Delegados repudiam ataque de Bolsonaro à investigação do caso Marielle


Ontem, Bolsonaro disse a jornalistas que o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro seria "amiguinho" do governador do Estado, Wilson Witzel

Por Denise Luna

A Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil (Fendepol Brasil) e outras entidades da categoria repudiaram hoje, em nota, as declarações do presidente Jair Bolsonaro em relação à investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

Ontem, Bolsonaro disse a jornalistas que o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro seria "amiguinho" do governador do estado, Wilson Witzel, e insinuou que o governador estaria manipulando as investigações do crime cometido em março do ano passado para envolver o nome do presidente. Os dois devem se enfrentar na disputa presidencial em 2022.

O Presidente da Republica Jair Bolsonaro durante uma entrevista com jornalistas em frente ao Palacio da Alvorada Foto: Gabriela Bilo/Estadão
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"A minha convicção é de que ele (Witzel) agiu no processo para botar meu nome lá dentro”, afirmou o presidente durante a compra de uma moto em pleno feriado de Finados, em Brasília.

Dias antes, Bolsonaro havia afirmado que soube por Witzel que seu nome estava envolvido no processo de investigação da morte de Marielle e Anderson, depois que o porteiro do condomínio onde tem casa no Rio, o Vivendas da Barra, ter informado no processo que o suspeito de matar a vereadora teria procurado por Bolsonaro no dia do crime. O presidente porém estava em Brasília no dia e nega qualquer envolvimento com o crime.  

Ontem, Bolsonaro também afirmou que obteve os áudios das ligações feitas entre a portaria e das casas do condomínio antes que elas fossem adulteradas, causando a reação de parlamentares da oposição, que pretendem acionar o presidente na Procuradoria Geral da República (PGR) por obstrução de Justiça.

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 A federação dos delegados destaca que o cargo de chefe do executivo não dá o direito a Bolsonaro a cometer "atentados à honra das pessoas", principalmente das que desempenham funções no interesse da sociedade e não de qualquer governo. 

"Valendo-se do cargo de Presidente da República e de instituições da União, claramente ataca e tenta intimidar o delegado de Polícia do Rio de Janeiro, com intuito de inibir a imparcial apuração da verdade", diz a nota da Fendepol.

As entidades reafirmam o apoio irrestrito ao delegado responsável pela investigação e repudiam qualquer intimidação a ele e ao trabalho da Polícia Judiciária. Assinam a nota a Fendepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil do Polícia Civil), o Sindelpol-RJ (Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro), o Sindepol-AM Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Amazonas) e a Adepol-PA ( Associação dos Delegados de Polícia do Pará).

A Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil (Fendepol Brasil) e outras entidades da categoria repudiaram hoje, em nota, as declarações do presidente Jair Bolsonaro em relação à investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

Ontem, Bolsonaro disse a jornalistas que o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro seria "amiguinho" do governador do estado, Wilson Witzel, e insinuou que o governador estaria manipulando as investigações do crime cometido em março do ano passado para envolver o nome do presidente. Os dois devem se enfrentar na disputa presidencial em 2022.

O Presidente da Republica Jair Bolsonaro durante uma entrevista com jornalistas em frente ao Palacio da Alvorada Foto: Gabriela Bilo/Estadão

"A minha convicção é de que ele (Witzel) agiu no processo para botar meu nome lá dentro”, afirmou o presidente durante a compra de uma moto em pleno feriado de Finados, em Brasília.

Dias antes, Bolsonaro havia afirmado que soube por Witzel que seu nome estava envolvido no processo de investigação da morte de Marielle e Anderson, depois que o porteiro do condomínio onde tem casa no Rio, o Vivendas da Barra, ter informado no processo que o suspeito de matar a vereadora teria procurado por Bolsonaro no dia do crime. O presidente porém estava em Brasília no dia e nega qualquer envolvimento com o crime.  

Ontem, Bolsonaro também afirmou que obteve os áudios das ligações feitas entre a portaria e das casas do condomínio antes que elas fossem adulteradas, causando a reação de parlamentares da oposição, que pretendem acionar o presidente na Procuradoria Geral da República (PGR) por obstrução de Justiça.

 A federação dos delegados destaca que o cargo de chefe do executivo não dá o direito a Bolsonaro a cometer "atentados à honra das pessoas", principalmente das que desempenham funções no interesse da sociedade e não de qualquer governo. 

"Valendo-se do cargo de Presidente da República e de instituições da União, claramente ataca e tenta intimidar o delegado de Polícia do Rio de Janeiro, com intuito de inibir a imparcial apuração da verdade", diz a nota da Fendepol.

As entidades reafirmam o apoio irrestrito ao delegado responsável pela investigação e repudiam qualquer intimidação a ele e ao trabalho da Polícia Judiciária. Assinam a nota a Fendepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil do Polícia Civil), o Sindelpol-RJ (Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro), o Sindepol-AM Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Amazonas) e a Adepol-PA ( Associação dos Delegados de Polícia do Pará).

A Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil (Fendepol Brasil) e outras entidades da categoria repudiaram hoje, em nota, as declarações do presidente Jair Bolsonaro em relação à investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

Ontem, Bolsonaro disse a jornalistas que o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro seria "amiguinho" do governador do estado, Wilson Witzel, e insinuou que o governador estaria manipulando as investigações do crime cometido em março do ano passado para envolver o nome do presidente. Os dois devem se enfrentar na disputa presidencial em 2022.

O Presidente da Republica Jair Bolsonaro durante uma entrevista com jornalistas em frente ao Palacio da Alvorada Foto: Gabriela Bilo/Estadão

"A minha convicção é de que ele (Witzel) agiu no processo para botar meu nome lá dentro”, afirmou o presidente durante a compra de uma moto em pleno feriado de Finados, em Brasília.

Dias antes, Bolsonaro havia afirmado que soube por Witzel que seu nome estava envolvido no processo de investigação da morte de Marielle e Anderson, depois que o porteiro do condomínio onde tem casa no Rio, o Vivendas da Barra, ter informado no processo que o suspeito de matar a vereadora teria procurado por Bolsonaro no dia do crime. O presidente porém estava em Brasília no dia e nega qualquer envolvimento com o crime.  

Ontem, Bolsonaro também afirmou que obteve os áudios das ligações feitas entre a portaria e das casas do condomínio antes que elas fossem adulteradas, causando a reação de parlamentares da oposição, que pretendem acionar o presidente na Procuradoria Geral da República (PGR) por obstrução de Justiça.

 A federação dos delegados destaca que o cargo de chefe do executivo não dá o direito a Bolsonaro a cometer "atentados à honra das pessoas", principalmente das que desempenham funções no interesse da sociedade e não de qualquer governo. 

"Valendo-se do cargo de Presidente da República e de instituições da União, claramente ataca e tenta intimidar o delegado de Polícia do Rio de Janeiro, com intuito de inibir a imparcial apuração da verdade", diz a nota da Fendepol.

As entidades reafirmam o apoio irrestrito ao delegado responsável pela investigação e repudiam qualquer intimidação a ele e ao trabalho da Polícia Judiciária. Assinam a nota a Fendepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil do Polícia Civil), o Sindelpol-RJ (Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro), o Sindepol-AM Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Amazonas) e a Adepol-PA ( Associação dos Delegados de Polícia do Pará).

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