Barroso diz não ter aspiração política: ‘Quero cumprir meu tempo e ir embora pra casa, viver feliz’


Presidente do STF afirmou que proposta de ‘Agenda para o Brasil’ é com base na Constituição Federal e não eleitoral

Por Heitor Mazzoco

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (23) não ter intenção de se candidatar a nenhum cargo do Poder Executivo no futuro, como sugeriu o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy no último dia 13, em um evento em Paris.

Barroso disse, durante uma palestra oferecida pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), em São Paulo, esperar concluir seu “tempo” no STF e ir para casa. “Eu não sou candidato a nada. Não tenho nenhuma aspiração política. Quero cumprir meu tempo e ir embora para minha casa, viver feliz e passear pelo mundo, se Deus quiser”, afirmou o presidente da Corte.

Ministro Barroso está no STF há 10 anos e, caso permanece até a aposentadoria compulsória, ele deixará a Corte em 2033 Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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No dia 13, no Fórum Esfera Internacional, em Paris, Sarkozy afirmou que o discurso de Barroso foi político. “Mais que um discurso de orientação jurídica. Muito interessante”, afirmou na ocasião.

Barroso afirmou que se referiu a um maior diálogo entre as pessoas no Brasil, ao que chamou de Agenda para o Brasil. “A democracia tem lugar para todos. Nesse espírito de pacificação, eu tenho proposto o que chamei de Agenda para o Brasil, mas não é uma agenda minha, não é uma agenda do Supremo. É a agenda da Constituição, que oferece roteiro que, ao meu ver, congrega progressistas, liberais e conservadores. Causa do Brasil”, afirmou na palestra desta segunda.

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Ser juiz é mais difícil que advogar, disse presidente da Corte

Barroso está no STF desde 2013, quando assumiu a cadeira deixada por Carlos Ayres Britto, que se aposentou no fim de 2012. Pela atual regra de aposentadoria no STF, caso Barroso não saia antes, ele deve permanecer na Corte até 2033.

Antes do STF, Barroso advogou por 30 anos. Para ele, ser juiz é mais difícil. “Não são apenas os honorários que fazem falta. É mais que isso. É porque o advogado tem uma vantagem. Ele precisa tomar uma decisão: se ele aceita ou não aceita a causa. Depois que o advogado aceita a causa, ele tem um compromisso legal que é defender todas as teses jurídicas razoáveis que atendam ao interesse que ele aceitou patrocinar. Então, o advogado tem um lado e ele não tem dúvidas, porque ele tem que defender aquele lado. Claro, que dentro dos limites da ética”, disse Barroso.

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“O juiz tem que ouvir um lado, tem que ouvir outro, tem que ouvir Ministério Público, tem que respeitar os direitos fundamentais do acusado, mas ele também tem que proteger a próxima vítima. Advogados têm muitas certezas e juízes têm muitas dúvidas e angústias. É uma vida difícil, apesar de ser uma vida de muita realização também, como fui muito feliz na advocacia. A ideia do juiz é de servidor público, não exercer autoridade, é servir para sociedade”, concluiu.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (23) não ter intenção de se candidatar a nenhum cargo do Poder Executivo no futuro, como sugeriu o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy no último dia 13, em um evento em Paris.

Barroso disse, durante uma palestra oferecida pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), em São Paulo, esperar concluir seu “tempo” no STF e ir para casa. “Eu não sou candidato a nada. Não tenho nenhuma aspiração política. Quero cumprir meu tempo e ir embora para minha casa, viver feliz e passear pelo mundo, se Deus quiser”, afirmou o presidente da Corte.

Ministro Barroso está no STF há 10 anos e, caso permanece até a aposentadoria compulsória, ele deixará a Corte em 2033 Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

No dia 13, no Fórum Esfera Internacional, em Paris, Sarkozy afirmou que o discurso de Barroso foi político. “Mais que um discurso de orientação jurídica. Muito interessante”, afirmou na ocasião.

Barroso afirmou que se referiu a um maior diálogo entre as pessoas no Brasil, ao que chamou de Agenda para o Brasil. “A democracia tem lugar para todos. Nesse espírito de pacificação, eu tenho proposto o que chamei de Agenda para o Brasil, mas não é uma agenda minha, não é uma agenda do Supremo. É a agenda da Constituição, que oferece roteiro que, ao meu ver, congrega progressistas, liberais e conservadores. Causa do Brasil”, afirmou na palestra desta segunda.

Ser juiz é mais difícil que advogar, disse presidente da Corte

Barroso está no STF desde 2013, quando assumiu a cadeira deixada por Carlos Ayres Britto, que se aposentou no fim de 2012. Pela atual regra de aposentadoria no STF, caso Barroso não saia antes, ele deve permanecer na Corte até 2033.

Antes do STF, Barroso advogou por 30 anos. Para ele, ser juiz é mais difícil. “Não são apenas os honorários que fazem falta. É mais que isso. É porque o advogado tem uma vantagem. Ele precisa tomar uma decisão: se ele aceita ou não aceita a causa. Depois que o advogado aceita a causa, ele tem um compromisso legal que é defender todas as teses jurídicas razoáveis que atendam ao interesse que ele aceitou patrocinar. Então, o advogado tem um lado e ele não tem dúvidas, porque ele tem que defender aquele lado. Claro, que dentro dos limites da ética”, disse Barroso.

“O juiz tem que ouvir um lado, tem que ouvir outro, tem que ouvir Ministério Público, tem que respeitar os direitos fundamentais do acusado, mas ele também tem que proteger a próxima vítima. Advogados têm muitas certezas e juízes têm muitas dúvidas e angústias. É uma vida difícil, apesar de ser uma vida de muita realização também, como fui muito feliz na advocacia. A ideia do juiz é de servidor público, não exercer autoridade, é servir para sociedade”, concluiu.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (23) não ter intenção de se candidatar a nenhum cargo do Poder Executivo no futuro, como sugeriu o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy no último dia 13, em um evento em Paris.

Barroso disse, durante uma palestra oferecida pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), em São Paulo, esperar concluir seu “tempo” no STF e ir para casa. “Eu não sou candidato a nada. Não tenho nenhuma aspiração política. Quero cumprir meu tempo e ir embora para minha casa, viver feliz e passear pelo mundo, se Deus quiser”, afirmou o presidente da Corte.

Ministro Barroso está no STF há 10 anos e, caso permanece até a aposentadoria compulsória, ele deixará a Corte em 2033 Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

No dia 13, no Fórum Esfera Internacional, em Paris, Sarkozy afirmou que o discurso de Barroso foi político. “Mais que um discurso de orientação jurídica. Muito interessante”, afirmou na ocasião.

Barroso afirmou que se referiu a um maior diálogo entre as pessoas no Brasil, ao que chamou de Agenda para o Brasil. “A democracia tem lugar para todos. Nesse espírito de pacificação, eu tenho proposto o que chamei de Agenda para o Brasil, mas não é uma agenda minha, não é uma agenda do Supremo. É a agenda da Constituição, que oferece roteiro que, ao meu ver, congrega progressistas, liberais e conservadores. Causa do Brasil”, afirmou na palestra desta segunda.

Ser juiz é mais difícil que advogar, disse presidente da Corte

Barroso está no STF desde 2013, quando assumiu a cadeira deixada por Carlos Ayres Britto, que se aposentou no fim de 2012. Pela atual regra de aposentadoria no STF, caso Barroso não saia antes, ele deve permanecer na Corte até 2033.

Antes do STF, Barroso advogou por 30 anos. Para ele, ser juiz é mais difícil. “Não são apenas os honorários que fazem falta. É mais que isso. É porque o advogado tem uma vantagem. Ele precisa tomar uma decisão: se ele aceita ou não aceita a causa. Depois que o advogado aceita a causa, ele tem um compromisso legal que é defender todas as teses jurídicas razoáveis que atendam ao interesse que ele aceitou patrocinar. Então, o advogado tem um lado e ele não tem dúvidas, porque ele tem que defender aquele lado. Claro, que dentro dos limites da ética”, disse Barroso.

“O juiz tem que ouvir um lado, tem que ouvir outro, tem que ouvir Ministério Público, tem que respeitar os direitos fundamentais do acusado, mas ele também tem que proteger a próxima vítima. Advogados têm muitas certezas e juízes têm muitas dúvidas e angústias. É uma vida difícil, apesar de ser uma vida de muita realização também, como fui muito feliz na advocacia. A ideia do juiz é de servidor público, não exercer autoridade, é servir para sociedade”, concluiu.

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