Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Acusado de estupro e ameaça, Thiago Brennand condiciona retorno ao Brasil à revogação de suas cinco ordens de prisão preventiva


Empresário está desde setembro nos Emirados Árabes e agora impõe condições para retornar ao País; também denunciado por cárcere privado e lesão corporal, Brennand quer seu nome fora na lista de procurados pela Interpol

Por Isabella Alonso Panho
Atualização:

*Matéria atualizada às 16h49

Acusado de estupro, ameaça, lesão corporal e cárcere privado pelo Ministério Público de São Paulo, o empresário Thiago Brennand pediu a revogação das cinco ordens de prisão contra ele decretadas como condição para que volte ao Brasil na sexta-feira, 7. Ele está em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, desde setembro do ano passado. Chegou a ser detido no exterior, mas foi liberado após pagar fiança.

A solicitação foi feita pelo seu atual advogado, Eduardo Cesar Leite, nos cinco processos em que há ordem de prisão do empresário. A defesa argumenta que 'a mídia brasileira pautou supostos fatos, impondo julgamento antecipado do acusado pelo simples fato de sua viagem aos Emirados Árabes'.

continua após a publicidade
Até o momento, há quatro ordens de prisão do empresário ( Foto: Reprodução/Instagram)

A manifestação não diz que o empresário irá se entregar à Justiça, mas que tem 'interesse em retornar ao Brasil, na próxima quinta-feira (06 de abril de 2023), chegando no dia 07 de abril', quando se entregaria à Polícia Federal. Além da revogação das ordens de prisão, Brennand também pede que seu nome seja retirado da 'Difusão Vermelha', lista dos procurados pela Interpol.

O estopim para as várias denúncias que pairam sobre o empresário foi o caso envolvendo a modelo Helena Gomes, em agosto do ano passado. Brennand foi flagrado por câmeras de segurança agredindo-a dentro de uma academia em São Paulo. A juíza da 6ª Vara Criminal paulistana, Erika Mascarenhas, responsável por este processo, determinou que o acusado entregasse seu passaporte à Justiça. Como ele viajou para os Emirados Árabes, a magistrada decretou a sua prisão preventiva.

continua após a publicidade

Outras mulheres vieram a público incriminar o empresário. Uma delas é a estudante e modelo Stephanie Cohen, que afirma ter sido estuprada. A segunda ordem de prisão de Brennand foi proferida no processo criminal em que ela é vítima.

Helena Gomes foi a primeira mulher a vir a público contra o empresário Thiago Brennand ( Foto: Felipe Rau/Estadão)

As outras duas ordens de prisão vêm de um processo em que o empresário é acusado de corrupção de menores, tendo como vítima seu filho, e de uma outra ação, em Porto Feliz, na qual uma mulher afirma que ele a forçou a tatuar à força as iniciais 'T. V.' (sendo o 'V' de 'Vieira', um dos sobrenomes do empresário).

continua após a publicidade

Além dos casos de violência de gênero, Brennand a responde a duas ações criminais por causa de episódios que protagonizou dentro do condomínio em que residia, em Porto Feliz. Ele teria agredido um garçom do restaurante Fasano e o caseiro do empreendimento.

Há uma 5ª ordem de prisão, cujo processo também é segredo de Justiça. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo confirmou que, em sua jurisdição, o empresário responde a oito processos criminais.

Há cerca de duas semanas, no dia 17 de março, a Polícia apreendeu, em um clube de tiro em Atibaia, mais de 70 armas de fogo que seriam de Brennand. Ele teve seu CAC suspenso e não pode possuir armamentos registrados em seu nome.

continua após a publicidade
Thiago Brennand está em Abu Dhabi desde o começo de setembro do ano passado ( Foto: Reprodução/Instagram)

Desde que saiu do Brasil, o empresário veio a público através de vídeos publicados no YouTube expôr a sua versão sobre os acontecimentos. Nos dias 11 e 25 de outubro do ano passado, Brennand afirmou, em meio a elogios a Jair Bolsonaro (PL), que é politicamente perseguido e que irá comprovar sua inocência. Ele direcionou impropérios ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo, e à ex-promotora de Justiça Gabriela Manssur, que também acionou o empresário na Justiça.

COM A PALAVRA, A DEFESA DO ADVOGADO THIAGO BRENNAND

continua após a publicidade

A reportagem entrou em contato com o advogado Eduardo Cesar Leite, que representa Thiago Brennand nos processos, através do e-mail fornecido nos autos dos processos. Não houve retorno até a publicação da reportagem. O espaço está aberto para manifestação. (isabella.panho@estadao.com)

*Matéria atualizada às 16h49

Acusado de estupro, ameaça, lesão corporal e cárcere privado pelo Ministério Público de São Paulo, o empresário Thiago Brennand pediu a revogação das cinco ordens de prisão contra ele decretadas como condição para que volte ao Brasil na sexta-feira, 7. Ele está em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, desde setembro do ano passado. Chegou a ser detido no exterior, mas foi liberado após pagar fiança.

A solicitação foi feita pelo seu atual advogado, Eduardo Cesar Leite, nos cinco processos em que há ordem de prisão do empresário. A defesa argumenta que 'a mídia brasileira pautou supostos fatos, impondo julgamento antecipado do acusado pelo simples fato de sua viagem aos Emirados Árabes'.

Até o momento, há quatro ordens de prisão do empresário ( Foto: Reprodução/Instagram)

A manifestação não diz que o empresário irá se entregar à Justiça, mas que tem 'interesse em retornar ao Brasil, na próxima quinta-feira (06 de abril de 2023), chegando no dia 07 de abril', quando se entregaria à Polícia Federal. Além da revogação das ordens de prisão, Brennand também pede que seu nome seja retirado da 'Difusão Vermelha', lista dos procurados pela Interpol.

O estopim para as várias denúncias que pairam sobre o empresário foi o caso envolvendo a modelo Helena Gomes, em agosto do ano passado. Brennand foi flagrado por câmeras de segurança agredindo-a dentro de uma academia em São Paulo. A juíza da 6ª Vara Criminal paulistana, Erika Mascarenhas, responsável por este processo, determinou que o acusado entregasse seu passaporte à Justiça. Como ele viajou para os Emirados Árabes, a magistrada decretou a sua prisão preventiva.

Outras mulheres vieram a público incriminar o empresário. Uma delas é a estudante e modelo Stephanie Cohen, que afirma ter sido estuprada. A segunda ordem de prisão de Brennand foi proferida no processo criminal em que ela é vítima.

Helena Gomes foi a primeira mulher a vir a público contra o empresário Thiago Brennand ( Foto: Felipe Rau/Estadão)

As outras duas ordens de prisão vêm de um processo em que o empresário é acusado de corrupção de menores, tendo como vítima seu filho, e de uma outra ação, em Porto Feliz, na qual uma mulher afirma que ele a forçou a tatuar à força as iniciais 'T. V.' (sendo o 'V' de 'Vieira', um dos sobrenomes do empresário).

Além dos casos de violência de gênero, Brennand a responde a duas ações criminais por causa de episódios que protagonizou dentro do condomínio em que residia, em Porto Feliz. Ele teria agredido um garçom do restaurante Fasano e o caseiro do empreendimento.

Há uma 5ª ordem de prisão, cujo processo também é segredo de Justiça. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo confirmou que, em sua jurisdição, o empresário responde a oito processos criminais.

Há cerca de duas semanas, no dia 17 de março, a Polícia apreendeu, em um clube de tiro em Atibaia, mais de 70 armas de fogo que seriam de Brennand. Ele teve seu CAC suspenso e não pode possuir armamentos registrados em seu nome.

Thiago Brennand está em Abu Dhabi desde o começo de setembro do ano passado ( Foto: Reprodução/Instagram)

Desde que saiu do Brasil, o empresário veio a público através de vídeos publicados no YouTube expôr a sua versão sobre os acontecimentos. Nos dias 11 e 25 de outubro do ano passado, Brennand afirmou, em meio a elogios a Jair Bolsonaro (PL), que é politicamente perseguido e que irá comprovar sua inocência. Ele direcionou impropérios ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo, e à ex-promotora de Justiça Gabriela Manssur, que também acionou o empresário na Justiça.

COM A PALAVRA, A DEFESA DO ADVOGADO THIAGO BRENNAND

A reportagem entrou em contato com o advogado Eduardo Cesar Leite, que representa Thiago Brennand nos processos, através do e-mail fornecido nos autos dos processos. Não houve retorno até a publicação da reportagem. O espaço está aberto para manifestação. (isabella.panho@estadao.com)

*Matéria atualizada às 16h49

Acusado de estupro, ameaça, lesão corporal e cárcere privado pelo Ministério Público de São Paulo, o empresário Thiago Brennand pediu a revogação das cinco ordens de prisão contra ele decretadas como condição para que volte ao Brasil na sexta-feira, 7. Ele está em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, desde setembro do ano passado. Chegou a ser detido no exterior, mas foi liberado após pagar fiança.

A solicitação foi feita pelo seu atual advogado, Eduardo Cesar Leite, nos cinco processos em que há ordem de prisão do empresário. A defesa argumenta que 'a mídia brasileira pautou supostos fatos, impondo julgamento antecipado do acusado pelo simples fato de sua viagem aos Emirados Árabes'.

Até o momento, há quatro ordens de prisão do empresário ( Foto: Reprodução/Instagram)

A manifestação não diz que o empresário irá se entregar à Justiça, mas que tem 'interesse em retornar ao Brasil, na próxima quinta-feira (06 de abril de 2023), chegando no dia 07 de abril', quando se entregaria à Polícia Federal. Além da revogação das ordens de prisão, Brennand também pede que seu nome seja retirado da 'Difusão Vermelha', lista dos procurados pela Interpol.

O estopim para as várias denúncias que pairam sobre o empresário foi o caso envolvendo a modelo Helena Gomes, em agosto do ano passado. Brennand foi flagrado por câmeras de segurança agredindo-a dentro de uma academia em São Paulo. A juíza da 6ª Vara Criminal paulistana, Erika Mascarenhas, responsável por este processo, determinou que o acusado entregasse seu passaporte à Justiça. Como ele viajou para os Emirados Árabes, a magistrada decretou a sua prisão preventiva.

Outras mulheres vieram a público incriminar o empresário. Uma delas é a estudante e modelo Stephanie Cohen, que afirma ter sido estuprada. A segunda ordem de prisão de Brennand foi proferida no processo criminal em que ela é vítima.

Helena Gomes foi a primeira mulher a vir a público contra o empresário Thiago Brennand ( Foto: Felipe Rau/Estadão)

As outras duas ordens de prisão vêm de um processo em que o empresário é acusado de corrupção de menores, tendo como vítima seu filho, e de uma outra ação, em Porto Feliz, na qual uma mulher afirma que ele a forçou a tatuar à força as iniciais 'T. V.' (sendo o 'V' de 'Vieira', um dos sobrenomes do empresário).

Além dos casos de violência de gênero, Brennand a responde a duas ações criminais por causa de episódios que protagonizou dentro do condomínio em que residia, em Porto Feliz. Ele teria agredido um garçom do restaurante Fasano e o caseiro do empreendimento.

Há uma 5ª ordem de prisão, cujo processo também é segredo de Justiça. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo confirmou que, em sua jurisdição, o empresário responde a oito processos criminais.

Há cerca de duas semanas, no dia 17 de março, a Polícia apreendeu, em um clube de tiro em Atibaia, mais de 70 armas de fogo que seriam de Brennand. Ele teve seu CAC suspenso e não pode possuir armamentos registrados em seu nome.

Thiago Brennand está em Abu Dhabi desde o começo de setembro do ano passado ( Foto: Reprodução/Instagram)

Desde que saiu do Brasil, o empresário veio a público através de vídeos publicados no YouTube expôr a sua versão sobre os acontecimentos. Nos dias 11 e 25 de outubro do ano passado, Brennand afirmou, em meio a elogios a Jair Bolsonaro (PL), que é politicamente perseguido e que irá comprovar sua inocência. Ele direcionou impropérios ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo, e à ex-promotora de Justiça Gabriela Manssur, que também acionou o empresário na Justiça.

COM A PALAVRA, A DEFESA DO ADVOGADO THIAGO BRENNAND

A reportagem entrou em contato com o advogado Eduardo Cesar Leite, que representa Thiago Brennand nos processos, através do e-mail fornecido nos autos dos processos. Não houve retorno até a publicação da reportagem. O espaço está aberto para manifestação. (isabella.panho@estadao.com)

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.