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Braga Netto, preso no Rio, entregou dinheiro a kid preto em plano para matar Moraes e Lula, diz PF


Polícia Federal afirma que general, preso neste sábado, 14, financiou ação golpista; em depoimento, delator Mauro Cid disse que pagamento foi feito com dinheiro escondido em caixa de vinho; defesa de general diz que vai provar que ele não interferiu em investigações

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:

Ao pedir a prisão do general do Walter Braga Netto, a Polícia Federal (PF) apontou que ele financiou a ação dos oficiais das Forças Especiais do Exército, os “kids pretos”, para matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin, em 2022.

Braga Netto teria entregado recursos aos golpistas em uma sacola de vinho. A informação foi repassada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, em sua delação. A defesa do general da reserva afirmou neste sábado, 14, que vai comprovar que ele não atuou para atrapalhar as investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

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“Registra-se que a defesa se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida. Entretanto, com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações”, diz a nota assinada pelos advogados Luís Henrique César Prata, Gabriella Leonel Venâncio e Francisco Eslei de Lima.

“Braga Netto também teria atuado de forma direta e pessoal no financiamento das ações ilícitas, fornecendo recursos financeiros em uma sacola de vinho, ratificando sua atuação preponderante na execução dos atos criminosos”, afirma a PF.

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A Polícia Federal prendeu o ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, na manhã deste sábado, 14. O militar foi detido em sua residência, localizada no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução da Justiça. A prisão preventiva, solicitada pela PF, foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas preso na era democrática do País.

General Braga Netto , preso na Polícia Federal, zona central do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/Estadão Foto: Pedro Kirilos

O dinheiro teria sido entregue ao major Rafael Martins de Oliveira, preso na Operação Contragolpe, e serviria para o “financiamento das despesas necessárias a realização da operação”.

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Em depoimento, Mauro Cid afirmou, segundo o próprio Braga Netto, o dinheiro “havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio”. A Polícia Federal não identifica quem teria enviado o dinheiro.

Além disso, a casa do ex-ministro, em Brasília, teria sido usada para planejar a missão golpista, em novembro de 2022. O general é apontado como um interlocutor dos kids pretos com o Palácio do Planalto.

Outra suspeita da PF é a de que o ex-ministro tenha agido para atrapalhar as investigações. Segundo a Polícia Federal, o general tentou obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid, além de alinhar versões com outros investigados.

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Mauro Cid implicou Braga Netto em sua colaboração premiada. A delação estava sob ameaça de rescisão, até que o tenente-coronel mudou de estratégia e resolveu entregar o ex-ministro, em depoimento prestado diretamente a Alexandre de Moraes. Mauro Cid admitiu que “não só ele (Braga Netto) como outros intermediários tentaram saber” o que ele disse na delação.

A investigação aponta que Braga Netto fez contato por telefone com o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, para controlar o que seria repassado aos investigadores e manter aliados informados.

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A PF também encontrou um documento com perguntas e respostas sobre a delação de Mauro Cid na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto, na sede do Partido Liberal (PL). O assessor foi alvo de buscas neste sábado.

Além da prisão preventiva, Moraes também autorizou buscas nos endereços de Braga Netto. O general passará por audiência de custódia, às 14 horas, por videoconferência.

Na semana passada, a defesa de Braga Netto afirmou que ele “não tomou conhecimento de qualquer documento relacionado a um suposto golpe, nem do planejamento de assassinato de alguém”.

Ao pedir a prisão do general do Walter Braga Netto, a Polícia Federal (PF) apontou que ele financiou a ação dos oficiais das Forças Especiais do Exército, os “kids pretos”, para matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin, em 2022.

Braga Netto teria entregado recursos aos golpistas em uma sacola de vinho. A informação foi repassada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, em sua delação. A defesa do general da reserva afirmou neste sábado, 14, que vai comprovar que ele não atuou para atrapalhar as investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

“Registra-se que a defesa se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida. Entretanto, com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações”, diz a nota assinada pelos advogados Luís Henrique César Prata, Gabriella Leonel Venâncio e Francisco Eslei de Lima.

“Braga Netto também teria atuado de forma direta e pessoal no financiamento das ações ilícitas, fornecendo recursos financeiros em uma sacola de vinho, ratificando sua atuação preponderante na execução dos atos criminosos”, afirma a PF.

A Polícia Federal prendeu o ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, na manhã deste sábado, 14. O militar foi detido em sua residência, localizada no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução da Justiça. A prisão preventiva, solicitada pela PF, foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas preso na era democrática do País.

General Braga Netto , preso na Polícia Federal, zona central do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/Estadão Foto: Pedro Kirilos

O dinheiro teria sido entregue ao major Rafael Martins de Oliveira, preso na Operação Contragolpe, e serviria para o “financiamento das despesas necessárias a realização da operação”.

Em depoimento, Mauro Cid afirmou, segundo o próprio Braga Netto, o dinheiro “havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio”. A Polícia Federal não identifica quem teria enviado o dinheiro.

Além disso, a casa do ex-ministro, em Brasília, teria sido usada para planejar a missão golpista, em novembro de 2022. O general é apontado como um interlocutor dos kids pretos com o Palácio do Planalto.

Outra suspeita da PF é a de que o ex-ministro tenha agido para atrapalhar as investigações. Segundo a Polícia Federal, o general tentou obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid, além de alinhar versões com outros investigados.

Mauro Cid implicou Braga Netto em sua colaboração premiada. A delação estava sob ameaça de rescisão, até que o tenente-coronel mudou de estratégia e resolveu entregar o ex-ministro, em depoimento prestado diretamente a Alexandre de Moraes. Mauro Cid admitiu que “não só ele (Braga Netto) como outros intermediários tentaram saber” o que ele disse na delação.

A investigação aponta que Braga Netto fez contato por telefone com o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, para controlar o que seria repassado aos investigadores e manter aliados informados.

A PF também encontrou um documento com perguntas e respostas sobre a delação de Mauro Cid na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto, na sede do Partido Liberal (PL). O assessor foi alvo de buscas neste sábado.

Além da prisão preventiva, Moraes também autorizou buscas nos endereços de Braga Netto. O general passará por audiência de custódia, às 14 horas, por videoconferência.

Na semana passada, a defesa de Braga Netto afirmou que ele “não tomou conhecimento de qualquer documento relacionado a um suposto golpe, nem do planejamento de assassinato de alguém”.

Ao pedir a prisão do general do Walter Braga Netto, a Polícia Federal (PF) apontou que ele financiou a ação dos oficiais das Forças Especiais do Exército, os “kids pretos”, para matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin, em 2022.

Braga Netto teria entregado recursos aos golpistas em uma sacola de vinho. A informação foi repassada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, em sua delação. A defesa do general da reserva afirmou neste sábado, 14, que vai comprovar que ele não atuou para atrapalhar as investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

“Registra-se que a defesa se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida. Entretanto, com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações”, diz a nota assinada pelos advogados Luís Henrique César Prata, Gabriella Leonel Venâncio e Francisco Eslei de Lima.

“Braga Netto também teria atuado de forma direta e pessoal no financiamento das ações ilícitas, fornecendo recursos financeiros em uma sacola de vinho, ratificando sua atuação preponderante na execução dos atos criminosos”, afirma a PF.

A Polícia Federal prendeu o ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, na manhã deste sábado, 14. O militar foi detido em sua residência, localizada no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução da Justiça. A prisão preventiva, solicitada pela PF, foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas preso na era democrática do País.

General Braga Netto , preso na Polícia Federal, zona central do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/Estadão Foto: Pedro Kirilos

O dinheiro teria sido entregue ao major Rafael Martins de Oliveira, preso na Operação Contragolpe, e serviria para o “financiamento das despesas necessárias a realização da operação”.

Em depoimento, Mauro Cid afirmou, segundo o próprio Braga Netto, o dinheiro “havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio”. A Polícia Federal não identifica quem teria enviado o dinheiro.

Além disso, a casa do ex-ministro, em Brasília, teria sido usada para planejar a missão golpista, em novembro de 2022. O general é apontado como um interlocutor dos kids pretos com o Palácio do Planalto.

Outra suspeita da PF é a de que o ex-ministro tenha agido para atrapalhar as investigações. Segundo a Polícia Federal, o general tentou obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid, além de alinhar versões com outros investigados.

Mauro Cid implicou Braga Netto em sua colaboração premiada. A delação estava sob ameaça de rescisão, até que o tenente-coronel mudou de estratégia e resolveu entregar o ex-ministro, em depoimento prestado diretamente a Alexandre de Moraes. Mauro Cid admitiu que “não só ele (Braga Netto) como outros intermediários tentaram saber” o que ele disse na delação.

A investigação aponta que Braga Netto fez contato por telefone com o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, para controlar o que seria repassado aos investigadores e manter aliados informados.

A PF também encontrou um documento com perguntas e respostas sobre a delação de Mauro Cid na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto, na sede do Partido Liberal (PL). O assessor foi alvo de buscas neste sábado.

Além da prisão preventiva, Moraes também autorizou buscas nos endereços de Braga Netto. O general passará por audiência de custódia, às 14 horas, por videoconferência.

Na semana passada, a defesa de Braga Netto afirmou que ele “não tomou conhecimento de qualquer documento relacionado a um suposto golpe, nem do planejamento de assassinato de alguém”.

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