Ato esvaziado no 1º de Maio traz riscos para Lula? Leia as análises dos colunistas do ‘Estadão’


Presidente reclamou de convocação para o evento realizado em São Paulo e pediu votos para o pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos, à Prefeitura

Por Redação

No 1º de Maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou para menos de duas mil pessoas no estacionamento do estádio do Corinthians, em Itaquera, segundo estimativa da USP. A imagem do espaço esvaziado na zona leste da capital paulista marcou o evento tanto quanto o discurso do petista aos presentes no ato realizado pelas Centrais Sindicais.

O presidente reclamou que o evento foi “mal convocado” e cobrou o secretário-geral da Presidência, Márcio Macedo, sobre a falta de público. “Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, disse.

No palco, Lula, em desrespeito à lei eleitoral, também pediu votos para o pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, deputado Guilherme Boulos. A declaração virou alvo de ações na Justiça Eleitoral, apresentadas pelo MDB, partido do atual prefeito, Ricardo Nunes, pelo Novo, da também pré-candidata Marina Helena, e pelo PSDB.

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Leia as análises de colunistas do Estadão sobre o ato do 1º de Maio.

Lula no ato do 1º de Maio em São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Eliane Cantanhêde: O 1º de Maio de 2024 é um marco para Lula e o PT jamais esquecerem

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Eliane Cantanhêde afirma que o presidente Lula deu um “péssimo passo” ao convocar o ato com as Centrais Sindicais no 1º de Maio em São Paulo. “Tropeçou na articulação, enfrentou o vexame da falta de gente, descontou o fiasco no ministro Márcio Macedo e atropelou a legislação eleitoral – ou seja, cometeu um crime – ao usar um evento oficial, e ainda por cima com financiamento da Petrobras, para fazer campanha para a candidatura de Guilherme Boulos à Prefeitura da capital”, diz.

Para a colunista, “o mais preocupante é como Lula está fora da realidade, sem compreender que o mundo mudou e o Brasil, o equilíbrio político, as Centrais Sindicais, a disposição das massas, o PT e o próprio Lula, afinal, também mudaram”.

Fabiano Lana: O mínimo que se espera é punição exemplar a Lula após pedido explícito de voto a Boulos em São Paulo

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Para Fabiano Lana, “Lula segue inconsequente enquanto improvisa”, em tempos em que limitar as expressões virou moda. “Os bajuladores de plantão se apressaram em dizer que Lula apenas exercia sua liberdade de expressão. Ora, se for assim o mesmo valeria para Jair Bolsonaro quando atacou as urnas eletrônicas e nosso sistema eleitoral para uma plateia de embaixadores, em 2022, e por isso perdeu seus diretos políticos? Ou a liberdade de expressão vale para cometer crimes ou não vale”, afirma.

Ricardo Corrêa: Pedido de voto de Lula para Boulos reforça o ‘faz de conta’ que é a legislação para pré-campanha

Ricardo Corrêa aponta que o próprio Lula, assim como fez com Boulos agora, começou sua campanha à Presidência bem antes do prazo oficial em 2022. “A diferença é que, na época, costumava repetir, aproveitando a hipocrisia da lei, que ‘não podia pedir votos e nem dizer que era candidato’, querendo dizer, evidentemente, que era. Agora, nem mais essa fantasia quis vestir. Preferiu pagar R$ 25 mil para começar logo a campanha de Boulos”, analisa o colunista, sobre a multa máxima imposta pela Justiça Eleitoral por pedido explícito de votos na pré-campanha.

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Francisco Leali: Ministro de Lula adere a bordão bolsonarista e prega direito de violar a lei em público

Francisco Leali afirma que, no palco de plateia esvaziada no 1º de Maio, a EBC, empresa estatal de comunicação, serviu de antena para disseminar a voz de Lula defendendo o voto em Guilherme Boulos para prefeito da cidade de São Paulo. “A comunicação pública deu lugar à comunicação partidária”, diz.

No 1º de Maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou para menos de duas mil pessoas no estacionamento do estádio do Corinthians, em Itaquera, segundo estimativa da USP. A imagem do espaço esvaziado na zona leste da capital paulista marcou o evento tanto quanto o discurso do petista aos presentes no ato realizado pelas Centrais Sindicais.

O presidente reclamou que o evento foi “mal convocado” e cobrou o secretário-geral da Presidência, Márcio Macedo, sobre a falta de público. “Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, disse.

No palco, Lula, em desrespeito à lei eleitoral, também pediu votos para o pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, deputado Guilherme Boulos. A declaração virou alvo de ações na Justiça Eleitoral, apresentadas pelo MDB, partido do atual prefeito, Ricardo Nunes, pelo Novo, da também pré-candidata Marina Helena, e pelo PSDB.

Leia as análises de colunistas do Estadão sobre o ato do 1º de Maio.

Lula no ato do 1º de Maio em São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

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Eliane Cantanhêde afirma que o presidente Lula deu um “péssimo passo” ao convocar o ato com as Centrais Sindicais no 1º de Maio em São Paulo. “Tropeçou na articulação, enfrentou o vexame da falta de gente, descontou o fiasco no ministro Márcio Macedo e atropelou a legislação eleitoral – ou seja, cometeu um crime – ao usar um evento oficial, e ainda por cima com financiamento da Petrobras, para fazer campanha para a candidatura de Guilherme Boulos à Prefeitura da capital”, diz.

Para a colunista, “o mais preocupante é como Lula está fora da realidade, sem compreender que o mundo mudou e o Brasil, o equilíbrio político, as Centrais Sindicais, a disposição das massas, o PT e o próprio Lula, afinal, também mudaram”.

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Para Fabiano Lana, “Lula segue inconsequente enquanto improvisa”, em tempos em que limitar as expressões virou moda. “Os bajuladores de plantão se apressaram em dizer que Lula apenas exercia sua liberdade de expressão. Ora, se for assim o mesmo valeria para Jair Bolsonaro quando atacou as urnas eletrônicas e nosso sistema eleitoral para uma plateia de embaixadores, em 2022, e por isso perdeu seus diretos políticos? Ou a liberdade de expressão vale para cometer crimes ou não vale”, afirma.

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Ricardo Corrêa aponta que o próprio Lula, assim como fez com Boulos agora, começou sua campanha à Presidência bem antes do prazo oficial em 2022. “A diferença é que, na época, costumava repetir, aproveitando a hipocrisia da lei, que ‘não podia pedir votos e nem dizer que era candidato’, querendo dizer, evidentemente, que era. Agora, nem mais essa fantasia quis vestir. Preferiu pagar R$ 25 mil para começar logo a campanha de Boulos”, analisa o colunista, sobre a multa máxima imposta pela Justiça Eleitoral por pedido explícito de votos na pré-campanha.

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Francisco Leali afirma que, no palco de plateia esvaziada no 1º de Maio, a EBC, empresa estatal de comunicação, serviu de antena para disseminar a voz de Lula defendendo o voto em Guilherme Boulos para prefeito da cidade de São Paulo. “A comunicação pública deu lugar à comunicação partidária”, diz.

No 1º de Maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou para menos de duas mil pessoas no estacionamento do estádio do Corinthians, em Itaquera, segundo estimativa da USP. A imagem do espaço esvaziado na zona leste da capital paulista marcou o evento tanto quanto o discurso do petista aos presentes no ato realizado pelas Centrais Sindicais.

O presidente reclamou que o evento foi “mal convocado” e cobrou o secretário-geral da Presidência, Márcio Macedo, sobre a falta de público. “Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, disse.

No palco, Lula, em desrespeito à lei eleitoral, também pediu votos para o pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, deputado Guilherme Boulos. A declaração virou alvo de ações na Justiça Eleitoral, apresentadas pelo MDB, partido do atual prefeito, Ricardo Nunes, pelo Novo, da também pré-candidata Marina Helena, e pelo PSDB.

Leia as análises de colunistas do Estadão sobre o ato do 1º de Maio.

Lula no ato do 1º de Maio em São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Eliane Cantanhêde: O 1º de Maio de 2024 é um marco para Lula e o PT jamais esquecerem

Eliane Cantanhêde afirma que o presidente Lula deu um “péssimo passo” ao convocar o ato com as Centrais Sindicais no 1º de Maio em São Paulo. “Tropeçou na articulação, enfrentou o vexame da falta de gente, descontou o fiasco no ministro Márcio Macedo e atropelou a legislação eleitoral – ou seja, cometeu um crime – ao usar um evento oficial, e ainda por cima com financiamento da Petrobras, para fazer campanha para a candidatura de Guilherme Boulos à Prefeitura da capital”, diz.

Para a colunista, “o mais preocupante é como Lula está fora da realidade, sem compreender que o mundo mudou e o Brasil, o equilíbrio político, as Centrais Sindicais, a disposição das massas, o PT e o próprio Lula, afinal, também mudaram”.

Fabiano Lana: O mínimo que se espera é punição exemplar a Lula após pedido explícito de voto a Boulos em São Paulo

Para Fabiano Lana, “Lula segue inconsequente enquanto improvisa”, em tempos em que limitar as expressões virou moda. “Os bajuladores de plantão se apressaram em dizer que Lula apenas exercia sua liberdade de expressão. Ora, se for assim o mesmo valeria para Jair Bolsonaro quando atacou as urnas eletrônicas e nosso sistema eleitoral para uma plateia de embaixadores, em 2022, e por isso perdeu seus diretos políticos? Ou a liberdade de expressão vale para cometer crimes ou não vale”, afirma.

Ricardo Corrêa: Pedido de voto de Lula para Boulos reforça o ‘faz de conta’ que é a legislação para pré-campanha

Ricardo Corrêa aponta que o próprio Lula, assim como fez com Boulos agora, começou sua campanha à Presidência bem antes do prazo oficial em 2022. “A diferença é que, na época, costumava repetir, aproveitando a hipocrisia da lei, que ‘não podia pedir votos e nem dizer que era candidato’, querendo dizer, evidentemente, que era. Agora, nem mais essa fantasia quis vestir. Preferiu pagar R$ 25 mil para começar logo a campanha de Boulos”, analisa o colunista, sobre a multa máxima imposta pela Justiça Eleitoral por pedido explícito de votos na pré-campanha.

Francisco Leali: Ministro de Lula adere a bordão bolsonarista e prega direito de violar a lei em público

Francisco Leali afirma que, no palco de plateia esvaziada no 1º de Maio, a EBC, empresa estatal de comunicação, serviu de antena para disseminar a voz de Lula defendendo o voto em Guilherme Boulos para prefeito da cidade de São Paulo. “A comunicação pública deu lugar à comunicação partidária”, diz.

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