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Opinião|A falência do empreendedor


Quem se acostumou com o que acontece hoje no Brasil, em que a recuperação judicial invariavelmente esconde malversação, enriquecimento dos donos ou executivos, fraudes, dissimulação, envolvimento com a ala podre do poder, não acreditaria que, ao termo de incessantes esforços, consegue Mauá pagar aos credores quase 100% do devido

Por José Renato Nalini

Um dos brasileiros mais importantes para a História do país foi Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá. Empreendeu, criou, ajudou o Brasil e faliu.

Não é raro aconteçam essas coisas a pessoas sérias. Um homem dessa têmpera, que geriu grandes negócios, inteligência invulgar que sabia de cabeça as contas de seus principais estabelecimentos, viu faltar um dia, na trama das finanças, e em razão de causas diversas, o necessário apoio.

Por duas vezes, as suas atividades no Prata ficaram comprometidas. A primeira vez, em 31 de maio de 1868. A segunda vez, em 11 de fevereiro de 1869. Isso o forçou a encerrar temporariamente as portas do Banco. Tudo em virtude dos desatinos dos governos uruguaios ou pelos adiamentos sucessivos das promessas de pagamento à indenização que lhe era devida, por conta de emissões e adiantamentos feitos ao Estado.

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Em 1875, faltaram-lhe três mil contos para satisfazer compromissos imediatos, em transações que avultavam a mais de cem mil contos. Recorreu, então, a expediente lícito: propôs um adiantamento, pelo Banco do Brasil, em troca de ações da Companhia Pastoril, que passariam ao governo e valiam o dobro do que obteria pela operação. Só que a transação é recusada. Esquecia-se a Pátria estremecida, dos caminhos de ferro, a navegação na Amazônia, todos os melhoramentos feitos por sua conta e risco na capital do Império, o auxílio prestado a Londres e no Prata por inúmeras vezes, a serviço da política financeira do Império.

Daí advém a moratória, seguida três anos depois pela falência. Como era digno e reto, não tem outro pensamento senão pagar os seus credores. Queria conservar o nome honrado que tanto custara a adquirir, em mais de meio século de labor incessante.

Atuou bravamente nesse propósito. Tanto que, apesar de formidáveis contrariedades, pois o mundo não tem caridade em relação a quem perdeu poder e autoridade, o montante dos compromissos, que era em 1875 de 98.075:955$087, já em 1878 descia a 37.915:898$21. No período da moratória conseguira saldar mais de cinquenta contos. Uma verdadeira façanha.

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Ao próprio Banco do Brasil, que lhe negara o auxílio salvador, fez inúmeras entradas em seu nome pessoal, que resgataram débitos da Casa Mauá. O certo é que, de 1878 até 1884, data da sua reabilitação, o esforço diuturno é para servir aos credores, diminuir-lhes o prejuízo.

Quem se acostumou com o que acontece hoje no Brasil, em que a recuperação judicial invariavelmente esconde malversação, enriquecimento dos donos ou executivos, fraudes, dissimulação, envolvimento com a ala podre do poder, não acreditaria que, ao termo de incessantes esforços, consegue Mauá pagar aos credores quase 100% do devido. Mais de 65% no período da moratória e o restante a partir da falência e até à reabilitação.

Reabilitado em 30.1.1884, o desembargador Miguel Calmon, íntegro magistrado que respondera pelo processo, o abraça carinhosamente na sala de audiências. Mauá estava honradíssimo e infelicíssimo.

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Os que defendem Mauá, imputam a Pedro II uma parte de seu infortúnio. O brilho do Visconde ofuscava o Imperador. Para os adeptos do impulsionador das ferrovias, o criador da Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, Pedro II não foi o monarca autêntico, de iniciativas profícuas, apto a conduzir o progresso do Brasil em ritmo mais acelerado, de forma a emparelharmo-nos com os Estados Unidos. Mas ele foi apenas o pacato “mestre-escola”, movido, sem dúvida, de honestos propósitos. Mas com excessiva educação livresca, a cochilar nos concursos públicos, amante das belas-letras e procurando aprender árabe, sânscrito e outras preciosas inutilidades, enquanto a nação também adormecia em berço não tão esplêndido.

Todavia, Mauá não recebeu ainda o reconhecimento dos brasileiros, por tudo o que fez para o desenvolvimento de nossa terra. Faz bem ouvir o que diz um americano, J.F.Normano, em seu livro “Brazil - a study of economic types”: a história econômica do Brasil, é resumida em três homens: Cairu, Mauá e Murtinho. O primeiro, como introdutor do “princípio da liberdade econômica”. O segundo, como encarnação do espírito de associação, que ele sempre estimulou. O terceiro, como restaurador das finanças públicas”. Embora aparentemente esquecido, Mauá brilha de uma forma única e grandiosa. Assim surgissem outros Mauás no deserto patriótico de Santa Cruz.

Um dos brasileiros mais importantes para a História do país foi Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá. Empreendeu, criou, ajudou o Brasil e faliu.

Não é raro aconteçam essas coisas a pessoas sérias. Um homem dessa têmpera, que geriu grandes negócios, inteligência invulgar que sabia de cabeça as contas de seus principais estabelecimentos, viu faltar um dia, na trama das finanças, e em razão de causas diversas, o necessário apoio.

Por duas vezes, as suas atividades no Prata ficaram comprometidas. A primeira vez, em 31 de maio de 1868. A segunda vez, em 11 de fevereiro de 1869. Isso o forçou a encerrar temporariamente as portas do Banco. Tudo em virtude dos desatinos dos governos uruguaios ou pelos adiamentos sucessivos das promessas de pagamento à indenização que lhe era devida, por conta de emissões e adiantamentos feitos ao Estado.

Em 1875, faltaram-lhe três mil contos para satisfazer compromissos imediatos, em transações que avultavam a mais de cem mil contos. Recorreu, então, a expediente lícito: propôs um adiantamento, pelo Banco do Brasil, em troca de ações da Companhia Pastoril, que passariam ao governo e valiam o dobro do que obteria pela operação. Só que a transação é recusada. Esquecia-se a Pátria estremecida, dos caminhos de ferro, a navegação na Amazônia, todos os melhoramentos feitos por sua conta e risco na capital do Império, o auxílio prestado a Londres e no Prata por inúmeras vezes, a serviço da política financeira do Império.

Daí advém a moratória, seguida três anos depois pela falência. Como era digno e reto, não tem outro pensamento senão pagar os seus credores. Queria conservar o nome honrado que tanto custara a adquirir, em mais de meio século de labor incessante.

Atuou bravamente nesse propósito. Tanto que, apesar de formidáveis contrariedades, pois o mundo não tem caridade em relação a quem perdeu poder e autoridade, o montante dos compromissos, que era em 1875 de 98.075:955$087, já em 1878 descia a 37.915:898$21. No período da moratória conseguira saldar mais de cinquenta contos. Uma verdadeira façanha.

Ao próprio Banco do Brasil, que lhe negara o auxílio salvador, fez inúmeras entradas em seu nome pessoal, que resgataram débitos da Casa Mauá. O certo é que, de 1878 até 1884, data da sua reabilitação, o esforço diuturno é para servir aos credores, diminuir-lhes o prejuízo.

Quem se acostumou com o que acontece hoje no Brasil, em que a recuperação judicial invariavelmente esconde malversação, enriquecimento dos donos ou executivos, fraudes, dissimulação, envolvimento com a ala podre do poder, não acreditaria que, ao termo de incessantes esforços, consegue Mauá pagar aos credores quase 100% do devido. Mais de 65% no período da moratória e o restante a partir da falência e até à reabilitação.

Reabilitado em 30.1.1884, o desembargador Miguel Calmon, íntegro magistrado que respondera pelo processo, o abraça carinhosamente na sala de audiências. Mauá estava honradíssimo e infelicíssimo.

Os que defendem Mauá, imputam a Pedro II uma parte de seu infortúnio. O brilho do Visconde ofuscava o Imperador. Para os adeptos do impulsionador das ferrovias, o criador da Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, Pedro II não foi o monarca autêntico, de iniciativas profícuas, apto a conduzir o progresso do Brasil em ritmo mais acelerado, de forma a emparelharmo-nos com os Estados Unidos. Mas ele foi apenas o pacato “mestre-escola”, movido, sem dúvida, de honestos propósitos. Mas com excessiva educação livresca, a cochilar nos concursos públicos, amante das belas-letras e procurando aprender árabe, sânscrito e outras preciosas inutilidades, enquanto a nação também adormecia em berço não tão esplêndido.

Todavia, Mauá não recebeu ainda o reconhecimento dos brasileiros, por tudo o que fez para o desenvolvimento de nossa terra. Faz bem ouvir o que diz um americano, J.F.Normano, em seu livro “Brazil - a study of economic types”: a história econômica do Brasil, é resumida em três homens: Cairu, Mauá e Murtinho. O primeiro, como introdutor do “princípio da liberdade econômica”. O segundo, como encarnação do espírito de associação, que ele sempre estimulou. O terceiro, como restaurador das finanças públicas”. Embora aparentemente esquecido, Mauá brilha de uma forma única e grandiosa. Assim surgissem outros Mauás no deserto patriótico de Santa Cruz.

Um dos brasileiros mais importantes para a História do país foi Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá. Empreendeu, criou, ajudou o Brasil e faliu.

Não é raro aconteçam essas coisas a pessoas sérias. Um homem dessa têmpera, que geriu grandes negócios, inteligência invulgar que sabia de cabeça as contas de seus principais estabelecimentos, viu faltar um dia, na trama das finanças, e em razão de causas diversas, o necessário apoio.

Por duas vezes, as suas atividades no Prata ficaram comprometidas. A primeira vez, em 31 de maio de 1868. A segunda vez, em 11 de fevereiro de 1869. Isso o forçou a encerrar temporariamente as portas do Banco. Tudo em virtude dos desatinos dos governos uruguaios ou pelos adiamentos sucessivos das promessas de pagamento à indenização que lhe era devida, por conta de emissões e adiantamentos feitos ao Estado.

Em 1875, faltaram-lhe três mil contos para satisfazer compromissos imediatos, em transações que avultavam a mais de cem mil contos. Recorreu, então, a expediente lícito: propôs um adiantamento, pelo Banco do Brasil, em troca de ações da Companhia Pastoril, que passariam ao governo e valiam o dobro do que obteria pela operação. Só que a transação é recusada. Esquecia-se a Pátria estremecida, dos caminhos de ferro, a navegação na Amazônia, todos os melhoramentos feitos por sua conta e risco na capital do Império, o auxílio prestado a Londres e no Prata por inúmeras vezes, a serviço da política financeira do Império.

Daí advém a moratória, seguida três anos depois pela falência. Como era digno e reto, não tem outro pensamento senão pagar os seus credores. Queria conservar o nome honrado que tanto custara a adquirir, em mais de meio século de labor incessante.

Atuou bravamente nesse propósito. Tanto que, apesar de formidáveis contrariedades, pois o mundo não tem caridade em relação a quem perdeu poder e autoridade, o montante dos compromissos, que era em 1875 de 98.075:955$087, já em 1878 descia a 37.915:898$21. No período da moratória conseguira saldar mais de cinquenta contos. Uma verdadeira façanha.

Ao próprio Banco do Brasil, que lhe negara o auxílio salvador, fez inúmeras entradas em seu nome pessoal, que resgataram débitos da Casa Mauá. O certo é que, de 1878 até 1884, data da sua reabilitação, o esforço diuturno é para servir aos credores, diminuir-lhes o prejuízo.

Quem se acostumou com o que acontece hoje no Brasil, em que a recuperação judicial invariavelmente esconde malversação, enriquecimento dos donos ou executivos, fraudes, dissimulação, envolvimento com a ala podre do poder, não acreditaria que, ao termo de incessantes esforços, consegue Mauá pagar aos credores quase 100% do devido. Mais de 65% no período da moratória e o restante a partir da falência e até à reabilitação.

Reabilitado em 30.1.1884, o desembargador Miguel Calmon, íntegro magistrado que respondera pelo processo, o abraça carinhosamente na sala de audiências. Mauá estava honradíssimo e infelicíssimo.

Os que defendem Mauá, imputam a Pedro II uma parte de seu infortúnio. O brilho do Visconde ofuscava o Imperador. Para os adeptos do impulsionador das ferrovias, o criador da Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, Pedro II não foi o monarca autêntico, de iniciativas profícuas, apto a conduzir o progresso do Brasil em ritmo mais acelerado, de forma a emparelharmo-nos com os Estados Unidos. Mas ele foi apenas o pacato “mestre-escola”, movido, sem dúvida, de honestos propósitos. Mas com excessiva educação livresca, a cochilar nos concursos públicos, amante das belas-letras e procurando aprender árabe, sânscrito e outras preciosas inutilidades, enquanto a nação também adormecia em berço não tão esplêndido.

Todavia, Mauá não recebeu ainda o reconhecimento dos brasileiros, por tudo o que fez para o desenvolvimento de nossa terra. Faz bem ouvir o que diz um americano, J.F.Normano, em seu livro “Brazil - a study of economic types”: a história econômica do Brasil, é resumida em três homens: Cairu, Mauá e Murtinho. O primeiro, como introdutor do “princípio da liberdade econômica”. O segundo, como encarnação do espírito de associação, que ele sempre estimulou. O terceiro, como restaurador das finanças públicas”. Embora aparentemente esquecido, Mauá brilha de uma forma única e grandiosa. Assim surgissem outros Mauás no deserto patriótico de Santa Cruz.

Um dos brasileiros mais importantes para a História do país foi Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá. Empreendeu, criou, ajudou o Brasil e faliu.

Não é raro aconteçam essas coisas a pessoas sérias. Um homem dessa têmpera, que geriu grandes negócios, inteligência invulgar que sabia de cabeça as contas de seus principais estabelecimentos, viu faltar um dia, na trama das finanças, e em razão de causas diversas, o necessário apoio.

Por duas vezes, as suas atividades no Prata ficaram comprometidas. A primeira vez, em 31 de maio de 1868. A segunda vez, em 11 de fevereiro de 1869. Isso o forçou a encerrar temporariamente as portas do Banco. Tudo em virtude dos desatinos dos governos uruguaios ou pelos adiamentos sucessivos das promessas de pagamento à indenização que lhe era devida, por conta de emissões e adiantamentos feitos ao Estado.

Em 1875, faltaram-lhe três mil contos para satisfazer compromissos imediatos, em transações que avultavam a mais de cem mil contos. Recorreu, então, a expediente lícito: propôs um adiantamento, pelo Banco do Brasil, em troca de ações da Companhia Pastoril, que passariam ao governo e valiam o dobro do que obteria pela operação. Só que a transação é recusada. Esquecia-se a Pátria estremecida, dos caminhos de ferro, a navegação na Amazônia, todos os melhoramentos feitos por sua conta e risco na capital do Império, o auxílio prestado a Londres e no Prata por inúmeras vezes, a serviço da política financeira do Império.

Daí advém a moratória, seguida três anos depois pela falência. Como era digno e reto, não tem outro pensamento senão pagar os seus credores. Queria conservar o nome honrado que tanto custara a adquirir, em mais de meio século de labor incessante.

Atuou bravamente nesse propósito. Tanto que, apesar de formidáveis contrariedades, pois o mundo não tem caridade em relação a quem perdeu poder e autoridade, o montante dos compromissos, que era em 1875 de 98.075:955$087, já em 1878 descia a 37.915:898$21. No período da moratória conseguira saldar mais de cinquenta contos. Uma verdadeira façanha.

Ao próprio Banco do Brasil, que lhe negara o auxílio salvador, fez inúmeras entradas em seu nome pessoal, que resgataram débitos da Casa Mauá. O certo é que, de 1878 até 1884, data da sua reabilitação, o esforço diuturno é para servir aos credores, diminuir-lhes o prejuízo.

Quem se acostumou com o que acontece hoje no Brasil, em que a recuperação judicial invariavelmente esconde malversação, enriquecimento dos donos ou executivos, fraudes, dissimulação, envolvimento com a ala podre do poder, não acreditaria que, ao termo de incessantes esforços, consegue Mauá pagar aos credores quase 100% do devido. Mais de 65% no período da moratória e o restante a partir da falência e até à reabilitação.

Reabilitado em 30.1.1884, o desembargador Miguel Calmon, íntegro magistrado que respondera pelo processo, o abraça carinhosamente na sala de audiências. Mauá estava honradíssimo e infelicíssimo.

Os que defendem Mauá, imputam a Pedro II uma parte de seu infortúnio. O brilho do Visconde ofuscava o Imperador. Para os adeptos do impulsionador das ferrovias, o criador da Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, Pedro II não foi o monarca autêntico, de iniciativas profícuas, apto a conduzir o progresso do Brasil em ritmo mais acelerado, de forma a emparelharmo-nos com os Estados Unidos. Mas ele foi apenas o pacato “mestre-escola”, movido, sem dúvida, de honestos propósitos. Mas com excessiva educação livresca, a cochilar nos concursos públicos, amante das belas-letras e procurando aprender árabe, sânscrito e outras preciosas inutilidades, enquanto a nação também adormecia em berço não tão esplêndido.

Todavia, Mauá não recebeu ainda o reconhecimento dos brasileiros, por tudo o que fez para o desenvolvimento de nossa terra. Faz bem ouvir o que diz um americano, J.F.Normano, em seu livro “Brazil - a study of economic types”: a história econômica do Brasil, é resumida em três homens: Cairu, Mauá e Murtinho. O primeiro, como introdutor do “princípio da liberdade econômica”. O segundo, como encarnação do espírito de associação, que ele sempre estimulou. O terceiro, como restaurador das finanças públicas”. Embora aparentemente esquecido, Mauá brilha de uma forma única e grandiosa. Assim surgissem outros Mauás no deserto patriótico de Santa Cruz.

Opinião por José Renato Nalini

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