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Barroso diz que é a favor da descriminalização do aborto, mas debate público não está fortalecido


Em evento promovido pelo Estadão e a Universidade Mackenzie, Luís Roberto Barroso diz que ‘o Estado não tem o direito de obrigar uma mulher a ficar grávida do filho que ela não quer ter’

Por Rayssa Motta e Pepita Ortega
Atualização:
Barroso sobre aborto: "Onde há um direito fundamental, ele não pode depender de vontade política." Foto: WERTHER

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira, 13, que é a favor das descriminalização do aborto, mas, por enquanto, não pretende pautar a retomada do julgamento sobre o tema.

“Não vou pautar por agora, porque acho que o debate público não está fortalecido, mas eu pessoalmente considero um direito fundamental da mulher a sua liberdade sexual e reprodutiva”, afirmou em seminário promovido pelo Estadão e a Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre “O papel do STF na democracia”.

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“O Estado não tem o direito de mandar a polícia, o promotor ou o juiz obrigarem uma mulher a ficar grávida do filho que ela não quer ter.”

O julgamento do aborto foi iniciado em setembro, na reta final do mandato da ministra Rosa Weber, no plenário virtual do STF. Ela defendeu o direito de interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana, em um de seus últimos votos antes da aposentadoria. Foi Barroso quem suspendeu a votação no plenário virtual e pediu para retomar o caso no plenário físico.

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O presidente do STF disse, no evento promovido pelo Estadão, que o julgamento precisará voltar à pauta “em algum momento”, mas que não há perspectiva de quando. “Mas, de novo, onde há um direito fundamental, ele não pode depender de vontade política”, seguiu.

O ministro defendeu ainda que ser contra o aborto não pode ser sinônimo de criminalizar a mulher que precisa se submeter ao procedimento.

“Querer que o Estado combata o aborto, dando educação sexual, distribuindo contraceptivos, amparando a mulher que queira ter filho e esteja em situação adversa, portanto o enfrentamento ao aborto, não é sinônimo de querer prender a mulher que tenha tido o infortúnio de precisar fazer um aborto, de modo que esse debate não está maduro”, concluiu.

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As declarações foram dadas no painel “O Supremo sob pressão”, com participação do cientista político Carlos Pereira e do professor associado do Insper Diego Werneck e mediação da jornalista Roseann Kennedy, editora da Coluna do Estadão.

Barroso sobre aborto: "Onde há um direito fundamental, ele não pode depender de vontade política." Foto: WERTHER

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira, 13, que é a favor das descriminalização do aborto, mas, por enquanto, não pretende pautar a retomada do julgamento sobre o tema.

“Não vou pautar por agora, porque acho que o debate público não está fortalecido, mas eu pessoalmente considero um direito fundamental da mulher a sua liberdade sexual e reprodutiva”, afirmou em seminário promovido pelo Estadão e a Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre “O papel do STF na democracia”.

“O Estado não tem o direito de mandar a polícia, o promotor ou o juiz obrigarem uma mulher a ficar grávida do filho que ela não quer ter.”

O julgamento do aborto foi iniciado em setembro, na reta final do mandato da ministra Rosa Weber, no plenário virtual do STF. Ela defendeu o direito de interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana, em um de seus últimos votos antes da aposentadoria. Foi Barroso quem suspendeu a votação no plenário virtual e pediu para retomar o caso no plenário físico.

O presidente do STF disse, no evento promovido pelo Estadão, que o julgamento precisará voltar à pauta “em algum momento”, mas que não há perspectiva de quando. “Mas, de novo, onde há um direito fundamental, ele não pode depender de vontade política”, seguiu.

O ministro defendeu ainda que ser contra o aborto não pode ser sinônimo de criminalizar a mulher que precisa se submeter ao procedimento.

“Querer que o Estado combata o aborto, dando educação sexual, distribuindo contraceptivos, amparando a mulher que queira ter filho e esteja em situação adversa, portanto o enfrentamento ao aborto, não é sinônimo de querer prender a mulher que tenha tido o infortúnio de precisar fazer um aborto, de modo que esse debate não está maduro”, concluiu.

As declarações foram dadas no painel “O Supremo sob pressão”, com participação do cientista político Carlos Pereira e do professor associado do Insper Diego Werneck e mediação da jornalista Roseann Kennedy, editora da Coluna do Estadão.

Barroso sobre aborto: "Onde há um direito fundamental, ele não pode depender de vontade política." Foto: WERTHER

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira, 13, que é a favor das descriminalização do aborto, mas, por enquanto, não pretende pautar a retomada do julgamento sobre o tema.

“Não vou pautar por agora, porque acho que o debate público não está fortalecido, mas eu pessoalmente considero um direito fundamental da mulher a sua liberdade sexual e reprodutiva”, afirmou em seminário promovido pelo Estadão e a Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre “O papel do STF na democracia”.

“O Estado não tem o direito de mandar a polícia, o promotor ou o juiz obrigarem uma mulher a ficar grávida do filho que ela não quer ter.”

O julgamento do aborto foi iniciado em setembro, na reta final do mandato da ministra Rosa Weber, no plenário virtual do STF. Ela defendeu o direito de interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana, em um de seus últimos votos antes da aposentadoria. Foi Barroso quem suspendeu a votação no plenário virtual e pediu para retomar o caso no plenário físico.

O presidente do STF disse, no evento promovido pelo Estadão, que o julgamento precisará voltar à pauta “em algum momento”, mas que não há perspectiva de quando. “Mas, de novo, onde há um direito fundamental, ele não pode depender de vontade política”, seguiu.

O ministro defendeu ainda que ser contra o aborto não pode ser sinônimo de criminalizar a mulher que precisa se submeter ao procedimento.

“Querer que o Estado combata o aborto, dando educação sexual, distribuindo contraceptivos, amparando a mulher que queira ter filho e esteja em situação adversa, portanto o enfrentamento ao aborto, não é sinônimo de querer prender a mulher que tenha tido o infortúnio de precisar fazer um aborto, de modo que esse debate não está maduro”, concluiu.

As declarações foram dadas no painel “O Supremo sob pressão”, com participação do cientista político Carlos Pereira e do professor associado do Insper Diego Werneck e mediação da jornalista Roseann Kennedy, editora da Coluna do Estadão.

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