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Acusados pelo assassinato de Marielle dizem que naquela noite viram jogo do Flamengo na TV de um bar


Assista aqui aos depoimentos do sargento reformado da Polícia Militar do Rio Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, por videoconferência realizada em 4 de outubro ao Ministério Público

Por Roberta Jansen, Caio Sartori/RIO e Pedro Prata/SÃO PAULO

Os suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz deram depoimento ao Ministério Público no qual negaram participação no crime. Eles afirmaram que naquela noite de 14 de março de 2018 foram a um bar assistir a uma partida do Flamengo pela TV e que ficaram bebendo até por volta de quatro horas da madrugada.

Naquela noite o rubro-negro enfrentou o Emelec, do Equador.

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Atualmente presos na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho, eles falaram à Promotoria por videoconferência no dia 4 de outubro.

Queiroz confirmou que esteve na casa de Lessa no condomínio Vivendas da Barra, mesmo local onde mora o presidente Jair Bolsonaro.

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Quando lhe perguntaram se conhecia alguém no condomínio além de Lessa, Queiroz respondeu, após pensar por um instante: "Não, só conheço ele (Lessa)". Em seguida, interrompeu a promotora e acrescentou, em tom de brincadeira: "E o presidente da República, né?" Quando Queiroz esteve no condomínio, já era público que o então presidenciável morava ali.

Foi a primeira vez em que os dois suspeitos confirmaram que estiveram juntos em 14 de março. Isso se deu, porém, após o MP descobrir que Lessa havia recebido de sua mulher, em janeiro deste ano, pelo celular, uma foto da planilha que comprova que Élcio foi à casa do amigo por volta das 17h. Os dois estavam soltos, e Elaine, hoje também presa, pedia ao marido que falasse com o Élcio sobre o registro. Só após o interrogatório o MP apreendeu a planilha e os áudios de comunicação interna no condomínio.

Élcio diz que não tem 'antipatia' pela esquerda

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Em outro ponto da sessão de questionamentos a Élcio, que durou cerca de 35 minutos, o MP perguntou a ele sobre o fato de ter feito, com frequência, pesquisas sobre colegas de partido de Marielle, o PSOL, na internet -- como o ex-deputado Jean Wyllys e o deputado federal Marcelo Freixo, que era melhor amigo e padrinho político da vereadora.

"Primeiro porque o Jean é deputado pelo Rio de Janeiro, né...", respondeu. "E quantos deputados pelo Rio o senhor pesquisou?", questionou a promotora. Élcio tergiversou: "Ah, vários. De todos os partidos." Disse que não lembrava quais e que "pode ter sido o Rodrigo Maia." Também alegou que, por ser alvo constante de notícias falsas, Jean Wyllys era muito buscado por ele numa tentativa de verificar a credibilidade do que estava sendo dito nas redes sociais.

Quanto a Freixo, Élcio disse que, por ele ter sido candidato a prefeito do Rio, despertava um interesse grande. E, para demonstrar que não tem antipatia pela esquerda, afirmou que concorda com bandeiras do parlamentar. "Eu concordo com muitas coisas que ele fala, inclusive do PSOL também. Vou dizer uma coisa, por exemplo: a reforma da Previdência. Eu sou contra a reforma, como o PSOL também é."

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Em outra tentativa de mostrar que não tem problemas com a esquerda, comentou que já trabalhou na Prefeitura de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, durante a gestão do petista Lindbergh Farias. "Foi o melhor patrão que eu já tive, pagava muito bem os funcionários."

Lessa, por sua vez, alegou que as pesquisas feitas sobre lideranças de direitos humanos, ONGs, e diversos endereços citados no inquérito (que seriam frequentados por Marielle) foram pesquisados no âmbito da leitura de matérias jornalísticas.

O rastreamento das movimentações online de Lessa também revelou a busca por um rastreador, uma placa antirradar e uma caixa para enterrar armas. O acusado alegou que o rastreador foi comprado para a bicicleta do filho, que ele comprou a placa por curiosidade e que a caixa teria sido adquirida para guardar uma arma que tinha em Angra dos Reis.

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"A caixa é hermética e protege contra a maresia", disse.

Lessa negou conhecer o ex-deputado e conselheiro afastado do Tribunal de Contas Domingos Brazão, mas afirmou que conhecia o vereador Marcelo Siciliano.

"Eu conheci ele quando tive um estúdio de tatuagem no shopping Barra World, no Recreio. Sou tatuador há 34 anos", contou.

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Segundo Lessa, havia um jogo de futebol semanal em frente ao estúdio, que ele sempre frequentava.

"Toda quarta-feira tinha um futebol, seguido de churrasco. Foi lá que eu conheci o Marcelo Siciliano. Ele também fez muita campanha em Jacarepaguá, onde eu morei por muitos anos. Mas não é meu amigo", disse.

Ao final do interrogatório, Élcio demonstrou exaustão e fez um desabafo. Afirmou ser inocente e pediu para que justiça fosse feita. "Eu ainda acredito na Justiça, mesmo estando enterrado vivo aqui." Assim como Lessa, ele está em presídio federal em Porto Velho, em Rondônia.

Os suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz deram depoimento ao Ministério Público no qual negaram participação no crime. Eles afirmaram que naquela noite de 14 de março de 2018 foram a um bar assistir a uma partida do Flamengo pela TV e que ficaram bebendo até por volta de quatro horas da madrugada.

Naquela noite o rubro-negro enfrentou o Emelec, do Equador.

Atualmente presos na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho, eles falaram à Promotoria por videoconferência no dia 4 de outubro.

Queiroz confirmou que esteve na casa de Lessa no condomínio Vivendas da Barra, mesmo local onde mora o presidente Jair Bolsonaro.

Quando lhe perguntaram se conhecia alguém no condomínio além de Lessa, Queiroz respondeu, após pensar por um instante: "Não, só conheço ele (Lessa)". Em seguida, interrompeu a promotora e acrescentou, em tom de brincadeira: "E o presidente da República, né?" Quando Queiroz esteve no condomínio, já era público que o então presidenciável morava ali.

Foi a primeira vez em que os dois suspeitos confirmaram que estiveram juntos em 14 de março. Isso se deu, porém, após o MP descobrir que Lessa havia recebido de sua mulher, em janeiro deste ano, pelo celular, uma foto da planilha que comprova que Élcio foi à casa do amigo por volta das 17h. Os dois estavam soltos, e Elaine, hoje também presa, pedia ao marido que falasse com o Élcio sobre o registro. Só após o interrogatório o MP apreendeu a planilha e os áudios de comunicação interna no condomínio.

Élcio diz que não tem 'antipatia' pela esquerda

Em outro ponto da sessão de questionamentos a Élcio, que durou cerca de 35 minutos, o MP perguntou a ele sobre o fato de ter feito, com frequência, pesquisas sobre colegas de partido de Marielle, o PSOL, na internet -- como o ex-deputado Jean Wyllys e o deputado federal Marcelo Freixo, que era melhor amigo e padrinho político da vereadora.

"Primeiro porque o Jean é deputado pelo Rio de Janeiro, né...", respondeu. "E quantos deputados pelo Rio o senhor pesquisou?", questionou a promotora. Élcio tergiversou: "Ah, vários. De todos os partidos." Disse que não lembrava quais e que "pode ter sido o Rodrigo Maia." Também alegou que, por ser alvo constante de notícias falsas, Jean Wyllys era muito buscado por ele numa tentativa de verificar a credibilidade do que estava sendo dito nas redes sociais.

Quanto a Freixo, Élcio disse que, por ele ter sido candidato a prefeito do Rio, despertava um interesse grande. E, para demonstrar que não tem antipatia pela esquerda, afirmou que concorda com bandeiras do parlamentar. "Eu concordo com muitas coisas que ele fala, inclusive do PSOL também. Vou dizer uma coisa, por exemplo: a reforma da Previdência. Eu sou contra a reforma, como o PSOL também é."

Em outra tentativa de mostrar que não tem problemas com a esquerda, comentou que já trabalhou na Prefeitura de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, durante a gestão do petista Lindbergh Farias. "Foi o melhor patrão que eu já tive, pagava muito bem os funcionários."

Lessa, por sua vez, alegou que as pesquisas feitas sobre lideranças de direitos humanos, ONGs, e diversos endereços citados no inquérito (que seriam frequentados por Marielle) foram pesquisados no âmbito da leitura de matérias jornalísticas.

O rastreamento das movimentações online de Lessa também revelou a busca por um rastreador, uma placa antirradar e uma caixa para enterrar armas. O acusado alegou que o rastreador foi comprado para a bicicleta do filho, que ele comprou a placa por curiosidade e que a caixa teria sido adquirida para guardar uma arma que tinha em Angra dos Reis.

"A caixa é hermética e protege contra a maresia", disse.

Lessa negou conhecer o ex-deputado e conselheiro afastado do Tribunal de Contas Domingos Brazão, mas afirmou que conhecia o vereador Marcelo Siciliano.

"Eu conheci ele quando tive um estúdio de tatuagem no shopping Barra World, no Recreio. Sou tatuador há 34 anos", contou.

Segundo Lessa, havia um jogo de futebol semanal em frente ao estúdio, que ele sempre frequentava.

"Toda quarta-feira tinha um futebol, seguido de churrasco. Foi lá que eu conheci o Marcelo Siciliano. Ele também fez muita campanha em Jacarepaguá, onde eu morei por muitos anos. Mas não é meu amigo", disse.

Ao final do interrogatório, Élcio demonstrou exaustão e fez um desabafo. Afirmou ser inocente e pediu para que justiça fosse feita. "Eu ainda acredito na Justiça, mesmo estando enterrado vivo aqui." Assim como Lessa, ele está em presídio federal em Porto Velho, em Rondônia.

Os suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz deram depoimento ao Ministério Público no qual negaram participação no crime. Eles afirmaram que naquela noite de 14 de março de 2018 foram a um bar assistir a uma partida do Flamengo pela TV e que ficaram bebendo até por volta de quatro horas da madrugada.

Naquela noite o rubro-negro enfrentou o Emelec, do Equador.

Atualmente presos na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho, eles falaram à Promotoria por videoconferência no dia 4 de outubro.

Queiroz confirmou que esteve na casa de Lessa no condomínio Vivendas da Barra, mesmo local onde mora o presidente Jair Bolsonaro.

Quando lhe perguntaram se conhecia alguém no condomínio além de Lessa, Queiroz respondeu, após pensar por um instante: "Não, só conheço ele (Lessa)". Em seguida, interrompeu a promotora e acrescentou, em tom de brincadeira: "E o presidente da República, né?" Quando Queiroz esteve no condomínio, já era público que o então presidenciável morava ali.

Foi a primeira vez em que os dois suspeitos confirmaram que estiveram juntos em 14 de março. Isso se deu, porém, após o MP descobrir que Lessa havia recebido de sua mulher, em janeiro deste ano, pelo celular, uma foto da planilha que comprova que Élcio foi à casa do amigo por volta das 17h. Os dois estavam soltos, e Elaine, hoje também presa, pedia ao marido que falasse com o Élcio sobre o registro. Só após o interrogatório o MP apreendeu a planilha e os áudios de comunicação interna no condomínio.

Élcio diz que não tem 'antipatia' pela esquerda

Em outro ponto da sessão de questionamentos a Élcio, que durou cerca de 35 minutos, o MP perguntou a ele sobre o fato de ter feito, com frequência, pesquisas sobre colegas de partido de Marielle, o PSOL, na internet -- como o ex-deputado Jean Wyllys e o deputado federal Marcelo Freixo, que era melhor amigo e padrinho político da vereadora.

"Primeiro porque o Jean é deputado pelo Rio de Janeiro, né...", respondeu. "E quantos deputados pelo Rio o senhor pesquisou?", questionou a promotora. Élcio tergiversou: "Ah, vários. De todos os partidos." Disse que não lembrava quais e que "pode ter sido o Rodrigo Maia." Também alegou que, por ser alvo constante de notícias falsas, Jean Wyllys era muito buscado por ele numa tentativa de verificar a credibilidade do que estava sendo dito nas redes sociais.

Quanto a Freixo, Élcio disse que, por ele ter sido candidato a prefeito do Rio, despertava um interesse grande. E, para demonstrar que não tem antipatia pela esquerda, afirmou que concorda com bandeiras do parlamentar. "Eu concordo com muitas coisas que ele fala, inclusive do PSOL também. Vou dizer uma coisa, por exemplo: a reforma da Previdência. Eu sou contra a reforma, como o PSOL também é."

Em outra tentativa de mostrar que não tem problemas com a esquerda, comentou que já trabalhou na Prefeitura de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, durante a gestão do petista Lindbergh Farias. "Foi o melhor patrão que eu já tive, pagava muito bem os funcionários."

Lessa, por sua vez, alegou que as pesquisas feitas sobre lideranças de direitos humanos, ONGs, e diversos endereços citados no inquérito (que seriam frequentados por Marielle) foram pesquisados no âmbito da leitura de matérias jornalísticas.

O rastreamento das movimentações online de Lessa também revelou a busca por um rastreador, uma placa antirradar e uma caixa para enterrar armas. O acusado alegou que o rastreador foi comprado para a bicicleta do filho, que ele comprou a placa por curiosidade e que a caixa teria sido adquirida para guardar uma arma que tinha em Angra dos Reis.

"A caixa é hermética e protege contra a maresia", disse.

Lessa negou conhecer o ex-deputado e conselheiro afastado do Tribunal de Contas Domingos Brazão, mas afirmou que conhecia o vereador Marcelo Siciliano.

"Eu conheci ele quando tive um estúdio de tatuagem no shopping Barra World, no Recreio. Sou tatuador há 34 anos", contou.

Segundo Lessa, havia um jogo de futebol semanal em frente ao estúdio, que ele sempre frequentava.

"Toda quarta-feira tinha um futebol, seguido de churrasco. Foi lá que eu conheci o Marcelo Siciliano. Ele também fez muita campanha em Jacarepaguá, onde eu morei por muitos anos. Mas não é meu amigo", disse.

Ao final do interrogatório, Élcio demonstrou exaustão e fez um desabafo. Afirmou ser inocente e pediu para que justiça fosse feita. "Eu ainda acredito na Justiça, mesmo estando enterrado vivo aqui." Assim como Lessa, ele está em presídio federal em Porto Velho, em Rondônia.

Os suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz deram depoimento ao Ministério Público no qual negaram participação no crime. Eles afirmaram que naquela noite de 14 de março de 2018 foram a um bar assistir a uma partida do Flamengo pela TV e que ficaram bebendo até por volta de quatro horas da madrugada.

Naquela noite o rubro-negro enfrentou o Emelec, do Equador.

Atualmente presos na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho, eles falaram à Promotoria por videoconferência no dia 4 de outubro.

Queiroz confirmou que esteve na casa de Lessa no condomínio Vivendas da Barra, mesmo local onde mora o presidente Jair Bolsonaro.

Quando lhe perguntaram se conhecia alguém no condomínio além de Lessa, Queiroz respondeu, após pensar por um instante: "Não, só conheço ele (Lessa)". Em seguida, interrompeu a promotora e acrescentou, em tom de brincadeira: "E o presidente da República, né?" Quando Queiroz esteve no condomínio, já era público que o então presidenciável morava ali.

Foi a primeira vez em que os dois suspeitos confirmaram que estiveram juntos em 14 de março. Isso se deu, porém, após o MP descobrir que Lessa havia recebido de sua mulher, em janeiro deste ano, pelo celular, uma foto da planilha que comprova que Élcio foi à casa do amigo por volta das 17h. Os dois estavam soltos, e Elaine, hoje também presa, pedia ao marido que falasse com o Élcio sobre o registro. Só após o interrogatório o MP apreendeu a planilha e os áudios de comunicação interna no condomínio.

Élcio diz que não tem 'antipatia' pela esquerda

Em outro ponto da sessão de questionamentos a Élcio, que durou cerca de 35 minutos, o MP perguntou a ele sobre o fato de ter feito, com frequência, pesquisas sobre colegas de partido de Marielle, o PSOL, na internet -- como o ex-deputado Jean Wyllys e o deputado federal Marcelo Freixo, que era melhor amigo e padrinho político da vereadora.

"Primeiro porque o Jean é deputado pelo Rio de Janeiro, né...", respondeu. "E quantos deputados pelo Rio o senhor pesquisou?", questionou a promotora. Élcio tergiversou: "Ah, vários. De todos os partidos." Disse que não lembrava quais e que "pode ter sido o Rodrigo Maia." Também alegou que, por ser alvo constante de notícias falsas, Jean Wyllys era muito buscado por ele numa tentativa de verificar a credibilidade do que estava sendo dito nas redes sociais.

Quanto a Freixo, Élcio disse que, por ele ter sido candidato a prefeito do Rio, despertava um interesse grande. E, para demonstrar que não tem antipatia pela esquerda, afirmou que concorda com bandeiras do parlamentar. "Eu concordo com muitas coisas que ele fala, inclusive do PSOL também. Vou dizer uma coisa, por exemplo: a reforma da Previdência. Eu sou contra a reforma, como o PSOL também é."

Em outra tentativa de mostrar que não tem problemas com a esquerda, comentou que já trabalhou na Prefeitura de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, durante a gestão do petista Lindbergh Farias. "Foi o melhor patrão que eu já tive, pagava muito bem os funcionários."

Lessa, por sua vez, alegou que as pesquisas feitas sobre lideranças de direitos humanos, ONGs, e diversos endereços citados no inquérito (que seriam frequentados por Marielle) foram pesquisados no âmbito da leitura de matérias jornalísticas.

O rastreamento das movimentações online de Lessa também revelou a busca por um rastreador, uma placa antirradar e uma caixa para enterrar armas. O acusado alegou que o rastreador foi comprado para a bicicleta do filho, que ele comprou a placa por curiosidade e que a caixa teria sido adquirida para guardar uma arma que tinha em Angra dos Reis.

"A caixa é hermética e protege contra a maresia", disse.

Lessa negou conhecer o ex-deputado e conselheiro afastado do Tribunal de Contas Domingos Brazão, mas afirmou que conhecia o vereador Marcelo Siciliano.

"Eu conheci ele quando tive um estúdio de tatuagem no shopping Barra World, no Recreio. Sou tatuador há 34 anos", contou.

Segundo Lessa, havia um jogo de futebol semanal em frente ao estúdio, que ele sempre frequentava.

"Toda quarta-feira tinha um futebol, seguido de churrasco. Foi lá que eu conheci o Marcelo Siciliano. Ele também fez muita campanha em Jacarepaguá, onde eu morei por muitos anos. Mas não é meu amigo", disse.

Ao final do interrogatório, Élcio demonstrou exaustão e fez um desabafo. Afirmou ser inocente e pediu para que justiça fosse feita. "Eu ainda acredito na Justiça, mesmo estando enterrado vivo aqui." Assim como Lessa, ele está em presídio federal em Porto Velho, em Rondônia.

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