Vivemos em uma sociedade muito polarizada politicamente em todo o País. Observo com muita preocupação e, diariamente, faço reflexões de como lidar com essas polarizações sociais. A comunicação é essencial, neste período conflituoso de posicionamento social da população. Afinal, o cotidiano dos seres humanos está fragilizado por causa dos conflitos de opiniões, principalmente nas redes sociais.
A imprensa tem compromisso e terá responsabilidade no combate às inverdades, principalmente no ano eleitoral que terá o uso da Inteligência Artificial na construção de mentiras e verdades. Entender o que quer não é uma tendência positiva. O jornalismo imparcial tem a incumbência de combater inverdades e proporcionar checagens com credibilidade, ética e transparência ao leitor, espectador e telespectador, nos formatos online, impresso, radiofônico e televisivo.
A desinformação fragiliza a democracia. A intolerância é identificada a cada minuto em qualquer segmento da sociedade. Ataques agressivos, ofensas, injúrias, difamação, discurso de ódio, incitação à violência, apologias do racismo e intolerância ideológica, partidária e religiosa são alguns exemplos do impacto da falta de diálogo democrático em pleno século 21.
A partir da situação em que discordo da opinião do próximo o desgaste inicia. Não é porque expresso opinião contrária que sou inimigo. Precisamos ter muita cautela com o “nosso ponto de vista”. Certas pessoas, infelizmente, vivem confortavelmente na bolha das suas próprias necessidades, bem-estar, aparência, carreira profissional, entre outros nichos pessoais.
Todos querem falar, mas ninguém quer escutar. A comunicação pessoal e profissional é importante em qualquer setor da comunidade. A palavra empatia é esquecida no vocabulário diário e o respeito com o tempo do “outro” é ignorado, principalmente quando devemos prestar atenção na informação. A má comunicação favorece a infodemia, fenômeno que surgiu em 2020 diante de inúmeras informações disseminadas na internet sobre um assunto específico, como a pandemia de covid-19.
Deixamos de raciocinar quando nossas ideias são contrariadas. Precisamos entender que somos aquilo que compartilhamos. A comunicação exerce papel fundamental na desconstrução da desinformação. É importante usar a interlocução para construir a verdade. Necessitamos, urgentemente, aproveitar os benefícios comunicacionais que possuímos para fortalecermos a independência comunicacional da sociedade. Boas ideias surgem a partir da oportunidade que escutamos a história do agente.
Argumentos concretos e convincentes, que são de interesse de todos, não são criados. Carecemos de conciliar assuntos em prol do interesse público, pois só neste conceito obteremos a chance de nos beneficiar das políticas públicas e benefícios sociais. Quanto menos diálogo, mais desinformação e fragilidade democrática, que são causas e consequências da falta de comunicação e comportamentos ignorantes.
Enfatizo que, se existe conflito, é porque falta comunicação!