Belo Horizonte tem indefinição e campanha por voto útil da esquerda contra candidato de Bolsonaro


Maior parte das pesquisas aponta Mauro Tramonte (Republicanos) na liderança, mas AtlasIntel coloca cinco candidatos com chances de segundo turno

Por Pedro Augusto Figueiredo

O cenário eleitoral de Belo Horizonte está embolado a menos de 15 dias do primeiro turno. A maior parte das pesquisas aponta o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) liderando a corrida eleitoral, com o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), e o deputado estadual Bruno Engler (PL), candidato de Jair Bolsonaro (PL), disputando a outra vaga no segundo turno. Porém, pesquisa AtlasIntel divulgada na segunda-feira, 23, indica que há outros dois candidatos com chances, a deputada federal Duda Salabert (PDT) e o vereador Gabriel Azevedo (MDB), além de colocar Engler na frente de Tramonte.

Em meio à indefinição, parte da esquerda belo-horizontina passou a defender voto útil em Fuad, economista que foi secretário nos governos tucanos de Aécio Neves e Antonio Anastasia em Minas Gerais para tentar brecar a ida do bolsonarismo ao segundo turno — Salabert também tenta se aproveitar desse movimento.

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A estratégia ganhou força porque a campanha do deputado federal Rogério Correia (PT), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não deslanchou: o petista aparece empatado tecnicamente em terceiro lugar na AtlasIntel, com 10%, mas atrás de outros três candidatos. Numericamente, ele está em quinto na Quaest, com 5%, e no Datafolha, onde tem 6%. Ao mesmo tempo, Fuad Noman cresceu de 9% no fim de agosto para 20% em meados de setembro no levantamento do primeiro instituto e de 13% para 18% no segundo.

Mauro Tramonte, Bruno Engler, Fuad Noman e Duda Salabert são candidatos a prefeito em Belo Horizonte Foto: Elizabete Guimarães/ALMG, Clarissa Barçante/ALMG, Reprodução/X Fuad Noman, Pedro França/Agência Senado
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“Tenho sentido um movimento natural daqueles que não querem Engler e Tramonte no segundo turno e enxergam que a esquerda não tem chance de segundo turno, mas não partiu da gente”, disse Cássio Soares, presidente estadual do PSD que atuou para unificar a sigla em torno de Fuad Noman após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), ensaiar uma candidatura.

O principal argumento em prol do prefeito é que ele fez campanha para Lula em 2022 e daria palanque novamente para o presidente em 2026, enquanto Tramonte é aliado do governador Romeu Zema (Novo) e Engler abriria espaço para o candidato do bolsonarismo.

Correia, o candidato do PT, pediu direito de resposta na Justiça Eleitoral após jornais mineiros noticiarem que integrantes da esquerda passaram a cogitar voto em Fuad Noman. Segundo o petista, os órgãos de imprensa estariam dando tratamento privilegiado ao prefeito. Ele desistiu das ações após a repercussão negativa.

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O bolsonarista Engler enxerga que o movimento pelo voto útil é um sinal de que a esquerda tem “medo dele”. “E eles têm razão. Sugam a nossa Prefeitura e vamos fazer a limpa”, disse o candidato do PL, que vai intensificar agendas com padrinhos políticos.

Embora diga não se pautar pelas pesquisas, ele subiu de 12% para 18% na Quaest e de 10% para 18% no Datafolha. Na Atlas, lidera com folga, com 25,2%, embora tenha caído quase quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

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“Vamos ter o reforço do Nikolas [Ferreira], que rodou o Brasil inteiro fazendo campanha para outros candidatos do PL, mas nessa reta final terá Belo Horizonte como o foco. Também teremos o senador Cleitinho. O Bolsonaro já fizemos agenda, então ele só volta no segundo turno”, disse Engler.

O candidato de Bolsonaro afirma que Mauro Tramonte, que costuma ser associado com a direita embora se classifique como de centro, não representa este campo político porque não enfrentou a esquerda na Assembleia Legislativa em seis anos de mandato e também não defendeu pautas caras ao grupo.

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O próprio Tramonte, apresentador de um programa policial na TV e uma espécie de versão mineira de José Luiz Datena (PSDB), tem buscado deixar a ideologia em segundo plano e adotado o discurso que sua prioridade é resolver os problemas da capital mineira. Além de Zema, ele tem o apoio do ex-prefeito Alexandre Kalil (Republicanos), que era rival do governador e se aliou a Lula e ao PT em 2022.

“Nunca entramos em polarização”, disse Rodrigo Mendes, marqueteiro do candidato do Republicanos. “O Mauro sempre fala que quer resolver o problema da UPA lotada, a questão do ônibus, o trânsito caótico. Não vai ser a ideologia que vai pautar o voto”, acrescenta.

Mendes afirma que a campanha não está de “salto alto” e segue empenhada mesmo diante da liderança de Tramonte no Datafolha, onde aparece com 28% contra 18% de Noman e Engler, e na Quaest, que o coloca com os mesmos 28%, contra 20% do prefeito e 18% do bolsonarista.

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A candidata Duda Salabert, primeira deputada federal transgênero na história, avalia que o único denominador comum nas pesquisas é que ela é a única candidata progressista com chances reais de ir para o segundo turno. A pedetista diz não temer ser vítima da estratégia do voto útil.

“Pelo contrário: há uma movimentação do voto útil para o Fuad e outra votação do movimentação de voto útil para a minha candidatura. Vários candidatos a vereadores da chapa do PT, do PSOL e da Rede têm pedido voto para nós”, declarou ela.

Salabert está em quarto lugar no Datafolha e na Quaest, onde aparece respectivamente com 9% e 10%. A melhor colocação dela são os 13,7% na Atlas, que a colocam empatada em segundo lugar com Tramonte, Gabriel Azevedo e Noman.

O cenário eleitoral de Belo Horizonte está embolado a menos de 15 dias do primeiro turno. A maior parte das pesquisas aponta o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) liderando a corrida eleitoral, com o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), e o deputado estadual Bruno Engler (PL), candidato de Jair Bolsonaro (PL), disputando a outra vaga no segundo turno. Porém, pesquisa AtlasIntel divulgada na segunda-feira, 23, indica que há outros dois candidatos com chances, a deputada federal Duda Salabert (PDT) e o vereador Gabriel Azevedo (MDB), além de colocar Engler na frente de Tramonte.

Em meio à indefinição, parte da esquerda belo-horizontina passou a defender voto útil em Fuad, economista que foi secretário nos governos tucanos de Aécio Neves e Antonio Anastasia em Minas Gerais para tentar brecar a ida do bolsonarismo ao segundo turno — Salabert também tenta se aproveitar desse movimento.

A estratégia ganhou força porque a campanha do deputado federal Rogério Correia (PT), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não deslanchou: o petista aparece empatado tecnicamente em terceiro lugar na AtlasIntel, com 10%, mas atrás de outros três candidatos. Numericamente, ele está em quinto na Quaest, com 5%, e no Datafolha, onde tem 6%. Ao mesmo tempo, Fuad Noman cresceu de 9% no fim de agosto para 20% em meados de setembro no levantamento do primeiro instituto e de 13% para 18% no segundo.

Mauro Tramonte, Bruno Engler, Fuad Noman e Duda Salabert são candidatos a prefeito em Belo Horizonte Foto: Elizabete Guimarães/ALMG, Clarissa Barçante/ALMG, Reprodução/X Fuad Noman, Pedro França/Agência Senado

“Tenho sentido um movimento natural daqueles que não querem Engler e Tramonte no segundo turno e enxergam que a esquerda não tem chance de segundo turno, mas não partiu da gente”, disse Cássio Soares, presidente estadual do PSD que atuou para unificar a sigla em torno de Fuad Noman após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), ensaiar uma candidatura.

O principal argumento em prol do prefeito é que ele fez campanha para Lula em 2022 e daria palanque novamente para o presidente em 2026, enquanto Tramonte é aliado do governador Romeu Zema (Novo) e Engler abriria espaço para o candidato do bolsonarismo.

Correia, o candidato do PT, pediu direito de resposta na Justiça Eleitoral após jornais mineiros noticiarem que integrantes da esquerda passaram a cogitar voto em Fuad Noman. Segundo o petista, os órgãos de imprensa estariam dando tratamento privilegiado ao prefeito. Ele desistiu das ações após a repercussão negativa.

O bolsonarista Engler enxerga que o movimento pelo voto útil é um sinal de que a esquerda tem “medo dele”. “E eles têm razão. Sugam a nossa Prefeitura e vamos fazer a limpa”, disse o candidato do PL, que vai intensificar agendas com padrinhos políticos.

Embora diga não se pautar pelas pesquisas, ele subiu de 12% para 18% na Quaest e de 10% para 18% no Datafolha. Na Atlas, lidera com folga, com 25,2%, embora tenha caído quase quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

“Vamos ter o reforço do Nikolas [Ferreira], que rodou o Brasil inteiro fazendo campanha para outros candidatos do PL, mas nessa reta final terá Belo Horizonte como o foco. Também teremos o senador Cleitinho. O Bolsonaro já fizemos agenda, então ele só volta no segundo turno”, disse Engler.

O candidato de Bolsonaro afirma que Mauro Tramonte, que costuma ser associado com a direita embora se classifique como de centro, não representa este campo político porque não enfrentou a esquerda na Assembleia Legislativa em seis anos de mandato e também não defendeu pautas caras ao grupo.

O próprio Tramonte, apresentador de um programa policial na TV e uma espécie de versão mineira de José Luiz Datena (PSDB), tem buscado deixar a ideologia em segundo plano e adotado o discurso que sua prioridade é resolver os problemas da capital mineira. Além de Zema, ele tem o apoio do ex-prefeito Alexandre Kalil (Republicanos), que era rival do governador e se aliou a Lula e ao PT em 2022.

“Nunca entramos em polarização”, disse Rodrigo Mendes, marqueteiro do candidato do Republicanos. “O Mauro sempre fala que quer resolver o problema da UPA lotada, a questão do ônibus, o trânsito caótico. Não vai ser a ideologia que vai pautar o voto”, acrescenta.

Mendes afirma que a campanha não está de “salto alto” e segue empenhada mesmo diante da liderança de Tramonte no Datafolha, onde aparece com 28% contra 18% de Noman e Engler, e na Quaest, que o coloca com os mesmos 28%, contra 20% do prefeito e 18% do bolsonarista.

A candidata Duda Salabert, primeira deputada federal transgênero na história, avalia que o único denominador comum nas pesquisas é que ela é a única candidata progressista com chances reais de ir para o segundo turno. A pedetista diz não temer ser vítima da estratégia do voto útil.

“Pelo contrário: há uma movimentação do voto útil para o Fuad e outra votação do movimentação de voto útil para a minha candidatura. Vários candidatos a vereadores da chapa do PT, do PSOL e da Rede têm pedido voto para nós”, declarou ela.

Salabert está em quarto lugar no Datafolha e na Quaest, onde aparece respectivamente com 9% e 10%. A melhor colocação dela são os 13,7% na Atlas, que a colocam empatada em segundo lugar com Tramonte, Gabriel Azevedo e Noman.

O cenário eleitoral de Belo Horizonte está embolado a menos de 15 dias do primeiro turno. A maior parte das pesquisas aponta o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) liderando a corrida eleitoral, com o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), e o deputado estadual Bruno Engler (PL), candidato de Jair Bolsonaro (PL), disputando a outra vaga no segundo turno. Porém, pesquisa AtlasIntel divulgada na segunda-feira, 23, indica que há outros dois candidatos com chances, a deputada federal Duda Salabert (PDT) e o vereador Gabriel Azevedo (MDB), além de colocar Engler na frente de Tramonte.

Em meio à indefinição, parte da esquerda belo-horizontina passou a defender voto útil em Fuad, economista que foi secretário nos governos tucanos de Aécio Neves e Antonio Anastasia em Minas Gerais para tentar brecar a ida do bolsonarismo ao segundo turno — Salabert também tenta se aproveitar desse movimento.

A estratégia ganhou força porque a campanha do deputado federal Rogério Correia (PT), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não deslanchou: o petista aparece empatado tecnicamente em terceiro lugar na AtlasIntel, com 10%, mas atrás de outros três candidatos. Numericamente, ele está em quinto na Quaest, com 5%, e no Datafolha, onde tem 6%. Ao mesmo tempo, Fuad Noman cresceu de 9% no fim de agosto para 20% em meados de setembro no levantamento do primeiro instituto e de 13% para 18% no segundo.

Mauro Tramonte, Bruno Engler, Fuad Noman e Duda Salabert são candidatos a prefeito em Belo Horizonte Foto: Elizabete Guimarães/ALMG, Clarissa Barçante/ALMG, Reprodução/X Fuad Noman, Pedro França/Agência Senado

“Tenho sentido um movimento natural daqueles que não querem Engler e Tramonte no segundo turno e enxergam que a esquerda não tem chance de segundo turno, mas não partiu da gente”, disse Cássio Soares, presidente estadual do PSD que atuou para unificar a sigla em torno de Fuad Noman após o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), ensaiar uma candidatura.

O principal argumento em prol do prefeito é que ele fez campanha para Lula em 2022 e daria palanque novamente para o presidente em 2026, enquanto Tramonte é aliado do governador Romeu Zema (Novo) e Engler abriria espaço para o candidato do bolsonarismo.

Correia, o candidato do PT, pediu direito de resposta na Justiça Eleitoral após jornais mineiros noticiarem que integrantes da esquerda passaram a cogitar voto em Fuad Noman. Segundo o petista, os órgãos de imprensa estariam dando tratamento privilegiado ao prefeito. Ele desistiu das ações após a repercussão negativa.

O bolsonarista Engler enxerga que o movimento pelo voto útil é um sinal de que a esquerda tem “medo dele”. “E eles têm razão. Sugam a nossa Prefeitura e vamos fazer a limpa”, disse o candidato do PL, que vai intensificar agendas com padrinhos políticos.

Embora diga não se pautar pelas pesquisas, ele subiu de 12% para 18% na Quaest e de 10% para 18% no Datafolha. Na Atlas, lidera com folga, com 25,2%, embora tenha caído quase quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

“Vamos ter o reforço do Nikolas [Ferreira], que rodou o Brasil inteiro fazendo campanha para outros candidatos do PL, mas nessa reta final terá Belo Horizonte como o foco. Também teremos o senador Cleitinho. O Bolsonaro já fizemos agenda, então ele só volta no segundo turno”, disse Engler.

O candidato de Bolsonaro afirma que Mauro Tramonte, que costuma ser associado com a direita embora se classifique como de centro, não representa este campo político porque não enfrentou a esquerda na Assembleia Legislativa em seis anos de mandato e também não defendeu pautas caras ao grupo.

O próprio Tramonte, apresentador de um programa policial na TV e uma espécie de versão mineira de José Luiz Datena (PSDB), tem buscado deixar a ideologia em segundo plano e adotado o discurso que sua prioridade é resolver os problemas da capital mineira. Além de Zema, ele tem o apoio do ex-prefeito Alexandre Kalil (Republicanos), que era rival do governador e se aliou a Lula e ao PT em 2022.

“Nunca entramos em polarização”, disse Rodrigo Mendes, marqueteiro do candidato do Republicanos. “O Mauro sempre fala que quer resolver o problema da UPA lotada, a questão do ônibus, o trânsito caótico. Não vai ser a ideologia que vai pautar o voto”, acrescenta.

Mendes afirma que a campanha não está de “salto alto” e segue empenhada mesmo diante da liderança de Tramonte no Datafolha, onde aparece com 28% contra 18% de Noman e Engler, e na Quaest, que o coloca com os mesmos 28%, contra 20% do prefeito e 18% do bolsonarista.

A candidata Duda Salabert, primeira deputada federal transgênero na história, avalia que o único denominador comum nas pesquisas é que ela é a única candidata progressista com chances reais de ir para o segundo turno. A pedetista diz não temer ser vítima da estratégia do voto útil.

“Pelo contrário: há uma movimentação do voto útil para o Fuad e outra votação do movimentação de voto útil para a minha candidatura. Vários candidatos a vereadores da chapa do PT, do PSOL e da Rede têm pedido voto para nós”, declarou ela.

Salabert está em quarto lugar no Datafolha e na Quaest, onde aparece respectivamente com 9% e 10%. A melhor colocação dela são os 13,7% na Atlas, que a colocam empatada em segundo lugar com Tramonte, Gabriel Azevedo e Noman.

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