Bastidor: Exército já cogita que ação da PF pode atingir mais oficiais após prisão de Braga Netto


Apesar de reconhecer a gravidade das informações divulgadas em relatórios policiais, integrantes da Força militar admitem desconforto em ver o caso associado à imagem do Exército

Por Monica Gugliano
Atualização:

A prisão do ex-ministro e general da reserva Walter Braga Netto, realizada no sábado, 14, não surpreendeu oficiais do Exército. A detenção do vice na chapa de Jair Bolsonaro na chapa de 2022 já era esperada e isso foi compartilhado em conversas reservadas após o oficial ser alvo de operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Braga Netto foi preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sob acusação de tentativa de interferir em investigações.

O envolvimento do general na tentativa de golpe e as iniciativas apontadas pela Polícia Federal para conhecer o conteúdo da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, são consideradas graves. Após a prisão do general Mário Fernandes, que foi secretário executivo do então ministro da secretaria geral do Governo, Luiz Eduardo Ramos, a avaliação dos militares é de que as ações da PF vão prosseguir ainda por um bom tempo.

Existe, agora, a crença de que, com a queda de Braga Netto, os próximos generais da lista serão o ex-ministro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno e o próprio Luiz Eduardo Ramos. Cogita-se até mesmo a possibilidade de os depoimentos de Braga Netto, que devem ser prestados nos próximos dias à Polícia Federal (PF), trazerem novas informações sobre o envolvimento dos generais - alguns até já indiciados, como Augusto Heleno – na tentativa de golpe.

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Apesar da gravidade dos fatos narrados nos relatórios da PF, oficiais admitem que há um desconforto no Exército com o assunto, uma vez que a Força militar fica sendo associada à atuação dos oficiais próximos ao ex-presidente Bolsonaro. Na avaliação de um general, a sequência de eventos revelados a partir das investigações vai incluindo novos nomes e, mesmo ficando claro que institucionalmente o comando do Exército não aderiu à ideia golpista, as acusações acabam impactando a imagem da Força.

General da reserva Walter Braga Netto foi preso pela Polícia Federal neste sábado, 14 Foto: Wilton Junior/Estadão

A convicção, corrente no Alto Comando, é de que a delação premiada de Mauro Cid fortalece as investigações, apontando um rumo, depois confirmado por documentos, telefonemas e instruções que foram dadas pelo então candidato derrotado à vice-presidente. À época da prisão de Fernandes, em meados de novembro, militares de alta patente diziam ter ficado “desconcertados” com a prisão dos chamados “kids pretos”.

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Como revelou o Estadão, o comandante do Exército, Tomás Miguel Paiva, não foi informado antecipadamente nas primeiras horas do sábado, 14, de que seria cumprido o mandado de prisão contra o general reformado Braga Netto. Paiva recebeu apenas a solicitação para que o Exército providenciasse um oficial de contato no Rio e outro em Brasília. Até agora, o comandante costumava ser informado, segundo fontes do Alto Comando.

Embora os fatos que antecederam a prisão já viessem indicando que isso poderia acontecer, o comandante foi surpreendido e, em conversas com outros oficiais, disse que só tomou conhecimento nas primeiras horas da manhã de sábado. Ele então ligou para o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que tampouco havia sido informado.

A prisão do ex-ministro e general da reserva Walter Braga Netto, realizada no sábado, 14, não surpreendeu oficiais do Exército. A detenção do vice na chapa de Jair Bolsonaro na chapa de 2022 já era esperada e isso foi compartilhado em conversas reservadas após o oficial ser alvo de operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Braga Netto foi preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sob acusação de tentativa de interferir em investigações.

O envolvimento do general na tentativa de golpe e as iniciativas apontadas pela Polícia Federal para conhecer o conteúdo da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, são consideradas graves. Após a prisão do general Mário Fernandes, que foi secretário executivo do então ministro da secretaria geral do Governo, Luiz Eduardo Ramos, a avaliação dos militares é de que as ações da PF vão prosseguir ainda por um bom tempo.

Existe, agora, a crença de que, com a queda de Braga Netto, os próximos generais da lista serão o ex-ministro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno e o próprio Luiz Eduardo Ramos. Cogita-se até mesmo a possibilidade de os depoimentos de Braga Netto, que devem ser prestados nos próximos dias à Polícia Federal (PF), trazerem novas informações sobre o envolvimento dos generais - alguns até já indiciados, como Augusto Heleno – na tentativa de golpe.

Apesar da gravidade dos fatos narrados nos relatórios da PF, oficiais admitem que há um desconforto no Exército com o assunto, uma vez que a Força militar fica sendo associada à atuação dos oficiais próximos ao ex-presidente Bolsonaro. Na avaliação de um general, a sequência de eventos revelados a partir das investigações vai incluindo novos nomes e, mesmo ficando claro que institucionalmente o comando do Exército não aderiu à ideia golpista, as acusações acabam impactando a imagem da Força.

General da reserva Walter Braga Netto foi preso pela Polícia Federal neste sábado, 14 Foto: Wilton Junior/Estadão

A convicção, corrente no Alto Comando, é de que a delação premiada de Mauro Cid fortalece as investigações, apontando um rumo, depois confirmado por documentos, telefonemas e instruções que foram dadas pelo então candidato derrotado à vice-presidente. À época da prisão de Fernandes, em meados de novembro, militares de alta patente diziam ter ficado “desconcertados” com a prisão dos chamados “kids pretos”.

Como revelou o Estadão, o comandante do Exército, Tomás Miguel Paiva, não foi informado antecipadamente nas primeiras horas do sábado, 14, de que seria cumprido o mandado de prisão contra o general reformado Braga Netto. Paiva recebeu apenas a solicitação para que o Exército providenciasse um oficial de contato no Rio e outro em Brasília. Até agora, o comandante costumava ser informado, segundo fontes do Alto Comando.

Embora os fatos que antecederam a prisão já viessem indicando que isso poderia acontecer, o comandante foi surpreendido e, em conversas com outros oficiais, disse que só tomou conhecimento nas primeiras horas da manhã de sábado. Ele então ligou para o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que tampouco havia sido informado.

A prisão do ex-ministro e general da reserva Walter Braga Netto, realizada no sábado, 14, não surpreendeu oficiais do Exército. A detenção do vice na chapa de Jair Bolsonaro na chapa de 2022 já era esperada e isso foi compartilhado em conversas reservadas após o oficial ser alvo de operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Braga Netto foi preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sob acusação de tentativa de interferir em investigações.

O envolvimento do general na tentativa de golpe e as iniciativas apontadas pela Polícia Federal para conhecer o conteúdo da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, são consideradas graves. Após a prisão do general Mário Fernandes, que foi secretário executivo do então ministro da secretaria geral do Governo, Luiz Eduardo Ramos, a avaliação dos militares é de que as ações da PF vão prosseguir ainda por um bom tempo.

Existe, agora, a crença de que, com a queda de Braga Netto, os próximos generais da lista serão o ex-ministro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno e o próprio Luiz Eduardo Ramos. Cogita-se até mesmo a possibilidade de os depoimentos de Braga Netto, que devem ser prestados nos próximos dias à Polícia Federal (PF), trazerem novas informações sobre o envolvimento dos generais - alguns até já indiciados, como Augusto Heleno – na tentativa de golpe.

Apesar da gravidade dos fatos narrados nos relatórios da PF, oficiais admitem que há um desconforto no Exército com o assunto, uma vez que a Força militar fica sendo associada à atuação dos oficiais próximos ao ex-presidente Bolsonaro. Na avaliação de um general, a sequência de eventos revelados a partir das investigações vai incluindo novos nomes e, mesmo ficando claro que institucionalmente o comando do Exército não aderiu à ideia golpista, as acusações acabam impactando a imagem da Força.

General da reserva Walter Braga Netto foi preso pela Polícia Federal neste sábado, 14 Foto: Wilton Junior/Estadão

A convicção, corrente no Alto Comando, é de que a delação premiada de Mauro Cid fortalece as investigações, apontando um rumo, depois confirmado por documentos, telefonemas e instruções que foram dadas pelo então candidato derrotado à vice-presidente. À época da prisão de Fernandes, em meados de novembro, militares de alta patente diziam ter ficado “desconcertados” com a prisão dos chamados “kids pretos”.

Como revelou o Estadão, o comandante do Exército, Tomás Miguel Paiva, não foi informado antecipadamente nas primeiras horas do sábado, 14, de que seria cumprido o mandado de prisão contra o general reformado Braga Netto. Paiva recebeu apenas a solicitação para que o Exército providenciasse um oficial de contato no Rio e outro em Brasília. Até agora, o comandante costumava ser informado, segundo fontes do Alto Comando.

Embora os fatos que antecederam a prisão já viessem indicando que isso poderia acontecer, o comandante foi surpreendido e, em conversas com outros oficiais, disse que só tomou conhecimento nas primeiras horas da manhã de sábado. Ele então ligou para o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que tampouco havia sido informado.

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