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Opinião|A bola de ouro do racismo


Por Silvia Souza

A ausência do jogador Vinícius Júnior, do Real Madrid, entre os indicados finais ao prêmio Bola de Ouro não é apenas uma questão de opinião pública ou escolha técnica. Trata-se, antes, de um sintoma claro do racismo sistêmico e estrutural que permeia o esporte, suas instituições e a sociedade. Um racismo que, ao ser racionalizado e institucionalizado, se esconde por trás da aparente neutralidade dos processos e das premiações.

Ao se posicionar publicamente e de forma consistente contra o racismo, Vini Jr. rompe com a expectativa historicamente imposta às pessoas negras de aceitar o papel de vítimas passivas. Ele rejeita a narrativa de subalternidade ao declarar que não é vítima, mas afronta aqueles que sustentam o racismo. “Não sou vítima de racismo, sou algoz de racistas”, disse o jogador após a condenação de agressores. Essa postura transgressora e desafiadora não apenas o coloca em pé de igualdade com seus colegas atletas, mas também inverte, em certa medida, o discurso da desumanização, um discurso que remonta ao “racismo científico” do século XIX. Essa lógica, desenvolvida pela pseudociência da época e aplicada em áreas como a criminologia positivista, via as pessoas negras como “raças inferiores”, desumanizadas em sua essência e existência, e tratadas como problemas a serem solucionados.

Em um país como o nosso, que carrega as marcas profundas do colonialismo, essa percepção continua a influenciar a estrutura social e as narrativas sobre pessoas negras. A obra de estudiosos como Raymundo Nina Rodrigues, que via as pessoas negras como “raças inferiores” e não como indivíduos humanos, ainda reverbera na forma como a sociedade, muitas vezes inconscientemente, enxerga pessoas como Vinícius Júnior. Quando o jogador desafia a ordem ao se ver e se mostrar como igual, ele rompe com esse legado de subordinação e, por isso, se torna alvo.

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O racismo sistêmico e estrutural, que são tão onipresentes quanto invisíveis, opera “sutilmente” para punir essa resistência e apagar essas vozes. O “não reconhecimento” das habilidades e conquistas de Vinícius no cenário internacional do futebol é, em si, uma tentativa de neutralizar sua capacidade de romper com o sistema e dizer-lhe “ponha-se no seu lugar”. Este mesmo sistema que, incapaz de englobar a individualidade e a dignidade de um atleta negro que reivindica seu espaço com propriedade, opta por marginalizá-lo ao tentar retirar-lhe a visibilidade que ele merece.

Quando Vinícius Júnior se levanta como “algoz” do racismo, ele nos convida a refletir sobre as barreiras invisíveis que muitos preferem não ver. Ao assumir essa posição, ele expõe a hipocrisia de um sistema que se diz meritocrático, mas que, ao final, continua a privilegiar as mesmas vozes e corpos de sempre. O caso do jogador nos lembra que o racismo não é um conceito abstrato. Ele está presente e operante em nossas instituições, de forma estrutural e, muitas vezes, silenciosa.

Se desejamos uma sociedade justa e igualitária, precisamos desmascarar essas estruturas e desafiar o sistema que continua a silenciar e marginalizar aqueles que ousam se ver e agir como iguais. O futebol, assim como toda a sociedade, deve reconhecer e celebrar o valor de seus atletas pelo que eles realmente são e pelo que representam em termos de superação e resistência. Vini Jr. é um exemplo vivo dessa resistência, e sua luta deve servir como um alerta para todos nós.

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Ao final, a bola de ouro foi para o racismo e seus subterfúgios de perpetuação como sistema de hierarquização (des)humanas.

A ausência do jogador Vinícius Júnior, do Real Madrid, entre os indicados finais ao prêmio Bola de Ouro não é apenas uma questão de opinião pública ou escolha técnica. Trata-se, antes, de um sintoma claro do racismo sistêmico e estrutural que permeia o esporte, suas instituições e a sociedade. Um racismo que, ao ser racionalizado e institucionalizado, se esconde por trás da aparente neutralidade dos processos e das premiações.

Ao se posicionar publicamente e de forma consistente contra o racismo, Vini Jr. rompe com a expectativa historicamente imposta às pessoas negras de aceitar o papel de vítimas passivas. Ele rejeita a narrativa de subalternidade ao declarar que não é vítima, mas afronta aqueles que sustentam o racismo. “Não sou vítima de racismo, sou algoz de racistas”, disse o jogador após a condenação de agressores. Essa postura transgressora e desafiadora não apenas o coloca em pé de igualdade com seus colegas atletas, mas também inverte, em certa medida, o discurso da desumanização, um discurso que remonta ao “racismo científico” do século XIX. Essa lógica, desenvolvida pela pseudociência da época e aplicada em áreas como a criminologia positivista, via as pessoas negras como “raças inferiores”, desumanizadas em sua essência e existência, e tratadas como problemas a serem solucionados.

Em um país como o nosso, que carrega as marcas profundas do colonialismo, essa percepção continua a influenciar a estrutura social e as narrativas sobre pessoas negras. A obra de estudiosos como Raymundo Nina Rodrigues, que via as pessoas negras como “raças inferiores” e não como indivíduos humanos, ainda reverbera na forma como a sociedade, muitas vezes inconscientemente, enxerga pessoas como Vinícius Júnior. Quando o jogador desafia a ordem ao se ver e se mostrar como igual, ele rompe com esse legado de subordinação e, por isso, se torna alvo.

O racismo sistêmico e estrutural, que são tão onipresentes quanto invisíveis, opera “sutilmente” para punir essa resistência e apagar essas vozes. O “não reconhecimento” das habilidades e conquistas de Vinícius no cenário internacional do futebol é, em si, uma tentativa de neutralizar sua capacidade de romper com o sistema e dizer-lhe “ponha-se no seu lugar”. Este mesmo sistema que, incapaz de englobar a individualidade e a dignidade de um atleta negro que reivindica seu espaço com propriedade, opta por marginalizá-lo ao tentar retirar-lhe a visibilidade que ele merece.

Quando Vinícius Júnior se levanta como “algoz” do racismo, ele nos convida a refletir sobre as barreiras invisíveis que muitos preferem não ver. Ao assumir essa posição, ele expõe a hipocrisia de um sistema que se diz meritocrático, mas que, ao final, continua a privilegiar as mesmas vozes e corpos de sempre. O caso do jogador nos lembra que o racismo não é um conceito abstrato. Ele está presente e operante em nossas instituições, de forma estrutural e, muitas vezes, silenciosa.

Se desejamos uma sociedade justa e igualitária, precisamos desmascarar essas estruturas e desafiar o sistema que continua a silenciar e marginalizar aqueles que ousam se ver e agir como iguais. O futebol, assim como toda a sociedade, deve reconhecer e celebrar o valor de seus atletas pelo que eles realmente são e pelo que representam em termos de superação e resistência. Vini Jr. é um exemplo vivo dessa resistência, e sua luta deve servir como um alerta para todos nós.

Ao final, a bola de ouro foi para o racismo e seus subterfúgios de perpetuação como sistema de hierarquização (des)humanas.

A ausência do jogador Vinícius Júnior, do Real Madrid, entre os indicados finais ao prêmio Bola de Ouro não é apenas uma questão de opinião pública ou escolha técnica. Trata-se, antes, de um sintoma claro do racismo sistêmico e estrutural que permeia o esporte, suas instituições e a sociedade. Um racismo que, ao ser racionalizado e institucionalizado, se esconde por trás da aparente neutralidade dos processos e das premiações.

Ao se posicionar publicamente e de forma consistente contra o racismo, Vini Jr. rompe com a expectativa historicamente imposta às pessoas negras de aceitar o papel de vítimas passivas. Ele rejeita a narrativa de subalternidade ao declarar que não é vítima, mas afronta aqueles que sustentam o racismo. “Não sou vítima de racismo, sou algoz de racistas”, disse o jogador após a condenação de agressores. Essa postura transgressora e desafiadora não apenas o coloca em pé de igualdade com seus colegas atletas, mas também inverte, em certa medida, o discurso da desumanização, um discurso que remonta ao “racismo científico” do século XIX. Essa lógica, desenvolvida pela pseudociência da época e aplicada em áreas como a criminologia positivista, via as pessoas negras como “raças inferiores”, desumanizadas em sua essência e existência, e tratadas como problemas a serem solucionados.

Em um país como o nosso, que carrega as marcas profundas do colonialismo, essa percepção continua a influenciar a estrutura social e as narrativas sobre pessoas negras. A obra de estudiosos como Raymundo Nina Rodrigues, que via as pessoas negras como “raças inferiores” e não como indivíduos humanos, ainda reverbera na forma como a sociedade, muitas vezes inconscientemente, enxerga pessoas como Vinícius Júnior. Quando o jogador desafia a ordem ao se ver e se mostrar como igual, ele rompe com esse legado de subordinação e, por isso, se torna alvo.

O racismo sistêmico e estrutural, que são tão onipresentes quanto invisíveis, opera “sutilmente” para punir essa resistência e apagar essas vozes. O “não reconhecimento” das habilidades e conquistas de Vinícius no cenário internacional do futebol é, em si, uma tentativa de neutralizar sua capacidade de romper com o sistema e dizer-lhe “ponha-se no seu lugar”. Este mesmo sistema que, incapaz de englobar a individualidade e a dignidade de um atleta negro que reivindica seu espaço com propriedade, opta por marginalizá-lo ao tentar retirar-lhe a visibilidade que ele merece.

Quando Vinícius Júnior se levanta como “algoz” do racismo, ele nos convida a refletir sobre as barreiras invisíveis que muitos preferem não ver. Ao assumir essa posição, ele expõe a hipocrisia de um sistema que se diz meritocrático, mas que, ao final, continua a privilegiar as mesmas vozes e corpos de sempre. O caso do jogador nos lembra que o racismo não é um conceito abstrato. Ele está presente e operante em nossas instituições, de forma estrutural e, muitas vezes, silenciosa.

Se desejamos uma sociedade justa e igualitária, precisamos desmascarar essas estruturas e desafiar o sistema que continua a silenciar e marginalizar aqueles que ousam se ver e agir como iguais. O futebol, assim como toda a sociedade, deve reconhecer e celebrar o valor de seus atletas pelo que eles realmente são e pelo que representam em termos de superação e resistência. Vini Jr. é um exemplo vivo dessa resistência, e sua luta deve servir como um alerta para todos nós.

Ao final, a bola de ouro foi para o racismo e seus subterfúgios de perpetuação como sistema de hierarquização (des)humanas.

A ausência do jogador Vinícius Júnior, do Real Madrid, entre os indicados finais ao prêmio Bola de Ouro não é apenas uma questão de opinião pública ou escolha técnica. Trata-se, antes, de um sintoma claro do racismo sistêmico e estrutural que permeia o esporte, suas instituições e a sociedade. Um racismo que, ao ser racionalizado e institucionalizado, se esconde por trás da aparente neutralidade dos processos e das premiações.

Ao se posicionar publicamente e de forma consistente contra o racismo, Vini Jr. rompe com a expectativa historicamente imposta às pessoas negras de aceitar o papel de vítimas passivas. Ele rejeita a narrativa de subalternidade ao declarar que não é vítima, mas afronta aqueles que sustentam o racismo. “Não sou vítima de racismo, sou algoz de racistas”, disse o jogador após a condenação de agressores. Essa postura transgressora e desafiadora não apenas o coloca em pé de igualdade com seus colegas atletas, mas também inverte, em certa medida, o discurso da desumanização, um discurso que remonta ao “racismo científico” do século XIX. Essa lógica, desenvolvida pela pseudociência da época e aplicada em áreas como a criminologia positivista, via as pessoas negras como “raças inferiores”, desumanizadas em sua essência e existência, e tratadas como problemas a serem solucionados.

Em um país como o nosso, que carrega as marcas profundas do colonialismo, essa percepção continua a influenciar a estrutura social e as narrativas sobre pessoas negras. A obra de estudiosos como Raymundo Nina Rodrigues, que via as pessoas negras como “raças inferiores” e não como indivíduos humanos, ainda reverbera na forma como a sociedade, muitas vezes inconscientemente, enxerga pessoas como Vinícius Júnior. Quando o jogador desafia a ordem ao se ver e se mostrar como igual, ele rompe com esse legado de subordinação e, por isso, se torna alvo.

O racismo sistêmico e estrutural, que são tão onipresentes quanto invisíveis, opera “sutilmente” para punir essa resistência e apagar essas vozes. O “não reconhecimento” das habilidades e conquistas de Vinícius no cenário internacional do futebol é, em si, uma tentativa de neutralizar sua capacidade de romper com o sistema e dizer-lhe “ponha-se no seu lugar”. Este mesmo sistema que, incapaz de englobar a individualidade e a dignidade de um atleta negro que reivindica seu espaço com propriedade, opta por marginalizá-lo ao tentar retirar-lhe a visibilidade que ele merece.

Quando Vinícius Júnior se levanta como “algoz” do racismo, ele nos convida a refletir sobre as barreiras invisíveis que muitos preferem não ver. Ao assumir essa posição, ele expõe a hipocrisia de um sistema que se diz meritocrático, mas que, ao final, continua a privilegiar as mesmas vozes e corpos de sempre. O caso do jogador nos lembra que o racismo não é um conceito abstrato. Ele está presente e operante em nossas instituições, de forma estrutural e, muitas vezes, silenciosa.

Se desejamos uma sociedade justa e igualitária, precisamos desmascarar essas estruturas e desafiar o sistema que continua a silenciar e marginalizar aqueles que ousam se ver e agir como iguais. O futebol, assim como toda a sociedade, deve reconhecer e celebrar o valor de seus atletas pelo que eles realmente são e pelo que representam em termos de superação e resistência. Vini Jr. é um exemplo vivo dessa resistência, e sua luta deve servir como um alerta para todos nós.

Ao final, a bola de ouro foi para o racismo e seus subterfúgios de perpetuação como sistema de hierarquização (des)humanas.

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