Bastidor: Aliados de Lula atribuem ataque de Lira a Padilha à disputa na sucessão da Câmara


Presidente da Câmara se irritou com atuação de Alexandre de Padilha e também reclama de interferência em processo de votação na Casa

Por Iander Porcella
Atualização:

BRASÍLIA -Aliados do governo ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliam que as críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foram motivadas pelo enfraquecimento da candidatura do líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), à sucessão na Casa, após o plenário manter a prisão de Chiquinho Brazão. Já entre os deputados vinculados a Lira há convicção de que a reação do presidente da Câmara foi motivada por interferência de Padilha em assunto interno do Parlamento.

A avaliação de aliados de Lira é de que Padilha rompeu uma regra de independência entre os Poderes ao ligar para parlamentares com o objetivo de convencê-los a votar para manter a prisão de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e os ministros Rui Costa e Alexandre Padilha em solenidade no Congresso. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADAO  Foto: Wilton Junior
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Lira chamou Padilha nesta quinta-feira, 11, de “incompetente” e “desafeto pessoal”, durante coletiva de imprensa em Londrina (PR). O presidente da Câmara acusou o ministro de plantar informações na imprensa de que ele teria se enfraquecido com a manutenção da prisão do deputado nesta quarta-feira, 10. O placar foi de 277 votos a 129, apenas 20 a mais que o necessário para aprovar o parecer do relator, Darci de Matos (PSD-SC), que havia recomendado a manutenção da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Aliados do presidente da Câmara afirmam que até a manhã de quarta-feira o Palácio do Planalto havia se mantido fora do assunto, mas, durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Padilha começou a telefonar para deputados pedindo que votassem para manter Brazão preso.

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Além disso, esses aliados dizem que Lira garantiu que os partidos do Centrão poderiam liberar suas bancadas na hora votação e negam que o presidente da Câmara tenha atuado para soltar Brazão. Os aliados destacam que a discussão no plenário foi rápida porque Lira estava preocupado com a imagem da Casa se houvesse bate-boca.

A própria bancada do PP votou dividida. A ideia de Lira, ressaltam, era garantir que cada parlamentar votasse de acordo com sua opinião. Por isso, descartam que ele tenha saído derrotado do episódio. A avaliação é de que o presidente da Câmara não saiu a campo a favor de nenhum resultado específico na análise da prisão de Brazão. Além disso, dizem que a votação apertada reflete uma insatisfação da Casa com o STF.

Governistas, por outro lado, avaliam que o enfraquecimento de Elmar irritou Lira. A estratégia do Centrão, segundo a base aliada do Planalto, era soltar Brazão como um recado ao Supremo, o que também mostraria fragilidade do governo. Depois, a ideia seria cassar o mandato do deputado no Conselho de Ética e, com isso, agradar à opinião pública.

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O líder do União Brasil verbalizou em público que votaria pela soltura de Brazão e, com isso, avaliam governistas, pretendia fazer um aceno aos bolsonaristas para garantir o apoio da oposição a sua candidatura à Presidência da Câmara. Como o deputado foi mantido preso, afirmam aliados do governo, Elmar perdeu força e quem ganhou um impulso na disputa pela sucessão de Lira foi o líder do PSD, Antonio Brito (BA), que já era o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto.

A percepção é de que a chance de o Planalto compor com Elmar agora é “zero”, após ele atuar pela liberação de Brazão, já que o caso Marielle é um símbolo para a esquerda e a irmã da vereadora, Anielle Franco, é ministra da Igualdade Racial de Lula.

Governistas dizem que, caso Elmar se mantivesse forte na disputa, Lira poderia usar a candidatura dele para barganhar um acordo com o Executivo para garantir seu futuro político depois de sair do comando da Câmara. Com o líder do União Brasil enfraquecido, afirmam, o poder de negociação de Lira na própria sucessão fica reduzido.

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“É lamentável que integrantes do governo interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes fiquem plantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o Parlamento. E, depois, quando o Parlamento reage, acham ruim”, disse Lira hoje, ao ser questionado sobre a tese de que teria se enfraquecido com o resultado da votação no caso Chiquinho Brazão.

“(A notícia) foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto além de pessoal, incompetente”, emendou Lira. “Não existe partidarização, eu deixei bem claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver, não teve um partido que fechasse questão, os partidos liberaram, na sua maioria (as bancadas para que votassem como quisessem).”

Lira rompeu relações com Padilha no início do ano após discordar de critérios para o repasse de emendas parlamentares do Ministério da Saúde, cuja titular, Nísia Trindade, é apadrinhada pelo ministro das Relações Institucionais. Desde então, o principal interlocutor do presidente da Câmara no Palácio do Planalto tem sido o ministro da Casa Civil, Rui Costa, apesar de Padilha ser o responsável pela articulação política do governo com o Congresso.

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Depois de Brito, o segundo lugar na preferência do Palácio do Planalto para o comando da Câmara é o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP). O PT quer evitar a vitória de Elmar, entre outros motivos, porque ele é rival do ministro da Casa Civil, Rui Costa, na Bahia.

O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), é outro possível concorrente. Embora tenha atuação discreta mesmo nos bastidores em relação à corrida pela presidência da Casa, deputados avaliam que ele espera apenas o momento certo para intensificar as articulações e se lançar de vez na campanha.

O nome do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), também é citado, mas como possibilidade remota, já que Pereira não pretende desistir da disputa e os dois são da mesma sigla. No PP, o líder da bancada, Doutor Luizinho (RJ), é cotado, mas sua eventual candidatura poderia esbarrar na de Elmar - ambos são do mesmo bloco partidário.

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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, defende que o partido tenha candidatura própria na Câmara, com o líder da bancada, Altineu Côrtes (RJ). Esse movimento, contudo, é visto apenas como uma forma de barganhar o apoio da legenda ao candidato mais forte em troca de cargos relevantes na Mesa Diretora.

BRASÍLIA -Aliados do governo ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliam que as críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foram motivadas pelo enfraquecimento da candidatura do líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), à sucessão na Casa, após o plenário manter a prisão de Chiquinho Brazão. Já entre os deputados vinculados a Lira há convicção de que a reação do presidente da Câmara foi motivada por interferência de Padilha em assunto interno do Parlamento.

A avaliação de aliados de Lira é de que Padilha rompeu uma regra de independência entre os Poderes ao ligar para parlamentares com o objetivo de convencê-los a votar para manter a prisão de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e os ministros Rui Costa e Alexandre Padilha em solenidade no Congresso. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADAO  Foto: Wilton Junior

Lira chamou Padilha nesta quinta-feira, 11, de “incompetente” e “desafeto pessoal”, durante coletiva de imprensa em Londrina (PR). O presidente da Câmara acusou o ministro de plantar informações na imprensa de que ele teria se enfraquecido com a manutenção da prisão do deputado nesta quarta-feira, 10. O placar foi de 277 votos a 129, apenas 20 a mais que o necessário para aprovar o parecer do relator, Darci de Matos (PSD-SC), que havia recomendado a manutenção da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Aliados do presidente da Câmara afirmam que até a manhã de quarta-feira o Palácio do Planalto havia se mantido fora do assunto, mas, durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Padilha começou a telefonar para deputados pedindo que votassem para manter Brazão preso.

Além disso, esses aliados dizem que Lira garantiu que os partidos do Centrão poderiam liberar suas bancadas na hora votação e negam que o presidente da Câmara tenha atuado para soltar Brazão. Os aliados destacam que a discussão no plenário foi rápida porque Lira estava preocupado com a imagem da Casa se houvesse bate-boca.

A própria bancada do PP votou dividida. A ideia de Lira, ressaltam, era garantir que cada parlamentar votasse de acordo com sua opinião. Por isso, descartam que ele tenha saído derrotado do episódio. A avaliação é de que o presidente da Câmara não saiu a campo a favor de nenhum resultado específico na análise da prisão de Brazão. Além disso, dizem que a votação apertada reflete uma insatisfação da Casa com o STF.

Governistas, por outro lado, avaliam que o enfraquecimento de Elmar irritou Lira. A estratégia do Centrão, segundo a base aliada do Planalto, era soltar Brazão como um recado ao Supremo, o que também mostraria fragilidade do governo. Depois, a ideia seria cassar o mandato do deputado no Conselho de Ética e, com isso, agradar à opinião pública.

O líder do União Brasil verbalizou em público que votaria pela soltura de Brazão e, com isso, avaliam governistas, pretendia fazer um aceno aos bolsonaristas para garantir o apoio da oposição a sua candidatura à Presidência da Câmara. Como o deputado foi mantido preso, afirmam aliados do governo, Elmar perdeu força e quem ganhou um impulso na disputa pela sucessão de Lira foi o líder do PSD, Antonio Brito (BA), que já era o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto.

A percepção é de que a chance de o Planalto compor com Elmar agora é “zero”, após ele atuar pela liberação de Brazão, já que o caso Marielle é um símbolo para a esquerda e a irmã da vereadora, Anielle Franco, é ministra da Igualdade Racial de Lula.

Governistas dizem que, caso Elmar se mantivesse forte na disputa, Lira poderia usar a candidatura dele para barganhar um acordo com o Executivo para garantir seu futuro político depois de sair do comando da Câmara. Com o líder do União Brasil enfraquecido, afirmam, o poder de negociação de Lira na própria sucessão fica reduzido.

“É lamentável que integrantes do governo interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes fiquem plantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o Parlamento. E, depois, quando o Parlamento reage, acham ruim”, disse Lira hoje, ao ser questionado sobre a tese de que teria se enfraquecido com o resultado da votação no caso Chiquinho Brazão.

“(A notícia) foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto além de pessoal, incompetente”, emendou Lira. “Não existe partidarização, eu deixei bem claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver, não teve um partido que fechasse questão, os partidos liberaram, na sua maioria (as bancadas para que votassem como quisessem).”

Lira rompeu relações com Padilha no início do ano após discordar de critérios para o repasse de emendas parlamentares do Ministério da Saúde, cuja titular, Nísia Trindade, é apadrinhada pelo ministro das Relações Institucionais. Desde então, o principal interlocutor do presidente da Câmara no Palácio do Planalto tem sido o ministro da Casa Civil, Rui Costa, apesar de Padilha ser o responsável pela articulação política do governo com o Congresso.

Depois de Brito, o segundo lugar na preferência do Palácio do Planalto para o comando da Câmara é o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP). O PT quer evitar a vitória de Elmar, entre outros motivos, porque ele é rival do ministro da Casa Civil, Rui Costa, na Bahia.

O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), é outro possível concorrente. Embora tenha atuação discreta mesmo nos bastidores em relação à corrida pela presidência da Casa, deputados avaliam que ele espera apenas o momento certo para intensificar as articulações e se lançar de vez na campanha.

O nome do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), também é citado, mas como possibilidade remota, já que Pereira não pretende desistir da disputa e os dois são da mesma sigla. No PP, o líder da bancada, Doutor Luizinho (RJ), é cotado, mas sua eventual candidatura poderia esbarrar na de Elmar - ambos são do mesmo bloco partidário.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, defende que o partido tenha candidatura própria na Câmara, com o líder da bancada, Altineu Côrtes (RJ). Esse movimento, contudo, é visto apenas como uma forma de barganhar o apoio da legenda ao candidato mais forte em troca de cargos relevantes na Mesa Diretora.

BRASÍLIA -Aliados do governo ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliam que as críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foram motivadas pelo enfraquecimento da candidatura do líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), à sucessão na Casa, após o plenário manter a prisão de Chiquinho Brazão. Já entre os deputados vinculados a Lira há convicção de que a reação do presidente da Câmara foi motivada por interferência de Padilha em assunto interno do Parlamento.

A avaliação de aliados de Lira é de que Padilha rompeu uma regra de independência entre os Poderes ao ligar para parlamentares com o objetivo de convencê-los a votar para manter a prisão de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e os ministros Rui Costa e Alexandre Padilha em solenidade no Congresso. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADAO  Foto: Wilton Junior

Lira chamou Padilha nesta quinta-feira, 11, de “incompetente” e “desafeto pessoal”, durante coletiva de imprensa em Londrina (PR). O presidente da Câmara acusou o ministro de plantar informações na imprensa de que ele teria se enfraquecido com a manutenção da prisão do deputado nesta quarta-feira, 10. O placar foi de 277 votos a 129, apenas 20 a mais que o necessário para aprovar o parecer do relator, Darci de Matos (PSD-SC), que havia recomendado a manutenção da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Aliados do presidente da Câmara afirmam que até a manhã de quarta-feira o Palácio do Planalto havia se mantido fora do assunto, mas, durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Padilha começou a telefonar para deputados pedindo que votassem para manter Brazão preso.

Além disso, esses aliados dizem que Lira garantiu que os partidos do Centrão poderiam liberar suas bancadas na hora votação e negam que o presidente da Câmara tenha atuado para soltar Brazão. Os aliados destacam que a discussão no plenário foi rápida porque Lira estava preocupado com a imagem da Casa se houvesse bate-boca.

A própria bancada do PP votou dividida. A ideia de Lira, ressaltam, era garantir que cada parlamentar votasse de acordo com sua opinião. Por isso, descartam que ele tenha saído derrotado do episódio. A avaliação é de que o presidente da Câmara não saiu a campo a favor de nenhum resultado específico na análise da prisão de Brazão. Além disso, dizem que a votação apertada reflete uma insatisfação da Casa com o STF.

Governistas, por outro lado, avaliam que o enfraquecimento de Elmar irritou Lira. A estratégia do Centrão, segundo a base aliada do Planalto, era soltar Brazão como um recado ao Supremo, o que também mostraria fragilidade do governo. Depois, a ideia seria cassar o mandato do deputado no Conselho de Ética e, com isso, agradar à opinião pública.

O líder do União Brasil verbalizou em público que votaria pela soltura de Brazão e, com isso, avaliam governistas, pretendia fazer um aceno aos bolsonaristas para garantir o apoio da oposição a sua candidatura à Presidência da Câmara. Como o deputado foi mantido preso, afirmam aliados do governo, Elmar perdeu força e quem ganhou um impulso na disputa pela sucessão de Lira foi o líder do PSD, Antonio Brito (BA), que já era o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto.

A percepção é de que a chance de o Planalto compor com Elmar agora é “zero”, após ele atuar pela liberação de Brazão, já que o caso Marielle é um símbolo para a esquerda e a irmã da vereadora, Anielle Franco, é ministra da Igualdade Racial de Lula.

Governistas dizem que, caso Elmar se mantivesse forte na disputa, Lira poderia usar a candidatura dele para barganhar um acordo com o Executivo para garantir seu futuro político depois de sair do comando da Câmara. Com o líder do União Brasil enfraquecido, afirmam, o poder de negociação de Lira na própria sucessão fica reduzido.

“É lamentável que integrantes do governo interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes fiquem plantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o Parlamento. E, depois, quando o Parlamento reage, acham ruim”, disse Lira hoje, ao ser questionado sobre a tese de que teria se enfraquecido com o resultado da votação no caso Chiquinho Brazão.

“(A notícia) foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto além de pessoal, incompetente”, emendou Lira. “Não existe partidarização, eu deixei bem claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver, não teve um partido que fechasse questão, os partidos liberaram, na sua maioria (as bancadas para que votassem como quisessem).”

Lira rompeu relações com Padilha no início do ano após discordar de critérios para o repasse de emendas parlamentares do Ministério da Saúde, cuja titular, Nísia Trindade, é apadrinhada pelo ministro das Relações Institucionais. Desde então, o principal interlocutor do presidente da Câmara no Palácio do Planalto tem sido o ministro da Casa Civil, Rui Costa, apesar de Padilha ser o responsável pela articulação política do governo com o Congresso.

Depois de Brito, o segundo lugar na preferência do Palácio do Planalto para o comando da Câmara é o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP). O PT quer evitar a vitória de Elmar, entre outros motivos, porque ele é rival do ministro da Casa Civil, Rui Costa, na Bahia.

O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), é outro possível concorrente. Embora tenha atuação discreta mesmo nos bastidores em relação à corrida pela presidência da Casa, deputados avaliam que ele espera apenas o momento certo para intensificar as articulações e se lançar de vez na campanha.

O nome do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), também é citado, mas como possibilidade remota, já que Pereira não pretende desistir da disputa e os dois são da mesma sigla. No PP, o líder da bancada, Doutor Luizinho (RJ), é cotado, mas sua eventual candidatura poderia esbarrar na de Elmar - ambos são do mesmo bloco partidário.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, defende que o partido tenha candidatura própria na Câmara, com o líder da bancada, Altineu Côrtes (RJ). Esse movimento, contudo, é visto apenas como uma forma de barganhar o apoio da legenda ao candidato mais forte em troca de cargos relevantes na Mesa Diretora.

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