A cúpula do PFL deve se reunir na próxima terça-feira para definir a posição que o partido adotará durante votação de Medidas Provisórias (MPs) que ocorrerá no mesmo dia. O líder e candidato do PFL à presidência da Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), passa o fim de semana em Brasília fazendo contatos políticos. A tendência majoritária da bancada, segundo pefelistas, é não repetir o comportamento ?radical? de quarta-feira passada, quando os votos do PFL foram decisivos para derrotar o governo, mas atuar com independência e cautela. Cada MP será analisada pelos coordenadores da bancada. "Nada será de graça e sem negociação", comentou um deputado que está participando das articulações, apontando ser essa a posição mais sensata do partido. O PFL, por exemplo, não votaria contra a MP, já em pauta, regulamentando o Plano Real, e que já teve 73 reedições. Os pefelistas argumentam que o partido "não é suicida". Eles afirmam que a votação contra o governo foi um "episódio" e que, como tal, teria sido importante para Inocêncio justificar o discurso oposicionista que fizera antes da votação, deixando perplexos os líderes dos partidos aliados e o Palácio do Planalto.