Ataque a Vera Magalhães: lembre episódios polêmicos envolvendo Bolsonaro, seus apoiadores e mulheres


Campanha do presidente está sendo marcada por ofensas a adversárias e jornalistas que citam acusações contra o governo

Por Redação
Atualização:

Os ataques recentes contra a jornalista Vera Magalhães, cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores, como o deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia, estão longe de serem casos isolados de agressões às mulheres ao longo dessa campanha política. Nos dois debates, de presidenciáveis e candidatos ao governo de São Paulo, assim como em entrevistas, as mulheres têm sido alvos constantes.

Na noite da terça-feira, 13, ao fim do debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, Vera foi abordada por Douglas Garcia, que, usando um celular para gravar o ato, foi até ela e reiterou os ataques feitos pelo chefe do Executivo há duas semanas a chamando de “vergonha para o jornalismo brasileiro”, em seguida, reproduziu uma falsa notícia sobre a remuneração anual dela na TV Cultura.

Essa não foi a primeira vez que o deputado atacou Vera. Ainda neste ano, ao lado do pastor Silas Malafaia, acusou a jornalista de receber R$ 500 mil por ano da fundação ao qual pertence a TV Cultura para atacar o presidente Bolsonaro. No entanto, como mostrou o Estadão Verifica, Vera tem contrato vigente desde 2019 com a Fundação Padre Anchieta (FPA) e o pagamento mensal da jornalista é de R$ 22 mil, o que significa um valor anual de R$ 264 mil, pouco mais da metade do valor citado pelo pastor.

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Douglas Garcia hostiliza Vera Magalhães Foto: Reprodução

Debate

No debate entre os candidatos à Presidência, a vítima não foi apenas Vera. Bolsonaro atacou a também candidata Simone Tebet.

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A candidata Soraya Thronicke defendeu tanto a jornalista quanto a adversária ao dizer que o presidente era o tipo de homem tchutchuca com outros homens e tigrão com as mulheres. O ataque às mulheres se tornou o tema do debate.

No dia seguinte ao debate, as duas candidatas foram alvos de ofensas por parte de bolsonaristas nas redes sociais. Elas foram alvo de ofensas, montagens e xingamentos em novas postagens de aliados do presidente.

Candidatas Simone Tebet e Soraya Thronicke se abraçam em debate na TV Bandeirantes  Foto: EFE/Fernando Bizerra
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Em um evento com mulheres no Rio Grande do Sul, o presidente voltou a se referir a Simone Tebet, dizendo que a senadora cobra defesa das mulheres, mas não atua nesse sentido quando tem oportunidade. “Essa mesma mulher, quando foram duas senhoras, a Nise Yamaguchi e a senhora Maíra (conhecida como Capitã Cloroquina), depor na CPI, elas foram esculachadas por pessoas sem caráter como Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues. O que essa senadora fez? Nada”, afirmou.

Mas, como mostrou o Estadão Verifica, Tebet não estava presente na comissão no dia em que a doutora Nise prestou depoimento. Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro defenderam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como a cloroquina.

Entrevistas

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Em recentes entrevistas, Bolsonaro também partiu para o ataque contra outras jornalistas. Em entrevista á Rádio Jovem Pan, no dia 6, o presidente se desentendeu com a jornalista Amanda Klein.

Jair Bolsonaro e Amanda Klein durante sabatina do candidato à reeleição. Foto: Reprodução/JPNews

Após ser questionado sobre suspeitas de corrupção envolvendo seus familiares, o chefe do Executivo disse que a profissional estava fazendo “acusações levianas”, perguntou se ela acredita em si mesma ao se olhar no espelho e mencionou a vida pessoal da jornalista. “Você é casada com uma pessoa que vota em mim, não sei como é seu convívio com ele na sua casa”, afirmou. “Mas eu não tenho nada a ver com isso, não responde, por favor”, completou.

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“Você acredita na imprensa, Amanda? Você acredita em si mesma na frente do espelho?”, questionou o presidente. Amanda havia citado reportagem sobre a suspeita de haver funcionários fantasmas no gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado federal. “A minha vida particular não está em pauta”, respondeu a jornalista.

No dia 31 de agosto, outro candidato bolsonarista foi protagonista dos ataques. Durante sabatina na TV Meio Norte, repetidora da Band em Teresina, o candidato a governador Silvio Mendes (União) - que tem o apoio do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI) - disse à jornalista Katya D’Angelles que ela é “quase negra, mas uma pessoa inteligente”.

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A jornalista questionou se o candidato ao governo do Piauí tinha planos para combater o feminicídio e em favor das minorias. “Eu imagino quantas discriminações você não sofreu. Você que é quase negra, na pele, mas você é uma pessoa inteligente, teve a oportunidade que a maioria não teve e aproveitou”, foi a resposta dada.

Os ataques recentes contra a jornalista Vera Magalhães, cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores, como o deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia, estão longe de serem casos isolados de agressões às mulheres ao longo dessa campanha política. Nos dois debates, de presidenciáveis e candidatos ao governo de São Paulo, assim como em entrevistas, as mulheres têm sido alvos constantes.

Na noite da terça-feira, 13, ao fim do debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, Vera foi abordada por Douglas Garcia, que, usando um celular para gravar o ato, foi até ela e reiterou os ataques feitos pelo chefe do Executivo há duas semanas a chamando de “vergonha para o jornalismo brasileiro”, em seguida, reproduziu uma falsa notícia sobre a remuneração anual dela na TV Cultura.

Essa não foi a primeira vez que o deputado atacou Vera. Ainda neste ano, ao lado do pastor Silas Malafaia, acusou a jornalista de receber R$ 500 mil por ano da fundação ao qual pertence a TV Cultura para atacar o presidente Bolsonaro. No entanto, como mostrou o Estadão Verifica, Vera tem contrato vigente desde 2019 com a Fundação Padre Anchieta (FPA) e o pagamento mensal da jornalista é de R$ 22 mil, o que significa um valor anual de R$ 264 mil, pouco mais da metade do valor citado pelo pastor.

Douglas Garcia hostiliza Vera Magalhães Foto: Reprodução

Debate

No debate entre os candidatos à Presidência, a vítima não foi apenas Vera. Bolsonaro atacou a também candidata Simone Tebet.

A candidata Soraya Thronicke defendeu tanto a jornalista quanto a adversária ao dizer que o presidente era o tipo de homem tchutchuca com outros homens e tigrão com as mulheres. O ataque às mulheres se tornou o tema do debate.

No dia seguinte ao debate, as duas candidatas foram alvos de ofensas por parte de bolsonaristas nas redes sociais. Elas foram alvo de ofensas, montagens e xingamentos em novas postagens de aliados do presidente.

Candidatas Simone Tebet e Soraya Thronicke se abraçam em debate na TV Bandeirantes  Foto: EFE/Fernando Bizerra

Em um evento com mulheres no Rio Grande do Sul, o presidente voltou a se referir a Simone Tebet, dizendo que a senadora cobra defesa das mulheres, mas não atua nesse sentido quando tem oportunidade. “Essa mesma mulher, quando foram duas senhoras, a Nise Yamaguchi e a senhora Maíra (conhecida como Capitã Cloroquina), depor na CPI, elas foram esculachadas por pessoas sem caráter como Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues. O que essa senadora fez? Nada”, afirmou.

Mas, como mostrou o Estadão Verifica, Tebet não estava presente na comissão no dia em que a doutora Nise prestou depoimento. Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro defenderam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como a cloroquina.

Entrevistas

Em recentes entrevistas, Bolsonaro também partiu para o ataque contra outras jornalistas. Em entrevista á Rádio Jovem Pan, no dia 6, o presidente se desentendeu com a jornalista Amanda Klein.

Jair Bolsonaro e Amanda Klein durante sabatina do candidato à reeleição. Foto: Reprodução/JPNews

Após ser questionado sobre suspeitas de corrupção envolvendo seus familiares, o chefe do Executivo disse que a profissional estava fazendo “acusações levianas”, perguntou se ela acredita em si mesma ao se olhar no espelho e mencionou a vida pessoal da jornalista. “Você é casada com uma pessoa que vota em mim, não sei como é seu convívio com ele na sua casa”, afirmou. “Mas eu não tenho nada a ver com isso, não responde, por favor”, completou.

“Você acredita na imprensa, Amanda? Você acredita em si mesma na frente do espelho?”, questionou o presidente. Amanda havia citado reportagem sobre a suspeita de haver funcionários fantasmas no gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado federal. “A minha vida particular não está em pauta”, respondeu a jornalista.

No dia 31 de agosto, outro candidato bolsonarista foi protagonista dos ataques. Durante sabatina na TV Meio Norte, repetidora da Band em Teresina, o candidato a governador Silvio Mendes (União) - que tem o apoio do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI) - disse à jornalista Katya D’Angelles que ela é “quase negra, mas uma pessoa inteligente”.

A jornalista questionou se o candidato ao governo do Piauí tinha planos para combater o feminicídio e em favor das minorias. “Eu imagino quantas discriminações você não sofreu. Você que é quase negra, na pele, mas você é uma pessoa inteligente, teve a oportunidade que a maioria não teve e aproveitou”, foi a resposta dada.

Os ataques recentes contra a jornalista Vera Magalhães, cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores, como o deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia, estão longe de serem casos isolados de agressões às mulheres ao longo dessa campanha política. Nos dois debates, de presidenciáveis e candidatos ao governo de São Paulo, assim como em entrevistas, as mulheres têm sido alvos constantes.

Na noite da terça-feira, 13, ao fim do debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, Vera foi abordada por Douglas Garcia, que, usando um celular para gravar o ato, foi até ela e reiterou os ataques feitos pelo chefe do Executivo há duas semanas a chamando de “vergonha para o jornalismo brasileiro”, em seguida, reproduziu uma falsa notícia sobre a remuneração anual dela na TV Cultura.

Essa não foi a primeira vez que o deputado atacou Vera. Ainda neste ano, ao lado do pastor Silas Malafaia, acusou a jornalista de receber R$ 500 mil por ano da fundação ao qual pertence a TV Cultura para atacar o presidente Bolsonaro. No entanto, como mostrou o Estadão Verifica, Vera tem contrato vigente desde 2019 com a Fundação Padre Anchieta (FPA) e o pagamento mensal da jornalista é de R$ 22 mil, o que significa um valor anual de R$ 264 mil, pouco mais da metade do valor citado pelo pastor.

Douglas Garcia hostiliza Vera Magalhães Foto: Reprodução

Debate

No debate entre os candidatos à Presidência, a vítima não foi apenas Vera. Bolsonaro atacou a também candidata Simone Tebet.

A candidata Soraya Thronicke defendeu tanto a jornalista quanto a adversária ao dizer que o presidente era o tipo de homem tchutchuca com outros homens e tigrão com as mulheres. O ataque às mulheres se tornou o tema do debate.

No dia seguinte ao debate, as duas candidatas foram alvos de ofensas por parte de bolsonaristas nas redes sociais. Elas foram alvo de ofensas, montagens e xingamentos em novas postagens de aliados do presidente.

Candidatas Simone Tebet e Soraya Thronicke se abraçam em debate na TV Bandeirantes  Foto: EFE/Fernando Bizerra

Em um evento com mulheres no Rio Grande do Sul, o presidente voltou a se referir a Simone Tebet, dizendo que a senadora cobra defesa das mulheres, mas não atua nesse sentido quando tem oportunidade. “Essa mesma mulher, quando foram duas senhoras, a Nise Yamaguchi e a senhora Maíra (conhecida como Capitã Cloroquina), depor na CPI, elas foram esculachadas por pessoas sem caráter como Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues. O que essa senadora fez? Nada”, afirmou.

Mas, como mostrou o Estadão Verifica, Tebet não estava presente na comissão no dia em que a doutora Nise prestou depoimento. Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro defenderam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como a cloroquina.

Entrevistas

Em recentes entrevistas, Bolsonaro também partiu para o ataque contra outras jornalistas. Em entrevista á Rádio Jovem Pan, no dia 6, o presidente se desentendeu com a jornalista Amanda Klein.

Jair Bolsonaro e Amanda Klein durante sabatina do candidato à reeleição. Foto: Reprodução/JPNews

Após ser questionado sobre suspeitas de corrupção envolvendo seus familiares, o chefe do Executivo disse que a profissional estava fazendo “acusações levianas”, perguntou se ela acredita em si mesma ao se olhar no espelho e mencionou a vida pessoal da jornalista. “Você é casada com uma pessoa que vota em mim, não sei como é seu convívio com ele na sua casa”, afirmou. “Mas eu não tenho nada a ver com isso, não responde, por favor”, completou.

“Você acredita na imprensa, Amanda? Você acredita em si mesma na frente do espelho?”, questionou o presidente. Amanda havia citado reportagem sobre a suspeita de haver funcionários fantasmas no gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado federal. “A minha vida particular não está em pauta”, respondeu a jornalista.

No dia 31 de agosto, outro candidato bolsonarista foi protagonista dos ataques. Durante sabatina na TV Meio Norte, repetidora da Band em Teresina, o candidato a governador Silvio Mendes (União) - que tem o apoio do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI) - disse à jornalista Katya D’Angelles que ela é “quase negra, mas uma pessoa inteligente”.

A jornalista questionou se o candidato ao governo do Piauí tinha planos para combater o feminicídio e em favor das minorias. “Eu imagino quantas discriminações você não sofreu. Você que é quase negra, na pele, mas você é uma pessoa inteligente, teve a oportunidade que a maioria não teve e aproveitou”, foi a resposta dada.

Os ataques recentes contra a jornalista Vera Magalhães, cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores, como o deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia, estão longe de serem casos isolados de agressões às mulheres ao longo dessa campanha política. Nos dois debates, de presidenciáveis e candidatos ao governo de São Paulo, assim como em entrevistas, as mulheres têm sido alvos constantes.

Na noite da terça-feira, 13, ao fim do debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, Vera foi abordada por Douglas Garcia, que, usando um celular para gravar o ato, foi até ela e reiterou os ataques feitos pelo chefe do Executivo há duas semanas a chamando de “vergonha para o jornalismo brasileiro”, em seguida, reproduziu uma falsa notícia sobre a remuneração anual dela na TV Cultura.

Essa não foi a primeira vez que o deputado atacou Vera. Ainda neste ano, ao lado do pastor Silas Malafaia, acusou a jornalista de receber R$ 500 mil por ano da fundação ao qual pertence a TV Cultura para atacar o presidente Bolsonaro. No entanto, como mostrou o Estadão Verifica, Vera tem contrato vigente desde 2019 com a Fundação Padre Anchieta (FPA) e o pagamento mensal da jornalista é de R$ 22 mil, o que significa um valor anual de R$ 264 mil, pouco mais da metade do valor citado pelo pastor.

Douglas Garcia hostiliza Vera Magalhães Foto: Reprodução

Debate

No debate entre os candidatos à Presidência, a vítima não foi apenas Vera. Bolsonaro atacou a também candidata Simone Tebet.

A candidata Soraya Thronicke defendeu tanto a jornalista quanto a adversária ao dizer que o presidente era o tipo de homem tchutchuca com outros homens e tigrão com as mulheres. O ataque às mulheres se tornou o tema do debate.

No dia seguinte ao debate, as duas candidatas foram alvos de ofensas por parte de bolsonaristas nas redes sociais. Elas foram alvo de ofensas, montagens e xingamentos em novas postagens de aliados do presidente.

Candidatas Simone Tebet e Soraya Thronicke se abraçam em debate na TV Bandeirantes  Foto: EFE/Fernando Bizerra

Em um evento com mulheres no Rio Grande do Sul, o presidente voltou a se referir a Simone Tebet, dizendo que a senadora cobra defesa das mulheres, mas não atua nesse sentido quando tem oportunidade. “Essa mesma mulher, quando foram duas senhoras, a Nise Yamaguchi e a senhora Maíra (conhecida como Capitã Cloroquina), depor na CPI, elas foram esculachadas por pessoas sem caráter como Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues. O que essa senadora fez? Nada”, afirmou.

Mas, como mostrou o Estadão Verifica, Tebet não estava presente na comissão no dia em que a doutora Nise prestou depoimento. Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro defenderam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como a cloroquina.

Entrevistas

Em recentes entrevistas, Bolsonaro também partiu para o ataque contra outras jornalistas. Em entrevista á Rádio Jovem Pan, no dia 6, o presidente se desentendeu com a jornalista Amanda Klein.

Jair Bolsonaro e Amanda Klein durante sabatina do candidato à reeleição. Foto: Reprodução/JPNews

Após ser questionado sobre suspeitas de corrupção envolvendo seus familiares, o chefe do Executivo disse que a profissional estava fazendo “acusações levianas”, perguntou se ela acredita em si mesma ao se olhar no espelho e mencionou a vida pessoal da jornalista. “Você é casada com uma pessoa que vota em mim, não sei como é seu convívio com ele na sua casa”, afirmou. “Mas eu não tenho nada a ver com isso, não responde, por favor”, completou.

“Você acredita na imprensa, Amanda? Você acredita em si mesma na frente do espelho?”, questionou o presidente. Amanda havia citado reportagem sobre a suspeita de haver funcionários fantasmas no gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado federal. “A minha vida particular não está em pauta”, respondeu a jornalista.

No dia 31 de agosto, outro candidato bolsonarista foi protagonista dos ataques. Durante sabatina na TV Meio Norte, repetidora da Band em Teresina, o candidato a governador Silvio Mendes (União) - que tem o apoio do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI) - disse à jornalista Katya D’Angelles que ela é “quase negra, mas uma pessoa inteligente”.

A jornalista questionou se o candidato ao governo do Piauí tinha planos para combater o feminicídio e em favor das minorias. “Eu imagino quantas discriminações você não sofreu. Você que é quase negra, na pele, mas você é uma pessoa inteligente, teve a oportunidade que a maioria não teve e aproveitou”, foi a resposta dada.

Os ataques recentes contra a jornalista Vera Magalhães, cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores, como o deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia, estão longe de serem casos isolados de agressões às mulheres ao longo dessa campanha política. Nos dois debates, de presidenciáveis e candidatos ao governo de São Paulo, assim como em entrevistas, as mulheres têm sido alvos constantes.

Na noite da terça-feira, 13, ao fim do debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, Vera foi abordada por Douglas Garcia, que, usando um celular para gravar o ato, foi até ela e reiterou os ataques feitos pelo chefe do Executivo há duas semanas a chamando de “vergonha para o jornalismo brasileiro”, em seguida, reproduziu uma falsa notícia sobre a remuneração anual dela na TV Cultura.

Essa não foi a primeira vez que o deputado atacou Vera. Ainda neste ano, ao lado do pastor Silas Malafaia, acusou a jornalista de receber R$ 500 mil por ano da fundação ao qual pertence a TV Cultura para atacar o presidente Bolsonaro. No entanto, como mostrou o Estadão Verifica, Vera tem contrato vigente desde 2019 com a Fundação Padre Anchieta (FPA) e o pagamento mensal da jornalista é de R$ 22 mil, o que significa um valor anual de R$ 264 mil, pouco mais da metade do valor citado pelo pastor.

Douglas Garcia hostiliza Vera Magalhães Foto: Reprodução

Debate

No debate entre os candidatos à Presidência, a vítima não foi apenas Vera. Bolsonaro atacou a também candidata Simone Tebet.

A candidata Soraya Thronicke defendeu tanto a jornalista quanto a adversária ao dizer que o presidente era o tipo de homem tchutchuca com outros homens e tigrão com as mulheres. O ataque às mulheres se tornou o tema do debate.

No dia seguinte ao debate, as duas candidatas foram alvos de ofensas por parte de bolsonaristas nas redes sociais. Elas foram alvo de ofensas, montagens e xingamentos em novas postagens de aliados do presidente.

Candidatas Simone Tebet e Soraya Thronicke se abraçam em debate na TV Bandeirantes  Foto: EFE/Fernando Bizerra

Em um evento com mulheres no Rio Grande do Sul, o presidente voltou a se referir a Simone Tebet, dizendo que a senadora cobra defesa das mulheres, mas não atua nesse sentido quando tem oportunidade. “Essa mesma mulher, quando foram duas senhoras, a Nise Yamaguchi e a senhora Maíra (conhecida como Capitã Cloroquina), depor na CPI, elas foram esculachadas por pessoas sem caráter como Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues. O que essa senadora fez? Nada”, afirmou.

Mas, como mostrou o Estadão Verifica, Tebet não estava presente na comissão no dia em que a doutora Nise prestou depoimento. Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro defenderam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como a cloroquina.

Entrevistas

Em recentes entrevistas, Bolsonaro também partiu para o ataque contra outras jornalistas. Em entrevista á Rádio Jovem Pan, no dia 6, o presidente se desentendeu com a jornalista Amanda Klein.

Jair Bolsonaro e Amanda Klein durante sabatina do candidato à reeleição. Foto: Reprodução/JPNews

Após ser questionado sobre suspeitas de corrupção envolvendo seus familiares, o chefe do Executivo disse que a profissional estava fazendo “acusações levianas”, perguntou se ela acredita em si mesma ao se olhar no espelho e mencionou a vida pessoal da jornalista. “Você é casada com uma pessoa que vota em mim, não sei como é seu convívio com ele na sua casa”, afirmou. “Mas eu não tenho nada a ver com isso, não responde, por favor”, completou.

“Você acredita na imprensa, Amanda? Você acredita em si mesma na frente do espelho?”, questionou o presidente. Amanda havia citado reportagem sobre a suspeita de haver funcionários fantasmas no gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado federal. “A minha vida particular não está em pauta”, respondeu a jornalista.

No dia 31 de agosto, outro candidato bolsonarista foi protagonista dos ataques. Durante sabatina na TV Meio Norte, repetidora da Band em Teresina, o candidato a governador Silvio Mendes (União) - que tem o apoio do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI) - disse à jornalista Katya D’Angelles que ela é “quase negra, mas uma pessoa inteligente”.

A jornalista questionou se o candidato ao governo do Piauí tinha planos para combater o feminicídio e em favor das minorias. “Eu imagino quantas discriminações você não sofreu. Você que é quase negra, na pele, mas você é uma pessoa inteligente, teve a oportunidade que a maioria não teve e aproveitou”, foi a resposta dada.

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