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Bolsonaro admite reunião no Alvorada, mas decide processar hacker da Vaza Jato


Advogados do ex-presidente vão protocolar queixa-crime em que apontam ‘alegações falsas’ e rechaçam denúncia de Walter Delgatti, o ‘Vermelho’, que o acusa de tramar contra as urnas eletrônicas

Por Fausto Macedo e Pepita Ortega
Atualização:
O ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ex-presidente Jair Bolsonaro resolveu impetrar uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, após o depoimento em que ele acusou o ex-chefe do Executivo de lhe oferecer um indulto para que invadisse as urnas eletrônicas. A informação foi divulgada pelo advogado Fabio Wajngarten, que representa o ex-chefe do Executivo.

A defesa atribui ao hacker suposto crime de calúnia. Os advogados de Bolsonaro alegam que Delgatti prestou ‘informações e alegações falsas, totalmente desprovidas de qualquer tipo de prova’.

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A defesa confirmou a ida de Delgatti ao Palácio da Alvorada e sustenta que o então presidente, ‘na presença de testemunhas’, determinou ao Ministério da Defesa ‘a apuração das alegações acerca de suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral’.

Depois disso, o ex-presidente não teve ‘contato direto’ com o ex-presidente, alega ainda a defesa.

Delgatti já havia implicado o ex-chefe do Executivo em depoimento prestado em junho à Polícia Federal - o qual levou à deflagração da Operação 3FA, sobre a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça e a inserção de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

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Na ocasião, o hacker narrou ter se encontrado com Bolsonaro no Palácio do Alvorada e que o então presidente teria perguntado se ‘munido do código fonte, conseguiria invadir a urna eletrônica’. “Mas isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal”, declarou.

Agora, Delgatti reforça as alegações e indica que o ex-chefe do Executivo teria oferecido um indulto para que o hacker tentasse desacreditar o sistema eletrônico de votação. “Fique tranquilo, se algum juiz te prender, eu mando prender o juiz”, teria dito Bolsonaro, de acordo com a versão apresentada por Delgatti. O hacker ainda disse que o ex-presidente riu ao fazer a afirmação.

Além disso - ainda conforme o depoimento à CPMI dos atos de 8 de janeiro - Bolsonaro também teria lhe dito que obteve um grampo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mas que o hacker precisaria assumir a autoria do crime.

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Leia a íntegra da nota da defesa de Bolsonaro

Considerando as informações prestadas publicamente pelo depoente Sr. Walter Delgatti Neto perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito na presente data, a defesa do ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro, informa que adotará as medidas judiciais cabíveis em face do depoente, que apresentou informações e alegações falsas, totalmente desprovidas de qualquer tipo de prova, inclusive cometendo, em tese, o crime de calúnia.

A defesa esclarece ainda que, diante de informações prestadas pelo Sr. Walter Delgatti Neto, quando de sua passagem pelo Palácio da Alvorada, acerca de suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral, o então Presidente da República, na presença de testemunhas, determinou ao Ministério da Defesa a apuração das alegações, de acordo com os procedimentos legais e em conformidade com os princípios republicanos, seguindo o mesmo padrão de conduta observado em todas as suas ações enquanto chefe de Estado.

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Após tal evento, o ex-Presidente nunca mais esteve na presença de tal depoente ou com ele manteve qualquer tipo de contato direto ou indireto.

Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten.

O ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ex-presidente Jair Bolsonaro resolveu impetrar uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, após o depoimento em que ele acusou o ex-chefe do Executivo de lhe oferecer um indulto para que invadisse as urnas eletrônicas. A informação foi divulgada pelo advogado Fabio Wajngarten, que representa o ex-chefe do Executivo.

A defesa atribui ao hacker suposto crime de calúnia. Os advogados de Bolsonaro alegam que Delgatti prestou ‘informações e alegações falsas, totalmente desprovidas de qualquer tipo de prova’.

A defesa confirmou a ida de Delgatti ao Palácio da Alvorada e sustenta que o então presidente, ‘na presença de testemunhas’, determinou ao Ministério da Defesa ‘a apuração das alegações acerca de suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral’.

Depois disso, o ex-presidente não teve ‘contato direto’ com o ex-presidente, alega ainda a defesa.

Delgatti já havia implicado o ex-chefe do Executivo em depoimento prestado em junho à Polícia Federal - o qual levou à deflagração da Operação 3FA, sobre a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça e a inserção de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Na ocasião, o hacker narrou ter se encontrado com Bolsonaro no Palácio do Alvorada e que o então presidente teria perguntado se ‘munido do código fonte, conseguiria invadir a urna eletrônica’. “Mas isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal”, declarou.

Agora, Delgatti reforça as alegações e indica que o ex-chefe do Executivo teria oferecido um indulto para que o hacker tentasse desacreditar o sistema eletrônico de votação. “Fique tranquilo, se algum juiz te prender, eu mando prender o juiz”, teria dito Bolsonaro, de acordo com a versão apresentada por Delgatti. O hacker ainda disse que o ex-presidente riu ao fazer a afirmação.

Além disso - ainda conforme o depoimento à CPMI dos atos de 8 de janeiro - Bolsonaro também teria lhe dito que obteve um grampo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mas que o hacker precisaria assumir a autoria do crime.

Leia a íntegra da nota da defesa de Bolsonaro

Considerando as informações prestadas publicamente pelo depoente Sr. Walter Delgatti Neto perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito na presente data, a defesa do ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro, informa que adotará as medidas judiciais cabíveis em face do depoente, que apresentou informações e alegações falsas, totalmente desprovidas de qualquer tipo de prova, inclusive cometendo, em tese, o crime de calúnia.

A defesa esclarece ainda que, diante de informações prestadas pelo Sr. Walter Delgatti Neto, quando de sua passagem pelo Palácio da Alvorada, acerca de suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral, o então Presidente da República, na presença de testemunhas, determinou ao Ministério da Defesa a apuração das alegações, de acordo com os procedimentos legais e em conformidade com os princípios republicanos, seguindo o mesmo padrão de conduta observado em todas as suas ações enquanto chefe de Estado.

Após tal evento, o ex-Presidente nunca mais esteve na presença de tal depoente ou com ele manteve qualquer tipo de contato direto ou indireto.

Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten.

O ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ex-presidente Jair Bolsonaro resolveu impetrar uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, após o depoimento em que ele acusou o ex-chefe do Executivo de lhe oferecer um indulto para que invadisse as urnas eletrônicas. A informação foi divulgada pelo advogado Fabio Wajngarten, que representa o ex-chefe do Executivo.

A defesa atribui ao hacker suposto crime de calúnia. Os advogados de Bolsonaro alegam que Delgatti prestou ‘informações e alegações falsas, totalmente desprovidas de qualquer tipo de prova’.

A defesa confirmou a ida de Delgatti ao Palácio da Alvorada e sustenta que o então presidente, ‘na presença de testemunhas’, determinou ao Ministério da Defesa ‘a apuração das alegações acerca de suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral’.

Depois disso, o ex-presidente não teve ‘contato direto’ com o ex-presidente, alega ainda a defesa.

Delgatti já havia implicado o ex-chefe do Executivo em depoimento prestado em junho à Polícia Federal - o qual levou à deflagração da Operação 3FA, sobre a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça e a inserção de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Na ocasião, o hacker narrou ter se encontrado com Bolsonaro no Palácio do Alvorada e que o então presidente teria perguntado se ‘munido do código fonte, conseguiria invadir a urna eletrônica’. “Mas isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal”, declarou.

Agora, Delgatti reforça as alegações e indica que o ex-chefe do Executivo teria oferecido um indulto para que o hacker tentasse desacreditar o sistema eletrônico de votação. “Fique tranquilo, se algum juiz te prender, eu mando prender o juiz”, teria dito Bolsonaro, de acordo com a versão apresentada por Delgatti. O hacker ainda disse que o ex-presidente riu ao fazer a afirmação.

Além disso - ainda conforme o depoimento à CPMI dos atos de 8 de janeiro - Bolsonaro também teria lhe dito que obteve um grampo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mas que o hacker precisaria assumir a autoria do crime.

Leia a íntegra da nota da defesa de Bolsonaro

Considerando as informações prestadas publicamente pelo depoente Sr. Walter Delgatti Neto perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito na presente data, a defesa do ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro, informa que adotará as medidas judiciais cabíveis em face do depoente, que apresentou informações e alegações falsas, totalmente desprovidas de qualquer tipo de prova, inclusive cometendo, em tese, o crime de calúnia.

A defesa esclarece ainda que, diante de informações prestadas pelo Sr. Walter Delgatti Neto, quando de sua passagem pelo Palácio da Alvorada, acerca de suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral, o então Presidente da República, na presença de testemunhas, determinou ao Ministério da Defesa a apuração das alegações, de acordo com os procedimentos legais e em conformidade com os princípios republicanos, seguindo o mesmo padrão de conduta observado em todas as suas ações enquanto chefe de Estado.

Após tal evento, o ex-Presidente nunca mais esteve na presença de tal depoente ou com ele manteve qualquer tipo de contato direto ou indireto.

Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten.

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