Ataque a assentamento do MST em Tremembé (SP) deixa ao menos 2 mortos


Seis pessoas estão feridas; ministro de Lula diz que presidente pediu para PF acompanhar o caso

Por Bianca Gomes
Atualização:

Ao menos duas pessoas foram mortas e seis estão feridas após um ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Tremembé (SP), na região do Vale do Paraíba. O caso está sob investigação da Polícia Civil de Taubaté.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), depoimentos colhidos das vítimas apontam que os disparos foram feitos por suspeitos que chegaram ao local em carros e motos. Um homem foi abordado e autuado em flagrante por porte ilegal de arma. O caso, que ocorreu na Estrada Canegal, em Tremembé, foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido no plantão da Delegacia Seccional de Taubaté.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações.

continua após a publicidade

A SSP-SP informou que as vítimas fatais são dois homens, de 28 e 52 anos. Outras seis pessoas, com idades entre 18 e 49 anos, ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Regional de Taubaté e ao pronto-socorro de Tremembé.

O MST afirmou, em nota, que o ataque representa “mais uma face” dos conflitos fundiários no estado de São Paulo. “A ausência de políticas públicas efetivas por parte do governo paulista deixa os territórios de Reforma Agrária vulneráveis e as famílias assentadas, desprotegidas, reforçando um cenário de insegurança e violência.” A Polícia ainda investiga qual teria sido a motivação dos crimes.

O movimento destacou que o assentamento Olga Benário enfrenta uma disputa com a especulação imobiliária voltada ao turismo de lazer, devido à sua localização estratégica no Vale do Paraíba. “Há anos, as famílias assentadas vêm sofrendo ameaças e coerções constantes, mesmo após diversas denúncias feitas aos órgãos estaduais e federais, que seguem sem uma resposta efetiva para garantir a segurança e a permanência dessas famílias no território.”

continua após a publicidade
Militantes do MST Valdir do Nascimento (Valdirzão) e Gleison Barbosa de Carvalho foram mortos após ataque a assentamento Foto: MST/Divulgação

Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), também pediu a apuração dos fatos em uma publicação no X. “Gostaria de manifestar meu mais profundo pesar aos amigos e familiares das vítimas do ataque contra o assentamento Olga Benário. É essencial uma apuração criteriosa para responsabilização dos criminosos”, escreveu Messias.

continua após a publicidade

Em nota, a direção nacional do PT diz que os envolvidos na morte dos sem-terra teriam ligação com o crime organizado. “O ataque covarde e brutal deixou fortes indícios de ter sido planejado e executado por bandidos de uma facção criminosa, a serviço de especuladores do ramo imobiliário local, que tem interesse em se apropriar das terras do assentamento, legalizadas pela reforma agrária”, diz a nota do partido.

Dirigente do MST diz que testemunhas relataram detalhes da ação

Altamir Bastos, assentado no Nova Esperança 1, em São José dos Campos, e dirigente regional do MST, diz que o conflito começou devido à tentativa de invasão de um lote identificado pelo Incra como desocupado.

continua após a publicidade

Segundo ele, nos últimos dias, os invasores notaram que o lote estava desocupado e tentaram se apropriar dele. “Durante a semana, eles já tinham ido lá e retirado a bomba do poço que abastecia todo o assentamento”, contou Altamir.

Na noite de sexta-feira, o dirigente recebeu uma ligação de uma assentada relatando o ataque. Ao fundo, era possível ouvir o som dos tiros. “Nós tínhamos 15 pessoas fazendo a vigília no lote. Por volta das 23h15, chegaram cerca de cinco carros com esses marginais, que desceram do carro literalmente atirando. Eles estavam atirando para matar, mirando na cabeça”, relata ele.

Altamir diz que quatro integrantes do MST foram atingidos com tiro na cabeça. Pelo menos dois morreram. Os criminosos, segundo o dirigente, portavam diferentes armas, como espingarda e revólver.

continua após a publicidade

“Na correria, algumas pessoas acabaram, por sorte, caindo no chão e não levaram tiro. Um jovem, entre 18 e 19 anos, conseguiu fugir e se esconder no meio do mato. Ele viu um desses marginais com um equipamento de iluminar [o local], procurando [pessoas] para matar e dizendo que iria matar todos ali. Depois de alguns instantes, os criminosos saíram do local e logo em seguida retornaram, atirando de novo, só que dessa vez de dentro dos carros.” Segundo Altamir, integrantes do movimento levaram os feridos ao hospital. A polícia e a ambulância chegaram logo em seguida.

“Foi tudo muito rápido. Eles chegaram para exterminar, aniquilar todos que estavam ali. A intenção deles era claramente nos intimidar, porque combatemos publicamente a venda dos lotes. Isso está acontecendo em todos os assentamentos do Vale do Paraíba.”

Ao menos duas pessoas foram mortas e seis estão feridas após um ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Tremembé (SP), na região do Vale do Paraíba. O caso está sob investigação da Polícia Civil de Taubaté.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), depoimentos colhidos das vítimas apontam que os disparos foram feitos por suspeitos que chegaram ao local em carros e motos. Um homem foi abordado e autuado em flagrante por porte ilegal de arma. O caso, que ocorreu na Estrada Canegal, em Tremembé, foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido no plantão da Delegacia Seccional de Taubaté.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações.

A SSP-SP informou que as vítimas fatais são dois homens, de 28 e 52 anos. Outras seis pessoas, com idades entre 18 e 49 anos, ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Regional de Taubaté e ao pronto-socorro de Tremembé.

O MST afirmou, em nota, que o ataque representa “mais uma face” dos conflitos fundiários no estado de São Paulo. “A ausência de políticas públicas efetivas por parte do governo paulista deixa os territórios de Reforma Agrária vulneráveis e as famílias assentadas, desprotegidas, reforçando um cenário de insegurança e violência.” A Polícia ainda investiga qual teria sido a motivação dos crimes.

O movimento destacou que o assentamento Olga Benário enfrenta uma disputa com a especulação imobiliária voltada ao turismo de lazer, devido à sua localização estratégica no Vale do Paraíba. “Há anos, as famílias assentadas vêm sofrendo ameaças e coerções constantes, mesmo após diversas denúncias feitas aos órgãos estaduais e federais, que seguem sem uma resposta efetiva para garantir a segurança e a permanência dessas famílias no território.”

Militantes do MST Valdir do Nascimento (Valdirzão) e Gleison Barbosa de Carvalho foram mortos após ataque a assentamento Foto: MST/Divulgação

Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), também pediu a apuração dos fatos em uma publicação no X. “Gostaria de manifestar meu mais profundo pesar aos amigos e familiares das vítimas do ataque contra o assentamento Olga Benário. É essencial uma apuração criteriosa para responsabilização dos criminosos”, escreveu Messias.

Em nota, a direção nacional do PT diz que os envolvidos na morte dos sem-terra teriam ligação com o crime organizado. “O ataque covarde e brutal deixou fortes indícios de ter sido planejado e executado por bandidos de uma facção criminosa, a serviço de especuladores do ramo imobiliário local, que tem interesse em se apropriar das terras do assentamento, legalizadas pela reforma agrária”, diz a nota do partido.

Dirigente do MST diz que testemunhas relataram detalhes da ação

Altamir Bastos, assentado no Nova Esperança 1, em São José dos Campos, e dirigente regional do MST, diz que o conflito começou devido à tentativa de invasão de um lote identificado pelo Incra como desocupado.

Segundo ele, nos últimos dias, os invasores notaram que o lote estava desocupado e tentaram se apropriar dele. “Durante a semana, eles já tinham ido lá e retirado a bomba do poço que abastecia todo o assentamento”, contou Altamir.

Na noite de sexta-feira, o dirigente recebeu uma ligação de uma assentada relatando o ataque. Ao fundo, era possível ouvir o som dos tiros. “Nós tínhamos 15 pessoas fazendo a vigília no lote. Por volta das 23h15, chegaram cerca de cinco carros com esses marginais, que desceram do carro literalmente atirando. Eles estavam atirando para matar, mirando na cabeça”, relata ele.

Altamir diz que quatro integrantes do MST foram atingidos com tiro na cabeça. Pelo menos dois morreram. Os criminosos, segundo o dirigente, portavam diferentes armas, como espingarda e revólver.

“Na correria, algumas pessoas acabaram, por sorte, caindo no chão e não levaram tiro. Um jovem, entre 18 e 19 anos, conseguiu fugir e se esconder no meio do mato. Ele viu um desses marginais com um equipamento de iluminar [o local], procurando [pessoas] para matar e dizendo que iria matar todos ali. Depois de alguns instantes, os criminosos saíram do local e logo em seguida retornaram, atirando de novo, só que dessa vez de dentro dos carros.” Segundo Altamir, integrantes do movimento levaram os feridos ao hospital. A polícia e a ambulância chegaram logo em seguida.

“Foi tudo muito rápido. Eles chegaram para exterminar, aniquilar todos que estavam ali. A intenção deles era claramente nos intimidar, porque combatemos publicamente a venda dos lotes. Isso está acontecendo em todos os assentamentos do Vale do Paraíba.”

Ao menos duas pessoas foram mortas e seis estão feridas após um ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Tremembé (SP), na região do Vale do Paraíba. O caso está sob investigação da Polícia Civil de Taubaté.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), depoimentos colhidos das vítimas apontam que os disparos foram feitos por suspeitos que chegaram ao local em carros e motos. Um homem foi abordado e autuado em flagrante por porte ilegal de arma. O caso, que ocorreu na Estrada Canegal, em Tremembé, foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido no plantão da Delegacia Seccional de Taubaté.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações.

A SSP-SP informou que as vítimas fatais são dois homens, de 28 e 52 anos. Outras seis pessoas, com idades entre 18 e 49 anos, ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Regional de Taubaté e ao pronto-socorro de Tremembé.

O MST afirmou, em nota, que o ataque representa “mais uma face” dos conflitos fundiários no estado de São Paulo. “A ausência de políticas públicas efetivas por parte do governo paulista deixa os territórios de Reforma Agrária vulneráveis e as famílias assentadas, desprotegidas, reforçando um cenário de insegurança e violência.” A Polícia ainda investiga qual teria sido a motivação dos crimes.

O movimento destacou que o assentamento Olga Benário enfrenta uma disputa com a especulação imobiliária voltada ao turismo de lazer, devido à sua localização estratégica no Vale do Paraíba. “Há anos, as famílias assentadas vêm sofrendo ameaças e coerções constantes, mesmo após diversas denúncias feitas aos órgãos estaduais e federais, que seguem sem uma resposta efetiva para garantir a segurança e a permanência dessas famílias no território.”

Militantes do MST Valdir do Nascimento (Valdirzão) e Gleison Barbosa de Carvalho foram mortos após ataque a assentamento Foto: MST/Divulgação

Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), também pediu a apuração dos fatos em uma publicação no X. “Gostaria de manifestar meu mais profundo pesar aos amigos e familiares das vítimas do ataque contra o assentamento Olga Benário. É essencial uma apuração criteriosa para responsabilização dos criminosos”, escreveu Messias.

Em nota, a direção nacional do PT diz que os envolvidos na morte dos sem-terra teriam ligação com o crime organizado. “O ataque covarde e brutal deixou fortes indícios de ter sido planejado e executado por bandidos de uma facção criminosa, a serviço de especuladores do ramo imobiliário local, que tem interesse em se apropriar das terras do assentamento, legalizadas pela reforma agrária”, diz a nota do partido.

Dirigente do MST diz que testemunhas relataram detalhes da ação

Altamir Bastos, assentado no Nova Esperança 1, em São José dos Campos, e dirigente regional do MST, diz que o conflito começou devido à tentativa de invasão de um lote identificado pelo Incra como desocupado.

Segundo ele, nos últimos dias, os invasores notaram que o lote estava desocupado e tentaram se apropriar dele. “Durante a semana, eles já tinham ido lá e retirado a bomba do poço que abastecia todo o assentamento”, contou Altamir.

Na noite de sexta-feira, o dirigente recebeu uma ligação de uma assentada relatando o ataque. Ao fundo, era possível ouvir o som dos tiros. “Nós tínhamos 15 pessoas fazendo a vigília no lote. Por volta das 23h15, chegaram cerca de cinco carros com esses marginais, que desceram do carro literalmente atirando. Eles estavam atirando para matar, mirando na cabeça”, relata ele.

Altamir diz que quatro integrantes do MST foram atingidos com tiro na cabeça. Pelo menos dois morreram. Os criminosos, segundo o dirigente, portavam diferentes armas, como espingarda e revólver.

“Na correria, algumas pessoas acabaram, por sorte, caindo no chão e não levaram tiro. Um jovem, entre 18 e 19 anos, conseguiu fugir e se esconder no meio do mato. Ele viu um desses marginais com um equipamento de iluminar [o local], procurando [pessoas] para matar e dizendo que iria matar todos ali. Depois de alguns instantes, os criminosos saíram do local e logo em seguida retornaram, atirando de novo, só que dessa vez de dentro dos carros.” Segundo Altamir, integrantes do movimento levaram os feridos ao hospital. A polícia e a ambulância chegaram logo em seguida.

“Foi tudo muito rápido. Eles chegaram para exterminar, aniquilar todos que estavam ali. A intenção deles era claramente nos intimidar, porque combatemos publicamente a venda dos lotes. Isso está acontecendo em todos os assentamentos do Vale do Paraíba.”

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.