dele que pode apanhar. Nem a filha dele deveria apanhar”, disse.

Amauri Ribeiro tentou ir até o púlpito, onde estava o petista, mas foi impedido por seguranças da Assembleia. Enquanto era segurado, Amauri chamou Marco Rubem de “safado” e “apoiador de terrorista”. O presidente da Casa, Bruno Peixoto (União Brasil) decidiu encerrar a sessão, sem terminar de votar a moção contra o Hamas. Veja o vídeo

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Presidente da Assembleia diz que vai agir para manter a ordem

Na sessão da Alego desta quarta-feira, 11, Peixoto disse que solicitou apurações da Corregedoria da Casa sobre o tumulto entre os dois deputados e afirmou que não aceitará o uso da tribuna do Legislativo goiano para agressões físicas e verbais.

“Esta presidência agirá com veemência para manter a ordem. Não podemos aceitar que deputados e deputadas utilizem a tribuna para agredir seus pares, seja com palavras ou fisicamente. Nós vamos agir com todo vigor, conforme o Código de Ética”, afirmou.

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Segundo a Alego, caso sejam identificadas quebras de decoro parlamentar por parte de Amauri Ribeiro e Marco Rubem, será instaurado um procedimento disciplinar no Conselho de Ética da Casa.

O Estadão procurou os deputados envolvidos no tumulto, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Petistas são criticados por não classificar Hamas como grupo terrorista

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é criticado pela oposição por não reconhecer oficialmente o Hamas como uma organização terrorista. Em 2021, dez deputados do Partido dos Trabalhadores divulgaram uma nota se posicionando de forma contrária a essa classificação.

No início da tarde do sábado, 7, dia em que o Hamas atacou de surpresa civis israelenses, Lula se pronunciou no X (antigo Twitter) e disse que ficou “chocado com os ataques terroristas”, sem citar o grupo terrorista. O presidente prestou condolências aos familiares das vítimas e afirmou que repudia o terrorismo “em qualquer das suas formas” e sugeriu que sejam feitas negociações para que um Estado palestino conviva pacificamente com Israel “dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”.

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Nesta quarta-feira, um grupo de 61 deputados federais apresentou uma indicação à Câmara, para requerer que o Ministério das Relações Exteriores classifique o Hamas como “organização terrorista”. O objetivo é que a Casa formalize um pedido para o Itamaraty. O documento faz parte da pressão da oposição, que já se reuniu com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, como mostrou a Coluna do Estadão.

BRASÍLIA – Um debate sobre os ataques do Hamas contra Israel quase terminou com agressões físicas entre deputados da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A sessão, que analisava uma moção de repúdio da Casa contra as ações do grupo terrorista, foi interrompida por uma briga entre Amauri Ribeiro (União Brasil) e Marco Rubem (PT) nesta terça-feira, 10. O parlamentar do União Brasil, autor do requerimento de moção de repúdio, precisou ser contido por seguranças no plenário.

Amauri Ribeiro (União) precisou ser contido em briga com Marco Rubem (PT) na Assembleia de Goiás Foto: Reprodução/YouTube Alego

Na discussão sobre o requerimento, Amauri Ribeiro disse que a deputada Eusébia de Lima (PT-GO) era uma “hipócrita”, “cara de pau” e “malandra”, e afirmou que membros do Partido dos Trabalhadores não tinham coragem de chamar o Hamas de terroristas.

Marco Rubem defendeu a colega e afirmou que Ribeiro “não dava conta de sustentar um debate” sobre o conflito no Oriente Médio. “Não é bom a gente baixar o nível. Esse é o seu palco, você quer levar para isso. Não dá conta de sustentar o debate aqui e quer chamar para a porrada. Acha que todo mundo aqui é a filha dele que pode apanhar. Nem a filha dele deveria apanhar”, disse.

Amauri Ribeiro tentou ir até o púlpito, onde estava o petista, mas foi impedido por seguranças da Assembleia. Enquanto era segurado, Amauri chamou Marco Rubem de “safado” e “apoiador de terrorista”. O presidente da Casa, Bruno Peixoto (União Brasil) decidiu encerrar a sessão, sem terminar de votar a moção contra o Hamas. Veja o vídeo

Presidente da Assembleia diz que vai agir para manter a ordem

Na sessão da Alego desta quarta-feira, 11, Peixoto disse que solicitou apurações da Corregedoria da Casa sobre o tumulto entre os dois deputados e afirmou que não aceitará o uso da tribuna do Legislativo goiano para agressões físicas e verbais.

“Esta presidência agirá com veemência para manter a ordem. Não podemos aceitar que deputados e deputadas utilizem a tribuna para agredir seus pares, seja com palavras ou fisicamente. Nós vamos agir com todo vigor, conforme o Código de Ética”, afirmou.

Segundo a Alego, caso sejam identificadas quebras de decoro parlamentar por parte de Amauri Ribeiro e Marco Rubem, será instaurado um procedimento disciplinar no Conselho de Ética da Casa.

O Estadão procurou os deputados envolvidos no tumulto, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Petistas são criticados por não classificar Hamas como grupo terrorista

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é criticado pela oposição por não reconhecer oficialmente o Hamas como uma organização terrorista. Em 2021, dez deputados do Partido dos Trabalhadores divulgaram uma nota se posicionando de forma contrária a essa classificação.

No início da tarde do sábado, 7, dia em que o Hamas atacou de surpresa civis israelenses, Lula se pronunciou no X (antigo Twitter) e disse que ficou “chocado com os ataques terroristas”, sem citar o grupo terrorista. O presidente prestou condolências aos familiares das vítimas e afirmou que repudia o terrorismo “em qualquer das suas formas” e sugeriu que sejam feitas negociações para que um Estado palestino conviva pacificamente com Israel “dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”.

Nesta quarta-feira, um grupo de 61 deputados federais apresentou uma indicação à Câmara, para requerer que o Ministério das Relações Exteriores classifique o Hamas como “organização terrorista”. O objetivo é que a Casa formalize um pedido para o Itamaraty. O documento faz parte da pressão da oposição, que já se reuniu com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, como mostrou a Coluna do Estadão.

BRASÍLIA – Um debate sobre os ataques do Hamas contra Israel quase terminou com agressões físicas entre deputados da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A sessão, que analisava uma moção de repúdio da Casa contra as ações do grupo terrorista, foi interrompida por uma briga entre Amauri Ribeiro (União Brasil) e Marco Rubem (PT) nesta terça-feira, 10. O parlamentar do União Brasil, autor do requerimento de moção de repúdio, precisou ser contido por seguranças no plenário.

Amauri Ribeiro (União) precisou ser contido em briga com Marco Rubem (PT) na Assembleia de Goiás Foto: Reprodução/YouTube Alego

Na discussão sobre o requerimento, Amauri Ribeiro disse que a deputada Eusébia de Lima (PT-GO) era uma “hipócrita”, “cara de pau” e “malandra”, e afirmou que membros do Partido dos Trabalhadores não tinham coragem de chamar o Hamas de terroristas.

Marco Rubem defendeu a colega e afirmou que Ribeiro “não dava conta de sustentar um debate” sobre o conflito no Oriente Médio. “Não é bom a gente baixar o nível. Esse é o seu palco, você quer levar para isso. Não dá conta de sustentar o debate aqui e quer chamar para a porrada. Acha que todo mundo aqui é a filha dele que pode apanhar. Nem a filha dele deveria apanhar”, disse.

Amauri Ribeiro tentou ir até o púlpito, onde estava o petista, mas foi impedido por seguranças da Assembleia. Enquanto era segurado, Amauri chamou Marco Rubem de “safado” e “apoiador de terrorista”. O presidente da Casa, Bruno Peixoto (União Brasil) decidiu encerrar a sessão, sem terminar de votar a moção contra o Hamas. Veja o vídeo

Presidente da Assembleia diz que vai agir para manter a ordem

Na sessão da Alego desta quarta-feira, 11, Peixoto disse que solicitou apurações da Corregedoria da Casa sobre o tumulto entre os dois deputados e afirmou que não aceitará o uso da tribuna do Legislativo goiano para agressões físicas e verbais.

“Esta presidência agirá com veemência para manter a ordem. Não podemos aceitar que deputados e deputadas utilizem a tribuna para agredir seus pares, seja com palavras ou fisicamente. Nós vamos agir com todo vigor, conforme o Código de Ética”, afirmou.

Segundo a Alego, caso sejam identificadas quebras de decoro parlamentar por parte de Amauri Ribeiro e Marco Rubem, será instaurado um procedimento disciplinar no Conselho de Ética da Casa.

O Estadão procurou os deputados envolvidos no tumulto, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Petistas são criticados por não classificar Hamas como grupo terrorista

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é criticado pela oposição por não reconhecer oficialmente o Hamas como uma organização terrorista. Em 2021, dez deputados do Partido dos Trabalhadores divulgaram uma nota se posicionando de forma contrária a essa classificação.

No início da tarde do sábado, 7, dia em que o Hamas atacou de surpresa civis israelenses, Lula se pronunciou no X (antigo Twitter) e disse que ficou “chocado com os ataques terroristas”, sem citar o grupo terrorista. O presidente prestou condolências aos familiares das vítimas e afirmou que repudia o terrorismo “em qualquer das suas formas” e sugeriu que sejam feitas negociações para que um Estado palestino conviva pacificamente com Israel “dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”.

Nesta quarta-feira, um grupo de 61 deputados federais apresentou uma indicação à Câmara, para requerer que o Ministério das Relações Exteriores classifique o Hamas como “organização terrorista”. O objetivo é que a Casa formalize um pedido para o Itamaraty. O documento faz parte da pressão da oposição, que já se reuniu com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, como mostrou a Coluna do Estadão.

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