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‘Auxílio moral e material’; entenda por que ex-bombeiro também é réu pelo assassinato de Marielle


Juiz Gustavo Gomes Kalil descreve no decreto de prisão de Maxwell Simões Correa como ele agiu em cumplicidade com Ronnie Lessa e Élcio Queiroz na execução da ex-vereadora Marielle Franco na noite de março de 2018; Leia a íntegra da decisão

Por Pepita Ortega, Rayanderson Guerra e Daniel Haidar
Atualização:
O bombeiro Maxwell Simões Correa é conduzido por agentes da Polícia Civil na operação Submersus 2, deflagrada em 2020 Foto: DIEGO MARANHÃO/AM PRESS & IMAGES/PAGOS

Ao decretar a prisão de Maxwell Simões Correa, o Suel, Justiça do Rio ressaltou como o ex-bombeiro teria ‘prestado auxílio moral e material em atos preparatórios’ do assassinato da vereadora Mairelle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em um despacho de oito páginas, o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, listou tudo o que pesa contra Suel - as revelações feitas pelo ex-PM Élcio Queiroz; a ligação de Maxwell com Ronnie Lessa e outro investigado que monitorava Marielle; e até o possível envolvimento com esquema de ‘gatonet’.

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No documento assinado na quinta-feira, 20, Kalil colocou Maxwell no banco dos réus pela morte de Marielle e Anderson. Ele responderá pelo duplo homicídio junto de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz - respectivamente o autor dos disparos e o motorista do crime. Capturado nesta segunda, 24, Maxwell fica preso provisoriamente em Bangu 8 até ser transferido para um presídio de segurança máxima.

O juiz destacou as alegações do Ministério Público, que denunciou Maxwell. A Promotoria narrou como Suel teria ‘concorrido eficazmente para os crimes’, ajustado com Ronnie Lessa e Edmilson Oliveira da Silva - um outro investigado, já falecido, que teria atuado diretamente no planejamento do crime.

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“Teria ele (Suel), ciente do fim a que se destinava, guardado e mantido o veículo Colbat, usado, em tese, para as execuções. Teria, ainda, participado da vigilância e monitoramento prévios da vítima Marielle, o que teria permitido a definição do momento adequado à consumação final dos crimes. No dia após o crime, teria ajudado Ronnie Lessa e Elcio a trocarem as placas de identificação do Cobalt, se desfeito das cápsulas de munições utilizadas, providenciado o desmanche do carro e auxiliado financeiramente o Acusado Elcio. No ponto, segundo o colaborador, o ora Acusado seria o responsável pelo pagamento dos honorários advocatícios da Defesa de Elcio e despesas de subsistência da família de Elcio, tudo com o objetivo de, supostamente, evitar rompimento entre eles

Ajuda de “Macalé”

Na decisão, o juiz Gustavo Gomes Kalil identifica um outro suspeito de atuar no monitoramento de Marielle dias antes do crime. Segundo Kalil, Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, teria tido contato com Ronnie Lessa e Maxwell dias antes do assassinato da vereadora. O contato entre Macalé, Ronnie e Maxwell teria perdurado após o crime.

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“Teria sido possível identificar vários elementos que confirmariam a ligação entre o acusado RONNIE LESSA e o ora denunciado MAXWELL. Ambos teriam em sua agenda de contatos o telefone de MACALÉ, apontado pelo colaborador como participante do monitoramento de Marielle meses antes do crime. É justo nesse período que teriam sido identificadas ligações entre RONNIE e MACALÉ. Em período de tempo muito similar, também teriam sido registradas ligações entre MACALÉ e MAXWELL. As ligações entre os dois últimos teriam se intensificado no pós-crime. A corroborar a narrativa do colaborador, segundo os Investigadores, haveria compatibilidade entre registros de ERB e OCR indicando a possibilidade de RONNIE LESSA e MAXWELL estarem no veículo COBALT, usado no dia dos crimes, em monitoramentos prévios nos dias 01º e 02 de fevereiro de 2018″, diz o juiz.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Elcio Queiroz e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa. Kalil ponderou que seria ‘imprescindível’ colocar Maxwell em uma prisão de segurança máxima em razão dos mesmos motivos

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“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

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“A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal (fls. 394/449 - pastas 386 a 446) indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

O bombeiro Maxwell Simões Correa é conduzido por agentes da Polícia Civil na operação Submersus 2, deflagrada em 2020 Foto: DIEGO MARANHÃO/AM PRESS & IMAGES/PAGOS

Ao decretar a prisão de Maxwell Simões Correa, o Suel, Justiça do Rio ressaltou como o ex-bombeiro teria ‘prestado auxílio moral e material em atos preparatórios’ do assassinato da vereadora Mairelle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em um despacho de oito páginas, o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, listou tudo o que pesa contra Suel - as revelações feitas pelo ex-PM Élcio Queiroz; a ligação de Maxwell com Ronnie Lessa e outro investigado que monitorava Marielle; e até o possível envolvimento com esquema de ‘gatonet’.

No documento assinado na quinta-feira, 20, Kalil colocou Maxwell no banco dos réus pela morte de Marielle e Anderson. Ele responderá pelo duplo homicídio junto de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz - respectivamente o autor dos disparos e o motorista do crime. Capturado nesta segunda, 24, Maxwell fica preso provisoriamente em Bangu 8 até ser transferido para um presídio de segurança máxima.

O juiz destacou as alegações do Ministério Público, que denunciou Maxwell. A Promotoria narrou como Suel teria ‘concorrido eficazmente para os crimes’, ajustado com Ronnie Lessa e Edmilson Oliveira da Silva - um outro investigado, já falecido, que teria atuado diretamente no planejamento do crime.

“Teria ele (Suel), ciente do fim a que se destinava, guardado e mantido o veículo Colbat, usado, em tese, para as execuções. Teria, ainda, participado da vigilância e monitoramento prévios da vítima Marielle, o que teria permitido a definição do momento adequado à consumação final dos crimes. No dia após o crime, teria ajudado Ronnie Lessa e Elcio a trocarem as placas de identificação do Cobalt, se desfeito das cápsulas de munições utilizadas, providenciado o desmanche do carro e auxiliado financeiramente o Acusado Elcio. No ponto, segundo o colaborador, o ora Acusado seria o responsável pelo pagamento dos honorários advocatícios da Defesa de Elcio e despesas de subsistência da família de Elcio, tudo com o objetivo de, supostamente, evitar rompimento entre eles

Ajuda de “Macalé”

Na decisão, o juiz Gustavo Gomes Kalil identifica um outro suspeito de atuar no monitoramento de Marielle dias antes do crime. Segundo Kalil, Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, teria tido contato com Ronnie Lessa e Maxwell dias antes do assassinato da vereadora. O contato entre Macalé, Ronnie e Maxwell teria perdurado após o crime.

“Teria sido possível identificar vários elementos que confirmariam a ligação entre o acusado RONNIE LESSA e o ora denunciado MAXWELL. Ambos teriam em sua agenda de contatos o telefone de MACALÉ, apontado pelo colaborador como participante do monitoramento de Marielle meses antes do crime. É justo nesse período que teriam sido identificadas ligações entre RONNIE e MACALÉ. Em período de tempo muito similar, também teriam sido registradas ligações entre MACALÉ e MAXWELL. As ligações entre os dois últimos teriam se intensificado no pós-crime. A corroborar a narrativa do colaborador, segundo os Investigadores, haveria compatibilidade entre registros de ERB e OCR indicando a possibilidade de RONNIE LESSA e MAXWELL estarem no veículo COBALT, usado no dia dos crimes, em monitoramentos prévios nos dias 01º e 02 de fevereiro de 2018″, diz o juiz.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Elcio Queiroz e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa. Kalil ponderou que seria ‘imprescindível’ colocar Maxwell em uma prisão de segurança máxima em razão dos mesmos motivos

“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

“A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal (fls. 394/449 - pastas 386 a 446) indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

O bombeiro Maxwell Simões Correa é conduzido por agentes da Polícia Civil na operação Submersus 2, deflagrada em 2020 Foto: DIEGO MARANHÃO/AM PRESS & IMAGES/PAGOS

Ao decretar a prisão de Maxwell Simões Correa, o Suel, Justiça do Rio ressaltou como o ex-bombeiro teria ‘prestado auxílio moral e material em atos preparatórios’ do assassinato da vereadora Mairelle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em um despacho de oito páginas, o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, listou tudo o que pesa contra Suel - as revelações feitas pelo ex-PM Élcio Queiroz; a ligação de Maxwell com Ronnie Lessa e outro investigado que monitorava Marielle; e até o possível envolvimento com esquema de ‘gatonet’.

No documento assinado na quinta-feira, 20, Kalil colocou Maxwell no banco dos réus pela morte de Marielle e Anderson. Ele responderá pelo duplo homicídio junto de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz - respectivamente o autor dos disparos e o motorista do crime. Capturado nesta segunda, 24, Maxwell fica preso provisoriamente em Bangu 8 até ser transferido para um presídio de segurança máxima.

O juiz destacou as alegações do Ministério Público, que denunciou Maxwell. A Promotoria narrou como Suel teria ‘concorrido eficazmente para os crimes’, ajustado com Ronnie Lessa e Edmilson Oliveira da Silva - um outro investigado, já falecido, que teria atuado diretamente no planejamento do crime.

“Teria ele (Suel), ciente do fim a que se destinava, guardado e mantido o veículo Colbat, usado, em tese, para as execuções. Teria, ainda, participado da vigilância e monitoramento prévios da vítima Marielle, o que teria permitido a definição do momento adequado à consumação final dos crimes. No dia após o crime, teria ajudado Ronnie Lessa e Elcio a trocarem as placas de identificação do Cobalt, se desfeito das cápsulas de munições utilizadas, providenciado o desmanche do carro e auxiliado financeiramente o Acusado Elcio. No ponto, segundo o colaborador, o ora Acusado seria o responsável pelo pagamento dos honorários advocatícios da Defesa de Elcio e despesas de subsistência da família de Elcio, tudo com o objetivo de, supostamente, evitar rompimento entre eles

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Na decisão, o juiz Gustavo Gomes Kalil identifica um outro suspeito de atuar no monitoramento de Marielle dias antes do crime. Segundo Kalil, Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, teria tido contato com Ronnie Lessa e Maxwell dias antes do assassinato da vereadora. O contato entre Macalé, Ronnie e Maxwell teria perdurado após o crime.

“Teria sido possível identificar vários elementos que confirmariam a ligação entre o acusado RONNIE LESSA e o ora denunciado MAXWELL. Ambos teriam em sua agenda de contatos o telefone de MACALÉ, apontado pelo colaborador como participante do monitoramento de Marielle meses antes do crime. É justo nesse período que teriam sido identificadas ligações entre RONNIE e MACALÉ. Em período de tempo muito similar, também teriam sido registradas ligações entre MACALÉ e MAXWELL. As ligações entre os dois últimos teriam se intensificado no pós-crime. A corroborar a narrativa do colaborador, segundo os Investigadores, haveria compatibilidade entre registros de ERB e OCR indicando a possibilidade de RONNIE LESSA e MAXWELL estarem no veículo COBALT, usado no dia dos crimes, em monitoramentos prévios nos dias 01º e 02 de fevereiro de 2018″, diz o juiz.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Elcio Queiroz e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa. Kalil ponderou que seria ‘imprescindível’ colocar Maxwell em uma prisão de segurança máxima em razão dos mesmos motivos

“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

“A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal (fls. 394/449 - pastas 386 a 446) indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

O bombeiro Maxwell Simões Correa é conduzido por agentes da Polícia Civil na operação Submersus 2, deflagrada em 2020 Foto: DIEGO MARANHÃO/AM PRESS & IMAGES/PAGOS

Ao decretar a prisão de Maxwell Simões Correa, o Suel, Justiça do Rio ressaltou como o ex-bombeiro teria ‘prestado auxílio moral e material em atos preparatórios’ do assassinato da vereadora Mairelle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em um despacho de oito páginas, o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, listou tudo o que pesa contra Suel - as revelações feitas pelo ex-PM Élcio Queiroz; a ligação de Maxwell com Ronnie Lessa e outro investigado que monitorava Marielle; e até o possível envolvimento com esquema de ‘gatonet’.

No documento assinado na quinta-feira, 20, Kalil colocou Maxwell no banco dos réus pela morte de Marielle e Anderson. Ele responderá pelo duplo homicídio junto de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz - respectivamente o autor dos disparos e o motorista do crime. Capturado nesta segunda, 24, Maxwell fica preso provisoriamente em Bangu 8 até ser transferido para um presídio de segurança máxima.

O juiz destacou as alegações do Ministério Público, que denunciou Maxwell. A Promotoria narrou como Suel teria ‘concorrido eficazmente para os crimes’, ajustado com Ronnie Lessa e Edmilson Oliveira da Silva - um outro investigado, já falecido, que teria atuado diretamente no planejamento do crime.

“Teria ele (Suel), ciente do fim a que se destinava, guardado e mantido o veículo Colbat, usado, em tese, para as execuções. Teria, ainda, participado da vigilância e monitoramento prévios da vítima Marielle, o que teria permitido a definição do momento adequado à consumação final dos crimes. No dia após o crime, teria ajudado Ronnie Lessa e Elcio a trocarem as placas de identificação do Cobalt, se desfeito das cápsulas de munições utilizadas, providenciado o desmanche do carro e auxiliado financeiramente o Acusado Elcio. No ponto, segundo o colaborador, o ora Acusado seria o responsável pelo pagamento dos honorários advocatícios da Defesa de Elcio e despesas de subsistência da família de Elcio, tudo com o objetivo de, supostamente, evitar rompimento entre eles

Ajuda de “Macalé”

Na decisão, o juiz Gustavo Gomes Kalil identifica um outro suspeito de atuar no monitoramento de Marielle dias antes do crime. Segundo Kalil, Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, teria tido contato com Ronnie Lessa e Maxwell dias antes do assassinato da vereadora. O contato entre Macalé, Ronnie e Maxwell teria perdurado após o crime.

“Teria sido possível identificar vários elementos que confirmariam a ligação entre o acusado RONNIE LESSA e o ora denunciado MAXWELL. Ambos teriam em sua agenda de contatos o telefone de MACALÉ, apontado pelo colaborador como participante do monitoramento de Marielle meses antes do crime. É justo nesse período que teriam sido identificadas ligações entre RONNIE e MACALÉ. Em período de tempo muito similar, também teriam sido registradas ligações entre MACALÉ e MAXWELL. As ligações entre os dois últimos teriam se intensificado no pós-crime. A corroborar a narrativa do colaborador, segundo os Investigadores, haveria compatibilidade entre registros de ERB e OCR indicando a possibilidade de RONNIE LESSA e MAXWELL estarem no veículo COBALT, usado no dia dos crimes, em monitoramentos prévios nos dias 01º e 02 de fevereiro de 2018″, diz o juiz.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Elcio Queiroz e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa. Kalil ponderou que seria ‘imprescindível’ colocar Maxwell em uma prisão de segurança máxima em razão dos mesmos motivos

“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

“A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal (fls. 394/449 - pastas 386 a 446) indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

O bombeiro Maxwell Simões Correa é conduzido por agentes da Polícia Civil na operação Submersus 2, deflagrada em 2020 Foto: DIEGO MARANHÃO/AM PRESS & IMAGES/PAGOS

Ao decretar a prisão de Maxwell Simões Correa, o Suel, Justiça do Rio ressaltou como o ex-bombeiro teria ‘prestado auxílio moral e material em atos preparatórios’ do assassinato da vereadora Mairelle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em um despacho de oito páginas, o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, listou tudo o que pesa contra Suel - as revelações feitas pelo ex-PM Élcio Queiroz; a ligação de Maxwell com Ronnie Lessa e outro investigado que monitorava Marielle; e até o possível envolvimento com esquema de ‘gatonet’.

No documento assinado na quinta-feira, 20, Kalil colocou Maxwell no banco dos réus pela morte de Marielle e Anderson. Ele responderá pelo duplo homicídio junto de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz - respectivamente o autor dos disparos e o motorista do crime. Capturado nesta segunda, 24, Maxwell fica preso provisoriamente em Bangu 8 até ser transferido para um presídio de segurança máxima.

O juiz destacou as alegações do Ministério Público, que denunciou Maxwell. A Promotoria narrou como Suel teria ‘concorrido eficazmente para os crimes’, ajustado com Ronnie Lessa e Edmilson Oliveira da Silva - um outro investigado, já falecido, que teria atuado diretamente no planejamento do crime.

“Teria ele (Suel), ciente do fim a que se destinava, guardado e mantido o veículo Colbat, usado, em tese, para as execuções. Teria, ainda, participado da vigilância e monitoramento prévios da vítima Marielle, o que teria permitido a definição do momento adequado à consumação final dos crimes. No dia após o crime, teria ajudado Ronnie Lessa e Elcio a trocarem as placas de identificação do Cobalt, se desfeito das cápsulas de munições utilizadas, providenciado o desmanche do carro e auxiliado financeiramente o Acusado Elcio. No ponto, segundo o colaborador, o ora Acusado seria o responsável pelo pagamento dos honorários advocatícios da Defesa de Elcio e despesas de subsistência da família de Elcio, tudo com o objetivo de, supostamente, evitar rompimento entre eles

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Na decisão, o juiz Gustavo Gomes Kalil identifica um outro suspeito de atuar no monitoramento de Marielle dias antes do crime. Segundo Kalil, Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, teria tido contato com Ronnie Lessa e Maxwell dias antes do assassinato da vereadora. O contato entre Macalé, Ronnie e Maxwell teria perdurado após o crime.

“Teria sido possível identificar vários elementos que confirmariam a ligação entre o acusado RONNIE LESSA e o ora denunciado MAXWELL. Ambos teriam em sua agenda de contatos o telefone de MACALÉ, apontado pelo colaborador como participante do monitoramento de Marielle meses antes do crime. É justo nesse período que teriam sido identificadas ligações entre RONNIE e MACALÉ. Em período de tempo muito similar, também teriam sido registradas ligações entre MACALÉ e MAXWELL. As ligações entre os dois últimos teriam se intensificado no pós-crime. A corroborar a narrativa do colaborador, segundo os Investigadores, haveria compatibilidade entre registros de ERB e OCR indicando a possibilidade de RONNIE LESSA e MAXWELL estarem no veículo COBALT, usado no dia dos crimes, em monitoramentos prévios nos dias 01º e 02 de fevereiro de 2018″, diz o juiz.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Elcio Queiroz e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa. Kalil ponderou que seria ‘imprescindível’ colocar Maxwell em uma prisão de segurança máxima em razão dos mesmos motivos

“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

“A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal (fls. 394/449 - pastas 386 a 446) indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

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