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'A Justiça haverá de triunfar', diz Lewandowski a militantes pró-Lula


Ministro Ricardo Lewandowski teve audiência nesta quinta-feira com um grupo de militantes que está em greve de fome há 10 dias

Por Rafael Moraes Moura e Amanda Pupo/BRASÍLIA
Ricardo Lewandowski. Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ontem que a "Justiça haverá de triunfar", durante audiência com um grupo de militantes que está em greve de fome há 10 dias e reivindica a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista foi preso e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

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Durante a audiência, os manifestantes comentaram com Lewandowski a situação das pessoas no campo e demonstraram preocupação com um futuro governo que não olhe para os pobres. Também disseram que "nosso líder" está preso, em referência a Lula.

Ao final da conversa, o ministro fez suas considerações. "Precisamos ter confiança e paciência que a Justiça haverá de triunfar por todos os segmentos, classes, categorias sociais", disse Lewandowski aos militantes, que chegaram ao Supremo carregando exemplares da Constituição Federal.

O grupo pediu audiência com todos os ministros do STF, mas só foi atendido até agora por Lewandowski, que deixou por aproximadamente 15 minutos a sessão plenária da Corte, enquanto se discutia o sacrifício de animais em rituais de religiões de matriz africana.

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Em abril, Lewandowski votou a favor da liberdade de Lula, mas o plenário do Supremo, por 6 a 5, decidiu não conceder habeas corpus ao ex-presidente, em um sessão tensa que durou quase 11 horas.

Naquela sessão, Lewandowski chamou de ilegalidade a previsão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de prisão de Lula logo após a conclusão da análise dos recursos naquela instância. "A ilegalidade está justamente na falta da fundamentação para motivar essas prisões. O Tribunal Regional Federal decidiu pela prisão automática, o que não existe em nenhum país", afirmou Lewandowski na época, no voto mais enfático em defesa de Lula.

"É preciso restituir a liberdade de alguém se houver reforma da sentença condenatória, com juros e correção monetária? Não. A vida e a liberdade não se repõem jamais", completou o ministro naquele julgamento.

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SAÚDE. O médico Ronald Selle Wolff, da rede pública de Porto Alegre, acompanhou os sete militantes em greve de fome na audiência desta quinta-feira com o ministro.

"Eu não confio na Justiça do Brasil, mas não foi uma surpresa ver o ministro Lewandowski nos acolher e ouvir as nossas reivindicações. E mais: dizer que iria interceder para que a Justiça fosse feita", disse Ronald.

Segundo o médico, os militantes estão com a saúde "bem fragilizada". Eles tomam água com sais minerais e eventualmente fazem reposição de glicose./ COLABOROU BRENO PIRES

Ricardo Lewandowski. Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ontem que a "Justiça haverá de triunfar", durante audiência com um grupo de militantes que está em greve de fome há 10 dias e reivindica a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista foi preso e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

Durante a audiência, os manifestantes comentaram com Lewandowski a situação das pessoas no campo e demonstraram preocupação com um futuro governo que não olhe para os pobres. Também disseram que "nosso líder" está preso, em referência a Lula.

Ao final da conversa, o ministro fez suas considerações. "Precisamos ter confiança e paciência que a Justiça haverá de triunfar por todos os segmentos, classes, categorias sociais", disse Lewandowski aos militantes, que chegaram ao Supremo carregando exemplares da Constituição Federal.

O grupo pediu audiência com todos os ministros do STF, mas só foi atendido até agora por Lewandowski, que deixou por aproximadamente 15 minutos a sessão plenária da Corte, enquanto se discutia o sacrifício de animais em rituais de religiões de matriz africana.

Em abril, Lewandowski votou a favor da liberdade de Lula, mas o plenário do Supremo, por 6 a 5, decidiu não conceder habeas corpus ao ex-presidente, em um sessão tensa que durou quase 11 horas.

Naquela sessão, Lewandowski chamou de ilegalidade a previsão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de prisão de Lula logo após a conclusão da análise dos recursos naquela instância. "A ilegalidade está justamente na falta da fundamentação para motivar essas prisões. O Tribunal Regional Federal decidiu pela prisão automática, o que não existe em nenhum país", afirmou Lewandowski na época, no voto mais enfático em defesa de Lula.

"É preciso restituir a liberdade de alguém se houver reforma da sentença condenatória, com juros e correção monetária? Não. A vida e a liberdade não se repõem jamais", completou o ministro naquele julgamento.

SAÚDE. O médico Ronald Selle Wolff, da rede pública de Porto Alegre, acompanhou os sete militantes em greve de fome na audiência desta quinta-feira com o ministro.

"Eu não confio na Justiça do Brasil, mas não foi uma surpresa ver o ministro Lewandowski nos acolher e ouvir as nossas reivindicações. E mais: dizer que iria interceder para que a Justiça fosse feita", disse Ronald.

Segundo o médico, os militantes estão com a saúde "bem fragilizada". Eles tomam água com sais minerais e eventualmente fazem reposição de glicose./ COLABOROU BRENO PIRES

Ricardo Lewandowski. Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ontem que a "Justiça haverá de triunfar", durante audiência com um grupo de militantes que está em greve de fome há 10 dias e reivindica a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista foi preso e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

Durante a audiência, os manifestantes comentaram com Lewandowski a situação das pessoas no campo e demonstraram preocupação com um futuro governo que não olhe para os pobres. Também disseram que "nosso líder" está preso, em referência a Lula.

Ao final da conversa, o ministro fez suas considerações. "Precisamos ter confiança e paciência que a Justiça haverá de triunfar por todos os segmentos, classes, categorias sociais", disse Lewandowski aos militantes, que chegaram ao Supremo carregando exemplares da Constituição Federal.

O grupo pediu audiência com todos os ministros do STF, mas só foi atendido até agora por Lewandowski, que deixou por aproximadamente 15 minutos a sessão plenária da Corte, enquanto se discutia o sacrifício de animais em rituais de religiões de matriz africana.

Em abril, Lewandowski votou a favor da liberdade de Lula, mas o plenário do Supremo, por 6 a 5, decidiu não conceder habeas corpus ao ex-presidente, em um sessão tensa que durou quase 11 horas.

Naquela sessão, Lewandowski chamou de ilegalidade a previsão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de prisão de Lula logo após a conclusão da análise dos recursos naquela instância. "A ilegalidade está justamente na falta da fundamentação para motivar essas prisões. O Tribunal Regional Federal decidiu pela prisão automática, o que não existe em nenhum país", afirmou Lewandowski na época, no voto mais enfático em defesa de Lula.

"É preciso restituir a liberdade de alguém se houver reforma da sentença condenatória, com juros e correção monetária? Não. A vida e a liberdade não se repõem jamais", completou o ministro naquele julgamento.

SAÚDE. O médico Ronald Selle Wolff, da rede pública de Porto Alegre, acompanhou os sete militantes em greve de fome na audiência desta quinta-feira com o ministro.

"Eu não confio na Justiça do Brasil, mas não foi uma surpresa ver o ministro Lewandowski nos acolher e ouvir as nossas reivindicações. E mais: dizer que iria interceder para que a Justiça fosse feita", disse Ronald.

Segundo o médico, os militantes estão com a saúde "bem fragilizada". Eles tomam água com sais minerais e eventualmente fazem reposição de glicose./ COLABOROU BRENO PIRES

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